A cada dois dias, um caso é registrado na região do 8º BPM, aponta ISP
POR CAMILLA SILVA
Foto: Arquivo J3News
Neste mês, marcado pela campanha Agosto Lilás, de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, os dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP) põem luz em um problema que afeta principalmente as mulheres: um caso de estupro é registrado a cada dois dias nos municípios da região do 8º Batalhão da Polícia Militar, que compreende os municípios de Campos, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e São Fidélis. Foram 91 casos no primeiro semestre deste ano.
Apenas em julho, dois casos que ocorreram em Campos chamaram a atenção da população. No início do mês, um motorista de aplicativo foi preso em flagrante acusado de violentar uma passageira. De acordo com a vítima, de 29 anos, o motorista desviou da rota traçada pelo aplicativo e saltou para o banco traseiro, onde ela estava, ao ser questionado sobre o trajeto. Além deste crime, há cerca de uma semana, quatro homens foram presos por suspeita de estupro a menina de 11 anos, em Guarus. Em casos que envolvem menores de 14 anos, o consentimento da vítima não é considerado e a pena do agressor é agravada.
Uma característica dos crimes de estupro, segundo a titular da Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher, em Campos, Madeleine Dykeman, é de que, em 92% dos casos, o agressor é conhecido da vítima. No entanto, situações como a do motorista de aplicativo têm ocorrido e, por isso, a delegada informou algumas orientações.

“Sentar atrás do banco do motorista já é uma forma de se proteger um pouco mais de alguma investida. Uma forma para fugir mais rápido de um eventual ataque é andar sempre com a porta destravada. Importante também trafegar com os vidros abaixados, porque nós já tivemos ciência de pessoas que estão jogando gases para afetar o discernimento para a vítima”.
A delegada ressaltou, ainda, que atualmente existem serviços que são feitos exclusivamente de mulheres para mulheres. “Eu estou saindo daqui para tal lugar, a minha localização é essa. O importante é tomar esse tipo de pequenos cuidados para que essa mulher não venha ficar sob a ação de um agressor”.
Campanha Agosto Lilás terá ações de capacitação e informação sobre a violência doméstica
Os dados mais recentes divulgados pelo ISP-RJ sobre crimes contra a mulher são de 2021. Na região de cobertura do 8º Batalhão da Polícia Militar, que compreende os municípios de Campos, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e São Fidélis, 917 mulheres foram vítimas de violência física. Naquele ano, 14 mulheres foram mortas, outras 25 sofreram tentativas de assassinato. No mesmo período, 878 sofreram lesão corporal.
As mulheres são vítimas, ainda, de violência moral, patrimonial, psicológica e sexual. Os dados apontam que 2.134 mulheres foram agredidas de alguma forma. Destes crimes, a ameaça ocupa o primeiro lugar em número de ocorrência, aparecendo 937 vezes, seguida do crime de injúria, com 445 registros, e violação de domicílio, com 128 casos.
Dentro deste contexto, a titular da Deam-Campos falou sobre a importância da campanha que começou na última terça-feira. “É uma ação forte de combate à violência contra a mulher. Durante todo o mês, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro fará esforços para aumentar todas as frentes de capacitação, de proteção e repressão aos crimes contra a mulher”, afirmou.
A Deam funciona 24 horas por dia, na Rua Barão de Miracema, 231, no Centro de Campos. Denúncias podem ser realizadas, também, pelo Disque 100.
Neste mês, marcado pela campanha Agosto Lilás, de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, os dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP) põem luz em um problema que afeta principalmente as mulheres: um caso de estupro é registrado a cada dois dias nos municípios da região do 8º Batalhão da Polícia Militar, que compreende os municípios de Campos, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e São Fidélis. Foram 91 casos no primeiro semestre deste ano.
Apenas em julho, dois casos que ocorreram em Campos chamaram a atenção da população. No início do mês, um motorista de aplicativo foi preso em flagrante acusado de violentar uma passageira. De acordo com a vítima, de 29 anos, o motorista desviou da rota traçada pelo aplicativo e saltou para o banco traseiro, onde ela estava, ao ser questionado sobre o trajeto. Além deste crime, há cerca de uma semana, quatro homens foram presos por suspeita de estupro a menina de 11 anos, em Guarus. Em casos que envolvem menores de 14 anos, o consentimento da vítima não é considerado e a pena do agressor é agravada.
Uma característica dos crimes de estupro, segundo a titular da Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher, em Campos, Madeleine Dykeman, é de que, em 92% dos casos, o agressor é conhecido da vítima. No entanto, situações como a do motorista de aplicativo têm ocorrido e, por isso, a delegada informou algumas orientações.

“Sentar atrás do banco do motorista já é uma forma de se proteger um pouco mais de alguma investida. Uma forma para fugir mais rápido de um eventual ataque é andar sempre com a porta destravada. Importante também trafegar com os vidros abaixados, porque nós já tivemos ciência de pessoas que estão jogando gases para afetar o discernimento para a vítima”.
A delegada ressaltou, ainda, que atualmente existem serviços que são feitos exclusivamente de mulheres para mulheres. “Eu estou saindo daqui para tal lugar, a minha localização é essa. O importante é tomar esse tipo de pequenos cuidados para que essa mulher não venha ficar sob a ação de um agressor”.
Campanha Agosto Lilás terá ações de capacitação e informação sobre a violência doméstica
Os dados mais recentes divulgados pelo ISP-RJ sobre crimes contra a mulher são de 2021. Na região de cobertura do 8º Batalhão da Polícia Militar, que compreende os municípios de Campos, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e São Fidélis, 917 mulheres foram vítimas de violência física. Naquele ano, 14 mulheres foram mortas, outras 25 sofreram tentativas de assassinato. No mesmo período, 878 sofreram lesão corporal.
As mulheres são vítimas, ainda, de violência moral, patrimonial, psicológica e sexual. Os dados apontam que 2.134 mulheres foram agredidas de alguma forma. Destes crimes, a ameaça ocupa o primeiro lugar em número de ocorrência, aparecendo 937 vezes, seguida do crime de injúria, com 445 registros, e violação de domicílio, com 128 casos.
Dentro deste contexto, a titular da Deam-Campos falou sobre a importância da campanha que começou na última terça-feira. “É uma ação forte de combate à violência contra a mulher. Durante todo o mês, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro fará esforços para aumentar todas as frentes de capacitação, de proteção e repressão aos crimes contra a mulher”, afirmou.
A Deam funciona 24 horas por dia, na Rua Barão de Miracema, 231, no Centro de Campos. Denúncias podem ser realizadas, também, pelo Disque 100.
Fonte: J3News
Nenhum comentário:
Postar um comentário