segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Força da lei no combate a lotadas

Mesmo com fiscalização, transporte irregular segue / Folha da Manhã

Risco à população e à suficiência do setor de transporte, as lotadas atuam livremente em Campos há anos e agora, quando são alvos de operações, os motoristas fazem protestos fechando ruas, tumultuando o trânsito e danificando patrimônios públicos e privados, e no final, quem sai perdendo é a população. O problema não é exclusivo de Campos. Em outros municípios, entretanto, a medida para coibir o transporte ilegal foi associar operações estratégicas e a força da lei. Nessas cidades, em oposição ao que manifestantes picharam na traseira de um ônibus semana passada, o transporte clandestino de passageiros é tratado como crime.
Em Campos, onde os órgãos fiscalizadores, quando faziam operações, se restringiam a coibir problemas com a documentação das lotadas e vans, com o novo Código Tributário, em vigor desde 29 de setembro, a fiscalização passou a ser feita sobre a própria atividade do transporte irregular. Na seção referente às taxas de fiscalização de transporte de passageiros do código ficou definido que “a exploração de transporte de passageiros sem prévia autorização, permissão ou concessão (…) sujeitará o infrator à apreensão de veículos e multa de 300% sobre o valor atualizado da taxa devida pelo período efetivo ou estimado de funcionamento por cada veículo irregular, além dos acréscimos moratórios exigíveis”.
Mesmo com fiscalização, transporte irregular segue / Folha da Manhã

A aplicação da nova norma gerou reação dos motoristas de lotadas, que, a cada operação de combate à irregularidade, fecham ruas e param a cidade. A medida, no entanto, não inibiu o transporte irregular, que ainda está presente em massa nas ruas da cidade.
Para fechar o cerco ao transporte pirata, outros municípios e estados brasileiros desenvolveram ações estratégicas associadas à aplicação mais dura da legislação e fundamentadas em entendimento da Justiça Federal e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de que a prática configura crime, além de se enquadrar no artigo 47 da Lei das Contravenções Penais, por exercício de profissão ou atividade econômica sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício, com pena de prisão de até três meses.
No Distrito Federal, a pedido da secretaria de Mobilidade, a Polícia Civil passou a enquadrar como crime passível de um a cinco anos de prisão e multa quem faz transporte pirata. Assim, motoristas flagrados fazendo transporte irregular de passageiros passaram a ser indiciados pelo artigo 265 do Código Penal — atentado contra serviço de utilidade pública. Por lá, até o passageiro pode ser obrigado a prestar depoimento na delegacia.
Mesmo com fiscalização, transporte irregular segue / Folha da Manhã

Em Goiás, o artigo 328 do Código Penal foi aplicado em casos que levaram à prisão em flagrante de motoristas de veículos piratas. A norma trata da “usurpação de função pública” e prevê pena de detenção de até dois anos e multa. Neste caso, a justificativa da Justiça é de que o crime se caracteriza porque o transportador não possui autorização do poder concedente para executar o transporte remunerado de passageiro.
Em Salvador e outros municípios da Bahia, uma parceria com o Ministério Público possibilitou a criação de uma força-tarefa para enfrentamento ao transporte clandestino de passageiros, inclusive, com o enquadramento da prática nos crimes de estelionato, formação de quadrilha e contra a relação de consumo (previsto na Lei 8.137/90).
No estado de Minas Gerais, a Lei Nº 1.9445/2011 foi criada justamente para combater essa prática. Ela estabelece normas para coibir o transporte clandestino de passageiros no estado e prevê multa, apreensão do veículo e instauração de processo administrativo.
Posicionamento — O presidente do IMTT, Renato Siqueira, informou que há operações diárias para fiscalizar o transporte na cidade de Campos. Ele explica que as operações se intensificaram no início desta semana, onde passaram a acontecer em dois turnos e, também, no fim de semana. Segundo Renato, a principal estratégia é insistir para que a população faça a sua parte e não pegue este tipo de veículo para transporte, pois é ilegal, atividade criminosa, a qual quem estiver envolvido poderá responder.
Protestos de topiqueiros param a cidade
Somente em 2017, os motoristas de lotadas pararam a cidade seis vezes com protestos. No dia 19 de janeiro, fecharam a avenida José Alves de Azevedo, próximo ao Mercado Municipal, e o trânsito ficou totalmente parado.
Em fevereiro, motoristas de transporte clandestino fecharam completamente por duas horas a avenida XV de Novembro. A ação teve início após a apreensão de três veículos durante uma fiscalização do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro-RJ).
Em julho, motoristas de lotadas interditaram as avenidas XV de Novembro, José Alves de Azevedo, na descida da ponte Leonel Brizola, onde colocaram fogo na pista, e 28 de Março, tumultuando o trânsito na cidade. Ainda no mês de julho, motoristas do transporte irregular de passageiros fecharam a subida da ponte Alair Ferreira, em Guarus, em mais um protesto contra a fiscalização no município. Cerca de 100 manifestantes atearam fogo em pneus e galhos.
Protestos após operações / Folha da Manhã

