Município tem quatro casos em 2024, sendo dois deles com evolução para óbito
Foto: Kelly Maria / Divulgação
Diante do atual cenário da febre maculosa no município de Campos, o secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano; o diretor da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro; e o diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Luciano Souza, estiveram reunidos para uma coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (26).
Entre os assuntos abordados estava a discussão de um plano estratégico contra o carrapato do gênero Amblyomma sculptum, mais conhecido como carrapato-estrela, transmissor da doença.
O município tem atualmente quatro casos de febre maculosa, causada pela bactéria do gênero Rickettsia rickettisii, sendo dois deles com evolução para óbito: um adolescente de 13 anos, morador de Goitacazes, e um homem de 37 anos, que residia na localidade de Santo Amaro, na Baixada Campista.
Também há um óbito em investigação de um adulto, do sexo masculino, de 59 anos, morador de Babosa. Em 2023 foram confirmados oito casos de febre maculosa, sendo que quatro evoluíram para óbito.
Durante a coletiva, o secretário de Saúde demonstrou preocupação com casos de febre maculosa na cidade. Ele alerta sobre a gravidade da doença, que tem sintomas semelhantes a outras doenças, como a dengue.
Hirano destaca a importância do diagnóstico precoce para evitar complicações e recomenda atenção especial na Baixada, devido à presença de capivaras, citadas como principais hospedeiras dos parasitas transmissores da patologia.
“O diagnóstico precoce da febre maculosa, que é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela, é essencial, pois a doença evolui rapidamente para quadros clínicos graves. Além disso, há de se analisar a história epidemiológica de possível exposição ao carrapato em áreas como matas, matagais e próximo a rios e animais. Ressalto que, devido à circulação de diversos microrganismos, é essencial diferenciar sintomas semelhantes de doenças como dengue, Covid-19 e influenza, para garantir o tratamento adequado. O alerta principal é para o diagnóstico precoce e a associação da síndrome infecciosa da febre maculosa com a exposição ao carrapato”, reiterou Paulo Hirano.
Campos se tornou uma área de interesse para monitoramento da febre maculosa no estado do Rio de Janeiro em 2021. Isso indica, segundo o infectologista Rodrigo Carneiro, que a infestação desses parasitas, principalmente disseminada por capivaras, tornou a patologia endêmica na região.
“A febre maculosa é considerada mais grave do que a dengue devido à sua alta letalidade, podendo chegar a 90% quando não são realizadas intervenções adequadas. É de extrema importância a conscientização da população para evitar exposição aos carrapatos e a capacitação contínua das equipes de saúde para diagnosticar precocemente a doença e evitar complicações graves”, frisou.
Carneiro enfatiza que as pessoas que trabalham ou frequentam áreas de risco, como praticantes de atividades ao ar livre, precisam estar conscientes sobre a prevenção contra carrapatos.
O médico aconselha fazer uma verificação minuciosa no corpo após sair desses locais para evitar infestações, e recomenda a remoção imediata dos parasitas visando à prevenção de doenças transmitidas por eles. Além disso, utilizar roupas adequadas e repelentes também pode ajudar na prevenção.
“A remoção correta de carrapatos para evitar a regurgitação de bactérias no paciente é essencial. Recomenda-se retirá-los com uma pinça, rente à pele, e sem apertá-los. Entretanto, é importante ressaltar que menos de 1% deles estão infectados com a bactéria causadora da doença. Por isso, é fundamental conscientizar a população sobre os sintomas, como febre e dor no corpo, que podem ser semelhantes aos da dengue. Se houver história de contato com carrapatos ou atividades de risco, como trabalhar em áreas rurais, essa informação deve ser compartilhada com o profissional de saúde para um diagnóstico preciso, exames e tratamento específico”, orientou.
O diretor do CCZ reforçou a parceria entre o Centro de Controle de Zoonoses e a Secretaria de Saúde, mencionando intervenções planejadas em áreas mapeadas, como ocorrida na manhã desta quarta-feira, em Goitacazes.
“Fizemos um trabalho de vistoria em um local frequentado pela vítima de febre maculosa (o adolescente de 13 anos). Foram identificados carrapatos em um campo de futebol próximo, onde será realizado um trabalho de pulverização para tentar evitar novas vítimas da doença”, adiantou Luciano, destacando a necessidade de atenção e cuidado por parte dos criadores e tutores de animais para evitar novos casos na região. “A população precisa se conscientizar e tomar medidas preventivas em suas residências diariamente contra os carrapatos”, pontuou.
Outra frente de trabalho será o treinamento das equipes de saúde que fazem o atendimento, principalmente da população da Baixada Campista, a ser realizada nesta quinta-feira (27), na sede da Secretaria de Saúde.
