segunda-feira, 7 de março de 2022

Professores fazem protesto por piso salarial e contra fechamento de escolas em Campos

Manifestação do Sepe aconteceu na Prefeitura; secretário de Educação se posicionou quanto às reivindicações dos profissionais


Manifestação em frente à PMCG (Foto: Divulgação)

Um grupo de professores, liderado pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), fez protesto na manhã desta segunda-feira (7), em frente ao prédio da Prefeitura de Campos dos Goytacazes. Eles levaram faixas e cartazes na manifestação. Protestaram contra o fechamento de algumas escolas e creches municipais, e voltaram a cobrar do governo municipal o cumprimento de reajuste salarial de 50% para que o piso nacional seja pago à categoria. O secretário de Educação, Marcelo Feres, disse que a decisão está sendo analisada pelo prefeito Wladimir Garotinho. Quanto aos prédios escolares sem condições de uso, o secretário afirmou que o problema será resolvido em algumas semanas.

A coordenadora geral do Sepe-Campos, Odisséia Carvalho, falou que o fechamento de alguma unidades escolares não pode acontecer sem aprovação da comunidade.


Professor de Campos participa da manifestação

“Há uma semana, fomos informados que a Prefeitura de Campos fecharia sete unidades, entre escolas e creches. O Sepe esteve reunido com o secretário Marcelo Feres logo após a notícia. Conseguimos reverter a situação de três unidades: em Fazendinha, Bela Vista e Três Vendas. As outras quatro unidades dependem de reforma e a comunidade precisa decidir o que será feito delas”, comenta Odisséia.


Odisseia Carvalho é coordenadora geral do Sepe (Arquivo)

Os manifestantes voltaram a cobrar do governo municipal reajuste salarial para que o piso nacional dos professores seja cumprido em Campos. Em janeiro, o Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação Básica (PSPN) teve reajuste de 33,24%, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro. O valor do piso para 2022 é de R$ 3.845,63, e deve atender a mais de 1,7 milhão docentes do país, segundo o Ministério da Educação.

“Queremos que o prefeito pague o reajuste de 50% anunciado. Queremos que esse piso nacional se estenda aos aposentados, e que o reajuste contemple a todos os profissionais da educação. Vale dizer que os profissionais contam com recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) para isto. Queremos o descongelamento do plano de carreira”, diz Odisséia.


Secretário Marcelo Feres (Arquivo)

Na manhã desta segunda-feira (7), o secretário de Educação, Ciência e Tecnologia (Seeduct), Marcelo Feres, conversou com jornalistas durante a volta às aulas. Questionado sobre a precarização de prédios escolares, ele afirmou que nas próximas semanas vai solucionar a situação de 24 unidades sem condições de uso. “Temos 234 unidades municipais. Destas, 24 vão precisar de manutenção ou reforma. Apesar disto, os alunos não terão prejuízos, pois os 200 dias letivos serão cumpridos. Nas próximas semanas, definiremos soluções para esses prédios”, disse o secretário.

Marcelo Feres também comentou sobre a reivindicação pelo pagamento do piso nacional anunciado pelo governo federal. “Sobre a questão salarial, é preciso ter uma análise mais aprofundada, e o prefeito Wladimir já estuda essa possibilidade. Acredito que os professores de Campos da rede municipal não ficarão em condições desfavoráveis”, concluiu.
Terceira Via/Show Francisco

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