O médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), foi indiciado pelo crime de lesão corporal no âmbito da violência doméstica praticado contra uma de suas ex-namoradas, Debora Mello Saraiva. As investigações da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) concluíram que o parlamentar agrediu a estudante em pelo menos quatro ocasiões. Em uma das brigas do casal, em um hotel na orla da Barra da Tijuca, entre os anos de 2018 e 2019, a moça chegou a ter um dedo de seu pé direito fraturado após chutes do então namorado. Ele já havia sido indiciado, no último dia 1º, por torturar o filho dela, um menino de 3 anos à época, que teve o fêmur quebrado em uma das sessões de violência.
De acordo com o delegado Adriano França, titular da DCAV, as provas colhidas durante o inquérito mostraram que, embora o relacionamento entre o casal tenha tido início em 2014, apenas a partir dos anos seguintes Jairinho passou a apresentar comportamento violento, tendo a primeira agressão ocorrido dentro de um apartamento em Jacarepaguá. Na ocasião, após ver no celular do vereador mensagens entre ele e a ex-mulher, a dentista Ana Carolina Netto, ela o acordou. Ele teria então ficado “transtornado” e “tomado” seu telefone.
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Ele “fez menção de que estaria ligando para uma outra pessoa e disse para a declarante que iria sumir com a declarante, jogar sua bolsa e seu celular em algum lugar, ligar para a mãe da declarante e dizer que ele e a declarante teriam brigado e que a declarante teria saído sem rumo”, destaca um trecho do relatório da DCAV ao qual O GLOBO teve acesso com exclusividade. Após verificar que nenhum conteúdo havia sido encaminhado, Jairinho então teria segurado o pescoço de Debora com as duas mãos, a jogado no sofá e a sufocado, dizendo que iria matá-la.
No segundo episódio de agressão, o casal estava hospedado em um hotel quando, na cama, começaram a discutir. Para encerrar a briga, a estudante teria coberto a cabeça com um travesseiro. O vereador então lhe deu um chute, rachando o osso do quarto dedo de seu pé. Levada por ele a um hospital particular na Zona Norte do Rio, a moça recebeu uma imobilização e colocou uma bota ortopédica. Ao analisar o boletim de atendimento médico da unidade, um perito do Instituto Médico Legal (IML) constatou existir “vestígio de lesão à integridade corporal ou à saúde” da estudante com possíveis nexos causal e temporal ao evento alegado”, concluindo que a lesão foi causada por “ação contundente”.
Em outra ocasião, na casa de praia da família de Jairinho, em Mangaratiba, no ano passado, ele aplicou um mata-leão em Debora e lhe deu três mordidas. Já a quarta sessão de agressões teria acontecido na porta da casa de Debora, onde Jairinho puxou seu cabelo e lhe deu um soco no rosto. Um policial militar, que passava pelo local, chegou a abordar a estudante no carro e perguntar se algo havia acontecido. Em depoimento na DCAV, ela disse que, por medo, negou.
De acordo com o delegado Adriano França, titular da DCAV, as provas colhidas durante o inquérito mostraram que, embora o relacionamento entre o casal tenha tido início em 2014, apenas a partir dos anos seguintes Jairinho passou a apresentar comportamento violento, tendo a primeira agressão ocorrido dentro de um apartamento em Jacarepaguá. Na ocasião, após ver no celular do vereador mensagens entre ele e a ex-mulher, a dentista Ana Carolina Netto, ela o acordou. Ele teria então ficado “transtornado” e “tomado” seu telefone.
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Ele “fez menção de que estaria ligando para uma outra pessoa e disse para a declarante que iria sumir com a declarante, jogar sua bolsa e seu celular em algum lugar, ligar para a mãe da declarante e dizer que ele e a declarante teriam brigado e que a declarante teria saído sem rumo”, destaca um trecho do relatório da DCAV ao qual O GLOBO teve acesso com exclusividade. Após verificar que nenhum conteúdo havia sido encaminhado, Jairinho então teria segurado o pescoço de Debora com as duas mãos, a jogado no sofá e a sufocado, dizendo que iria matá-la.
