O festival X-Tudo, realizado pela Gerência de Cultura da Firjan SESI, completa 10 anos com uma programação especial dedicada a elas – o X-Todas, que traz 14 atrações aos teatros Firjan SESI Campos, Macaé e Itaperuna entre quinta-feira (30/11) e domingo (3/12). A edição especial do X-Todas – que marca o retorno do festival após a pandemia – terá somente convidadas mulheres, com uma programação que inclui desde teatro e música a feiras e debates sobre o papel feminino na cultura.
Em Campos, se apresentam desde artistas locais como Kynnie (30/11, às 20h) e Simone Pedro (3/12, às 17h) – trazendo R&B e samba, respectivamente –, até a peça “A origem do mundo” (1/12, às 20h), na qual duas atrizes recriam, com humor, passagens importantes da História e questionam desde Freud à NASA. No domingo (3/12), a unidade recebe ainda uma feira criativa de empreendedoras locais de moda, artesanato e joias, além de uma série de debates que vão da literatura à música e à economia criativa e solidária.
Em Macaé e Itaperuna, haverá também o espetáculo “A origem do mundo” (30/11 e 2/12), além do show “Deusa Dulov”, de Larissa Luz (1/12 e 3/12), no qual ela ressignifica padrões e símbolos da beleza e do amor e homenageia Elza Soares, faz uma releitura do Olodum e uma versão reinventada de "Morango do Nordeste". Itaperuna recebe ainda a cantora Kynnie, enquanto Macaé terá mais uma peça, Azira’I, um espetáculo biográfico que aborda o lado maternal da primeira mulher Pajé da reserva de Cana Brava (MA), que ocupou a categoria dos Pajés Supremos dos povos Tentehar, destinada apenas a pessoas com sabedorias medicinais e espirituais extremamente desenvolvidas.
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Festival acontece em todo o estado
O evento acontece simultaneamente em outras três unidades da Firjan SESI em diferentes regiões do estado do Rio – Centro e Jacarepaguá, na capital, e Caxias, na Baixada Fluminense. A abertura do X-Todas aconteceu segunda-feira (27) no Centro com o lançamento do documentário “Lugar de Mulher”, produzido pela Tocha Filmes, e roda de conversa mediada por Carla Pinheiro, presidente do Conselho empresarial de Mulheres da Firjan, com a participação de Lindalia Junqueira, CEO da Ions Innovation & Hacking Rio; de Mel Bonfim, vice-diretora de ensino do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz; e da historiadora Manuela Fantinato. Na mesma data, em Jacarepaguá, aconteceu a apresentação do premiado espetáculo “A Alma Imoral”, protagonizado por Clarice Niskier.
“Abrimos o X-Todas com um debate que reuniu mulheres especialistas e profissionais das áreas STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática), que irão compartilhar com o público suas experiências e visões para um futuro mais diverso e inclusivo. Tanto essa mesa de abertura quanto o X-Todas, de maneira geral, são lugares para discutirmos de que maneira as mulheres redefinem, agora ou ao longo da História, os diversos setores criativos”, afirma Carla Pinheiro.
Curadora do X-Todas, a coordenadora da Divisão de Educação Cultural da Firjan SESI Julia da Costa Santos, reforça que o festival é uma oportunidade de levantar, celebrar e potencializar mulheres que erguem a estrutura da sociedade através da arte. “Enquanto mulher preta, sei da importância de levantar tantas vozes através dessa curadoria, que, com certeza, é muito desafiadora. Acredito que trazer a trajetória de tantas mulheres para dentro de um festival composto por multilinguagens é mostrar o quanto o universo feminino caminha com a arte na sua transversalidade”, afirma Julia.
Festival está de volta após período pandêmico
O X-Tudo teve sua primeira edição realizada em 2010, com o intuito de democratizar o acesso à cultura no estado do Rio de Janeiro. Ao longo de 10 anos, o festival teve como principal objetivo dar protagonismo às histórias que celebram a diversidade e a inclusão. Todas as edições tiveram como norte ampliar a visão sobre o cenário cultural, convidando tanto artistas reconhecidos nacionalmente quanto novos talentos.
Agora, o X-Tudo está de volta depois uma pausa por conta da pandemia da Covid-19. “Nesta edição, reunimos pessoas e coletividades para articular a troca de experiências entre mulheres diversas, impulsionando ações de transformação e promoção da equidade de gênero. Como diria a cantora, compositora e pianista norte-americana Nina Simone, ‘Temos a permissão de ser exatamente quem somos’. É sob essa ótica que buscamos retomar o X-Tudo”, ressalta o gerente de cultura da Firjan SESI, Antenor Oliveira.
Serviço:
Teatro Firjan SESI Campos
- Quinta (30/11), às 20h: Música “Kynnie, show 93”
- Sexta (1/12), às 20h: Teatro “A origem do mundo”
- Sábado (2/12), às 20h: Música “Deusa Dulov, com Larissa Luz”
- Domingo (3/12), das 10h às 18h: Feiras Criativas
- Às 14h: Debate “A profissionalização na economia criativa e solidária e o papel das mulheres”
- Às 15h: Debate: “Mulheres da música no interior”
- Às 16h: Sarau e roda de debates: “Literatura fermina”
- Às 17h: Música “Simone Pedro”
Teatro Firjan SESI Macaé
- Quinta (30/11), às 19h: Teatro “A origem do mundo”
- Sexta (1/12), às 20h: Música “Deusa Dulov, com Larissa Luz”
- Domingo (3/12), às 19h: Teatro “Azira’I”
Teatro Firjan SESI Itaperuna
- Sexta (1/12), às 19h: Música “Kynnie, show 93”
- Sábado (2/12), às 19h: Teatro “A origem do mundo”
- Domingo (3/12), às 19h: Música “Deusa Dulov, com Larissa Luz”.
Firjan
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