segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Atendimento para casos suspeitos de dengue é descentralizado em Campos

Unidades pré-hospitalares estão aptas a atender em Campos

Visita|Equipes da prefeitura atuam para impedir proliferação (Fotos: Silvana Rust)

Preocupada com os expressivos números de casos de dengue em Campos dos Goytacazes, a Secretaria de Saúde do município decidiu descentralizar o atendimento aos casos suspeitos da doença. Desde o início deste mês, os pacientes podem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de sua região caso apresentem sintomas como febre repentina, usualmente entre dois e sete dias de duração; dores no corpo, nas articulações, atrás dos olhos e na cabeça; náuseas e vômitos, para que recebam as primeiras orientações. De acordo com a base de dados da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS), de janeiro até o dia 8 de fevereiro de 2024, foram contabilizados 449 casos de dengue e 16 casos de chikungunya confirmados e não há confirmação de zika vírus.
Médico|Rodrigo Carneiro

O subsecretário, Rodrigo Carneiro informou que as Unidades Pré-Hospitalares (UPHs) estão preparadas para atender pacientes com essa sintomatologia e, caso haja persistência dos vômitos e aparecimento de petéquias (pintinhas avermelhadas pelo corpo), prova do laço positiva, leucopenia ou que tenham doenças crônicas pré-existentes, a fim de iniciar a hidratação venosa e coleta de exames, se necessário.

Ainda segundo Carneiro, os casos cujos sintomas sejam dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua; vômitos persistentes; acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico); hipotensão postural e/ou lipotimia; hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal; sangramento de mucosa; letargia e/ou irritabilidade; aumento progressivo do hematócrito; diminuição da diurese; desconforto respiratório e queda abrupta das plaquetas, serão encaminhados para internação, seja nas unidades de urgência e emergência ou no Centro de Referência da Dengue (CRD), por serem potencialmente graves. “A nossa previsão é a de que esse número continue aumentando de forma significativa. Diante disso, estamos orientando a população a procurar uma UBS ou Unidade Pré-Hospitalar mais perto de sua residência. Caso tenha como única opção uma UBS, vá até a unidade, onde receberá os primeiros atendimentos e orientações iniciais”, orientou Rodrigo Carneiro.

Prevenção
Além das medidas para impedir a proliferação do mosquito, como evitar o acúmulo de água parada em recipientes, as medidas de proteção individual contra a picada do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença, também são fundamentais. O subsecretário de Vigilância em Saúde, infectologista Charbell Kury, destaca que o uso do repelente é um cuidado importante, principalmente em crianças e idosos. Além disso, Charbell reforça que é fundamental tomar cuidados coletivos em casa, principalmente antes de viajar, como eliminar possíveis criadouros do mosquito, retirar água parada em vasinhos de plantas, telar caixas de água, cobrir os ralos da residência e evitar acúmulo de lixo e entulhos em quintais e terrenos baldios.

O médico explica que as características ideais de um repelente são: repelir muitas espécies simultaneamente, ser eficaz por pelo menos oito horas, ser atóxico, ter pouco cheiro, ser resistente à abrasão e à água, além de cosmeticamente agradável. Ele informou, também, que a ação do produto é embasada pela pressão de vapor, ou seja, pela volatilidade da substância. Os repelentes com maior pressão de vapor oferecem maior proteção com baixa concentração, porém, uma menor taxa de evaporação com menor volatilidade, significando que continuará repelindo por um tempo mais prolongado.

O infectologista pontua que são quatro as principais substâncias nos repelentes: DEET, icaridina ou picaridina, IR3535 e óleo de citronela. “Os repelentes a base de DEET são usados a partir de dois anos de idade e duram, em média, entre quatro e seis horas. A icaridina já tem formulação a partir dos dois meses e dura até 13 horas. Já o IR 3535, é a partir de seis meses e dura uma média de até 9 horas, mesmo período de tempo de durabilidade da citronela”, disse Charbell, reforçando que, “além do uso de repelentes, outras medidas de proteção são essenciais para evitar contato com o mosquito, como: utilizar roupas com mangas longas, meias e roupas impregnadas com permetrina” finaliza.


REFERÊNCIAS REGIONAIS:
– Unidade Pré-Hospitalar de Farol de São Tomé (Baixada)
– Hospital São José (Baixada); Hospital Geral de Guarus (Guarus)
– Unidade Pré-Hospitalar de Travessão (Região Norte)
– Unidade Pré-Hospitalar de Ururaí (Região Sul)
– Centro de Referência da Dengue (Central)

INTERNAÇÃO:
– Hospital Geral de Guarus (adultos)
– Hospital São José (adultos)
– Pronto Socorro Pediátrico dos Plantadores de Cana

INTERNAÇÃO DE UTI:

– Hospital Plantadores de Cana (adultos)
– Hospital Ferreira Machado (pediátrico).
Fonte: J3News

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