Doença é apontada como principal causa de morte na população feminina em toda a América Latina
POR YAN TAVARESO câncer de colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer). A campanha Janeiro Verde acontece com o intuito de alertar, conscientizar e dar ênfase à prevenção contra a doença. Os dados apontam para uma doença perigosa, que figura entre as mais recorrentes e nocivas entre as mulheres. Ainda de acordo com o Inca, são estimados mais de 17 mil casos para cada ano do triênio de 2023 a 2025. Mais que isso, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o câncer de colo de útero é a principal causa de morte na população feminina em toda a América Latina.
Oncologista|Drª Nathalia Azevedo Rios alerta para a importância da vacinação e do papanicolau (Foto: Josh)
A oncologista Nathalia Azevedo Rios explica que esse tipo de câncer é causado pela infecção persistente de alguns tipos de vírus do HPV (que é um tipo de IST – Infecção Sexualmente Transmissível) e outros fatores de risco, como o histórico familiar, tabagismo, imunossupressores (medicamentos utilizados para evitar a rejeição de transplantes de órgãos), anticoncepcionais, início precoce de vida sexual e múltiplos parceiros.
A especialista destaca a vacina contra o HPV como principal medida preventiva ao câncer de colo de útero.
“A principal forma de prevenção primária, que busca evitar o surgimento da doença, é a vacina contra o HPV, que foi implementada no calendário vacinal em 2014 e em 2017 para meninos. Para mulheres imunossuprimidas, vivendo com HIV/Aids, transplantadas e portadoras de cânceres, a vacina é indicada até os 45 anos de idade”, pontua.
O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece gratuitamente vacina preventiva contra o HPV para meninos e meninas de 11 a 14 anos, recomendando que uma aplicação seja feita antes do início da vida sexual.
“A vacina quadrivalente oferecida pelo SUS protege contra os subtipos 6, 11, 16, 18 do papiloma vírus humano. Existe ainda a vacina oferecida pelo setor privado, que possibilita a proteção contra um total de nove tipos de vírus do HPV”, detalha. Segundo o Inca, os tipos 16 e 18 do HPV são responsáveis por cerca de 70% dos cânceres do colo do útero.
Sintomas:
Nathalia Azevedo Rios pontua que os sintomas do câncer de colo de útero variam e a paciente pode ser até assintomática no início da doença.
“Durante o avanço da doença a paciente pode sentir dores em baixo ventre, dor no ato sexual, ter sangramento vaginal anormal, corrimento vaginal fétido, queixas urinárias, intestinais, cansaço, edema nas pernas, dor lombar e perda de peso”, detalha.
Mais prevenção:
Nathalia Azevedo Rios destaca, ainda, os cuidados que devem ser tomados para que esse tipo de câncer seja diagnosticado de forma precoce. “A prevenção secundária acontece através do exame papanicolau, indicado a partir do terceiro ano da primeira relação sexual e anualmente desde então. Mulheres acima de 70 anos com três exames de papanicolau consecutivos sem alterações e sem fatores de risco podem interromper a periodicidade dos exames”, detalha.
Por fim, a oncologista enfatiza que o acompanhamento por meio do papanicolau é essencial na prevenção à doença. “Devemos lembrar que a vacinação não protege contra todos os tipos de HPV, bem como não evita todos os tipos de cânceres de colo de útero. Portanto, a vigilância com o papanicolau é extremamente importante”, conclui.
A oncologista Nathalia Azevedo Rios explica que esse tipo de câncer é causado pela infecção persistente de alguns tipos de vírus do HPV (que é um tipo de IST – Infecção Sexualmente Transmissível) e outros fatores de risco, como o histórico familiar, tabagismo, imunossupressores (medicamentos utilizados para evitar a rejeição de transplantes de órgãos), anticoncepcionais, início precoce de vida sexual e múltiplos parceiros.
A especialista destaca a vacina contra o HPV como principal medida preventiva ao câncer de colo de útero.
“A principal forma de prevenção primária, que busca evitar o surgimento da doença, é a vacina contra o HPV, que foi implementada no calendário vacinal em 2014 e em 2017 para meninos. Para mulheres imunossuprimidas, vivendo com HIV/Aids, transplantadas e portadoras de cânceres, a vacina é indicada até os 45 anos de idade”, pontua.
O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece gratuitamente vacina preventiva contra o HPV para meninos e meninas de 11 a 14 anos, recomendando que uma aplicação seja feita antes do início da vida sexual.
“A vacina quadrivalente oferecida pelo SUS protege contra os subtipos 6, 11, 16, 18 do papiloma vírus humano. Existe ainda a vacina oferecida pelo setor privado, que possibilita a proteção contra um total de nove tipos de vírus do HPV”, detalha. Segundo o Inca, os tipos 16 e 18 do HPV são responsáveis por cerca de 70% dos cânceres do colo do útero.
Sintomas:
Nathalia Azevedo Rios pontua que os sintomas do câncer de colo de útero variam e a paciente pode ser até assintomática no início da doença.
“Durante o avanço da doença a paciente pode sentir dores em baixo ventre, dor no ato sexual, ter sangramento vaginal anormal, corrimento vaginal fétido, queixas urinárias, intestinais, cansaço, edema nas pernas, dor lombar e perda de peso”, detalha.
Mais prevenção:
Nathalia Azevedo Rios destaca, ainda, os cuidados que devem ser tomados para que esse tipo de câncer seja diagnosticado de forma precoce. “A prevenção secundária acontece através do exame papanicolau, indicado a partir do terceiro ano da primeira relação sexual e anualmente desde então. Mulheres acima de 70 anos com três exames de papanicolau consecutivos sem alterações e sem fatores de risco podem interromper a periodicidade dos exames”, detalha.
Por fim, a oncologista enfatiza que o acompanhamento por meio do papanicolau é essencial na prevenção à doença. “Devemos lembrar que a vacinação não protege contra todos os tipos de HPV, bem como não evita todos os tipos de cânceres de colo de útero. Portanto, a vigilância com o papanicolau é extremamente importante”, conclui.
Fonte:J3News
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