segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Campistas fazem carreata e pedem liberdade de Glaidson Acácio dos Santos

Investidor e empresário foi preso na capital acusado de organizar pirâmide financeira e movimentar bilhões de reais

Foto: divulgação

Cerca de 60 carros integram uma carreata que saiu do Centro de Campos e segue para o Parque Rodoviário, na manhã deste domingo (29). Os manifestantes pedem a liberdade do empresário e investidor Glaidson Acácio dos Santos, de 38 anos, preso, esta semana, na capital fluminense, pela Polícia Federal, acusado de organizar pirâmide financeira, ao prometer de lucros de até 10% – considerados exorbitantes – para quem investisse em criptomoedas, principalmente Bitcoin.

A carreata foi organizada pelas redes sociais. Os manifestantes pedem também a elaboração de uma lei com o nome do empresário que facilitaria transações financeiras. Na última quinta-feira (26), um protesto semelhante aconteceu na Praia do Forte, em Cabo Frio, onde Glaidson morava e tinha uma empresa.
Foto: divulgação

Em Campos, a Polícia Militar acompanhou o protesto e não registrou incidentes até o momento.

Operação Kriptos
O ex-garçom Glaidson foi preso na quarta-feira (25), durante a Operação Kryptos, realizada pela Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. Glaidson estava uma mansão em um condomínio de luxo às margens da Lagoa de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A Justiça autorizou a prisão preventiva de Glaidson e outros seis envolvidos no esquema. Também foram expedidos mandados de prisão temporária para duas pessoas suspeitas de participarem da pirâmide.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o grupo prometia lucros incompatíveis com o mercado financeiro por meio do investimento em bitcoins, as moedas virtuais.

Ainda de acordo com a PF, foram apreendidos na operação R$ 150 milhões em criptoativos, maior apreensão de criptomoedas já realizada no Brasil. Mas a suspeita é que ele movimentava bilhões de reais por ano. O valor foi depositado em juízo, na Caixa Econômica Federal, e ficará em custódia judicial até o fim do processo. Também foram apreendidos cerca de R$ 19 milhões em espécie, 21 veículos de luxo, relógios de alto luxo e joias, além de valores em moeda estrangeira e documentos.

A empresa do suspeito, GSA, emitiu uma nota à Imprensa negando que Glaidson tenha envolvimento em crimes financeiros.

O corpo jurídico e o compliance da G.A.S Consultoria trabalham com as providências necessárias, pautados acima de tudo em respeito às leis nacionais e a integridade da operação para que tal ocorrido seja solucionado.
Por fim, a G.A.S Consultoria repudia mais uma vez todo e qualquer crime financeiro que prejudique a economia popular, e reitera os princípios da empresa praticados desde a sua criação, prestar uma educação financeira e tecnológica pautada na ética, transparência e justiça para com os seus clientes.”
Fonte Terceira Via

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