
Câmara dos Vereadores de Campos
Superada a eleição para presidente da República, o noticiário político local volta as atenções para a novela da eleição da Mesa Diretora da Câmara de Campos e a questão do Orçamento de 2023, bem como as contas dos ex-prefeitos Rosinha Garotinho e Rafael Diniz. A aposta da base para virar o jogo na eleição da Mesa é no prefeito Wladimir Garotinho (sem partido), que prometeu entrar de cabeça nas articulações. Já a oposição defende que o grupo segue coeso e ampliando forças para fazer valer a vitória de 15 de fevereiro, quando Marquinho Bacellar (SD) foi eleito presidente, mas o pleito foi anulado.
Já dizia o ex-governador mineiro Magalhães Pinto (1906-1996): “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. E o ex-deputado federal Paulo Feijó advertiu: “Na política de Campos, só falta boi voar”. Certeza, pelo Regimento da Casa, é que a nova eleição tem previsão de acontecer nos próximos 40 dias, até o dia 15 de dezembro. E até lá, as negociações continuam.
Se nenhum bovino alçar voo na planície goitacá, a oposição trabalha para ratificar a vitória de Marquinho.
Como observou o jornalista Saulo Pessanha (aqui) no seu “Painel Político” da última quarta-feira (2), “o bloco governista se reuniu algumas vezes nos últimos dias e tirou fotos. O maior quórum nos encontros somou 10 vereadores. Além dos 13 que derrotaram os governistas na eleição da Mesa (...), outros dois vereadores não participaram das últimas reuniões: Thiago Rangel (Podemos) e Dandinho de Rio Preto (PSD)”.
Eleito deputado estadual, Thiago já confirmou em entrevista ao Folha no Ar no último mês que só renunciará ao mandato de vereador após a conclusão da eleição da Mesa. A posse na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) será em fevereiro do próximo ano. Rangel votou com a oposição nesta semana — assim como Dandinho (que diz estar na base, mas apoia os Bacellar) — em uma indicação legislativa pelo aumento no valor do programa municipal de transferência de renda Cartão Goitacá. Ainda na entrevista ao Folha no Ar, ele pontuou que haveria a possibilidade de votar com a base de Wladimir na Mesa de Campos e com Rodrigo Bacellar (PL), caso o irmão de Marquinho seja candidato a presidente da Alerj.

Superada a eleição para presidente da República, o noticiário político local volta as atenções para a novela da eleição da Mesa Diretora da Câmara de Campos e a questão do Orçamento de 2023, bem como as contas dos ex-prefeitos Rosinha Garotinho e Rafael Diniz. A aposta da base para virar o jogo na eleição da Mesa é no prefeito Wladimir Garotinho (sem partido), que prometeu entrar de cabeça nas articulações. Já a oposição defende que o grupo segue coeso e ampliando forças para fazer valer a vitória de 15 de fevereiro, quando Marquinho Bacellar (SD) foi eleito presidente, mas o pleito foi anulado.
Já dizia o ex-governador mineiro Magalhães Pinto (1906-1996): “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. E o ex-deputado federal Paulo Feijó advertiu: “Na política de Campos, só falta boi voar”. Certeza, pelo Regimento da Casa, é que a nova eleição tem previsão de acontecer nos próximos 40 dias, até o dia 15 de dezembro. E até lá, as negociações continuam.
Se nenhum bovino alçar voo na planície goitacá, a oposição trabalha para ratificar a vitória de Marquinho.
Como observou o jornalista Saulo Pessanha (aqui) no seu “Painel Político” da última quarta-feira (2), “o bloco governista se reuniu algumas vezes nos últimos dias e tirou fotos. O maior quórum nos encontros somou 10 vereadores. Além dos 13 que derrotaram os governistas na eleição da Mesa (...), outros dois vereadores não participaram das últimas reuniões: Thiago Rangel (Podemos) e Dandinho de Rio Preto (PSD)”.
