Isadora ao lado de Belo Foto: Reprodução
Segundo as investigações da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), responsável pela prisão, no apartamento funcionava uma central de telemarketing clandestina da quadrilha. Isadora e as outras mulheres presas são acusadas de entrar em contato com as vítimas para furtar seus dados bancários e até conseguir acesso a seus cartões de crédito.
Segundo narrado na denúncia do MP, a fraude aplicada pelo grupo consistia em ligar para o titular do cartão de crédito e convencê-lo de que seu cartão havia sido clonado. As vítimas eram, preferencialmente, pessoas idosas. Em seguida, era solicitado que as vítimas entrassem em contato com a central de atendimento do banco para solucionar o problema. No entanto, por meio de um programa instalado no telefone dos golpistas, a ligação feita pelas vítimas era direcionada para a própria central clandestina.
Quem atendia essa ligação era outra integrante da quadrilha, o que não levantava suspeitas nas vítimas. O programa também armazenava as informações bancárias das vítimas, que eram digitadas ao fazer contato com a central que acreditavam ser do banco.
Para ter acesso ao cartão das vítimas, as golpistas, se passando por operadoras de telemarketing do banco, ofereciam a elas a possibilidade do cartão supostamente clonado ser retirado de suas casas por um suposto funcionário do banco. Quem fazia a retirada, na realidade, era outro integrante da quadrilha.
Os cartões das vítimas eram usados para efetuar compras e saques. Isadora e as outras mulheres presas tinham a promessa de receber 10% do valor total de cada golpe. No apartamento em Jacarepaguá foram encontradas 10 máquinas de cartão de crédito, sete fones de ouvido com microfone, sete cadernos de anotação, 50 cartões bancários de diversas pessoas e 14 aparelhos celulares.
Ainda de acordo com a denúncia, quanto à divisão de tarefas do grupo, ficou evidenciado que uma das mulheres, Roselaine Oliveira Almeida coordenava as outras integrantes do grupo, que faziam contatos telefônicos com as vítimas.
“Assim, resta evidenciado que as acusadas integram organização criminosa estruturada e caracterizada pela divisão de tarefas entre seus integrantes, com o objetivo de obter diretamente vantagem econômica indevida, por meio de crimes de estelionato”, escreveu o promotor Luís Augusto Soares de Andrade na denúncia.
Até a noite dessa quinta-feira, a denúncia do Ministério Público ainda não tinha sido recebida pela Justiça.
Extra/Show Francisco
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