Autoridades chamam atenção para a imunização contra sarampo, gripe, meningite e HPV, com alerta sobre possível retorno de doenças já erradicadas
Myrella tem 12 anos e está com a caderneta de vacinação atualizada – Foto: Silvana Rust
Por Priscilla Alves e Girlane Rodrigues
Desde o início da pandemia do novo coronavírus e as atenções voltadas para a doença, outras patologias podem acabar sendo ‘esquecidas’ por parte da população, que tem diminuído a procura pelas vacinas de rotina do calendário, mesmo que elas estejam disponíveis nos postos. Estas são essenciais para evitar o contágio e até mesmo a volta de doenças consideradas já erradicadas. Autoridades em saúde alertam para as consequências do ato de não vacinar.
Segundo o diretor de Atenção Básica, da Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), Rodrigo Carneiro, seguir o calendário vacinal é importante porque através dele são definidas quais são as idades e as doenças que devem ser prevenidas. “É importante destacar que todas as vacinas elencadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) estão disponíveis no nosso município”, explicou.
A Subpav garante que os estoques das vacinas do calendário nacional oferecidas pelo SUS estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Entre as vacinas estão: HPV, Tríplice Viral, Varicela, Febre Amarela, Pentavalente, Hepatite B, ACWY e outras.
Por Priscilla Alves e Girlane Rodrigues
Desde o início da pandemia do novo coronavírus e as atenções voltadas para a doença, outras patologias podem acabar sendo ‘esquecidas’ por parte da população, que tem diminuído a procura pelas vacinas de rotina do calendário, mesmo que elas estejam disponíveis nos postos. Estas são essenciais para evitar o contágio e até mesmo a volta de doenças consideradas já erradicadas. Autoridades em saúde alertam para as consequências do ato de não vacinar.
Segundo o diretor de Atenção Básica, da Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), Rodrigo Carneiro, seguir o calendário vacinal é importante porque através dele são definidas quais são as idades e as doenças que devem ser prevenidas. “É importante destacar que todas as vacinas elencadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) estão disponíveis no nosso município”, explicou.
A Subpav garante que os estoques das vacinas do calendário nacional oferecidas pelo SUS estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Entre as vacinas estão: HPV, Tríplice Viral, Varicela, Febre Amarela, Pentavalente, Hepatite B, ACWY e outras.
Diretor de Atenção Básica, Rodrigo Carneiro – Foto: divulgação
Baixa procura
Os dados de 2021 referentes à procura pelas vacinas em Campos ainda não foram consolidados, mas os números mostram queda de 2020 em comparação com 2019.
Para ter uma ideia, em 2019, 103,79% da meta da vacina da Tríplice Viral foi alcançada, enquanto em 2020, esse número ficou em 49,96%.
A vacina Meningo C, que previne doenças causadas pelo meningococo C, incluindo Meningite, também teve queda na procura. Em 2019, 68,39% do público foi vacinado enquanto em 2020 foi apenas 49,96%.
Em relação à vacina contra a Febre Amarela, a queda foi ainda maior. Em 2019, 101,79% do público alvo foi vacinado. Já em 2020, esse número caiu para 26,18%.
As consequências da baixa adesão podem ser catastróficas, como explica o imunologista e professor da Uenf, Milton Kanashiro. “A baixa procura facilita bastante a volta de doenças já controladas. Exemplo é o sarampo, que ano passado já teve um aumento no número de casos. É uma consequência direta: quando há baixa procura por vacinas, há o aumento no número de casos dessas doenças”, alertou.
O diretor de Atenção Básica, da Saúde (Subpav), Rodrigo Carneiro, reafirma o risco e faz um apelo à população.
“Ficamos vários anos sem novos casos de sarampo no Brasil, mas com a queda na procura das pessoas pela vacina, voltamos a observar o aparecimento da doença. Essa é a principal preocupação que a saúde pública tem com a baixa adesão à vacinação. O retorno de doenças previamente erradicadas ou que tiveram menor número de pacientes diagnosticados é um risco real quando a gente não consegue atingir a meta mínima de vacinação”, ponderou.
