Empresários relatam queda considerável na movimentação das lojas após interdição de trecho na XV de Novembro (imagem: Carlos Grevi)
No próximo dia 19 vai completar dois meses que o trecho na avenida XV de Novembro, entre a rua Voluntários da Pátria e Barão de Miracema, está fechado para trânsito de veículos. Segundo empresários da região e entidades representativas, reivindicações para mitigar os prejuízos causados ao setor vêm sendo atendidas pelo município, como o estacionamento próximo -rapidamente instalado- contudo, o setor pede mais diálogo sobre prazos e informações da obra de recuperação do dique que rompeu na avenida em dezembro do ano passado. O Governo do Estado diz que a previsão é que a obra fique pronta no final do semestre.
Em cerca de dois meses, já foram feitas três reuniões formais, segundo informações da assessoria da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic) para discutir sobre as problemáticas e soluções que envolvem o fechamento de um dos trechos de maior movimentação na cidade de Campos. Uma nova reunião está prevista para depois do carnaval. A Acic informou que “entidades vão elaborar um documento para ser entregue às autoridades municipais e estaduais envolvidas na recuperação do dique, buscando informações detalhadas sobre o andamento da obra”.
No próximo dia 19 vai completar dois meses que o trecho na avenida XV de Novembro, entre a rua Voluntários da Pátria e Barão de Miracema, está fechado para trânsito de veículos. Segundo empresários da região e entidades representativas, reivindicações para mitigar os prejuízos causados ao setor vêm sendo atendidas pelo município, como o estacionamento próximo -rapidamente instalado- contudo, o setor pede mais diálogo sobre prazos e informações da obra de recuperação do dique que rompeu na avenida em dezembro do ano passado. O Governo do Estado diz que a previsão é que a obra fique pronta no final do semestre.
Em cerca de dois meses, já foram feitas três reuniões formais, segundo informações da assessoria da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic) para discutir sobre as problemáticas e soluções que envolvem o fechamento de um dos trechos de maior movimentação na cidade de Campos. Uma nova reunião está prevista para depois do carnaval. A Acic informou que “entidades vão elaborar um documento para ser entregue às autoridades municipais e estaduais envolvidas na recuperação do dique, buscando informações detalhadas sobre o andamento da obra”.
Leonardo Abreu, vice-presidente da Acic, cobra informações sobre a obra e prazos (imagem: Carlos Grevi)
– Nossa preocupação é geral porque a gente está nessa expectativa de obra, tempo de obra, o que está acontecendo agora, quais são as previsões. A gente não sabe nada. Então estamos montando uma força-tarefa justamente para buscar essas informações perante o governo estadual porque a responsabilidade da obra é do estado. A gente chega aqui e está funcionando, mas quando a gente procura as informações que poderiam estar no local com uma placa de identificação, a gente não acha – relatou o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo Castro de Abreu.
Ele diz que sente falta, também, de um responsável técnico e informações sobre o período e valor da obra. “Isso a gente não vê, então essas informações a gente precisa ter com maior precisão e maior brevidade”, complementa.
Leonardo relata, ainda, que outra grande preocupação é caso o Rio Paraíba do Sul volte a subir. “Agora estamos chegando em março, período chuvoso. Se o Rio subir, grande parte da cidade vai sofrer bastante porque não tem dique. Sem a previsão de obra, a gente não sabe qual procedimento será tomado. Se vai ter um dique provisório. Essa informação que estamos buscando para tranquilizar a população”, conclui.
– Nossa preocupação é geral porque a gente está nessa expectativa de obra, tempo de obra, o que está acontecendo agora, quais são as previsões. A gente não sabe nada. Então estamos montando uma força-tarefa justamente para buscar essas informações perante o governo estadual porque a responsabilidade da obra é do estado. A gente chega aqui e está funcionando, mas quando a gente procura as informações que poderiam estar no local com uma placa de identificação, a gente não acha – relatou o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo Castro de Abreu.
Ele diz que sente falta, também, de um responsável técnico e informações sobre o período e valor da obra. “Isso a gente não vê, então essas informações a gente precisa ter com maior precisão e maior brevidade”, complementa.
Leonardo relata, ainda, que outra grande preocupação é caso o Rio Paraíba do Sul volte a subir. “Agora estamos chegando em março, período chuvoso. Se o Rio subir, grande parte da cidade vai sofrer bastante porque não tem dique. Sem a previsão de obra, a gente não sabe qual procedimento será tomado. Se vai ter um dique provisório. Essa informação que estamos buscando para tranquilizar a população”, conclui.
Empresário Marcelo pede mais informações sobre a obra para que o setor possa se planejar (imagem: Carlos Grevi)
Empresários – O empresário Marcelo Oliveira, membro do Grupo Hoteleiro, também reivindicou informações. “O nosso medo, como comerciante, é o esquecimento do cliente. Se o cliente parar de comprar na gente porque tem dificuldade de chegar, ele vai eleger uma outra casa para comprar. E para você conquistar o cliente é muito mais difícil que você criar sua clientela. Nós temos casas há 50 anos funcionando aqui. O que hoje deixa a gente muito nervoso é a falta de informação, a falta de alguém para perguntar”, informou.
Marcelo também elogia celeridade de ações da Prefeitura quanto à implantação do estacionamento nas proximidades do perímetro interditado e reforça a solicitação. “Eu não posso negar que todos aqueles pedidos que nós fizemos ao IMTT, à Guarda Municipal, foram feitos imediatamente, numa celeridade ímpar. A nossa preocupação é a falta de um interlocutor para que nós venhamos a saber o que que vai ser feito. Se vai levar seis meses, se vai levar 60 dias. Se vai levar um ano. Porque nós precisamos planejar”, concluiu.
Empresários – O empresário Marcelo Oliveira, membro do Grupo Hoteleiro, também reivindicou informações. “O nosso medo, como comerciante, é o esquecimento do cliente. Se o cliente parar de comprar na gente porque tem dificuldade de chegar, ele vai eleger uma outra casa para comprar. E para você conquistar o cliente é muito mais difícil que você criar sua clientela. Nós temos casas há 50 anos funcionando aqui. O que hoje deixa a gente muito nervoso é a falta de informação, a falta de alguém para perguntar”, informou.
Marcelo também elogia celeridade de ações da Prefeitura quanto à implantação do estacionamento nas proximidades do perímetro interditado e reforça a solicitação. “Eu não posso negar que todos aqueles pedidos que nós fizemos ao IMTT, à Guarda Municipal, foram feitos imediatamente, numa celeridade ímpar. A nossa preocupação é a falta de um interlocutor para que nós venhamos a saber o que que vai ser feito. Se vai levar seis meses, se vai levar 60 dias. Se vai levar um ano. Porque nós precisamos planejar”, concluiu.
Fabiano relata queda de 35% no movimento após o rompimento do dique (imagem: Carlos Grevi)
Fabiano Xavier também é um dos empresários que possuem comércio ao redor do rompimento do dique. Segundo ele, houve queda de 35% no movimento desde então. “Nós tivemos uma queda de 35% do movimento. Lógico que devido ao fluxo de carros que não passa mais aqui, o que dificultou, um pouco, os clientes chegarem. A falta de comunicação com as entidades que estão à frente da obra com os comerciantes, com até os moradores daqui, todo mundo fica sem informação de como está o andamento da obra” reforça.
Fabiano Xavier também é um dos empresários que possuem comércio ao redor do rompimento do dique. Segundo ele, houve queda de 35% no movimento desde então. “Nós tivemos uma queda de 35% do movimento. Lógico que devido ao fluxo de carros que não passa mais aqui, o que dificultou, um pouco, os clientes chegarem. A falta de comunicação com as entidades que estão à frente da obra com os comerciantes, com até os moradores daqui, todo mundo fica sem informação de como está o andamento da obra” reforça.
José Antônio diz que nunca viveu situação parecida em 69 anos no local (imagem: Carlos Grevi)
– Se continuar assim, nós vamos ter que dispensar funcionário que é uma coisa que eu não gosto de fazer. Nossa loja completa agora, no dia 23 de junho, 70 anos. E a tendência da gente é procurar sempre manter os empregados. Mas com o movimento baixo como está, diminuiu bastante, na faixa de 50/60%, a nossa preocupação é mais lá pra frente ter que ‘descansar’ algum funcionário. Essa é nossa grande preocupação. Esperamos que as autoridades que coordenam esse trabalho façam o possível para aumentar o mais rápido possível a conclusão dessa obra para melhorar para todos nós – relatou o empresário José Antônio.
