Medida veio tarde para parte das empresas; alguns comerciantes alegam que acabaram "quebrando"
Prejuízo |Das oito lojas que tinha, o empresário Paulo Lysandro fechou quatro (Fotos: Silvana Rust e Carlos Grevi)
Após três semanas seguidas de portas fechadas e pressão dos empresários sobre a prefeitura para que as medidas restritivas fossem relaxadas, as lojas de Campos voltam a reabrir, de forma gradativa, nesta segunda-feira (7). A notícia trouxe alívio para o empresário Paulo Lysandro, que estava em vias de encerrar as atividades da quarta loja apenas no período de pandemia. Mas Paulo ainda está longe da tão sonhada tranquilidade, pois o setor varejista agoniza e ele ainda tem que lidar com prejuízos acumulados ao longo do lockdown, quando viu suas vendas caírem em 90%.
Após três semanas seguidas de portas fechadas e pressão dos empresários sobre a prefeitura para que as medidas restritivas fossem relaxadas, as lojas de Campos voltam a reabrir, de forma gradativa, nesta segunda-feira (7). A notícia trouxe alívio para o empresário Paulo Lysandro, que estava em vias de encerrar as atividades da quarta loja apenas no período de pandemia. Mas Paulo ainda está longe da tão sonhada tranquilidade, pois o setor varejista agoniza e ele ainda tem que lidar com prejuízos acumulados ao longo do lockdown, quando viu suas vendas caírem em 90%.
Paulo Lysandro
“Durante a pandemia já fechei três lojas e me vi obrigado a dispensar cerca de 20 funcionários. Ficamos com apenas seis. Das oito lojas que já tive, estou apenas com quatro e estava arriscado fechar mais uma, caso o comércio não pudesse reabrir”, disse o empresário, que também fechou uma loja um pouco antes da epidemia em escala global.
Paulo lembra que em certo período da pandemia, ainda em 2020, suas lojas chegaram a faturar mais fechadas do que quando estavam abertas. Mas o comércio começou a perder fôlego e a situação foi agravada pelo fim do auxílio emergencial, repassado pelo Governo Federal. Com isso, o empresário sentiu o impacto já no início de 2021 e chegou à última semana com cerca de 10% das vendas que costumava fazer.
Em nota, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL) informou que o comércio local, que segue rigorosamente os protocolos de segurança no curso da pandemia, desde o ano passado, ficou três semanas consecutivas fechado (uma semana na fase laranja e duas na vermelha) e que isso seria o suficiente para encerrar definitivamente as atividades de cerca de 30% dos estabelecimentos comerciais, provocando mais de 20 mil demissões.
Com base nesses números, a CDL e outras entidades representativas da classe empresarial organizaram uma manifestação, no dia 6 de abril. Os empresários fecharam a BR-101 e também se concentraram em frente ao Centro Administrativo José Alves de Azevedo, sede da Prefeitura de Campos. Após o protesto, o grupo teve uma reunião virtual com o prefeito Wladimir Garotinho, na qual a reabertura gradativa do comércio ficou defini
Sem movimento
Não foi por coincidência que as três lojas que o empresário Paulo Lysandro fechou durante a pandemia estavam instaladas em shoppings. Sem cinemas, com praças de alimentação restritas, com proibição de entrada de algumas faixas etárias, e sem outros atrativos para chamar clientes, os shoppings ficaram vazios. Lysandro se viu obrigado a encerrar as atividades e demitir funcionários nas unidades no Avenida 28, Boulervard e Guarus Plaza.
“Estou segurando a loja do Campos Shopping. Como a gente paga as despesas da loja com quase um mês de comércio fechado? Folha de pagamento vence esta semana (semana passada, quando a entrevista foi feita) e não tem ajuda de nenhum governo”, reclamou.
“Durante a pandemia já fechei três lojas e me vi obrigado a dispensar cerca de 20 funcionários. Ficamos com apenas seis. Das oito lojas que já tive, estou apenas com quatro e estava arriscado fechar mais uma, caso o comércio não pudesse reabrir”, disse o empresário, que também fechou uma loja um pouco antes da epidemia em escala global.
Paulo lembra que em certo período da pandemia, ainda em 2020, suas lojas chegaram a faturar mais fechadas do que quando estavam abertas. Mas o comércio começou a perder fôlego e a situação foi agravada pelo fim do auxílio emergencial, repassado pelo Governo Federal. Com isso, o empresário sentiu o impacto já no início de 2021 e chegou à última semana com cerca de 10% das vendas que costumava fazer.
