quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Búzios tem protesto da população e de empresários contra o lockdown determinado pela Justiça

Protesto da população, empresários e funcionários da área de turismo de Búzios Foto: Reprodução / Facebook do Hotéis de Búzios

Extra

A população, os empresários e os funcionários da área turística de Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, realizam um protesto desde a manhã desta quinta-feira, dia 17, um dia após a Justiça determinar o lockdown na cidade em decorrência da pandemia da Covid-19. O Centro do município foi fechado durante a manifestação, com o trânsito fechado nos dois sentidos no trevo de acesso à Praia da Ferradura. Nos cartazes, manifestantes afirmam que "lockdown é igual a fome e pobreza" e que "todos precisam trabalhar". Uma pesquisa da Assessoria Fiscal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) apontou que Búzios é a cidade do Estado onde a população mais dependeu do Auxílio Emergencial do Governo Federal: 58,61%.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou que a Prefeitura de Búzios deverá restabelecer o fechamento das atividades na cidade da Região dos Lagos, em função do aumento expressivo no número de novos casos de Covid-19. A decisão se baseia num Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado com a Defensoria Pública em junho deste ano, e que, de acordo com o texto, não teria sido cumprido até o momento. A informação foi antecipada pelo blog da colunista Berenice Seara, no site do EXTRA.

Manifestante com um cartaz contra o lockdown determinado em Búzios pela Justiça do Rio Foto: Reprodução / Facebook do Hotéis de Búzios

No documento, o juiz Raphael Baddini de Queiroz Campos ressalta que Búzios encontra-se em bandeira vermelha, “com risco muito elevado de colapso da rede de saúde e necessidade de isolamento social completo”, e declara estado de calamidade. De acordo com a prefeitura, que estuda se vai recorrer, a determinação de lockdown vale a partir desta quinta-feira (17).

Os principais pontos levantados pelo magistrado para embasar a sua decisão são em relação à quantidade de novos casos registrados na última semana e à quantidade de leitos de terapia intensiva, que, segundo a Justiça, não foi ampliada, mesmo após exigência por meio do TAC. Segundo os dados do próprio município, entre 9 e 16 de dezembro, houve o registro de 490 novos casos confirmados de infecção por coronavírus.
Fonte Extra

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