Atualização às 10h58 – O número de mulheres de policiais que protesta em frente ao 8º BPM aumentou. Elas tentaram fechar o portão dos fundos do quartel, que fica na Rua Oliveira Botelho, mas foram impedidas pelos próprios militares. O grupo já bloqueou um dos acessos e tenta também impedir a saída das viaturas pelo outro portão.
PM está com 95% do efetivo nas ruas
A Polícia Militar está com 95% de seu efetivo nas ruas, de acordo com o porta-voz da PM, major Ivan Blatz. Em alguns batalhões, policiais enfrentam resistência na porta s para sair às ruas. “É importante para a nossa segurança colocarmos a polícia na rua. Não podemos permitir que cenas de barbáries, que aconteceram no Espírito Santo, se repitam aqui”, afirmou o major Ivan Blaz, porta-voz da corporação.
Viaturas e policiais do 6º BPM, na Tijuca, e do 16º BPM, em Olaria, ambos na Zona Norte, não estão indo às ruas, segundo ele.
Na porta do 6º BPM (Tijuca), cerca de 10 mulheres impedem a entrada e saída dos policiais. Um grupo de PMs da UPP do Morro dos Macacos negociaram por cerca de 15 minutos para conseguir entrar no batalhão. O comando montou uma estrutura para realizar a rendição externa. Coletes e fardas foram distribuídos ainda na noite de ontem e deixados em locais estratégicos, como cabines e nos porta-malas.
No 20º BPM (Mesquita), as mulheres não estão deixando que os policiais saiam com viaturas, somente à paisana. No entanto, a entrada de policiais militares fardados está sendo permitida pelos familiares que fazem o protesto.
No 3º BPM (Méier), alguns policiais também estão tendo dificuldades de sair da unidade fardados. As mulheres continuam fechando o cerco. Policiais do Comando de Polícia Pacificadora tentam fazer a rendição usando uma escada e driblando o cerco de mulheres.
No Comando de Polícia Pacificadora (CPP), em Bonsucesso, os policiais estão sendo impedidos de trocar de turno, no entanto, alguns PMs estão driblando o cerco e usado até escadas para chegar ao local. (Com informações do Estadão Conteúdo)
Atualização às 08h51 – Por volta das 08h30 desta sexta-feira (10), um grupo de esposas de policiais chegaram ao 8º BPM. Elas protestam com cartazes, mas de forma pacífica, não impedindo o trabalho da Polícia Militar.
A troca de plantão dos policiais acontece pelo portão dos fundos do batalhão, e segundo o grupo de manifestantes, a intenção é bloquear a saída dos policiais do quartel possivelmente até às 12h.
Atualização em 10/02 às 07h38 – Apesar da população ter ficado assustada com boatos de uma possível paralisação, os policiais militares foram às ruas de Campos normalmente na manhã desta sexta-feira (10). De acordo com a corporação, o policiamento segue normal em todo o estado do Rio.
Familiares de policiais fazem protestos em alguns batalhões, mas não atrapalham a ida dos policiais para as ruas.. No movimento, por meio das redes sociais, os manifestantes reivindicam melhores condições de trabalho para os policiais, pagamento do décimo terceiro salário e da gratificação do Regime Adicional de Serviço (RAS), pagamento de insalubridade e periculosidade, entre outros.
Até as 6h desta sexta-feira (10), essas manifestações ocorriam na porta de 20 batalhões. Entre eles estão os batalhões de Olaria, Méier, Tijuca, Campo Grande, Macaé, Volta Redonda, Caxias, Belford Roxo e Mesquita. (Acompanhe ao final da matéria, informações da PMERJ em tempo real)
Campos: Comando da PM pede calma e alerta para consequências de paralisação
A intenção de parentes de policiais militares protestarem em frente ao batalhão da corporação(8º BPM), em Campos, com o intuito de impedir o dia de trabalho dos servidores nesta sexta-feira(10), deixa a população assustada. A corporação já divulgou uma nota(veja ao final da matéria) conscientizando seus integrantes das graves consequências de uma paralisação. A maioria das escolas da rede particular já suspendeu as aulas. Já o gerente executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas(CDL), Nilson Miranda, informou que o comércio vai funcionar. A coordenadoria estadual de Educação ainda não divulgou se as escolas estarão abertas.
Sem policiamento nas ruas, Campos poderia ter uma onda de violência como acontece no Espírito Santo, onde são registrados crimes de toda ordem, como saques, assaltos e homicídios.
Os servidores ativos, os inativos e os pensionistas da Polícia Militar do Rio cobram o 13º salário, o pagamento do Regime Adicional de Serviço (RAS) e o depósito de metas alcançadas.
NOTA DO 8º BPM
A violência é um grave problema da nossa sociedade. Dentro desse contexto, sabemos que o Rio de Janeiro possui peculiaridades na área da Segurança Pública, só encontradas aqui. Nós, policiais militares, atuamos diuturnamente nesse cenário e sabemos agir nos casos extremos. A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro é a Instituição que garante a “civilidade”, o ir e vir, o trânsito de pessoas. Só nós conhecemos a realidade nua e crua do dia a dia de policiamento. No entanto, é preciso pensar que o impacto da nossa ausência poderá recair sobre nossos ombros, sobre nossas famílias. A nossa falta causaria males incalculáveis e irreparáveis. Temos a certeza que passamos por um momento muito delicado, mas é preciso avaliar as consequências dos nossos atos. Protestos são legítimos, mas precisamos buscar a melhor forma de reivindicar nossos direitos. Paralisar um serviço essencial afeta toda a população, incluindo nossas famílias. A quem interessa a barbárie?
Campos 24 Horas/Show Francisco
Foto: Filipe Lemos/Campos 24 Horas