Governo do Estado – Ainda em Dezembro, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) havia informado, em entrevista ao J3News, que “o prazo máximo de execução de um projeto como esse vai ficar em torno de 180 dias, são seis meses, que é um período de uma obra emergencial. E, após o início da obra, em sessenta dias, a pista deve ser liberada para o tráfego”, colocou, à época, o superintendente regional do órgão, Leonardo Barreto.
O Estado foi indagado, mais uma vez, sobre esse prazo de conclusão das intervenções e, em nota, informou que “a obra que acontece em caráter emergencial tem previsão de entrega no final deste primeiro semestre”.
Eles informaram, ainda, que “o Governo do Estado atua em Campos, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Obras (SEIC), na reconstrução da contenção do Rio Paraíba do Sul, que desabou devido às chuvas, na Avenida XV de Novembro. No local é executado a construção de uma cortina de concreto, estando na fase de escavação e implantação das estacas (estaqueamento)”, pontuaram.
Sobre a parceria com o Governo Municipal, o estado informou que o município “garante a segurança da execução da obra, com a interdição e controle do trânsito, além do monitoramento do rio, com as informações sobre o nível”.
– Se continuar assim, nós vamos ter que dispensar funcionário que é uma coisa que eu não gosto de fazer. Nossa loja completa agora, no dia 23 de junho, 70 anos. E a tendência da gente é procurar sempre manter os empregados. Mas com o movimento baixo como está, diminuiu bastante, na faixa de 50/60%, a nossa preocupação é mais lá pra frente ter que ‘descansar’ algum funcionário. Essa é nossa grande preocupação. Esperamos que as autoridades que coordenam esse trabalho façam o possível para aumentar o mais rápido possível a conclusão dessa obra para melhorar para todos nós – relatou o empresário José Antônio.
Governo do Estado – Ainda em Dezembro, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) havia informado, em entrevista ao J3News, que “o prazo máximo de execução de um projeto como esse vai ficar em torno de 180 dias, são seis meses, que é um período de uma obra emergencial. E, após o início da obra, em sessenta dias, a pista deve ser liberada para o tráfego”, colocou, à época, o superintendente regional do órgão, Leonardo Barreto.
O Estado foi indagado, mais uma vez, sobre esse prazo de conclusão das intervenções e, em nota, informou que “a obra que acontece em caráter emergencial tem previsão de entrega no final deste primeiro semestre”.
Eles informaram, ainda, que “o Governo do Estado atua em Campos, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Obras (SEIC), na reconstrução da contenção do Rio Paraíba do Sul, que desabou devido às chuvas, na Avenida XV de Novembro. No local é executado a construção de uma cortina de concreto, estando na fase de escavação e implantação das estacas (estaqueamento)”, pontuaram.
Sobre a parceria com o Governo Municipal, o estado informou que o município “garante a segurança da execução da obra, com a interdição e controle do trânsito, além do monitoramento do rio, com as informações sobre o nível”.
Intervenções na XV de Novembro (imagem: Carlos Grevi)
Ministério Público – Em dezembro do ano passado, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Campos dos Goytacazes, instaurou inquérito civil para apurar o deslizamento de terra e o rompimento do dique na Avenida XV de Novembro. O J3News pediu uma atualização sobre a questão e o MPRJ informou que:
“A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Campos dos Goytacazes informa que foi instaurado o inquérito civil nº 059/2022, por meio do qual vem sendo realizado o acompanhamento do caso, com verificação das providências adotadas pelos órgãos competentes e apuração das razões do rompimento do muro de contenção. Neste momento, estão em curso os trabalhos relativos à elaboração de parecer técnico sobre as causas do deslizamento de terra e rompimento do dique, tendo o Posto de Polícia Técnico-Científica – Campos dos Goytacazes solicitado dilação de prazo para sua conclusão, ante a complexidade da matéria.
Sem prejuízo da atuação dos diversos órgãos municipais e estaduais no seu campo de atividades, as informações recebidas dão conta de que as ações e serviços decorrentes do evento adverso foram atribuídas à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Cidades do Rio de Janeiro e que, nesse sentido, teria sido instaurado procedimento cujo objeto seria a recomposição do dique e da margem do Rio Paraíba do Sul, situado na Avenida 15 de Novembro, entre a Ponte Barcelos Martins e a Rua Voluntários da Pátria”, finalizou a nota.
Terceira Via/Show Francisco
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