Especialistas avaliam perspectivas para Campos, o estado do RJ e o País
POR OCINEI TRINDADEPlanejamento| Primeiros dias do ano apontam vários compromissos como a necessidade de pagamento de impostos (Foto: Agência Berenger/Divulgação)
Passada a euforia das festas de fim de ano, das compras natalinas que movimentam o comércio, chegou a hora de iniciar 2024 com novos gastos individuais e investimentos de gestores públicos e privados. Os primeiros dias de janeiro apontam para vários compromissos como contas domésticas, pagamento de impostos obrigatórios como IPTU e IPVA, matrículas e mensalidades escolares, entre outros. Neste ano, as eleições municipais devem estimular ainda mais algumas atividades econômicas. É o que se espera em Campos dos Goytacazes e cidades da região. Para alguns especialistas, há muitos desafios para o Governo do Rio de Janeiro e o Governo Federal para melhorar e estimular a economia. Em geral, há boas perspectivas.
A reportagem do J3News conversou com três economistas sobre as principais expectativas econômicas para Campos dos Goytacazes, o Rio de Janeiro e o Brasil. A geração de empregos e o aumento do salário mínimo, além da elevação do poder de compra dos trabalhadores do país aparecem entre as preocupações mais comuns. No caso de Campos, apesar da dificuldade da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) pela Câmara Municipal, onde vereadores de oposição travam forças com o prefeito Wladimir Garotinho, há perspectivas de uma grande movimentação da economia campista em 2024.
Passada a euforia das festas de fim de ano, das compras natalinas que movimentam o comércio, chegou a hora de iniciar 2024 com novos gastos individuais e investimentos de gestores públicos e privados. Os primeiros dias de janeiro apontam para vários compromissos como contas domésticas, pagamento de impostos obrigatórios como IPTU e IPVA, matrículas e mensalidades escolares, entre outros. Neste ano, as eleições municipais devem estimular ainda mais algumas atividades econômicas. É o que se espera em Campos dos Goytacazes e cidades da região. Para alguns especialistas, há muitos desafios para o Governo do Rio de Janeiro e o Governo Federal para melhorar e estimular a economia. Em geral, há boas perspectivas.
A reportagem do J3News conversou com três economistas sobre as principais expectativas econômicas para Campos dos Goytacazes, o Rio de Janeiro e o Brasil. A geração de empregos e o aumento do salário mínimo, além da elevação do poder de compra dos trabalhadores do país aparecem entre as preocupações mais comuns. No caso de Campos, apesar da dificuldade da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) pela Câmara Municipal, onde vereadores de oposição travam forças com o prefeito Wladimir Garotinho, há perspectivas de uma grande movimentação da economia campista em 2024.
Ranulfo Vidigal (Foto: Arquivo J3News)
O economista Ranulfo Vidigal acredita que o governo municipal planeja executar um orçamento de R$2,7 bilhões este ano, priorizando investimentos em infraestrutura urbana; transferências de renda para as famílias mais vulneráveis; obras de recuperação em unidades de saúde; e manutenção da recuperação do poder de compra dos vencimentos dos servidores ativos e inativos: “Quanto ao setor privado, juros em queda favorecem o setor de construção civil residencial. A contribuição do agronegócio garante dólares, renda interna e empregos. O setor extrativo mineral continua tendo investimentos em óleo e gás. Enquanto comércio e serviços, setores muito importantes para Campos, tendem a expandir seus negócios. A conjuntura é de expansão. Ano eleitoral gera sempre incremento da demanda agregada pela via dos orçamentos municipais. Em 2024 não será diferente”, analisa.
O economista Ranulfo Vidigal acredita que o governo municipal planeja executar um orçamento de R$2,7 bilhões este ano, priorizando investimentos em infraestrutura urbana; transferências de renda para as famílias mais vulneráveis; obras de recuperação em unidades de saúde; e manutenção da recuperação do poder de compra dos vencimentos dos servidores ativos e inativos: “Quanto ao setor privado, juros em queda favorecem o setor de construção civil residencial. A contribuição do agronegócio garante dólares, renda interna e empregos. O setor extrativo mineral continua tendo investimentos em óleo e gás. Enquanto comércio e serviços, setores muito importantes para Campos, tendem a expandir seus negócios. A conjuntura é de expansão. Ano eleitoral gera sempre incremento da demanda agregada pela via dos orçamentos municipais. Em 2024 não será diferente”, analisa.
