O ano de 2022 se encerrou no calendário, mas seus reflexos dão mostra de que nem tão cedo ele acabará de fato. Foram dias e dias muito intensos, traumáticos e esgotantes que provocaram feridas emocionais na nação brasileira que dificilmente cicatrizarão em pouco tempo. As eleições deixaram um país rachado, cheio de dúvidas e medos de um lado e muitas expectativas e promessas do outro. Mas, na verdade, diante da real situação, o Brasil está tenso.
Lula chega ao seu terceiro mandato com um peso gigantesco do seu passado (positivo e negativo) e um peso maior ainda do seu futuro, ou seja, tudo que ele vai ter que fazer para não voltar a ser manchete policial nos jornais do mundo inteiro. E ambos, passado e futuro, irão estar se chocando constantemente querendo ele ou não.
Ninguém nega que Lula é um fenômeno. Gostando ou não dele, essa é a verdade. No entanto, uma coisa é fazer política no palanque e exercer a habilidade do convencimento, outra é concretizar essas palavras em fatos num mundo totalmente diferente de quando esteve na presidência da república há 20 anos. E Lula sabe disso. Sabe, também, que, mais uma vez, sua história estará em jogo. Sabe que será cobrado intensamente por seus atos e palavras. Sabe que não terá perdão novamente caso erre.
O que se espera do presidente Lula, então, é que ele entenda isso, que não há espaços para manobras nem passos em falso, até porque, passada a festa da posse, o que vem pela frente são os desafios que ele mesmo se impôs ao prometer ao povo brasileiro que sob seu governo tudo ia ficar melhor. E o povo não vai se esquecer disso.
Terceira Via/Show Francisco
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