Um dos estados que mais sofreram no auge da pandemia, em maio, o Amazonas agora vê a curva da mortalidade voltando a patamares normais Foto: Sandro Pereira / Fotoarena / Agência O Globo
Rafael Garcia e Raphaela Ramos*SÃO PAULO e RIO — Após passarem pelo pico de mortalidade por Covid-19 na pandemia, 15 das 27 unidades da federação já registram um número de óbitos mais perto do esperado. Nesses estados, o total de mortes em setembro não ficou mais do que 10% acima do registrado no mesmo mês do ano anterior. O índice estável seria sinal do fim da primeira onda da pandemia em metade do Brasil.
O indício de retração, neste caso, considera todas as mortes registradas no país, não só aquelas com diagnóstico de Covid-19. E vem acompanhado de sinal de alerta, com alguns estados voltando a registrar mais casos da doença e com o medo no Brasil de uma repetição da segunda onda europeia.
Pesquisadores entrevistados pelo GLOBO avaliam que o próximo desafio é explicar que a pandemia não acabou e que o risco de uma segunda onda é real.
Para Paulo Lotufo, epidemiologista da Universidade de São Paulo (USP), o desafio agora é explicar ao público que o problema não acabou, e o risco de segunda onda é real:
— Se tem lugar em que o governo negou que a Covid-19 existisse, imagine agora que já está passando a primeira onda.
Além disso, enquanto alguns estados não viram ainda o fim da primeira onda da Covid-19, outros já se deparam com preocupação sobre a próxima, vendo de longe a Europa se retrair sob a segunda onda.Com grandes cidades já tendo desmontado hospitais de campanha e realocado leitos de UTI, o receio é que essa estrutura precise ser remontada logo caso a epidemia sofra mesmo um rebote.
*Estagiária sob supervisão de Eduardo Graça
Fonte Extra
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