Deam Campos / Rodrigo Silveira
A escalada de casos de violência contra as mulheres em Campos tem sido acompanhada pela resposta da Polícia Civil aos agressores. Somente nesta segunda-feira (22), três homens foram presos pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) por ameaçar suas ex-companheiras em Campos. Em uma semana, 15 homens foram presos por ameaça, agressão e descumprimento de medidas protetivas concedidas às vítimas na cidade.
A escalada de casos de violência contra as mulheres em Campos tem sido acompanhada pela resposta da Polícia Civil aos agressores. Somente nesta segunda-feira (22), três homens foram presos pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) por ameaçar suas ex-companheiras em Campos. Em uma semana, 15 homens foram presos por ameaça, agressão e descumprimento de medidas protetivas concedidas às vítimas na cidade.
Mais um suspeito foi preso / Foto: Reprodução
Na noite desta segunda-feira, um homem foi preso na rodoviária Shopping Estrada por ameaçar a ex-companheira de morte. Segundo a Deam, a vítima procurou a delegacia para denunciar as ameaças. À Polícia, ela contou que o ex passou o dia ligando para ela de um número restrito e a ameaçando, inclusive no momento em que ela registrava o boletim de ocorrência. Com as informações passadas pela vítima, os agentes conseguiram localizar o homem, que foi preso na rodoviária. Ainda segundo a Deam, no momento em que era identificado no sistema da delegacia, na presença dos policiais civis, o homem disse que mataria a ex-companheira caso fosse preso novamente.
Homem foi preso em flagrante / Foto: Reprodução Em um outro caso, mas segunda-feira pela manhã, um homem foi encontrado por policiais na rodoviária Roberto Silveira, no Centro, após a esposa o denunciar por ameaça. As ameaças aconteciam por meio de aplicativos de mensagens. A vítima procurou a Deam, denunciou o caso e os agentes prenderam o suspeito.
Homem foi preso no Santa Rosa / Foto: Reprodução
À tarde, a delegacia prendeu um outro homem por ameaçar e descumprir medida protetiva em favor da ex-companheira. A vítima procurou a Deam no último dia 12 para informar que vinha sendo ameaçada pelo ex. No dia 14, o homem esteve na casa dela armado com uma faca e a ameaçou de morte. Mesmo sendo informado da medida protetiva, o acusado retornou a casa da ex-companheira e disse que a mataria de qualquer forma. A prisão foi realizada no Parque Santa Rosa, em Guarus.
Os casos, em sua maioria, chegaram até o conhecimento da Polícia Civil através de um importante aliado no combate à violência, que é a denúncia. Somente em 2024, até a metade do mês de abril, cerca de 1.000 ocorrências foram feitas na Deam Campos. O ano de 2023 fechou com mais de 2.500 registros. No ano de 2022, os casos não chegaram a 2.000.
Somente no primeiro trimestre de 2024, foram registrados mais de 400 pedidos de medida protetiva feitos pela Deam. A análise das medidas solicitadas é feita pela Justiça.
Em entrevista concedida à Folha na semana passada, a delegada titular da Deam Campos, Juliana Buchas, destacou que aumentou o número de mulheres encorajadas, através de empoderamento, para denunciar seus agressores.
Os casos, em sua maioria, chegaram até o conhecimento da Polícia Civil através de um importante aliado no combate à violência, que é a denúncia. Somente em 2024, até a metade do mês de abril, cerca de 1.000 ocorrências foram feitas na Deam Campos. O ano de 2023 fechou com mais de 2.500 registros. No ano de 2022, os casos não chegaram a 2.000.
Somente no primeiro trimestre de 2024, foram registrados mais de 400 pedidos de medida protetiva feitos pela Deam. A análise das medidas solicitadas é feita pela Justiça.
Em entrevista concedida à Folha na semana passada, a delegada titular da Deam Campos, Juliana Buchas, destacou que aumentou o número de mulheres encorajadas, através de empoderamento, para denunciar seus agressores.
Delegada Juliana Buchas, titular da Deam Campos / Foto: Rodrigo Silveira
— Prendemos obviamente para punir, para fazer a nossa parte da persecução penal, mas também como efeito pedagógico, tanto para os demais agressores, como para aquela vítima, para ela sentir a segurança de vir fazer o registro. É importante que as vítimas vejam outros agressores sendo presos para que elas acreditem que algo vai ser feito — destacou doutora Juliana lembrando que mulheres que têm medo de procurar a delegacia por questões da dependência financeira, dependência emocional e os mais variados motivos que levam a vergonha, porém, esse padrão está sendo quebrado.
— Prendemos obviamente para punir, para fazer a nossa parte da persecução penal, mas também como efeito pedagógico, tanto para os demais agressores, como para aquela vítima, para ela sentir a segurança de vir fazer o registro. É importante que as vítimas vejam outros agressores sendo presos para que elas acreditem que algo vai ser feito — destacou doutora Juliana lembrando que mulheres que têm medo de procurar a delegacia por questões da dependência financeira, dependência emocional e os mais variados motivos que levam a vergonha, porém, esse padrão está sendo quebrado.
Fonte: Fmanhã
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