Companhia aérea anunciou que a partir de agosto todos os voos saídos de Campos e Macaé com destino à capital fluminense terão escala em Campinas, SP
Edvar Junior, presidente da CDL Campos (Arquivo)
Representantes do comércio e da indústria em Campos dos Goytacazes se manifestaram nesta sexta-feira (1) contrários à decisão da Azul Linhas Aéreas de suspender voos diretos para o Rio de Janeiro (clique aqui). A Firjan Norte Fluminense e a Câmara dos Dirigentes Lojistas criticaram a medida por meio de comunicados e notas à imprensa. Segundo a Azul, a partir de 8 de agosto, voos oriundos de Campos e de Macaé em direção ao Rio terão escala no Aeroporto Viracopos, em Campinas, São Paulo.
O presidente da CDL Campos, Edvar Júnior, enviou ao representante da Azul em Campos, Ronaldo Veras, um ofício solicitando à companhia que desista da suspensão de voos diretos Campos-Rio-Campos. Segundo Edvar, isto vai prejudicar muitas pessoas que utilizam o transporte aéreo para negócios, tratamento de saúde e lazer na capital fluminense. Outros pedidos endereçados a Azul foram enviados por diversos representantes da sociedade civil, bancos e Prefeitura de Campos, solicitando a manutenção dos voos diretos para o Rio de Janeiro. Na quinta-feira (30), a Azul divulgou uma nota comunicando que a partir de agosto, conexões serão feitas em Campinas (SP).
“A CDL Campos e outras entidades estão empenhadas em buscar alternativas junto à companhia Azul, que sejam menos onerosas e atendam aos interesses de todos, de modo equilibrado. A falta de voos diretos para o Rio de Janeiro afetará a muitos profissionais e cidadãos que necessitam otimizar o tempo em viagens para a capital”, comenta o presidente da CDL.
Roberto Siqueira preside a Firjan NF (Arquivo)
A Firjan Norte Fluminense emitiu um comunicado lamentando a decisão da Azul em suspender voos diretos para o Rio a partir de agosto.
Nota da Firjan
“A Firjan lamenta a notícia de que a Azul Linhas Aéreas decidiu suspender os voos diretos de Campos e Macaé para o Rio de Janeiro. Além de reunir dois dos municípios que mais geram empregos no estado, trata-se de um dos polos nacionais da produção de petróleo e gás natural, que reúne ainda mais de duas dezenas de projetos de transição energética, agenda esta urgente em todo o mundo.
Dessa forma, a Firjan entende que a decisão da empresa aérea, uma vez mantida, viria de encontro a uma série de investimentos de multinacionais na região, nos quais podemos citar a recente inauguração de uma Base de Apoio Offshore da Petrobras, em Macaé, e a expansão da atuação de operadores como Equinor, PetroRio, 3R, Tridente, Perenco e BR Offshore. E ainda, traduzindo em números, são cerca de R$ 13,2 bilhões em investimentos em projetos energéticos que vão desde termelétricas, usinas solares, de hidrogênio e eólica offshore. Não à toa, o Porto do Açu, em São João da Barra, já anunciou a construção de uma nova linha férrea que será conectada à malha ferroviária nacional”
Firjan
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