quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Varíola dos macacos: secretaria de Saúde afirma que não há motivo para pânico

 

Infectologista Rodrigo Carneiro / Divulgação - Secom 

Campos Após a confirmação da morte de um paciente em decorrência de inflamação generalizada desencadeada por infecção por varíola dos macacos, em Campos, o subsecretário municipal de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), médico infectologista Rodrigo Carneiro, afirma que não há motivos para pânico no município, já que não há casos com transmissão viral local. De acordo com ele, todos os casos com diagnóstico positivo para a doença têm histórico de viagem. Campos contabiliza três casos confirmados e três suspeitos.
O paciente, um homem de 33 anos, com comorbidades, morreu nessa segunda-feira (29), no Hospital Ferreira Machado (HFM), onde estava internado desde o início deste mês. Segundo o médico, anterior ao início dos sintomas, ele viajou para São Paulo e Natal, cidades onde, possivelmente, teria tido contato com alguém com o vírus e se infectado.
— É importante a gente destacar que o período de incubação da doença bate exatamente com as viagens. Ele iniciou os sintomas pouco tempo depois de retornar a Campos e isso faz com que descartemos a contaminação do vírus dentro da cidade. A população não precisa ficar preocupada. Nós seguimos vigilantes e, a partir do momento em que identificarmos a circulação do vírus dentro da cidade, iremos comunicar a todos — reforçou o infectologista.

Segundo a secretaria municipal de Saúde, no momento, há em Campos três casos suspeitos. “Os pacientes são monitorados diariamente e estão em isolamento domiciliar. Também há três casos confirmados, um deles do paciente que veio a óbito, um já recebeu alta após tratamento e isolamento, outro segue em monitoramento e isolamento. Outros 11 casos foram descartados após exames laboratoriais”.
— Estamos aguardando o resultado das amostras que foram coletadas dos três pacientes com casos suspeitos e enviadas ao Lacen/RJ (Laboratório Central Noel Nutels) e nós seguimos acompanhando esses casos — reforçou o infectologista, salientando que a principal forma para combater o vírus monkeypox é a vigilância contínua. — Esses pacientes, assim que identificados, devem ser colocados em isolamento domiciliar ou hospitalar, caso o quadro clínico necessite. Os seus contatos também devem ser rastreados.
Internação e morte — O paciente apresentou um quadro sistêmico, que, de acordo com Rodrigo Carneiro, é compatível com o início da doença, como febre, prostração e dores pelo corpo. Poucos dias depois, apareceram as lesões características da varíola e, com isso, o diagnóstico provável à doença. Dessa forma, foram coletadas as amostras e enviadas ao Lacen-RJ. Simultaneamente, o setor de epidemiologia da secretaria municipal de Saúde começou a fazer o rastreio, tanto do paciente como dos familiares e pessoas próximas a ele.
— O monitoramento é feito pelo telefone e, havendo necessidade, uma equipe se desloca até a residência do paciente. Nós rastreamos todos os contatos domiciliares ou próximos, como alunos em escolas e faculdades. Durante todo esse período de acompanhamento e monitoramento, não observamos o aparecimento de sintomas sugestivos em nenhum dos seus contatos — ressaltou o médico.
No dia 2 de agosto, o paciente apresentou uma piora do quadro clínico, necessitando de internação, sendo encaminhado ao leito de isolamento do Setor de Doenças Infecto Parasitárias do HFM. Durante a internação, o homem necessitou ser encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tendo, inclusive, que ser intubado, mas não resistiu.
— É importante reforçar que seguimos vigilantes e, aparecendo febre e dores pelo corpo, seguidas de lesões características (principalmente bolhas), esse paciente deve procurar a nossa rede de urgência e emergência para ser avaliado por um médico e, caso seja constatado a suspeita da infecção pelo monkeypox, ele será encaminhado para o Centro de Doenças Infecto Parasitárias (CDIP) para ser avaliado por um especialista — informou Carneiro, frisando que a principal forma de transmissão é por contato próximo, principalmente íntimo, com pessoas infectadas.
Fonte: Prefeitura de Campos

Fonte: Secom/PMCG

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