Casal Dr. Jairinho e Monique Medeiros estão presos pela morte do menino Henry Borel, filho da professora e enteado do vereador Foto: Reprodução/Gabriel Sabóia
A Assembleia Legislativa Estadual do Rio (Alerj) recebeu um requerimento de urgência para que vote um projeto de lei que pode tirar o direito à visita íntima do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), e de Monique Medeiros da Costa e Silva, padrasto e mãe do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, morto no mês passado. A proposta prevê a suspensão do direito a encontros íntimos para quem for condenado pelos crimes de homicídio qualificado, tortura, estupro, pedofilia e morte de agente de segurança pública. Dr. Jairinho e Monique serão indiciados por homicídio duplamente qualificado e tortura. Caso condenados, eles ficariam impedidos dessa concessão. O casal está preso desde a última sexta-feira, dia 8 de abril.O autor do projeto é o deputado Anderson Moraes (PSL). De acordo com ele, a morte de Henry Borel foi decisiva para que o requerimento de urgência fosse solicitado. "O projeto quer tirar regalias de homicidas, torturadores, estupradores e pedófilos como um todo. Não devem ter direito de terem relações sexuais durante o cumprimento da pena, entre outras regalias", afirma. A Mesa Diretora da Alerj irá avaliar a aceitação do projeto de lei e decidir se deve colocá-lo na pauta de votação.
De acordo com a versão apresentada pela mãe e pelo padrasto da criança, Henry foi encontrado desacordado na casa onde morava com o casal, no mês passado. Ele jáchegou morto ao hospital para o qual foi levado. Horas antes, a criança havia voltado de um passeio com o pai. Imagens de câmeras de segurança mostram a criança bem, sem qualquer sinal de desconforto nesse momento. A necropsia, no entanto, mostra que o menino sofreu agressões antes de morrer.
Peritos afirmaram que as 23 lesões encontradas no corpo de Henry “apresentavam características condizentes com aquelas produzidas mediante ação violenta”. Entre essas lesões, estão, por exemplo, a laceração no fígado, danos nos rins e a hemorragia na cabeça. Para a polícia, o autor das agressões é o vereador Dr. Jairinho. A mãe da criança saberia dos episódios de violência. Os dois sempre negaram qualquer ato de violência ao menino.
Henry Borel, de 4 anos, fantasiado em um momento feliz na escola Foto: Reprodução / Instagram
Retirada de honraria
Dr. Jairinho ainda pode perder a Medalha Tiradentes, que lhe foi concedida pela Alerj. Ele recebeu a máxima honraria, que é dada a personalidades que tenham prestado bons serviços ao estado, ao Brasil e à Humanidade, em dezembro de 2007 pelo então deputado Antonio Pedregal. Nesta segunda-feira, dia 12, o deputado Noel de Carvalho (PSDB) protocolou um pedido de revogação da medalha.
— É inimaginável que alguém cometa qualquer ato violento contra quem quer que seja, principalmente quando a vítima é uma criança, que não tem como se defender. É um ato muito covarde que se torna ainda mais repulsivo quando essas agressões resultam em morte. A morte do Henry, que agora é um anjo, dói na nossa alma. Como parlamentar, sinto-me na obrigação de pedir a revogação da Medalha Tiradentes concedida ao Dr. Jairinho — diz o deputado.
Na ementa para conceder a Medalha Tiradentes a Dr. Jairinho, então com 28 anos e eleito vereador em 2007, o deputado Antonio Pedregal afirma que ele mereceria a honraria porque "o vereador, como médico, se preocupava com a falta de uma política séria de prevenção na área da infância e da juventude" e que ele sempre trabalhou "para minimizar essas falhas". O texto ainda cita que o político "abdicava da família, com o propósito de servir à Nação".
"Um jovem de extrema seriedade no cumprimento do dever. Um cidadão que não mede esforços quando se trata de colaborar para o progresso da nação. Respeitado e admirado por sua trajetória política, o Vereador Dr. Jairinho é merecedor da mais alta honraria concedida por esta Casa de Leis. Esta homenagem expressa o reconhecimento do povo do Estado do Rio de Janeiro a um de seus mais valorosos cidadãos", afirmava a ementa do então deputado Pedregal.
Retirada de honraria
Dr. Jairinho ainda pode perder a Medalha Tiradentes, que lhe foi concedida pela Alerj. Ele recebeu a máxima honraria, que é dada a personalidades que tenham prestado bons serviços ao estado, ao Brasil e à Humanidade, em dezembro de 2007 pelo então deputado Antonio Pedregal. Nesta segunda-feira, dia 12, o deputado Noel de Carvalho (PSDB) protocolou um pedido de revogação da medalha.
— É inimaginável que alguém cometa qualquer ato violento contra quem quer que seja, principalmente quando a vítima é uma criança, que não tem como se defender. É um ato muito covarde que se torna ainda mais repulsivo quando essas agressões resultam em morte. A morte do Henry, que agora é um anjo, dói na nossa alma. Como parlamentar, sinto-me na obrigação de pedir a revogação da Medalha Tiradentes concedida ao Dr. Jairinho — diz o deputado.
Na ementa para conceder a Medalha Tiradentes a Dr. Jairinho, então com 28 anos e eleito vereador em 2007, o deputado Antonio Pedregal afirma que ele mereceria a honraria porque "o vereador, como médico, se preocupava com a falta de uma política séria de prevenção na área da infância e da juventude" e que ele sempre trabalhou "para minimizar essas falhas". O texto ainda cita que o político "abdicava da família, com o propósito de servir à Nação".
"Um jovem de extrema seriedade no cumprimento do dever. Um cidadão que não mede esforços quando se trata de colaborar para o progresso da nação. Respeitado e admirado por sua trajetória política, o Vereador Dr. Jairinho é merecedor da mais alta honraria concedida por esta Casa de Leis. Esta homenagem expressa o reconhecimento do povo do Estado do Rio de Janeiro a um de seus mais valorosos cidadãos", afirmava a ementa do então deputado Pedregal.
Fonte Extra
Nenhum comentário:
Postar um comentário