Eleito deputado estadual, Thiago já confirmou em entrevista ao Folha no Ar no último mês que só renunciará ao mandato de vereador após a conclusão da eleição da Mesa. A posse na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) será em fevereiro do próximo ano. Rangel votou com a oposição nesta semana — assim como Dandinho (que diz estar na base, mas apoia os Bacellar) — em uma indicação legislativa pelo aumento no valor do programa municipal de transferência de renda Cartão Goitacá. Ainda na entrevista ao Folha no Ar, ele pontuou que haveria a possibilidade de votar com a base de Wladimir na Mesa de Campos e com Rodrigo Bacellar (PL), caso o irmão de Marquinho seja candidato a presidente da Alerj.

Fábio Ribeiro e Marquinho Bacellar são cotados como candidatos / Rodrigo Silveira
Atual presidente da Casa, Fábio Ribeiro (PSD) garante a realização da eleição da Mesa nos próximos 40 dias, mas não deu previsão. Vê como prioridade as discussões sobre o orçamento da cidade do próximo ano, mas ainda prevê para este biênio a votação das contas de Rosinha e Rafael. Derrotado na eleição anulada de 15 de fevereiro, era dado como nome certo como candidato governista na nova votação. Agora, porém, diz que esse cargo está em aberto. Uma reunião com o prefeito, prevista para a próxima semana, vai definir as diretrizes da base. Por ora, Fábio tem buscado o consenso com a oposição.
— No meu pensamento, se a oposição tem a maioria, seria bom o governo ter a presidência. Isso equilibra as forças. Essa composição, para mim, seria a ideal. Não estou aqui defendendo o governo, estou falando de experiência. Nessa composição tivemos avanços em vários projetos aqui na Câmara, que a gente debateu e melhorou os projetos — disse o atual presidente.
Com maioria na Casa, a oposição não parece estar muito flexível a uma composição. Questionado sobre as articulações envolvendo a eleição da Mesa e o seu nome como próximo presidente da Câmara, Marquinho foi sucinto: “Está tudo caminhando bem. O pessoal está bem firme, o grupo está bem coeso”.
Wladimir de olho na eleição e no Orçamento

— No meu pensamento, se a oposição tem a maioria, seria bom o governo ter a presidência. Isso equilibra as forças. Essa composição, para mim, seria a ideal. Não estou aqui defendendo o governo, estou falando de experiência. Nessa composição tivemos avanços em vários projetos aqui na Câmara, que a gente debateu e melhorou os projetos — disse o atual presidente.
Com maioria na Casa, a oposição não parece estar muito flexível a uma composição. Questionado sobre as articulações envolvendo a eleição da Mesa e o seu nome como próximo presidente da Câmara, Marquinho foi sucinto: “Está tudo caminhando bem. O pessoal está bem firme, o grupo está bem coeso”.
Wladimir de olho na eleição e no Orçamento

Folha1
O prefeito Wladimir Garotinho afirmou ao Folha no Ar, no último dia 25, que só entraria de cabeça na eleição da Mesa da Câmara de Campos depois da eleição presidencial. “Política é feita de diálogo, de conversa. As pessoas conversam. Eu estou conversando”, pontuou.
A semana posterior à eleição presidencial foi “quebrada” por um feriado, o que acabou esfriando as articulações para a eleição da Mesa.
Desde que a oposição virou maioria na Câmara, muito foi aventado sobre qual seria o papel do governador Cláudio Castro (PL) para amenizar o clima de tensão na política goitacá. Reeleito, Castro conta com Wladimir como aliado, mas também tem como homem forte Rodrigo Bacellar, deputado estadual reeleito e, atualmente, secretário estadual de Governo.
Bacellar é cotado como candidato à presidência da Alerj. A Folha tentou ouvi-lo sobre como tem acompanhado as movimentações na Câmara de Campos, qual a sua influência e se há alguma possibilidade de composição com o grupo do prefeito Wladimir, mas não teve retorno até o fechamento da edição.
Já para o governo Wladimir, outra preocupação na Casa é a questão do Orçamento para o próximo ano. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ainda não foi aprovada. E a oposição quer impôr, na Lei Orçamentária Anual (LOA), o limite de 5% de remanejamento no orçamento da Prefeitura de 2023.