Sandro Figueiredo (Foto: Josh)
O economista e colunista do J3News, Sandro Figueiredo, considera a perspectiva econômica para Campos, como “muito boa”. Segundo ele, a prefeitura continuará honrando com todos os seus compromissos. “São pagamentos de fornecedores, continuação das obras que foram iniciadas nos últimos seis meses. Serão lançados ainda novos investimentos, além dos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal. Isso vai impulsionar ainda mais a economia de Campos, e de todo o Norte do Estado do Rio de Janeiro”. Ainda de acordo com o analista, o Porto do Açu, em São João da Barra, deve impulsionar ainda mais as atividades econômicas na região este ano: “Um grande investimento privado é o Porto do Açu. Ele atende ao futuro de Campos, do estado do Rio de Janeiro e do país. Há grandes investimentos e empresas se instalando. Campos vai se tornar um grande polo logístico. O Porto do Açu hoje é o grande vetor de crescimento do estado, e que vai impulsionar o crescimento também do Brasil”, diz.
O economista e colunista do J3News, Sandro Figueiredo, considera a perspectiva econômica para Campos, como “muito boa”. Segundo ele, a prefeitura continuará honrando com todos os seus compromissos. “São pagamentos de fornecedores, continuação das obras que foram iniciadas nos últimos seis meses. Serão lançados ainda novos investimentos, além dos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal. Isso vai impulsionar ainda mais a economia de Campos, e de todo o Norte do Estado do Rio de Janeiro”. Ainda de acordo com o analista, o Porto do Açu, em São João da Barra, deve impulsionar ainda mais as atividades econômicas na região este ano: “Um grande investimento privado é o Porto do Açu. Ele atende ao futuro de Campos, do estado do Rio de Janeiro e do país. Há grandes investimentos e empresas se instalando. Campos vai se tornar um grande polo logístico. O Porto do Açu hoje é o grande vetor de crescimento do estado, e que vai impulsionar o crescimento também do Brasil”, diz.
Josy Ferreira (Foto: Arquivo Pessoal)
Já a economista e professora Josy Ferreira diz que para projetar 2024 é importante considerar diversos fatores da economia nacional, políticas, estaduais e locais, bem como iniciativas de desenvolvimento regional. “Diante das previsões de orçamento, da dificuldade da votação pelo orçamento municipal de Campos, temos aí pela frente um grande desafio. A prefeitura deve priorizar investimentos estratégicos que melhorem a qualidade de vida da população. Isso vem através de infraestrutura local, de obras públicas, de transporte de qualidade, de saneamento básico, e, principalmente, de investimentos na educação e na economia local através de estímulos ao empreendedorismo”, considera.
Desafios para o governo estadual
Analistas políticos e também do setor econômico estão apreensivos quanto à gestão do governador Cláudio Castro em 2024. O orçamento estadual deste ano foi aprovado pela Alerj com déficit previsto que passa de R$ 8 bilhões. “A instabilidade política e o orçamento deficiente previsto pelo estado do Rio de Janeiro, com certeza trarão desafios e impactos negativos, se medidas não forem tomadas para a população fluminense. A falta de recursos impacta diretamente nos serviços públicos essenciais. As classes C e D são as mais impactadas, já que dependem de serviços de saúde, de educação, de saneamento básico fornecido pelo estado, incluindo a segurança. Os maiores desafios para a gestão será equilibrar as finanças estaduais e implementar medidas de austeridade, além de buscar alternativas para aumentar a arrecadação. Isto pode atrapalhar investimentos privados e geração de emprego”, avalia Josy Ferreira.
O economista Ranulfo Vidigal listou os desafios de Cláudio Castro. “Vencer a luta judicial contra as entidades empresárias que buscam anular a alta de dois pontos percentuais no ICMS em 2024; negociar um Programa de Recuperação Fiscal mais justo com o governo federal; garantir recursos do Programa de Aceleração do Crescimento Federal, e estabilizar as expectativas empresárias para garantir novos investimentos privados em setores estratégicos da economia fluminense”, cita.
Sandro Figueiredo pondera quanto à instabilidade econômica do Rio e o futuro político de Castro. “Ele tem muitos problemas políticos envolvendo também a justiça; não tem garantia nenhuma de que ele consiga fechar o seu mandato. É preciso urgentemente sanear as contas públicas. Se ele não conseguir fechar um novo acordo com o governo federal sobre a dívida interna com a União, de fato, a gente pode passar por momentos difíceis. Campos tem mais de R$ 1 bilhão em caixa. Wladimir soube utilizar muito bem os recursos do governo do estado no primeiro momento, e guardar recursos próprios para gastar no último ano de governo”, analisa.
Já a economista e professora Josy Ferreira diz que para projetar 2024 é importante considerar diversos fatores da economia nacional, políticas, estaduais e locais, bem como iniciativas de desenvolvimento regional. “Diante das previsões de orçamento, da dificuldade da votação pelo orçamento municipal de Campos, temos aí pela frente um grande desafio. A prefeitura deve priorizar investimentos estratégicos que melhorem a qualidade de vida da população. Isso vem através de infraestrutura local, de obras públicas, de transporte de qualidade, de saneamento básico, e, principalmente, de investimentos na educação e na economia local através de estímulos ao empreendedorismo”, considera.
