Diagnosticada desde os 14 anos com uma condição rara de saúde, Cecília Ramos está na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e prestes a passar por um transplante hepático. Apesar da notícia de que sua cirurgia pelo SUS pode acontecer a qualquer momento, custos paralelos como ambulatoriais, de transporte e hospedagem, medicamentos e alimentação podem ultrapassar os R$ 25 mil, tornando quase inviável, sem ajuda financeira, sua única forma de cura. Por isso, com a ajuda de amigos, Cecília, hoje com 40 anos, iniciou uma vaquinha online e campanha nas redes sociais, na tentativa de arrecadar esse valor.
Com o pedido de ajuda, Cecília, natural de Campos, pretende vencer mais uma etapa da Doença de Wilson, nome da condição rara que atualmente a acomete. Sua principal característica é o acúmulo de cobre nos tecidos – o que pode provocar alterações no cérebro, rins, olhos e, como no caso de Cecília, no fígado.
“Meu fígado não responde mais a tratamentos anteriores, por isso, os médicos me encaminharam para um hospital no Rio de Janeiro para que eu pudesse ser inscrita no Sistema Nacional de Transplante. Cheguei a ir ao Rio para fazer a cirurgia no último dia 17 de janeiro mas, por algumas questões, não pude fazer o transplante naquele dia. Hoje, por causa desta condição, tenho que tomar medicamentos contínuos e tenho menos energia, por exemplo, que a maioria das pessoas”, explicou Cecília.
Na campanha nas redes sociais ela, que é servidora pública afastada, relata que, apesar do transplante ser pelo SUS, ela vai precisar ficar por, no mínimo, 40 dias na cidade do Rio de Janeiro para o caso de haver alguma intercorrência. “Além disso, há os exames que são feitos semanalmente, no começo. Preciso de uma cuidadora específica para o meu caso, alimentação restrita e diferenciada. Tudo gera um custo e eu fui pega de surpresa porque eu não sabia que seria tão rápido. Já estou na fila e, a qualquer momento, posso ser chamada. Fazendo um cálculo bem por baixo, eu precisaria de R$25 mil para custear tudo e preciso da ajuda de vocês”, declara.
Todo o dinheiro arrecadado por Cecília, até o momento, não chegou à metade do necessário. Segundo ela, há uma arrecadação no ‘Vakinha’ mas a paciente também está aceitando valores via PIX, já que no site em questão há abatimento de percentagem do valor recebido. Com esperanças de conseguir ultrapassar o valor mínimo necessário com a campanha, a paciente diz que “o que sobrar do valor arrecadado, vai fazer um trabalho de doação para outras pessoas que também estão na fila” e que não têm condições de arcar com os custos paralelos que envolvem a cirurgia.
Para participar da vaquinha online, é só acessar o link: Ajude a Cecília | Vaquinhas online (vakinha.com.br) ou através da chave PIX: (22)999345491.
Na Fila do SNT
O coordenador do NF-Transplantes, Dr. Luiz Eduardo Castro, explica que para um paciente estar inscrito no Sistema Nacional de Transplantes, através de um hospital transplantador credenciado, é necessário que o médico assistente (ou a equipe médica que o assiste) faça o encaminhamento com os dados necessários para transplante do órgão ou tecido em questão.
“Uma vez cadastrada, essa pessoa fica na lista regional, estadual ou nacional para o transplante de órgãos e obedece aos critérios para atender a essa lista. De posicionamento e de critérios de faixa de idade e outros itens. O paciente pode até entrar em priorização conforme a sua equipe médica assistente indica ao sistema, através dos dados atualizados”, explicou Dr.Luiz.
O Sistema Nacional de Transplantes funciona dessa forma para o transplante a partir de doador falecido. Para doador vivo relacionado, Doutor Luiz explica que o paciente pode ser transplantado em qualquer hospital transplantador, “pela própria equipe do hospital que faz o preparo entre o doador e receptor, conforme o tipo de transplante a ser realizado”.
Terceira Via/Show Francisco
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