Em nota, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL) informou que o comércio local, que segue rigorosamente os protocolos de segurança no curso da pandemia, desde o ano passado, ficou três semanas consecutivas fechado (uma semana na fase laranja e duas na vermelha) e que isso seria o suficiente para encerrar definitivamente as atividades de cerca de 30% dos estabelecimentos comerciais, provocando mais de 20 mil demissões.
Com base nesses números, a CDL e outras entidades representativas da classe empresarial organizaram uma manifestação, no dia 6 de abril. Os empresários fecharam a BR-101 e também se concentraram em frente ao Centro Administrativo José Alves de Azevedo, sede da Prefeitura de Campos. Após o protesto, o grupo teve uma reunião virtual com o prefeito Wladimir Garotinho, na qual a reabertura gradativa do comércio ficou defini
Sem movimento
Não foi por coincidência que as três lojas que o empresário Paulo Lysandro fechou durante a pandemia estavam instaladas em shoppings. Sem cinemas, com praças de alimentação restritas, com proibição de entrada de algumas faixas etárias, e sem outros atrativos para chamar clientes, os shoppings ficaram vazios. Lysandro se viu obrigado a encerrar as atividades e demitir funcionários nas unidades no Avenida 28, Boulervard e Guarus Plaza.
“Estou segurando a loja do Campos Shopping. Como a gente paga as despesas da loja com quase um mês de comércio fechado? Folha de pagamento vence esta semana (semana passada, quando a entrevista foi feita) e não tem ajuda de nenhum governo”, reclamou.
Encerramento | Davi Chagas tentou suportar o quanto pode, mas, na semana passada, fechou sua academia
Impacto atinge outros setores
O empresário Davi Chagas resistiu o quanto pôde, mas, no dia 4 de abril encerrou as atividades da academia que mantinha há 10 anos no Jardim Carioca, no subdistrito de Guarus. Davi lembra que o sentimento ao anunciar o fim de seu negócio foi o de revolta.
“Simplesmente fecham nossas portas do dia para noite, nos proíbem de trabalhar, nossas empresas ficam completamente sem receita e as despesas continuam sangrando. O que podemos ver é uma hipocrisia e incoerência, onde durante as campanhas políticas não existia o vírus ou dentro do ônibus lotado de pessoas, ou dentro das agências bancárias. Lá não existe o vírus? O comércio está sangrando e vai colapsar. A miséria e a fome baterá em nossas portas em breve”, desabafou o empresário.
Reabertura
Conforme o esperado, a edição suplementar do Diário Oficial do Município da última sexta-feira (9) trouxe detalhes sobre a reabertura do comércio de Campos. As lojas de rua funcionam das 9h às 16h e os shoppings centers, das 12h às 20h, de segunda a sexta-feira, obedecendo os protocolos de saúde. As academias estão liberadas, mas com restrição de público a 30% da capacidade e com atividades aeróbicas só ao ar livre. Os restaurantes também poderão funcionar, porém, apenas no sistema take away.
Impacto atinge outros setores
O empresário Davi Chagas resistiu o quanto pôde, mas, no dia 4 de abril encerrou as atividades da academia que mantinha há 10 anos no Jardim Carioca, no subdistrito de Guarus. Davi lembra que o sentimento ao anunciar o fim de seu negócio foi o de revolta.
“Simplesmente fecham nossas portas do dia para noite, nos proíbem de trabalhar, nossas empresas ficam completamente sem receita e as despesas continuam sangrando. O que podemos ver é uma hipocrisia e incoerência, onde durante as campanhas políticas não existia o vírus ou dentro do ônibus lotado de pessoas, ou dentro das agências bancárias. Lá não existe o vírus? O comércio está sangrando e vai colapsar. A miséria e a fome baterá em nossas portas em breve”, desabafou o empresário.
Reabertura
Conforme o esperado, a edição suplementar do Diário Oficial do Município da última sexta-feira (9) trouxe detalhes sobre a reabertura do comércio de Campos. As lojas de rua funcionam das 9h às 16h e os shoppings centers, das 12h às 20h, de segunda a sexta-feira, obedecendo os protocolos de saúde. As academias estão liberadas, mas com restrição de público a 30% da capacidade e com atividades aeróbicas só ao ar livre. Os restaurantes também poderão funcionar, porém, apenas no sistema take away.
Fonte Terceira Via
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