Pesquisa realizada em supermercados constata que o leite e derivados estão com um aumento maior que a inflação
Foto: Divulgação.
O leite agora é o vilão da inflação nas prateleiras dos supermercados de Campos, onde o preço de uma caixinha de um litro chega a R$ 9,00 em alguns estabelecimentos. Nas últimas semanas, de acordo com pesquisa da equipe do Campos 24 Horas, o produto sofreu aumento de mais de 40% em alguns estabelecimentos. Ao longo do ano, porém, o percentual de aumento variou entre 60% a 70% No início do ano, o leite comum era vendido entre R$ 3,00 e R$ 4,50. O principal motivo seria o aumento dos custos na produção e a escassez do produto devido à estiagem no verão.
“Não se encontra o leite hoje por menos de R$ 7,00 ou R$ 8,00, as marcas mais baratas. Estou assustada porque estavaacostumada a pagar menos de R$ 4,00 não faz tanto tempo. Tenho uma criança de quatro anos, preciso procurar os mais baratos porque na hora que passa no caixa faz uma boa diferença”, disse a enfermeira Cristiane Alves.
Em oito estabelecimentos, a reportagem encontrou o leite Ninho ao preço de R 9,99; o Italac a R$ 7,19; o Aurora, a R$ 6,99; o Itambé saiu a R$ 7,59; e o Ibituruna, a R$ 7,19;.
Consumir leite ficou mais caro em algumas capitais. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o item foi um dos principais a puxar a alta da cesta básica em junho, subindo em média 10,15% em um mês.
O secretário municipal de Agricultura de Campos, professor Almy Junior, destaca que, se nas prateleiras o preço está nas alturas, o mesmo não ocorre com o que tem sido pago aos produtores.
“O produtor vem levando o raio para produzir. Seca, soja cara e milho caros, energia elétrica também. Aliado a isso, um produtor vende um litro de leite a R$ 2, 30, R$ 2,60 para o consumidor comprar a R$ 7,00 ou R$ 8,00. Alguém fica com muito lucro, o produtor fica com muito risco. Pior, vai subir muito mais, já que muitos produtores vêm desistindo da atividade”, comentou o secretário nas redes sociais.
Para Almy Junior, o governo precisa entender o que é segurança alimentar, com estoques reguladores que poderiam ser mantidos se a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) cumprisse suas finalidades.
Enquanto isso, outros derivados do leite como queijos, iogurtes, requeijão e manteiga que também são impactados por essa alta dos preços do alimento.
Fonte:Campos 24 horas
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