terça-feira, 23 de maio de 2023

Saúde monitora 12 pessoas que tiveram contato com ave com H5N1 em SJB

Secretaria informa que doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos

Castelo Mourisco, sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos.

Após a confirmação de um caso de ave silvestre com o vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em São João da Barra, 12 pessoas que tiveram contato com o animal tiveram material coletado para exame e são acompanhadas pela secretaria de estado de Saúde. As coletas foram levadas ao LACEN RJ – Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels do Rio de Janeiro e foram encaminhadas , segunda-feira (22), à Fiocruz, onde fica o laboratório referência para o caso.

“É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem se dar por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). De acordo com técnicos de Vigilância em Saúde da SES-RJ, não há motivos para preocupação com uma epidemia neste momento, pois não há sustentação científica de transmissão direta, de pessoa para pessoa”, informou em nota.

A SES-RJ orienta ainda que, nas unidades de saúde, os profissionais suspeitem de casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com esses animais, tanto em triagem quanto em atendimento médico. Nesses casos, a coleta de amostras é recomendada independentemente do dia de início dos sintomas, incluindo os casos em unidade de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico por RT-PCR é considerado o método padrão-ouro e deve sempre ser preconizado para obtenção dos resultados laboratoriais.

A ave é da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) e vinha sendo monitorada desde sexta-feira (19), quando foi encontrada em São João da Barra, litoral Norte do Rio de Janeiro.

Após a confirmação de casos no estado do Espírito Santo, pelo Ministério da Agricultura, as autoridades estaduais emitiram nota técnica aos 92 municípios fluminenses para orientar sobre o manejo adequado de aves silvestres, por profissionais habilitados e com uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Não há confirmações do vírus H5N1 em humanos, mas as secretarias vão seguir monitorando.
Terceira Via/Show Francisco

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