Informações foram divulgadas após reunião do Gabinete de Crise
O secretário municipal de Saúde de Campos, Paulo Hirano, afirmou, no início da tarde desta segunda-feira (30), que o Município confirmou três casos da variante delta do coronavírus na cidade. Ele informou, também, que a cidade permanece na Fase Amarela do plano de retomada das atividades econômicas e sociais.
A confirmação dos novos casos de variante Delta veio logo após o término da reunião do Gabinete de Crise da Covid-19. Hirano anunciou, também, que a Prefeitura prepara a aplicação da terceira doses em idosos que completaram seu ciclo vacinal há seis meses ou mais.
“De acordo com os indicadores que nós temos como número de leitos ocupados, número de óbitos, entre outros fatores, decidimos manter a fase amarela em nosso município. Agora com a notícia da variante delta circulando em Campos, precisaremos reforçar ainda mais o distanciamento social, o uso de máscaras e avançar ainda mais na aplicação da segunda dose, para que a gente vencer essa batalha”, afirmou Paulo Hirano.
Gabinete de Crise apresenta medidas sanitárias e restritivas
O Gabinete de Crise e Combate à Covid-19 apresentou dados que sinalizam o acerto das medidas sanitárias e restritivas, que colocaram em platô números de casos, óbitos e internações, o que manteve Campos na Fase Amarela. No encontro, com representantes da sociedade civil, vereadores, Ministério Público, técnicos da administração pública e outros, foram abordados temas como a aceleração da vacinação para primeira e segunda doses, e o início do planejamento para a dose de reforço, em cronograma que será definido segundo a oferta de vacinas.
O secretário de Saúde, Paulo Hirano lembrou a perda do promotor Marcelo Lessa, um dos representantes do Ministério Público no Gabinete de Crise e Combate, de seu empenho na defesa dos interesses coletivos da sociedade. Em seguida, passou a palavra ao Subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção de Saúde, Charbel Kury, para apresentação de dados técnicos referentes às últimas três semanas de monitoramento da Covid-19.
O epidemiologista enfatizou que o Gabinete, em sua 19ª reunião, foi estabelecido pelo prefeito Wladimir Garotinho em 1º de janeiro com a finalidade de estabelecer estratégias de mitigação, para reduzir internações e óbitos, e de controle, para conter a cadeia de transmissão.
“Iniciamos antes de termos acesso às vacinas e, para fazer a mitigação, era preciso adotar alternativas como a redução do fluxo de pessoas para conter a transmissão”, pontuou Charbel.
O subsecretário destacou que Campos teve três ondas: a primeira em janeiro, de menor porte. A segunda mais forte, com filas de espera, aumentos de casos de morte; em março, abril e maio, quando foi um caos no Brasil todo, sem remédios, sem leitos, com fila de espera, com variantes Gama e Alfa.
“Com a estratégia de restrições, diminuição de encontros sociais, Campos chegou em 13 de maio à Fase Amarela, enquanto a região se mantinha em Vermelha, segundo parâmetros do Estado. Em agosto saímos da Amarela e fomos para a Laranja, com platô de subida lenta, o que mostrou que era possível pensar que uma nova variante estava chegando entre nós”, destacou Charbel, citando que a ocupação do total de leitos de UTI é de 66,2%.
O recorte de estabilidade foi confirmado pelo monitoramento do Estado, concluído no domingo, mostrando Campos na Fase Amarela. Isso se deve, explica Charbel, a ações da prefeitura de Campos, como a vacinação em massa, em que a cidade apresenta desempenho superior ao do Estado e do país, antecipando faixas etárias, e a reabertura de Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que foram fechadas na administração anterior.
“A melhora rápida se deve a acertos de Campos, como a aceleração da vacinação, à vigilância genômica, a decretos mais restritivos, como a exigência da cobrança de cartão de vacinação por ambientes emissores de aerossóis, como bares, restaurantes e academias”, assinala Charbel.
Terceira dose de vacina
Campos reproduz o que é registrado no Brasil: há aumento de óbitos nas faixas de 70 e 80 anos ou mais, o que está relacionado ao tempo de aplicação das duas doses, com queda progressiva de proteção e ampliação de casos de doenças. Por isso, aponta o secretário de Saúde, Paulo Hirano, Campos está se preparando para planejar a aplicação da terceira dose para idosos, principalmente acima de 80 anos:
“Campos tem se destacado por suas ações, sempre tomando medidas necessárias a cada momento detectado pela vigilância. Estamos nos destacando em relação ao Brasil e ao Estado do Rio, com 90% da população adulta vacinada com 1ª dose e 45% com a segunda dose. Estamos nos preparando para a terceira dose para idosos, principalmente os que já ultrapassaram a marca dos seis meses da primeira dose, e que se tornam mais suscetíveis à variante Delta. A cepa circulante, a Delta, tem seis vezes mais capacidade de transmissão do que a original, por isso é preciso manter o uso de máscaras e o distanciamento”, acrescentou.
No encontro do Gabinete de Crise e Combate, foram destacados os próximos passos: aceleração na vacinação até 12 anos e aceleração da aplicação da segunda dose, testagem e atendimento descentralizado, vigilância de variantes pela UFRJ, repescagem por UPH à noite por agendamento on-line, manutenção de aulas com protocolos sanitários, com comissão pró-saúde e polo de testagem da Educação.
Com informações da SubCom/PMCG/Show Francisco
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