Polêmica — A eleição da Mesa da Câmara teve início no dia 15 de fevereiro. Fábio tinha um documento assinado por mais 12 vereadores, que o apoiariam à reeleição. O número era o suficiente para a vitória. Porém, no plenário, Maicon Cruz (PSC), que assinou com Fábio, votou em Marquinho, assegurando a vitória do líder de oposição. O resultado chegou a ser proclamado. Porém, no dia seguinte, Fábio anunciou a suspensão e, posteriormente, a anulação do resultado.
Durante a eleição da Mesa, Nildo Cardoso (União) não foi chamado para votar, apesar de ter orientado o voto da oposição em Marquinho. O episódio abriu uma das maiores polêmicas no Legislativo goitacá, que se arrasta até hoje e teve vários desdobramentos na Justiça.
Em protesto, os vereadores de oposição — Abdu Neme (Avante), Anderson de Matos (Republicanos), Bruno Vianna (PSD), Fred Machado (Cidadania), Helinho Nahim (Agir), Igor Pereira (SD), Nildo Cardoso, Luciano Rio Lu (PDT), Maicon Cruz, Marquinho Bacellar, Marquinho do Transporte (PDT), Raphael Thuin (PTB) e Rogério Matoso (União) — começaram a faltar às sessões. Um rito administrativo que poderia culminar na cassação deles chegou a ser aberto. Porém, a Justiça garantiu que a medida deveria passar pelo plenário, não apenas pela Mesa Diretora. Depois, a Mesa arquivou os processos de cassação.
A semana posterior à eleição presidencial foi “quebrada” por um feriado, o que acabou esfriando as articulações para a eleição da Mesa.
Desde que a oposição virou maioria na Câmara, muito foi aventado sobre qual seria o papel do governador Cláudio Castro (PL) para amenizar o clima de tensão na política goitacá. Reeleito, Castro conta com Wladimir como aliado, mas também tem como homem forte Rodrigo Bacellar, deputado estadual reeleito e, atualmente, secretário estadual de Governo.
Bacellar é cotado como candidato à presidência da Alerj. A Folha tentou ouvi-lo sobre como tem acompanhado as movimentações na Câmara de Campos, qual a sua influência e se há alguma possibilidade de composição com o grupo do prefeito Wladimir, mas não teve retorno até o fechamento da edição.
Já para o governo Wladimir, outra preocupação na Casa é a questão do Orçamento para o próximo ano. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ainda não foi aprovada. E a oposição quer impôr, na Lei Orçamentária Anual (LOA), o limite de 5% de remanejamento no orçamento da Prefeitura de 2023.
Polêmica — A eleição da Mesa da Câmara teve início no dia 15 de fevereiro. Fábio tinha um documento assinado por mais 12 vereadores, que o apoiariam à reeleição. O número era o suficiente para a vitória. Porém, no plenário, Maicon Cruz (PSC), que assinou com Fábio, votou em Marquinho, assegurando a vitória do líder de oposição. O resultado chegou a ser proclamado. Porém, no dia seguinte, Fábio anunciou a suspensão e, posteriormente, a anulação do resultado.
Durante a eleição da Mesa, Nildo Cardoso (União) não foi chamado para votar, apesar de ter orientado o voto da oposição em Marquinho. O episódio abriu uma das maiores polêmicas no Legislativo goitacá, que se arrasta até hoje e teve vários desdobramentos na Justiça.
Em protesto, os vereadores de oposição — Abdu Neme (Avante), Anderson de Matos (Republicanos), Bruno Vianna (PSD), Fred Machado (Cidadania), Helinho Nahim (Agir), Igor Pereira (SD), Nildo Cardoso, Luciano Rio Lu (PDT), Maicon Cruz, Marquinho Bacellar, Marquinho do Transporte (PDT), Raphael Thuin (PTB) e Rogério Matoso (União) — começaram a faltar às sessões. Um rito administrativo que poderia culminar na cassação deles chegou a ser aberto. Porém, a Justiça garantiu que a medida deveria passar pelo plenário, não apenas pela Mesa Diretora. Depois, a Mesa arquivou os processos de cassação.
Fmanhã
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