Foi sepultado na tarde desta quinta-feira (21), no cemitério Campo da Paz, o corpo do jornalista, poeta e membro da Academia Campista de Letras (ACL), Vilmar Rangel, que faleceu aos 87 anos, após problemas de saúde. Ele atuou como repórter, locutor, noticiarista e produtor nas rádios Cultura, Continental, Campista Afonsiana e Campos Difusora, além de repórter profissional dos jornais “Folha do Povo” e “Folha do Comércio”, e editor geral do “Monitor Campista”. Vilmar também era professor, foi o primeiro sócio eleito da Academia Pedralva Letras e Artes, em 1952, e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Campos.
Sob forte comoção, familiares e amigos acompanharam o sepultamento de Vilmar Rangel, e lembraram com carinho do amigo e do legado que ele deixa. O velório aconteceu na tarde desta quinta-feira, seguido do sepultamento no cemitério. Vilmar deixa esposa, filho e duas netas.
“Vilmar sempre foi uma pessoa apaixonada pela vida, pela cultura aqui de Campos e, principalmente, pela família. Um marido exemplar, um pai maravilhoso, é meu sogro, mas também um pai. Meu pai já se foi tem 18 anos. Então, é um pai que hoje está indo para um novo plano espiritual”, diz a jornalista e nora de Vilmar, Daniela Tinoco.
Foto: Antônio Filho
O pesquisador e médico Welligton Paes lamentou a perda do amigo, que também fará falta para a cultura de Campos.
“Eu perdi um velho amigo. A cultura de Campos está de luto. Há pouco tempo, um mês mais ou menos, perdemos o Renato. Hoje, perdemos o Vilmar. Jornalista, foi um poeta e escritor. Conhecia bem teatro e cinema. Era um homem de vasta cultura. E eu tenho a honra de ter sido seu amigo até a partida. Eu estive com ele recentemente, mais ou menos três meses, eu e Geninho íamos na casa dele toda quinta-feira. Então, Campos perde uma figura de grande cultura”, lamentou o médico.
O presidente da Academia Pedralva Letras e Artes, Carlos Augusto Souto de Alencar, lembrou que Vilmar foi o primeiro membro quando tinha 15 anos.
“Vilmar Ferreira Rangel foi o primeiro membro da Pedralva eleito pelos fundadores da Casa. Ele tinha 15 anos de idade quando foi eleito e já era um talento literário e poético com essa idade. Vilmar Rangel foi responsável pelo movimento da poesia espaço-temporal em Campos, que traz a poesia modernista para a cidade. Além da atuação na Academia Pedralva, ele foi membro da Academia Campista de Letras, Instituto Histórico Geográfico de Campos, na CDL, em tudo que ele esteve, ele foi importantíssimo como mente, palavra e atitude. Vilmar foi um grande amigo, um cavalheiro, um homem educado, inteligente e bem articulado. Grande falta ele fará para a cultura, mas fica um legado maravilhoso de alguém que se dedicou por tudo de mais belo da cultura, do patrimônio e da poesia campista. Só posso, apesar da tristeza do momento, desejar que haja luz para pela eternidade e meus aplausos eternos por todo o trabalho e por toda a amizade que ele dedicou a todos nós da cultura campista”, ressaltou Carlos Augusto.
“A despedida de Vilmar Rangel reuniu amigos que o admiravam, muitos deles com mais de 60 anos de convivência. Trata-se de um grande campista, que sempre lutou pela valorização da história de sua terra. Eu tenho a honra de dizer que sigo seus passos, no ofício de mestre de cerimônias, função que ele desempenhou com maestria e que jamais será esquecida pela sociedade”, falou o jornalista Antônio Filho.
“Com enorme pesar, despedimo-nos hoje do nosso triplamente colega e grande amigo Vilmar Rangel. Quanta Saudade, quanta falta vamos sentir do nosso Mestre Vilmar. Insuperável no brandir da delicada sonoridade de seu estro poético. Das suas lições maiores da arte do bem conviver. Da delicadeza do seu sempre suave e silencioso aproximar-se, de sua sempre metódica organização em qualquer mister de que se desincumbia. Muito agradecido Vilmar. Suas Lições, para a nossa prática, em nossas mentes e em nossos corações bem guardadas aqui estão”, falou o Procurador de Justiça do MP/RJ e ex-diretor e ex reitor e professor, Levi Quaresma.
A Associação de Imprensa Campista emitiu uma nota de pesar lamentando profundamente o falecimento de Vilmar Ferreira Rangel.
"Uma das personalidades mais importantes da comunicação e da cultura em Campos dos Goytacazes. Sócio da AIC, era grande entusiasta dos projetos culturais da associação, como o Festival Doces Palavras, participando de diversas edições (...) Campos perde um dedicado pesquisador e ativista cultural, que dedicou sua vida à comunicação, à literatura, mas especialmente à recuperação e à preservação dos monumentos, bustos, hermas e marcos do município de Campos", disse a nota.