Desafios para o governo estadual
Analistas políticos e também do setor econômico estão apreensivos quanto à gestão do governador Cláudio Castro em 2024. O orçamento estadual deste ano foi aprovado pela Alerj com déficit previsto que passa de R$ 8 bilhões. “A instabilidade política e o orçamento deficiente previsto pelo estado do Rio de Janeiro, com certeza trarão desafios e impactos negativos, se medidas não forem tomadas para a população fluminense. A falta de recursos impacta diretamente nos serviços públicos essenciais. As classes C e D são as mais impactadas, já que dependem de serviços de saúde, de educação, de saneamento básico fornecido pelo estado, incluindo a segurança. Os maiores desafios para a gestão será equilibrar as finanças estaduais e implementar medidas de austeridade, além de buscar alternativas para aumentar a arrecadação. Isto pode atrapalhar investimentos privados e geração de emprego”, avalia Josy Ferreira.
O economista Ranulfo Vidigal listou os desafios de Cláudio Castro. “Vencer a luta judicial contra as entidades empresárias que buscam anular a alta de dois pontos percentuais no ICMS em 2024; negociar um Programa de Recuperação Fiscal mais justo com o governo federal; garantir recursos do Programa de Aceleração do Crescimento Federal, e estabilizar as expectativas empresárias para garantir novos investimentos privados em setores estratégicos da economia fluminense”, cita.
Sandro Figueiredo pondera quanto à instabilidade econômica do Rio e o futuro político de Castro. “Ele tem muitos problemas políticos envolvendo também a justiça; não tem garantia nenhuma de que ele consiga fechar o seu mandato. É preciso urgentemente sanear as contas públicas. Se ele não conseguir fechar um novo acordo com o governo federal sobre a dívida interna com a União, de fato, a gente pode passar por momentos difíceis. Campos tem mais de R$ 1 bilhão em caixa. Wladimir soube utilizar muito bem os recursos do governo do estado no primeiro momento, e guardar recursos próprios para gastar no último ano de governo”, analisa.
Porto do Açu| Empreendimento deve impulsionar atividade econômica (Foto: Silvana Rust)
Ações do governo federal
Ranulfo Vidigal faz uma projeção sobre a economia brasileira em 2024. “O governo federal já gasta 19 % do PIB com o orçamento aprovado recentemente. O desafio é manter a queda da taxa Selic praticada pelo Banco Central, para permitir maior acesso ao crédito por empresas e consumidores, garantindo manutenção do crescimento da renda e do emprego. A conjuntura internacional é favorável. Já Sandro Figueiredo, questiona as metas fiscais do Ministério da Fazenda para este ano: “Eu, não consigo acreditar no déficit zero. Isso é uma meta para o mercado. O governo vai ter responsabilidade com as contas públicas da União. O governo vai fazer grandes investimentos do PAC, aumentou o salário mínimo, tem aumentado os gastos do governo, e vai conseguir reduzir esse déficit fiscal? Déficit fiscal nada mais é que gastar mais do que arrecada. O que o governo está projetando de aumento de arrecadação pro ano que vem? A gente não tem essa projeção”, comenta.
Dicas para investimentos
Com salários achatados e a economia ainda sob ajustes, falar de investimentos individuais é mais desafiador no Brasil atual. “A gente precisa descobrir qual é o perfil do investidor. Se ele é mais conservador, arrojado ou moderado. É possível orientar através do planejamento financeiro de curto, médio e longo prazo. Há investimentos no Tesouro Direto, Tesouro Selic, entre outros. A Selic tem uma tendência de queda. Ainda é um investimento muito bom para o ano de 2024, os Tesouros Diretos”, cogita Sandro Figueiredo.
Ranulfo Vidigal faz uma orientação para as famílias saírem do endividamento. “Vivemos num país de juros abusivos no crédito e no consumo. Ao jovem, sugiro buscar qualificação para acessar os melhores salários nas vagas que surgem. Mesmo com orçamento apertado, as famílias devem aplicar suas sobras mensais em renda fixa. Sobras maiores e de longo prazo podem compor fundos de aposentadoria, ou aplicações em ações de empresas bem capitalizadas que, geralmente, dão bons dividendos”, sugere.
Além de economista formada, Josy Ferreira também é dona de casa. Ela avalia o planejamento das contas domésticas e as possíveis formas de fazer o dinheiro render um pouco mais em 2024: “Para as donas de casa, é essencial priorizar o planejamento financeiro. Não ter medo de olhar para as contas, saber quanto que é necessário para as dívidas que precisam ser pagas. É preciso tomar cuidado com o cartão de crédito. Para quem não conseguiu, em 2023, guardar nenhum dinheiro, o ideal em 2024 é olhar quais são as dívidas, os parcelamentos que terminam até março e programar para transferir esse dinheiro em poupança ou utilizar no CDB como investimento. Se alguém tem algum valor guardado, pode arriscar na compra de ações. O ideal é primeiro traçar o seu perfil como investidor e os seus objetivos no curto, médio e longo prazos”, conclui.
Fonte:J3News
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