Baixa procura
Os dados de 2021 referentes à procura pelas vacinas em Campos ainda não foram consolidados, mas os números mostram queda de 2020 em comparação com 2019.
Para ter uma ideia, em 2019, 103,79% da meta da vacina da Tríplice Viral foi alcançada, enquanto em 2020, esse número ficou em 49,96%.
A vacina Meningo C, que previne doenças causadas pelo meningococo C, incluindo Meningite, também teve queda na procura. Em 2019, 68,39% do público foi vacinado enquanto em 2020 foi apenas 49,96%.
Em relação à vacina contra a Febre Amarela, a queda foi ainda maior. Em 2019, 101,79% do público alvo foi vacinado. Já em 2020, esse número caiu para 26,18%.
As consequências da baixa adesão podem ser catastróficas, como explica o imunologista e professor da Uenf, Milton Kanashiro. “A baixa procura facilita bastante a volta de doenças já controladas. Exemplo é o sarampo, que ano passado já teve um aumento no número de casos. É uma consequência direta: quando há baixa procura por vacinas, há o aumento no número de casos dessas doenças”, alertou.
O diretor de Atenção Básica, da Saúde (Subpav), Rodrigo Carneiro, reafirma o risco e faz um apelo à população.
“Ficamos vários anos sem novos casos de sarampo no Brasil, mas com a queda na procura das pessoas pela vacina, voltamos a observar o aparecimento da doença. Essa é a principal preocupação que a saúde pública tem com a baixa adesão à vacinação. O retorno de doenças previamente erradicadas ou que tiveram menor número de pacientes diagnosticados é um risco real quando a gente não consegue atingir a meta mínima de vacinação”, ponderou.
Foto: Silvana Rust
Vacinação Influenza
Campos iniciou no dia 19 de abril a campanha de vacinação contra a Influenza e vem imunizando o público alvo estabelecido pelo Ministério da Saúde. Em 2019, a cobertura vacinal da Influenza foi de 110,74% e em 2020 foi de 70,21%.
“Não deixem de levar as crianças, as pessoas idosas e o público indicado que deve tomar vacina. Não há razão para não atender às campanhas vacinais. No caso da gripe comum, por exemplo, a baixa adesão à campanha vai aumentar o número de casos e essas pessoas também podem demandar internações hospitalares, o que aumenta o risco de se contaminar com a Covid bem como demanda também leitos hospitalares que, neste momento, já tem grande ocupação pelos pacientes da Covid-19. É importante frisar que não estamos falando de resfriado simples e sim de gripe, com sintomas mais fortes”, explicou o imunologista Milton Kanashiro.
Vacinação Influenza
Campos iniciou no dia 19 de abril a campanha de vacinação contra a Influenza e vem imunizando o público alvo estabelecido pelo Ministério da Saúde. Em 2019, a cobertura vacinal da Influenza foi de 110,74% e em 2020 foi de 70,21%.
“Não deixem de levar as crianças, as pessoas idosas e o público indicado que deve tomar vacina. Não há razão para não atender às campanhas vacinais. No caso da gripe comum, por exemplo, a baixa adesão à campanha vai aumentar o número de casos e essas pessoas também podem demandar internações hospitalares, o que aumenta o risco de se contaminar com a Covid bem como demanda também leitos hospitalares que, neste momento, já tem grande ocupação pelos pacientes da Covid-19. É importante frisar que não estamos falando de resfriado simples e sim de gripe, com sintomas mais fortes”, explicou o imunologista Milton Kanashiro.
Paula Melissa se preocupa em manter o filho vacinado – Foto: divulgação
Incentivo
A Subpav informou que aguarda orientação do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado para realizar uma campanha de multivacinação para incentivar a procura pelos imunizantes, como ocorre em período fora da pandemia. A Secretaria de Saúde explica ainda que o intervalo entre a vacina da Covid e as demais deve ser de 15 dias.
Vacina sim
A educadora Patrícia do Rosário levou os pais para tomar a vacina contra o vírus Influenza e afirmou ter se surpreendido com a baixa procura vista nos postos. “Esperamos o tempo certo após eles tomarem as duas doses da vacina contra o coronavírus e eu já estava contando os dias para levá-los para tomar a vacina da gripe comum também. Estranhei quando cheguei ao posto e vi que não tinha ninguém na fila… Perguntei o motivo e o pessoal que trabalha lá me falou que a procura tem sido baixa”, lamentou.
