Realizada na Câmara Municipal, a iniciativa contou com a exposição de profissionais de saúde e do relato da paciente Juliana Rodrigues, que relatou sua experiência em relação à fibromialgia, caracterizada por dor muscular generalizada e crônica.
Para o secretário municipal de Saúde, Sebastião Campista, foi uma oportunidade de promover a compreensão e o entendimento sobre a síndrome, que não possui causa definida e cujos pacientes são majoritariamente mulheres.
— A presença dos profissionais da rede municipal de Saúde neste evento é importante, sobretudo, para propagar ainda mais a empatia e humildade sobre o tema. A SMS estará sempre aberta para atender as particularidades e demandas dos pacientes e, dentro das possibilidades do município, oferecer a assistência necessária — afirmou.
Paralelamente, o vereador Alexandre Barrão destacou que a Lei Municipal 766/2012, de sua autoria, estabelece para 12 de maio o Dia Municipal de Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia, além de instituir uma série de direitos.
— Através desta legislação, de origem popular e sancionada pela prefeita Francimara Barbosa Lemos, foi estabelecida para os pacientes o atendimento preferencial em empresas públicas e estabelecimentos privados, o estacionamento de veículos em vagas destinadas à Pessoa com Deficiência (PcD), mediante carteira de identificação e adesivo emitidos pela prefeitura — explicou.
De acordo com a advogada, Franciela Santana, que também é paciente, somente cerca de 20% dos municípios brasileiros contam com legislações deste tipo. Ela destacou e parabenizou a iniciativa, como também a iluminação das fachadas da prefeitura e Câmara Municipal em alusão à causa. Na semana passada, os prédios foram iluminados pela cor roxo, característica da mobilização.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-SFI), Romário Bernardo, afirmou que atuará junto ao comércio legal para garantir o cumprimento da lei.
Profissionais abordam características da fibromialgia
A fisioterapeuta Isabela Rangel, que conta com vasta experiência no assunto, explicou que a síndrome pode provocar alterações muscular, visceral, óssea e neurológica. Este aspecto, segundo ela, faz com que seja necessária uma abordagem multidisciplinar para o tratamento, que pode envolver ventosa, pilates e hidroterapia, além de outros profissionais.
Segundo Juliana Rangel, também fisioterapeuta, o objetivo é proporcionar qualidade de vida, já que fibromialgia não tem cura. “Este evento é muito importante para tornar visível aquilo que é invisível, a dor do outro”, afirmou.
A necessidade de “entender o outro sem preconceitos” foi citada ainda pelo psicólogo Renato Chagas. Ele esclareceu que o cérebro de uma pessoa com fibromialgia tende a aguentar menos dor, o que a torna mais sensível.
AsCom
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