Arnaldo Neto
*Com Aluysio Abreu Barbosa
Nem todos do clã
A coluna anunciou (aqui) na edição da última quarta-feira (1º) que, após as rusgas públicas dentro da família Garotinho, os ex-governadores Anthony e Rosinha, a deputada federal Clarissa (os três, União) e o prefeito Wladimir (sem partido) voltariam a se reunir publicamente em um ato político, que aconteceria no dia seguinte. Mas, diferentemente dos pais e da irmã, Wladimir não foi (aqui) à prestação de contas do vereador Juninho Virgílio (União), realizada na noite dessa quinta-feira (02), em um salão de festas da avenida Arthur Bernardes.
“Motivos pessoais”: o governador
Segundo apurou o repórter-fotográfico da Folha Rodrigo Silveira, a informação dada no evento foi que o prefeito não teria comparecido por motivos pessoais. A qualquer observador mais atento da política goitacá e fluminense, por “motivos pessoais”, entenda-se o governador Cláudio Castro (PL). Que é candidato à reeleição e lidera as pesquisas numa disputa em que Garotinho também se coloca como pré-candidato. Ainda que sem a certeza da vaga pelo seu partido, já que chegou a ser desautorizado por Luciano Bivar, presidente nacional do União Brasil (aqui).
Entre Castro e o pai
Sem Castro, Wladimir, que já tinha declarado publicamente apoio ao governador (aqui), colocaria em risco a manutenção do Restaurante Popular, a conclusão da reforma do Hospital Geral de Guarus (HGG) e a retomada das obras no Parque Saraiva. Até aqui, valem as palavras do prefeito no dia 19 (aqui), à reportagem da Folha, sobre seu apoio a Castro ou ao pai a governador: “Vamos esperar as convenções partidárias”. Assim como ficam sem confirmação as palavras de Clarissa, reproduzidas nesta coluna (aqui) no último sábado (28): “Obviamente que minha família estará unida em torno da (pré-)candidatura de Garotinho”.
Ferrugem, que tem recurso sendo julgado no STF, com Juninho Virgílio e parte do clã Garotinho / Rodrigo Silveira
Chequinho no STF
Não é segredo para ninguém que a candidatura de Juninho Virgílio a vereador, como sua atual pré-candidatura a deputado, foi fruto de uma conjuntura que impede o ex-vereador Thiago Virgílio (União) de concorrer. Isso porque Thiago foi condenado na Chequinho. E o grupo político está atento a um julgamento na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que pode mudar a situação. O colegiado aprecia um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR), contra decisão monocrática do ministro Ricardo Lewandowski, que anulava a condenação do ex-vereador Thiago Ferrugem (União) em ação penal da Chequinho.
Recurso
Ferrugem foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em agosto de 2019, a três anos e oito meses de prisão (substituídos por multa e proibição de exercer cargos públicos), devido a troca de votos por benefícios do Cheque Cidadão em 2016. A pedido da defesa, Lewandowski anulou a sentença sob alegação de que não houve perícia no material apreendido na secretaria de Desenvolvimento Humano e Social. Para ele, isso tornaria ilícita as provas. No grupo, a expectativa era de extensão da decisão para todos os condenados, no que seria considerado uma “anulação” da Chequinho, que voltaria à primeira instância.
Placar
Na Segunda Turma do STF, Lewandowski votou contra o recurso da PGR. O ministro Edson Fachin abriu a divergência, observando que “o crime de corrupção eleitoral é formal , sendo despicienda a obtenção do resultado pretendido”. O ministro Nunes Marques acompanhou o voto divergente. No plenário virtual, o registro seguinte foi o do pedido de vista do ministro André Mendonça. Na sequência, Gilmar Mendes seguiu o relator, empatando o placar em 2 a 2. Não tem prazo, mas o voto do ministro “terrivelmente evangélico” indicado por Jair Bolsonaro (PL) vai definir o futuro da Chequinho — e de parte do grupo dos Garotinho.
Só uma foto
Na galeria dos ex-prefeitos de Campos falta uma foto: a de Sérgio Mendes. Eleito em 1992 com apoio de Garotinho, não demorou muito para virar desafeto do político da Lapa. Pelas redes sociais, Sérgio contou está, “através da justiça, executando uma dívida de Garotinho, comigo, por danos morais”. O valor da indenização, de acordo com o ex-prefeito, fica em torno de R$ 500 mil. Na publicação, Mendes ainda questiona: “Será por isso que tiraram minha foto da galeria de ex-prefeitos que fica no Cesec?”. Fato é que, independentemente do motivo pelo qual tenha sumido, a foto tem que voltar ao seu lugar.
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domingo, 5 de junho de 2022
Ausência de Wladimir, Chequinho no STF e sumiço da foto de Sérgio Mendes
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