A crise hídrica vai pesar nas contas de luz Foto: Reprodução
Diante do agravamento da crise hídrica — a maior dos últimos 91 anos —, do risco de racionamento de energia elétrica em todo o país, como o que ocorreu em 2001, e dos aumentos constantes da conta de luz, o EXTRA lista algumas dicas para os consumidores, que a cada mês vêm pagando mais pelo mesmo consumo. No fim, a conta é sempre repassada às famílias, às quais cabe fazer um esforço extra para equilibrar um orçamento já muito apertado, ainda que tenha faltado planejamento das autoridades para lidar com os problemas.As sugestão vão além da economia de luz, pois a crise hídrica é um reflexo da falta de chuvas e, consequentemente, da redução do volume de água disponível para gerar energia e abastecer o campo, as indústrias e as cidades. Isso também exige diminuição do consumo.
Economia de luz
No caso da luz, algumas medidas como limpar filtros de aparelhos de ar-condicionado e observar a manutenção da vedação da borracha da geladeira podem exigir algum trabalho, e custo adicional, mas podem gerar uma redução efetiva da conta e o aumento da vida útil destes equipamentos, segundo especialistas.
Quem acha que investir em um novo aparelho mais econômico é boa estratégia pode não levar tanta vantagem. As etiquetas de eficiência energética das geladeiras à venda hoje, por exemplo, não são revisadas pelo Inmetro desde 2006. Portanto, atualmente, não é possível encontrar um refrigerador realmente eficiente no mercado.
Horários alternativos
Desde 2018, os clientes de todas as distribuidoras de energia do Brasil passaram a contar com a opção da Tarifa Branca. Essa forma de cobrança pode resultar em redução na conta de luz se o consumidor conseguir deslocar o consumo — ou a maior parte dele — para fora dos horários de pico. Nesse período, a tarifa branca equivale a 0,88 vezes o valor da convencional.
Para os clientes Light, é vantajoso em lares que têm maior consumo de energia das 22h30 às 17h30 do dia seguinte. Já para os da Enel, entre 22h e 16h do dia posterior. Sábado, domingo e feriados nacionais também são considerados horários fora de ponta.
Se não for o caso, ao invés de se beneficiar com a mudança, a família pode pagar uma conta maior: a tarifa branca é 1,83 vezes mais cara do que a convencional no horário de pico.
Tarifa social de energia
Consumidores de baixa renda têm direito a descontos na conta de luz que podem chegar a 65%, se optarem pela Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE). Mas é preciso cumprir pelo menos um dos seguintes requisitos:
- Ser família inscrita no CadÚnico, com renda familiar mensal menor ou igual a R$ 550 por pessoa.
- Ser idoso com mais de 65 anos ou pessoa com deficiência que receba do INSS o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC/Loas).
- Ter um parente que faça tratamento com uso continuado de aparelhos que demandem consumo de energia, desde que a unidade familiar tenha renda total de até R$ 3.300 e esteja inscrita no CadÚnico.
Os interessados devem entrar em contato com a concessionária apresentando o Número de Identificação Social (NIS) ou do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC/Loas).
Economia de água
Observar alguns detalhes ajuda a reduzir os gastos com a conta de água. O principal deles é o pinga-pinga da torneira. De acordo com a Cedae, uma torneira com filete de água de 1 milímetro (mm) representa o desperdício de 1.280 litros por dia, o suficiente para abastecer uma família de cinco pessoas no mesmo período.
Em seu site, a Cedae também orienta os clientes a usarem a água de forma consciente. As informações podem ser consultadas no endereço eletrônico www.cedae.com.br/dicas_economia.
Além disso, moradores de conjuntos habitacionais, favelas, áreas de interesse social para residências até 50m² e comércios de até 30m², situados em loteamentos irregulares, e habitações populares destinadas a famílias de baixa renda em terrenos cedidos por órgãos públicos têm direito a tarifa social.
Para solicitar a inclusão na tarifa social, o consumidor deve procurar o SAC da companhia que abastece sua região. No caso da Cedae, o telefone é o 0800-282-1195. O cliente também pode ir a uma agência de atendimento mais próxima.
Fonte Extra
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