segunda-feira, 27 de março de 2023

Caso Letycia: família pede Justiça para gestante assassinada; suspeito de ordenar morte é interrogado pelo MP-RJ nesta segunda

Segundo informações obtidas no local, professor e empresário Diogo Viola de Nadai teria chegado cedo ao prédio do órgão

Amigos e familiares de Letycia Peixoto Fonseca protestam em frente à sede do MP-RJ em Campos. (Foto: Carlos Grevi)

Familiares e amigos de Letycia Peixoto Fonseca pedem, na tarde desta segunda-feira (27), Justiça para a gestante, assassinada a tiros no último dia 2 de março. A manifestação acontece em frente à sede do Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) em Campos, onde o professor e empresário Diogo Viola de Nadai, principal suspeito de ter ordenado a morte da gestante, passa por interrogatório. De acordo com informações obtidas no local, ele teria chegado cedo ao prédio onde funciona o órgão.

Diogo é suspeito de ter ordenado a morte da gestante Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, com quem mantinha um relacionamento fora do casamento. A vítima estava no sétimo mês de gravidez. O menino, que seria chamado Hugo, morreu no Hospital da Beneficência Portuguesa, no dia 3.

O interrogatório conta com as presenças da delegada titular da 134ª DP (Centro), Natália Patrão, que preside o inquérito, e do advogado de defesa do professor e empresário, Thiago Carvalho.

Natural do Espírito Santo, Diogo tem 40 anos, é professor do Instituto Federal Fluminense (IFF) e proprietário, junto com a esposa, de uma loja de calçados em um shopping de Campos. Também é conhecido como jogador de pôquer.

Ele foi preso no último dia 7 de março, em uma ação conjunta de forças de segurança do município, e preferiu se manter em silêncio durante o interrogatório. Também se negou a fornecer material genético para exame de DNA que comprovaria se ele era ou não pai do filho de Letycia.

Outros quatro suspeitos de envolvimento no crime também foram presos, incluindo os dois executores, o proprietário da moto usada no crime e um homem que teria agido como intermediário.

Letycia Peixoto Fonseca com Diogo Viola de Nadai. (Foto: Reprodução/Acervo pessoal)

Relembre o caso

O crime aconteceu na Rua Simeão Scheremeth, no Parque Aurora, em Campos. Letycia Peixoto Fonseca foi baleada cinco vezes por volta das 21h do dia 2. Uma câmera de segurança filmou a ação dos bandidos. No momento do crime, a vítima estava na direção de um Volkswagen Gol branco pertencente à empresa na qual trabalhava como engenheira de produção. O veículo estava parado na frente da residência de familiares da gestante e havia uma segunda pessoa no banco do carona.

O vídeo mostra o momento em que Letycia é surpreendida por dois homem em uma moto, que abriram fogo. Ela foi atingida por um tiro na face, dois no tórax, um no ombro e um na mão esquerda. A mãe da vítima, que estava fora do veículo, ainda tentou segurar a moto, foi baleada na perna esquerda e acabou caindo.

As duas foram socorridas por um tio da vítima e levadas para o Hospital Ferreira Machado (HFM). A mãe de Letycia passou foi atendida, submetida a exames e teve alta. A gestante, no entanto, não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu na unidade. O bebê, do sexo masculino, nasceu de 30 semanas, pesando 1,7 kg, após uma cesariana de emergência.

A criança foi encaminhada para o hospital da Beneficência Portuguesa, onde deu entrada na UTI Neonatal às 22h. O menino faleceu às 8h da manhã de sexta (3), em consequência de insuficiência respiratória e distúrbio cardiovascular.

A segunda ocupante do veículo no momento do crime era uma tia-avó, de 50 anos, que tem síndrome de Down e Letycia deixava em casa após um passeio de carro para acalmá-la. Ela não se feriu.
Fonte:J3News

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