Mãe do Francisco, de três meses, a cerimonialista Paula Melissa também não abre mão de garantir a imunização do pequeno. “Nem pensar em deixar de vacinar meu filho. Pelo contrário, ainda o levei para vacinar na rede particular também, buscando abranger ainda mais a cobertura vacinal. Não tem isso de não querer vacinar, as vacinas são muito importantes. O que não tem no SUS, a gente paga pelo particular. Não tomar vacina é burrice. Mesmo sabendo que pode dar reação, que meu filho vai chorar, que temos que redobrar os cuidados por causa da pandemia, a gente não deixa de levar. No caso de criança, a gente ainda pode agendar o horário pelo SUS, então não tem desculpas”, contou.
Incentivo
A Subpav informou que aguarda orientação do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado para realizar uma campanha de multivacinação para incentivar a procura pelos imunizantes, como ocorre em período fora da pandemia. A Secretaria de Saúde explica ainda que o intervalo entre a vacina da Covid e as demais deve ser de 15 dias.
Vacina sim
A educadora Patrícia do Rosário levou os pais para tomar a vacina contra o vírus Influenza e afirmou ter se surpreendido com a baixa procura vista nos postos. “Esperamos o tempo certo após eles tomarem as duas doses da vacina contra o coronavírus e eu já estava contando os dias para levá-los para tomar a vacina da gripe comum também. Estranhei quando cheguei ao posto e vi que não tinha ninguém na fila… Perguntei o motivo e o pessoal que trabalha lá me falou que a procura tem sido baixa”, lamentou.
Mãe do Francisco, de três meses, a cerimonialista Paula Melissa também não abre mão de garantir a imunização do pequeno. “Nem pensar em deixar de vacinar meu filho. Pelo contrário, ainda o levei para vacinar na rede particular também, buscando abranger ainda mais a cobertura vacinal. Não tem isso de não querer vacinar, as vacinas são muito importantes. O que não tem no SUS, a gente paga pelo particular. Não tomar vacina é burrice. Mesmo sabendo que pode dar reação, que meu filho vai chorar, que temos que redobrar os cuidados por causa da pandemia, a gente não deixa de levar. No caso de criança, a gente ainda pode agendar o horário pelo SUS, então não tem desculpas”, contou.
Kíssila com as filhas Laura e Stella – Foto: divulgação
A servidora pública Kíssila Oliveira, mãe de Laura, 12 anos, e Stella de 3 anos, também tem consciência da importância da vacinação.
“A gente sabe que está em uma pandemia e que tem que ter os devidos cuidados, mas também é importante seguir o calendário de vacinação normal para manter o controle das outras doenças. Sou da área da saúde e isso me faz ter ainda mais consciência da importância de vacinar. As outras doenças estão ficando esquecidas, porque muita gente está focada na pandemia, mas daqui a pouco vamos começar a ver as consequências dessas outras doenças se continuar assim”, alertou.
Mônica Elias levou a filha, Myrella Elias, semana passada, para atualizar a cadernada de vacinação. A adolescente, de 12 anos, que faz questão de se proteger, desta vez se imunizou contra a meningite.
A servidora pública Kíssila Oliveira, mãe de Laura, 12 anos, e Stella de 3 anos, também tem consciência da importância da vacinação.
“A gente sabe que está em uma pandemia e que tem que ter os devidos cuidados, mas também é importante seguir o calendário de vacinação normal para manter o controle das outras doenças. Sou da área da saúde e isso me faz ter ainda mais consciência da importância de vacinar. As outras doenças estão ficando esquecidas, porque muita gente está focada na pandemia, mas daqui a pouco vamos começar a ver as consequências dessas outras doenças se continuar assim”, alertou.
Mônica Elias levou a filha, Myrella Elias, semana passada, para atualizar a cadernada de vacinação. A adolescente, de 12 anos, que faz questão de se proteger, desta vez se imunizou contra a meningite.
Fonte Terceira Via
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