quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Febre maculosa: profissionais de saúde Campos recebem capacitação

Pesquisadora da Fiocruz defende a inclusão da suspeita na primeira análise do médico para garantir o diagnóstico precoce

Palestrante da Fiocruz participa de treinamento na Prefeitura de Campos

Médicos, enfermeiros e acadêmicos de medicina participaram de uma capacitação para orientação e redução dos casos de febre maculosa em Campos. De acordo com a médica Paula Almeida, gerente de Zoonoses da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, em 2024 são 128 casos prováveis de febre maculosa no Estado, 31 casos confirmados e 17 óbitos. Em Campos, são 55 notificações, 13 tiveram resultados confirmados e seis evoluíram para óbito.

Pesquisadores e médicos da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro ministraram palestra no auditório da Prefeitura de Campos com o objetivo de incluir a suspeita da doença na primeira análise do médico nos hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e, assim, buscar a redução no número de mortes pela doença.

A pesquisadora da Fiocruz, médica Elba Lemos, explica o termo inclusão. “Eu chamo de inclusão porque a febre maculosa é uma preocupação no Brasil inteiro. Depois dos mosquitos, os carrapatos são os maiores transmissores de doenças e a febre maculosa está invisível e tem um difícil diagnóstico. A maioria dos óbitos no Estado pela febre maculosa teve o diagnóstico inicial de dengue. É preciso incluir a suspeita da febre maculosa no primeiro contato médico-paciente para um diagnóstico precoce e início de tratamento para evitar mortes”, defendeu.

Diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro informou que o aumento no número de casos começou a ser notado em 2021. “Somos um município grande, com uma área rural extensa e uma forte intersecção entre as áreas urbanas e rurais, o que facilita a propagação do carrapato que transmite a doença. Neste evento, estamos estreitando a relação com o Estado para acelerar a implementação de medidas na saúde, educar a população quanto aos riscos e aos profissionais de saúde quanto a rápida identificação dos casos suspeitos, o que melhora o fator prognóstico”, disse Carneiro.

Fonte: Secom/PMCG

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