Estudantes se queixam da falta de previsão da conclusão do período de 2020 e a falta de apoio em aulas remotas
Fachada da Faetec – Escola João Barcelos Martins (Arquivo/ILustração)
O retorno às aulas de modo híbrido nas escolas estaduais foi estipulado pela Secretaria Estadual de Educação para começar a partir do dia 1 de março. Alunos do ensino médio em diversas de escolas de Campos ainda não concluíram o ano letivo de 2020. Nas escolas da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) o problema é semelhante. Um grupo de pais se uniu para cobrar da Escola João Barcelos Martins soluções sobre a conclusão dos cursos técnicos. Alunos dizem que não tiveram aulas remotas, mas tarefas em uma plataforma sem acompanhamento adequado. Não há previsões para o retorno de modo híbrido.De acordo com Lia Márcia Borges, em uma reunião online que contou com a participação de 100 pais de alunos, a direção da Escola Técnica João Barcelos Martins informou que a instituição necessita de reformas, e, por isso, está sem condições de receber os alunos. Uma empresa que faria o serviço de reparos foi dispensada pela Faetec. Lia é mãe de Carolina Amaral, aluna do terceiro ano do curso de Análises Clínicas.
Carolina Amaral e Lia Márcia Borges: preocupação com fim do ensino médio Foto: Acervo Pessoal/Facebook)
“O problema é que nem previsão de retorno do modo híbrido a direção informa. Nos reunimos remotamente no dia 22, e saímos sem solução para quem, por exemplo, precisa de certificado de conclusão do ensino médio para matricular-se em faculdades após resultados do Enem. Disseram que se o aluno obteve nota boa receberá o certificado de conclusão, mas tem alunos ainda dependendo de encerrar as atividades de 2020”, disse Lia.
Os alunos dizem que não contaram com ensino remoto. Usaram um recurso eletrônico na plataforma do Cecierj chamado de “trilhas”. Segundo eles, as atividades careciam de apoio de professores remotamente, mas houve dificuldades de contatos durante a pandemia. O estudante do curso de Eletromecânica, Lucas Rangel, prestou exames do Enem sem ter estudado com acompanhamento da escola, pois não teve aulas suficientes. A mãe dele, a técnica de enfermagem Cláudia Rangel, reclama da situação.
“O problema é que nem previsão de retorno do modo híbrido a direção informa. Nos reunimos remotamente no dia 22, e saímos sem solução para quem, por exemplo, precisa de certificado de conclusão do ensino médio para matricular-se em faculdades após resultados do Enem. Disseram que se o aluno obteve nota boa receberá o certificado de conclusão, mas tem alunos ainda dependendo de encerrar as atividades de 2020”, disse Lia.
Os alunos dizem que não contaram com ensino remoto. Usaram um recurso eletrônico na plataforma do Cecierj chamado de “trilhas”. Segundo eles, as atividades careciam de apoio de professores remotamente, mas houve dificuldades de contatos durante a pandemia. O estudante do curso de Eletromecânica, Lucas Rangel, prestou exames do Enem sem ter estudado com acompanhamento da escola, pois não teve aulas suficientes. A mãe dele, a técnica de enfermagem Cláudia Rangel, reclama da situação.
Cláudia e Lucas Rangel: mãe e filho aflitos sobre os estudos e formação na área técnica Foto Acervo Pessoal)
“Ele e todos os alunos tiveram acesso numa plataforma horrível desde o ano passado mas sem apoio quase nenhum dos professores. Então, nós pais dos alunos da Faetec estamos nos reunindo para ver se conseguimos uma resposta positiva para o retorno das aulas. Até onde sabemos, sem previsão. Fui aluna da Faetec e vejo como a qualidade das escolas de Campos caiu nos últimos anos. Uma pena toda esta situação de incertezas, e sem aulas remotas, pelo menos”, comentou Cláudia.
Lia Márcia é professora de uma escola municipal em Lagoa de Cima. Ela conta que os 70 alunos da escola conseguiram ter aulas de forma remota, em mensagens de Whatsapp e fornecimento de apostilas graças ao empenho da equipe de profissionais da educação. “É preciso um esforço de todos para o retorno híbrido das aulas. As escolas precisam de estrutura para reabrirem aos poucos, como prevê o governo, até a vacinação estar acessível. Porém, não é esta a realidade”, diz.
Para Cláudia Rangel, os alunos estão sendo muito prejudicados. “Fica um jogo de empurra da diretoria da Faetec daqui com a do Rio de Janeiro. Falta abrir seleção para professores, pois muitos estão se aposentando, reformar a escola, definir a conclusão dos cursos do ensino médio”, destacou.
A reportagem do Terceira Via enviou três mensagens para os correios eletrônicos da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, responsável pelas escolas da Faetec, para que se manifestasse em relação às queixas dos estudantes e dos pais de alunos em Campos, mas até a publicação desta matéria não houve nenhuma resposta.
“Ele e todos os alunos tiveram acesso numa plataforma horrível desde o ano passado mas sem apoio quase nenhum dos professores. Então, nós pais dos alunos da Faetec estamos nos reunindo para ver se conseguimos uma resposta positiva para o retorno das aulas. Até onde sabemos, sem previsão. Fui aluna da Faetec e vejo como a qualidade das escolas de Campos caiu nos últimos anos. Uma pena toda esta situação de incertezas, e sem aulas remotas, pelo menos”, comentou Cláudia.
Lia Márcia é professora de uma escola municipal em Lagoa de Cima. Ela conta que os 70 alunos da escola conseguiram ter aulas de forma remota, em mensagens de Whatsapp e fornecimento de apostilas graças ao empenho da equipe de profissionais da educação. “É preciso um esforço de todos para o retorno híbrido das aulas. As escolas precisam de estrutura para reabrirem aos poucos, como prevê o governo, até a vacinação estar acessível. Porém, não é esta a realidade”, diz.
Para Cláudia Rangel, os alunos estão sendo muito prejudicados. “Fica um jogo de empurra da diretoria da Faetec daqui com a do Rio de Janeiro. Falta abrir seleção para professores, pois muitos estão se aposentando, reformar a escola, definir a conclusão dos cursos do ensino médio”, destacou.
A reportagem do Terceira Via enviou três mensagens para os correios eletrônicos da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, responsável pelas escolas da Faetec, para que se manifestasse em relação às queixas dos estudantes e dos pais de alunos em Campos, mas até a publicação desta matéria não houve nenhuma resposta.
Fonte Terceira Via
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