Solenidade de formatura de 375 novos Policiais Militares no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar, em Sulacap Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo/Camila Zarur, Rayanderson Guerra e Guilherme Caetano
RIO E SÃO PAULO — Às vésperas da manifestação do dia 7 de setembro, governadores pelo Brasil se preparam de diferentes formas para a possibilidade de policiais militares participarem dos atos a favor do presidente Jair Bolsonaro. Levantamento do GLOBO com os 26 governos estaduais e mais o Distrito Federal revela que oito chefes de executivo se comprometem a punir oficiais e praças que participarem das manifestações. Dez governadores não deixam claro nas respostas quais serão as suas condutas; dois afirmam que seus regimentos preveem a ida aos atos desde que sem farda; e sete não responderam ao questionamento.A preocupação dos governos com a presença de policiais militares nas manifestações veio a público na semana passada após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), exonerar um comandante da Polícia Militar, o coronel Aleksander Lacerda. Nas redes sociais, o oficial atacava o Supremo Tribunal Federal (STF) e convocava para os atos da próxima terça-feira. A mobilização de policiais pela internet também acendeu o alerta de ministérios públicos pelo Brasil, que abriram investigações para apurar a ida de agentes de segurança às ruas no dia 7.
As regras para a presença em manifestações políticas variam de acordo com o texto dos regimentos internos das polícias militares em cada estado. Os três estados que deverão concentrar os maiores públicos nos protestos — São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro — têm entendimentos distintos sobre o assunto.
Existe uma expectativa dos governadores para os atos da próxima semana, e também a análise de especialistas sobre a politização das polícias militares e seus regimentos disciplinares.
Fonte Extra
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