A AIC relembrou ainda que, ao longo da carreira, Vilmar exerceu diversas funções na comunicação social, como assessor de imprensa da Cooperativa Fluminense dos Produtores de Açúcar e Alcool (Coperflu) e da Cooperativa dos produtores de leite (Cooperleite) de Campos, contato da agência de propaganda “Nova Campos”, professor de cursos de Comunicação Social na Faculdade de Filosofia de Campos (atual Uniflu), crítico de cinema na Folha do Povo, repórter, locutor, noticiarista e produtor nas rádios Cultura, Continental, Campista Afonsiana e Campos Difusora. Publicou crônicas e artigos durante vários anos nos jornais “A Notícia”, “O Dia”, “Monitor Campista”, “Segunda-feira”, "A Cidade" e “Folha do Comércio”.
Em nota publicada em suas redes sociais, a Academia Campista de Letras também lamentou o falecimento de Vilmar, que tomou posse na entidade em 2000.
“Poeta de notável sensibilidade, Vilmar marcou época na cultura campista por sua participação no movimento literário que pode ser considerado o modernismo campista, por meio da fundação do Clube de Poesia de Campos, em março de 1954. Na ACL, tomou posse no ano 2000, ocupando a cadeira n. 25 da instituição. Como exímio orador, extremamente detalhista em suas pesquisas e cuidadoso no trato com as palavras, Vilmar foi responsável por fazer o cerimonial de muitas das reuniões da ACL. Seu legado de sensibilidade e de amor à cultura campista são apenas algumas das marcas de um dos maiores poetas da história deste município. A ACL se solidariza com os familiares e amigos nesse momento de dor”, lamentou.
Vilmar Rangel também fez parte da história das emissoras de televisão de Campos. Em 1989, foi o primeiro apresentador do “TJ Planície”, na TV Planície. Em outras ocasiões, mediou debates com candidatos à Prefeitura de Campos. Ele era sócio benemérito da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), que emitiu uma nota de pesar.
"A Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), com imenso pesar, comunica o falecimento do relações públicas e publicitário Vilmar Rangel, nosso sócio benemérito. Sua contribuição para o desenvolvimento de Campos, por meio da atuação em diversas entidades, representa um legado que jamais será esquecido", diz a nota, assinada pela presidente da Sociedade, Ana Paula Galvão.
Vilmar Rangel também foi um dos fundadores da antiga Câmara Júnior de Campos, a atual Junior Chamber International (JCI), instituição que fundou o Clube de Diretores Lojistas de Campos (1963) e a Associação de Proteção e Orientação dos Excepcionais de Campos (Apoe). Além disso, Vilmar foi vencedor do prêmio “Almir Soares”, da Academia Pedralva Letras e Artes, por três anos consecutivos, com crônicas e poesias.
Ele foi um dos fundadores do Clube de Poesia de Campos, entidade que originou a revista Horizonte 22. Tempos depois, o movimento denominado Sintetismo Espacio-Temporal, formado por Vilmar, Joel Melo e o saudoso Prata Tavares, surgiu trazendo publicações em jornais e livros, também inspiradas no modernismo. Publicou os livros “Dança entre dorsos tensos” e “Alumbramento”, sendo o último uma coletânea com dois volumes.
O pesquisador e médico Welligton Paes lamentou a perda do amigo, que também fará falta para a cultura de Campos.
“Eu perdi um velho amigo. A cultura de Campos está de luto. Há pouco tempo, um mês mais ou menos, perdemos o Renato. Hoje, perdemos o Vilmar. Jornalista, foi um poeta e escritor. Conhecia bem teatro e cinema. Era um homem de vasta cultura. E eu tenho a honra de ter sido seu amigo até a partida. Eu estive com ele recentemente, mais ou menos três meses, eu e Geninho íamos na casa dele toda quinta-feira. Então, Campos perde uma figura de grande cultura”, lamentou o médico.
O presidente da Academia Pedralva Letras e Artes, Carlos Augusto Souto de Alencar, lembrou que Vilmar foi o primeiro membro quando tinha 15 anos.
“Vilmar Ferreira Rangel foi o primeiro membro da Pedralva eleito pelos fundadores da Casa. Ele tinha 15 anos de idade quando foi eleito e já era um talento literário e poético com essa idade. Vilmar Rangel foi responsável pelo movimento da poesia espaço-temporal em Campos, que traz a poesia modernista para a cidade. Além da atuação na Academia Pedralva, ele foi membro da Academia Campista de Letras, Instituto Histórico Geográfico de Campos, na CDL, em tudo que ele esteve, ele foi importantíssimo como mente, palavra e atitude. Vilmar foi um grande amigo, um cavalheiro, um homem educado, inteligente e bem articulado. Grande falta ele fará para a cultura, mas fica um legado maravilhoso de alguém que se dedicou por tudo de mais belo da cultura, do patrimônio e da poesia campista. Só posso, apesar da tristeza do momento, desejar que haja luz para pela eternidade e meus aplausos eternos por todo o trabalho e por toda a amizade que ele dedicou a todos nós da cultura campista”, ressaltou Carlos Augusto.