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes
Diante do atual cenário da febre maculosa no município de Campos, o secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano; o diretor da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro; e o diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Luciano Souza, estiveram reunidos para uma coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (26).
Entre os assuntos abordados estava a discussão de um plano estratégico contra o carrapato do gênero Amblyomma sculptum, mais conhecido como carrapato-estrela, transmissor da doença.
O município tem atualmente quatro casos de febre maculosa, causada pela bactéria do gênero Rickettsia rickettisii, sendo dois deles com evolução para óbito: um adolescente de 13 anos, morador de Goitacazes, e um homem de 37 anos, que residia na localidade de Santo Amaro, na Baixada Campista.
Também há um óbito em investigação de um adulto, do sexo masculino, de 59 anos, morador de Babosa. Em 2023 foram confirmados oito casos de febre maculosa, sendo que quatro evoluíram para óbito.
Durante a coletiva, o secretário de Saúde demonstrou preocupação com casos de febre maculosa na cidade. Ele alerta sobre a gravidade da doença, que tem sintomas semelhantes a outras doenças, como a dengue.
Hirano destaca a importância do diagnóstico precoce para evitar complicações e recomenda atenção especial na Baixada, devido à presença de capivaras, citadas como principais hospedeiras dos parasitas transmissores da patologia.
“O diagnóstico precoce da febre maculosa, que é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela, é essencial, pois a doença evolui rapidamente para quadros clínicos graves. Além disso, há de se analisar a história epidemiológica de possível exposição ao carrapato em áreas como matas, matagais e próximo a rios e animais. Ressalto que, devido à circulação de diversos microrganismos, é essencial diferenciar sintomas semelhantes de doenças como dengue, Covid-19 e influenza, para garantir o tratamento adequado. O alerta principal é para o diagnóstico precoce e a associação da síndrome infecciosa da febre maculosa com a exposição ao carrapato”, reiterou Paulo Hirano.
Campos se tornou uma área de interesse para monitoramento da febre maculosa no estado do Rio de Janeiro em 2021. Isso indica, segundo o infectologista Rodrigo Carneiro, que a infestação desses parasitas, principalmente disseminada por capivaras, tornou a patologia endêmica na região.
“A febre maculosa é considerada mais grave do que a dengue devido à sua alta letalidade, podendo chegar a 90% quando não são realizadas intervenções adequadas. É de extrema importância a conscientização da população para evitar exposição aos carrapatos e a capacitação contínua das equipes de saúde para diagnosticar precocemente a doença e evitar complicações graves”, frisou.
Carneiro enfatiza que as pessoas que trabalham ou frequentam áreas de risco, como praticantes de atividades ao ar livre, precisam estar conscientes sobre a prevenção contra carrapatos.
O médico aconselha fazer uma verificação minuciosa no corpo após sair desses locais para evitar infestações, e recomenda a remoção imediata dos parasitas visando à prevenção de doenças transmitidas por eles. Além disso, utilizar roupas adequadas e repelentes também pode ajudar na prevenção.
“A remoção correta de carrapatos para evitar a regurgitação de bactérias no paciente é essencial. Recomenda-se retirá-los com uma pinça, rente à pele, e sem apertá-los. Entretanto, é importante ressaltar que menos de 1% deles estão infectados com a bactéria causadora da doença. Por isso, é fundamental conscientizar a população sobre os sintomas, como febre e dor no corpo, que podem ser semelhantes aos da dengue. Se houver história de contato com carrapatos ou atividades de risco, como trabalhar em áreas rurais, essa informação deve ser compartilhada com o profissional de saúde para um diagnóstico preciso, exames e tratamento específico”, orientou.
O diretor do CCZ reforçou a parceria entre o Centro de Controle de Zoonoses e a Secretaria de Saúde, mencionando intervenções planejadas em áreas mapeadas, como ocorrida na manhã desta quarta-feira, em Goitacazes.
“Fizemos um trabalho de vistoria em um local frequentado pela vítima de febre maculosa (o adolescente de 13 anos). Foram identificados carrapatos em um campo de futebol próximo, onde será realizado um trabalho de pulverização para tentar evitar novas vítimas da doença”, adiantou Luciano, destacando a necessidade de atenção e cuidado por parte dos criadores e tutores de animais para evitar novos casos na região. “A população precisa se conscientizar e tomar medidas preventivas em suas residências diariamente contra os carrapatos”, pontuou.
Outra frente de trabalho será o treinamento das equipes de saúde que fazem o atendimento, principalmente da população da Baixada Campista, a ser realizada nesta quinta-feira (27), na sede da Secretaria de Saúde.
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes
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