domingo, 1 de maio de 2022

Implantação do corredor Norte-Sul nas ruas de Campos divide opiniões

ÍCARO ABREU BARBOSA



Andando pelas ruas de Campos nesta última semana percebe-se que a mobilidade urbana na cidade está diferente. As mudanças dividem opiniões. Várias ruas da área central mudaram o sentido com a implementação do corredor Norte-Sul. Essas alterações vieram em um período de obras de recapeamento asfáltico, alargamento da principal via da cidade (a Avenida 28 de Março) e reforço de sinalização, além da recuperação e expansão de ciclovias. Tudo isso acontece com reforço de milhões de reais em verbas federal e estadual.

Dentre as mudanças estão a inversão do sentido de cinco ruas e de trechos de outras cinco. As ruas dos Goytacazes, Marechal Floriano, Marechal Deodoro, Saturnino Braga, assim como a Travessa Júlio Feydit foram alteradas por completo; enquanto as Ruas dos Andradas, 21 de Abril, Ipiranga, Coronel Cardoso e a Avenida Rui Barbosa tiveram apenas trechos invertidos. Tudo isso para, nas palavras do subsecretário de mobilidade urbana Sérgio Mansur, “gerar um fluxo mais direto e evitar o aumento de trânsito no Centro”.

Bom, os campistas que pagam a conta dessas mudanças com o dinheiro dos impostos, sejam eles motoristas, ciclistas ou pedestres, cada um à sua maneira, têm uma opinião. A advogada aposentada Estella Fernandes dirige há muitos anos pela cidade comenta: – Algumas pessoas estranharam (as mudanças), justamente porque é uma novidade. Mas para quem está atrás do volante, evitar o trânsito tumultuado do Centro quando a gente não precisa passar por lá é sempre uma coisa positiva. Eu gostei muito.


Na visão do sociólogo e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), George Gomes Coutinho, as mudanças foram benéficas e contam com um bom suporte da Prefeitura:

– Gostei das mudanças nas vias públicas campistas, claro que no centro... mas, já é uma melhoria. Belo capeamento asfáltico renovado. Tudo sinalizado. Placas, sinal de trânsito, pinturas de sinalização no chão e com a Guarda Civil Municipal orientando o trânsito - disse, não deixando de criticar a postura de parte da população: “Muito civilizado. Menos os motoristas, motociclistas, pedestres e ciclistas suicidas. Gostei das melhorias tipo ‘Atlântico Norte’ nas vias públicas. Agora teremos que importar os usuários de lá”, chegou a escrever em redes sociais.

Apesar dos elogios, nem tudo são flores. Na rua do Gás muitos vem se queixando da extinção do estacionamento nas redes sociais – justamente por se tratar de uma rua residencial. O antigo acostamento deu lugar a uma ciclofaixa e a prefeitura explicou em nota: “foi necessário transferir o estacionamento para as ruas perpendiculares para que fosse implantada a ciclofaixa prevista no Plano de Mobilidade, criando um espaço nas vias para circulação segura dos ciclistas.”
Fonte:Fmanhã

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