A Polícia Federal cumpriu, nesta segunda-feira (16), em Campos, o segundo mandado de prisão por suspeita de envolvimento em atos antidemocráticos. Segundo noticiou a Folha de São Paulo, horas após a prisão do subtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Roberto Henrique de Souza Júnior, de 52 anos (veja aqui), a PF prendeu Carlos Victor de Carvalho, mais conhecido CVC, que em suas redes sociais se apresenta como integrante da Associação Direita Campos.
Ambas as prisões ocorreram durante a Operação Ulysses, deflagrada na cidade, nas primeiras horas da manhã desta segunda, visando cumprir cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária de investigados nos atos antidemocráticos pós 2º turno das eleições presidenciais, bem como dos atos ocorridos no dia 08/01/2023.
Henrique de Souza Júnior é lotado em Guarus, subdistrito de Campos, suspeito de organizar e financiar os atos de vandalismo no Distrito Federal, em 8 de janeiro. Júnior, que está há 33 anos na corporação, foi preso em casa.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que “acompanha de perto a operação da Polícia Federal e segue ao dispor das autoridades para colaborar nas investigações”. Júnior está preso conforme decisão judicial e seria conduzido, ainda nesta segunda, ao Grupamento Especial Prisional da (GEP) da corporação, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde ficará à disposição da Justiça. Até a publicação dessa matéria a PF não informou se a transferência do bombeiro havia sido realizada.
Segundo comunicado divulgado pela Polícia Federal, a investigação começou com o fim de identificar lideranças locais que bloquearam as rodovias que transpassam o município de Campos dos Goytacazes, a organização das manifestações vistas em frente aos quartéis do Exército nesta cidade e, por último, a participação dos investigados e de outras lideranças na organização e financiamento dos atos que desencadearam a depredação dos prédios públicos e dos atentados contra as instituições democráticas ocorridas em 8 de janeiro.
“Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados na organização e liderança dos eventos. Além disso, com o cumprimento nesta segunda dos mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa”, disse a PF.
Os crimes investigados são de Associação Criminosa, Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito e Incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.
Terceira Via/Show Francisco
Nenhum comentário:
Postar um comentário