No segundo episódio de agressão, o casal estava hospedado em um hotel quando, na cama, começaram a discutir. Para encerrar a briga, a estudante teria coberto a cabeça com um travesseiro. O vereador então lhe deu um chute, rachando o osso do quarto dedo de seu pé. Levada por ele a um hospital particular na Zona Norte do Rio, a moça recebeu uma imobilização e colocou uma bota ortopédica. Ao analisar o boletim de atendimento médico da unidade, um perito do Instituto Médico Legal (IML) constatou existir “vestígio de lesão à integridade corporal ou à saúde” da estudante com possíveis nexos causal e temporal ao evento alegado”, concluindo que a lesão foi causada por “ação contundente”.
Irmã de Debora trocou mensagens com Jairinho após agressões
Foto: Reprodução
Em outra ocasião, na casa de praia da família de Jairinho, em Mangaratiba, no ano passado, ele aplicou um mata-leão em Debora e lhe deu três mordidas. Já a quarta sessão de agressões teria acontecido na porta da casa de Debora, onde Jairinho puxou seu cabelo e lhe deu um soco no rosto. Um policial militar, que passava pelo local, chegou a abordar a estudante no carro e perguntar se algo havia acontecido. Em depoimento na DCAV, ela disse que, por medo, negou.
Irmão de Debora pediu que Jairinho se afastasse após agressões Foto: Reprodução
Ao retornar a residência, a irmã de Debora percebeu as lesões em seu rosto e passou a enviar mensagens para o então cunhado: “Nunca mais toca na minha irmã, porque eu não aceito mais isso; ela amanhã pode estar bem com você, aceitando tudo o que você faz com ela, mas agora vou responder por ela, já que ela não responde; não toca mais nela; estou te pedindo; some da vida dela; vai viver sua vida e deixa ela em paz; não quero saber de nada; ela está com o rosto inchado; mesmo que amanhã ela esteja bem com você, como sempre acontece, o que tem acontecido não aceito mais; de verdade; não quero o seu mal; mas o bem dela pra mim é acima de tudo; por favor segue sua vida e deixa ela em paz".
Jairinho então respondeu, também por aplicativo: “Peça desculpas a todos ai, mas não foi o que aconteceu. Também acho que chegou no limite, mas está dito”. Os prints das telas, que mostram os escritos, foram anexados ao inquérito.
Irmão de Debora falou com Jairinho por mensagens sobre agressões Foto: Reprodução
Ainda segundo o delegado Adriano França, Jairinho será indiciado com base na Lei Maria da Penha. Para os outros crimes, como calúnia, injúria e difamação, além de ameaça, já houve a extinção da punibilidade em razão do tempo decorrido. Foi pedida ainda uma nova prisão preventiva contra o parlamentar. Ele é réu por homicídio triplamente qualificado contra Henry Borel de Almeida, filho da namorada Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e está preso no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, desde 8 de abril.
Ao retornar a residência, a irmã de Debora percebeu as lesões em seu rosto e passou a enviar mensagens para o então cunhado: “Nunca mais toca na minha irmã, porque eu não aceito mais isso; ela amanhã pode estar bem com você, aceitando tudo o que você faz com ela, mas agora vou responder por ela, já que ela não responde; não toca mais nela; estou te pedindo; some da vida dela; vai viver sua vida e deixa ela em paz; não quero saber de nada; ela está com o rosto inchado; mesmo que amanhã ela esteja bem com você, como sempre acontece, o que tem acontecido não aceito mais; de verdade; não quero o seu mal; mas o bem dela pra mim é acima de tudo; por favor segue sua vida e deixa ela em paz".
Jairinho então respondeu, também por aplicativo: “Peça desculpas a todos ai, mas não foi o que aconteceu. Também acho que chegou no limite, mas está dito”. Os prints das telas, que mostram os escritos, foram anexados ao inquérito.
Irmão de Debora falou com Jairinho por mensagens sobre agressões Foto: Reprodução
Ainda segundo o delegado Adriano França, Jairinho será indiciado com base na Lei Maria da Penha. Para os outros crimes, como calúnia, injúria e difamação, além de ameaça, já houve a extinção da punibilidade em razão do tempo decorrido. Foi pedida ainda uma nova prisão preventiva contra o parlamentar. Ele é réu por homicídio triplamente qualificado contra Henry Borel de Almeida, filho da namorada Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e está preso no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, desde 8 de abril.
Extra/Show Francisco
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