Manifestação do Siprosep (Fotos: Genilson Pessanha)
Os servidores municipais de Campos, que estão em greve por tempo indeterminado, fizeram nesta segunda-feira (30) um apitaço na frente da Prefeitura. O grupo também tomou a avenida Nilo Peçanha, como forma de chamar atenção da população. Há 14 dias, os grevistas estão acampados em uma das entradas do prédio e realizam piquete. A reivindicação é por reposição salarial, em defasagem há 7 anos. Os servidores têm uma pauta de oito itens para negociar com o governo Wladimir, que prometeu atender dois, mas se nega a receber os representantes do sindicato.
Na última sexta-feira (27), o grupo levou um caixão, em protesto por direitos trabalhistas, para a frente da Prefeitura e seguiu para a Câmara para participar de audiência pública no Legislativo, da prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2022, conforme prevê o artigo 9°, inciso IV, da Lei Complementar 101/2000. Eles protestam porque na apresentação da transparência, não há indicativo que o governo pretenda conceder a reposição salarial dos 19.500 servidores, em 2023.
Antes, na quinta-feira (26), o prefeito Wladimir Garotinho afirmou que não receberá o Siprosep para negociação. Ele afirma que quem está “à frente do sindicato tem um projeto político e está usando o servidor como massa de manobra”.
— A Prefeitura estará sempre aberta para negociar com as categorias, com os servidores, mas eu não receberei o Siprosep, porque eu acho que ele cruzou a linha, foi para porta da minha casa. Lá na minha casa eu sou pai, na minha casa eu sou marido. Meu filho, por exemplo, não pôde sair para ir para a escola, porque o sindicato estava na porta da minha casa. Então, recado aqui aos servidores: a Prefeitura está aberta, quer dialogar com vocês. Com o sindicato, não, porque a pessoa que está à frente do sindicato tem um projeto político, está usando o servidor como massa de manobra para isso — disse Wladimir.
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