Anúncio feito pelo Instituto Vital Brazil sediado em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Espécie redescoberta na Mata Atlântica do Rio de Janeiro (Reprodução)
O Instituto Vital Brazil anunciou uma descoberta científica de grande impacto para a biodiversidade brasileira, a redescoberta da espécie de surucucu, denominada Lachesis rhombeata, por meio de dados genômicos, ecológicos, morfológicos e venômica. O biólogo e pesquisador Breno Hamdan da instituição sediada em Niterói, RJ, considera a pesquisa uma contribuição significativa para a descrição da vida silvestre e conservação desses répteis peçonhentos nativos da América do Sul.
A pesquisa, que reuniu 16 especialistas de 13 instituições, foi detalhada no artigo intitulado: When a name changes everything: taxonomy and conservation of the Atlantic bushmaster (Lachesis Daudin, 1803) (Serpentes: Viperidae: Crotalinae), publicado na última segunda-feira (22) no periódico científico Systematic and Biodiversity.
O Instituto Vital Brazil é conhecido por suas contribuições para a pesquisa científica em saúde pública, biodiversidade, animais peçonhentos e seus venenos, atividades de educação ambiental e desenvolvimento de medicamentos e soro antiveneno, consolida também esforços na conservação biológica, contribuindo de forma aplicada para a preservação da biodiversidade do planeta.
O projeto faz parte de uma iniciativa do Instituto Vital Brazil para pesquisa sobre o manejo e conservação da surucucu, iniciado na década de 1980 pelo Dr. Aníbal Melgarejo, cientista do Instituto Vital Brazil. Sob a liderança do Dr. Aníbal, a equipe do Instituto Vital Brazil obteve financiamento do Ministério da Saúde para estabelecer uma instalação especializada, o Laquesário IVB, com o objetivo de reproduzir e estudar essas serpentes em cativeiro, cuja criação exige cuidado e dedicação.
“Desde minha entrada no Instituto Vital Brazil, tenho sido fascinado pelas surucucus, alinhando isso com o foco de pesquisa da instituição. A identificação de Lachesis rhombeata como uma espécie endêmica e ameaçada da Mata Atlântica é fruto de anos de intensa pesquisa e colaboração multidisciplinar. E, junto à Professora Lina Zingali da UEMP-UFRJ, especialista em venenos animais, identificamos diferenças, além de genéticas, ecológicas e morfológicas, também na composição do veneno entre as populações atlântica e amazônica, o que corroborou nossa decisão taxonômica.” , compartilhou o biólogo que coordenou o projeto de pesquisa, Breno Hamdan.
Fonte: Ascom
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