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sexta-feira, 4 de outubro de 2024
MPE ajuíza ação visando à cassação e inelegibilidade do vereador Bruno Pezão, candidato à reeleição
De acordo com os fatos apurados e detalhados em inquérito policial, o candidato estaria se utilizando de recursos financeiros não declarados, além do emprego de coação e intimidação de eleitores, armas de fogo e intimidações de criminosos, orquestradas por uma organização criminosa envolvida em torturas, mortes e tráfico de drogas, entre outros, com forte influência na região de Campo Novo.
Segundo a Ação, em julho de 2024, “Ricardinho”, um traficante e conhecido matador da região, foi inserido ao vivo em um telão e assim participou de uma reunião com eleitores da região, demonstrando apoio e exigindo o mesmo dos presentes. Além de chefiar a organização criminosa e dos vínculos descobertos com o candidato, foi observado que a transmissão ao vivo se deu diretamente de uma cela de um dos presídios de Bangu, no Rio de Janeiro, local em que “Ricardinho” está preso há aproximadamente 10 anos. A ação foi caracterizada como uma tentativa clara de criar embaraços ao voto livre e criar um curral de eleitores, prática que afronta diretamente os princípios da livre manifestação do voto.
O Ministério Público Eleitoral busca a cassação do registro de candidatura e a declaração de inelegibilidade do candidato Bruno Pezão, por um período de oito anos, assim como a invalidação de todos os votos que serão obtidos pelo candidato e a exclusão desses votos da coligação ou partido, conforme previsto pela Lei Complementar nº 64/1990. A ação foi protocolada após análise das provas e depoimentos colhidos no curso do inquérito policial, que indicam fortes indícios de irregularidades com potencial de comprometer a legitimidade do pleito eleitoral.
Outras ações estão sendo adotadas, sob sigilo.
Por MPRJ
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