quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Caso Henry: Preso, Jairinho recupera registro de médico

 

Desde junho, Jairo Souza Santos Júnior, preso pela morte do menino Henry Borel, pode usar novamente o título de doutor em seu nome. Isso porque terminou o prazo regulamentar de um ano da interdição cautelar do seu registro aplicada pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). Na entidade, ainda tramita um processo ético-disciplinar, sob sigilo, que apura a conduta de Jairo no atendimento da criança na noite do crime. Na conclusão desse procedimento, o registro dele poderá ser ou não cassado definitivamente.

Uma consulta ao site do conselho mostra que o registro do acusado consta como “ativo”. O Cremerj explicou que uma interdição cautelar tem duração de seis meses e pode ser aplicada no máximo duas vezes. A primeira punição a Jairo foi em junho de 2021, e a segunda, em novembro do mesmo ano. De acordo com a entidade, as duas medidas cautelares terminaram antes da conclusão do processo cujo “andamento acaba ficando mais lento” na fase final.
Redução de pena

Quando anunciou a suspensão do direito de Jairo de exercer a medicina em 2021, o então presidente do Cremerj e atual conselheiro do órgão, Silvio Provenzano, explicou que a decisão impedia o acusado de realizar atendimentos médicos.

— Embora preso, com o registro ativo, ele poderia exercer a medicina, inclusive como forma de reduzir a sua eventual pena. A decisão prévia levou em conta o fato de ele ter causado dano ao paciente (o menino Henry) por ação ou omissão, por imprudência, imperícia ou negligência — disse ao GLOBO, na época.
Terceira Via/Show Francisco

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