sexta-feira, 24 de outubro de 2025

CEO do Porto do Açu: "Futura conexão com ferrovia aumentará movimentação em N vezes"

A conexão com os maiores centros de produção industrial e agrícolas, através da malha ferroviária, terá o potencial de aumentar o volume de cargas para exportação do Porto do Açu em dezenas de vezes. A afirmação é do CEO do terminal portuário, Eugênio Figueiredo, em entrevista está semana em São Paulo à uma revista semanal.

"A conexão do complexo industrial do Porto do Açu com uma malha ferroviária aumenta nosso nível de capacidade de movimentação N vezes. Hoje, a gente tem o acesso rodoviário e traz todos os volumes de caminhão, mas o projeto de malha rodoviária descortina um leque de potencial de volume e de capacidade bem maior", disse Figueiredo.

O executivo frisou ainda que o projeto da ferrovia, a EF-118, está sendo discutido e vai passar por um processo de licitação e concessão, devendo possibilitar o transporte de volumes em torno de 20 milhões de toneladas para o Porto, mas o potencial de operação no longo prazo é de 40 milhões de toneladas.

Caso o trâmite transcorra conforme o esperado, a primeira etapa da ferrovia deve começar a operar entre 2033 e 2035.

A EF-118 terá extensão de 575 quilômetros, conectando o município de Santa Leopoldina (ES) a Nova Iguaçu, promovendo a integração da malha ferroviária do Sudeste de modo a garantir o acesso ferroviário a portos do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Do total, 80 quilômetros (entre Santa Leopoldina e Anchieta) serão construídos pela Vale, como contrapartida pela prorrogação antecipada das suas ferrovias e passará a integrar o contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). 

Já o trecho de aproximadamente 170 quilômetros entre Anchieta e o Porto do Açu integrarão uma nova concessão, alvo de estudo de viabilidade, podendo contemplar ainda a construção do trecho de 325 quilômetros entre o Porto do Açu e Nova Iguaçu.

O trecho em questão está enquadrado na concessão como um investimento contingente que será realizado por uma concessionária. 

Os custos operacionais estão estimados em R$ 4,4 bilhões. A participação da União é prevista em R$ 3,2 bilhões.
Fonte: 24horas

Nenhum comentário: