Apesar de não ter registrado caso do sorotipo 3 da dengue no município, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta para os riscos do DENV-3, que já teve o primeiro caso registrado no estado do Rio de Janeiro e voltou a circular no país depois de 17 anos.
Com isso, o Ministério da Saúde anunciou nessa segunda-feira (20) a distribuição de 6,5 milhões de kits de testes rápidos para o diagnóstico de dengue a todos os estados brasileiros, com foco nas regiões que registram maior número de casos desde o segundo semestre de 2024. O objetivo é intensificar o diagnóstico precoce da doença e reforçar a prevenção.
Em Campos, apesar da ausência de confirmação quanto ao número exato de testes que o município receberá, a SMS reforça a importância da mobilização. “O Rio de Janeiro, por exemplo, vai receber 127,7 mil testes rápidos, e em breve teremos informações sobre a quantidade destinada a Campos. A distribuição está diretamente ligada à incidência de casos e ao contexto de cada localidade”, destacou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury.
Além da intensificação dos testes, a Secretaria Municipal de Saúde destaca o alerta para o retorno do sorotipo 3 da dengue, que não circulava no Brasil desde 2007. “Esse sorotipo é particularmente preocupante, pois a população não possui imunidade recente contra ele, o que pode agravar o quadro de infecção”, alerta Charbell Kury.
Ele explica ainda que o sorotipo 3 pode desencadear formas graves da doença, incluindo hepatites, o que torna a situação ainda mais crítica. “A chegada do sorotipo 3 pode se tornar uma epidemia catastrófica, se não tomarmos as medidas preventivas adequadas”, completou.
O subsecretário faz um apelo à população para que colabore na prevenção. “É fundamental que todos façam sua parte, eliminando focos de água parada dentro de casa. Até a água dos animais de estimação deve ser trocada diariamente, pois é um potencial criadouro do mosquito Aedes aegypti”, orientou Kury. Ele destaca ainda que 80% dos focos de dengue estão nas residências e que a prevenção deve ser constante.
Por fim, Charbell enfatiza a importância da colaboração com os agentes comunitários de endemias. “É importante receber os agentes comunitários de endemias, pois eles são os profissionais que atuam diariamente no combate ao mosquito”, conclui Charbell Kury.
Secom
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