“A despedida de Vilmar Rangel reuniu amigos que o admiravam, muitos deles com mais de 60 anos de convivência. Trata-se de um grande campista, que sempre lutou pela valorização da história de sua terra. Eu tenho a honra de dizer que sigo seus passos, no ofício de mestre de cerimônias, função que ele desempenhou com maestria e que jamais será esquecida pela sociedade”, falou o jornalista Antônio Filho.
“Com enorme pesar, despedimo-nos hoje do nosso triplamente colega e grande amigo Vilmar Rangel. Quanta Saudade, quanta falta vamos sentir do nosso Mestre Vilmar. Insuperável no brandir da delicada sonoridade de seu estro poético. Das suas lições maiores da arte do bem conviver. Da delicadeza do seu sempre suave e silencioso aproximar-se, de sua sempre metódica organização em qualquer mister de que se desincumbia. Muito agradecido Vilmar. Suas Lições, para a nossa prática, em nossas mentes e em nossos corações bem guardadas aqui estão”, falou o Procurador de Justiça do MP/RJ e ex-diretor e ex reitor e professor, Levi Quaresma.
A Associação de Imprensa Campista emitiu uma nota de pesar lamentando profundamente o falecimento de Vilmar Ferreira Rangel.
"Uma das personalidades mais importantes da comunicação e da cultura em Campos dos Goytacazes. Sócio da AIC, era grande entusiasta dos projetos culturais da associação, como o Festival Doces Palavras, participando de diversas edições (...) Campos perde um dedicado pesquisador e ativista cultural, que dedicou sua vida à comunicação, à literatura, mas especialmente à recuperação e à preservação dos monumentos, bustos, hermas e marcos do município de Campos", disse a nota.
A AIC relembrou ainda que, ao longo da carreira, Vilmar exerceu diversas funções na comunicação social, como assessor de imprensa da Cooperativa Fluminense dos Produtores de Açúcar e Alcool (Coperflu) e da Cooperativa dos produtores de leite (Cooperleite) de Campos, contato da agência de propaganda “Nova Campos”, professor de cursos de Comunicação Social na Faculdade de Filosofia de Campos (atual Uniflu), crítico de cinema na Folha do Povo, repórter, locutor, noticiarista e produtor nas rádios Cultura, Continental, Campista Afonsiana e Campos Difusora. Publicou crônicas e artigos durante vários anos nos jornais “A Notícia”, “O Dia”, “Monitor Campista”, “Segunda-feira”, "A Cidade" e “Folha do Comércio”.
Em nota publicada em suas redes sociais, a Academia Campista de Letras também lamentou o falecimento de Vilmar, que tomou posse na entidade em 2000.
“Poeta de notável sensibilidade, Vilmar marcou época na cultura campista por sua participação no movimento literário que pode ser considerado o modernismo campista, por meio da fundação do Clube de Poesia de Campos, em março de 1954. Na ACL, tomou posse no ano 2000, ocupando a cadeira n. 25 da instituição. Como exímio orador, extremamente detalhista em suas pesquisas e cuidadoso no trato com as palavras, Vilmar foi responsável por fazer o cerimonial de muitas das reuniões da ACL. Seu legado de sensibilidade e de amor à cultura campista são apenas algumas das marcas de um dos maiores poetas da história deste município. A ACL se solidariza com os familiares e amigos nesse momento de dor”, lamentou.
Vilmar Rangel também fez parte da história das emissoras de televisão de Campos. Em 1989, foi o primeiro apresentador do “TJ Planície”, na TV Planície. Em outras ocasiões, mediou debates com candidatos à Prefeitura de Campos. Ele era sócio benemérito da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), que emitiu uma nota de pesar.
"A Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), com imenso pesar, comunica o falecimento do relações públicas e publicitário Vilmar Rangel, nosso sócio benemérito. Sua contribuição para o desenvolvimento de Campos, por meio da atuação em diversas entidades, representa um legado que jamais será esquecido", diz a nota, assinada pela presidente da Sociedade, Ana Paula Galvão.
Vilmar Rangel também foi um dos fundadores da antiga Câmara Júnior de Campos, a atual Junior Chamber International (JCI), instituição que fundou o Clube de Diretores Lojistas de Campos (1963) e a Associação de Proteção e Orientação dos Excepcionais de Campos (Apoe). Além disso, Vilmar foi vencedor do prêmio “Almir Soares”, da Academia Pedralva Letras e Artes, por três anos consecutivos, com crônicas e poesias.
Ele foi um dos fundadores do Clube de Poesia de Campos, entidade que originou a revista Horizonte 22. Tempos depois, o movimento denominado Sintetismo Espacio-Temporal, formado por Vilmar, Joel Melo e o saudoso Prata Tavares, surgiu trazendo publicações em jornais e livros, também inspiradas no modernismo. Publicou os livros “Dança entre dorsos tensos” e “Alumbramento”, sendo o último uma coletânea com dois volumes.
Fonte:Fmanhã
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