Em agosto, em represália às fiscalizações do IMTT, Guarda Municipal e Polícia Militar, motoristas de lotadas realizaram outro protesto e pararam o trânsito em Campos durante três horas. Os manifestantes fecharam quatro pontos importantes do município: avenida José Alves de Azevedo (Beira-Valão), rua Tenente Coronel Cardoso (Formosa), rua Gil de Góis e Alberto Torres.

No dia 31 de outubro, mais uma vez a população campista ficou prejudicada por conta de protestos feitos por motoristas de transporte irregular, que bloquearam duas das principais vias de Campos, as avenidas XV de Novembro e José Alves de Azevedo (Beira-Valão). Além das pistas bloqueadas, um ônibus foi pichado com a frase “lotada não é crime”.
Prejuízo financeiro e à segurança viária
O transporte clandestino coloca em risco os passageiros devido ao estado precário dos veículos e à falta de compromisso dos infratores com questões regulamentadas, como inspeção veicular prévia, antecedência criminal dos motoristas, equipamentos obrigatórios e, principalmente, a não observância aos direitos dos usuários. Há, inclusive, casos de ameaças desses motoristas a fiscais e a funcionários das empresas regulares, além de profissionais da imprensa.
Topiqueiros picharam ônibus em manifestação / Folha da Manhã

A prática afeta, ainda, a segurança viária, bem como oferece prejuízos financeiros ao Estado e aos prestadores regulares do sistema de transporte público. Empresas de transporte de passageiros regulamentadas apontam o transporte clandestino como a principal causa da crise no setor, e em Campos não é diferente.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Campos (Setranspas), Gilson Menezes, falou sobre a urgência em controlar a atuação das lotadas, que são extremamente prejudiciais ao serviço de transporte regular, principalmente depois do fim da passagem social, que manteve nos ônibus a maioria absoluta de estudantes da rede pública, idosos e deficientes físicos, que não pagam passagem.
— O combate ao transporte clandestino precisa ser cada vez mais intensificado. Esse combate é extremamente necessário para a sobrevivência do transporte regular, porque as lotadas trafegam transportando o passageiro pagante, enquanto a gratuidade fica para os ônibus. Para sobreviverem, as empresas de ônibus precisam do usuário pagante, porque elas já absorvem todas as gratuidades. As empresas não estão suportando e não vão suportar. A gente tem se reunido com o poder público e passado isso muito claramente. É preciso que o município intensifique cada vez mais o combate, para o transporte regular sobreviver — afirmou Gilson.

Corpo em avançado estado de decomposição é encontrado em São João da Barra

Segundo a Polícia Civil, não foi possível determinar se se trata de um homem ou uma mulher devido às condições dos restos mortais
GERAL POR REDAÇÃO


(Foto: Silvana Rust)

Um corpo em avançado estado de decomposição foi encontrado na localidade de Cajueiro, em São João da Barra, na tarde deste domingo (5). Segundo a Polícia Civil, não foi possível determinar se se trata de um homem ou uma mulher devido às condições dos restos mortais.

O corpo foi removido e levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Campos. O caso foi registrado na 145ª Delegacia de Polícia, em São João da Barra.

domingo, 5 de novembro de 2017

A HORA É AGORA, SAÍA CORRENDO DO ALUGUEL!!


Uma panfletagem excelente foi feita neste final de semana com jovens lindas no Portal de chegada da cidade de São Francisco de Itabapoana.

 Trata se do novo Loteamento VILLAGE GUAXINDIBA, na RJ 196 que liga o centro de São Francisco à praia de Guaxindiba, que traz ótimas novidades e facilidades, veja anúncio completo abaixo.






Acidente deixa vítima fatal no Santa Rosa

PAULA VIGNERON E JÉSSICA FELIPE

Acidente no Santa Rosa
  • Vítima morreu no local

    Vítima morreu no local

  • Acidente no Santa Rosa

    Acidente no Santa Rosa

Duas pessoas morreram em acidentes distintos ocorridos em Guarus, entre a tarde dessa sexta-feira (3) e início da tarde deste sábado (4). No caso mais recente, um jovem de 23 anos morreu após colidir de motocicleta com a parede de uma residência, no Parque Santa Rosa. No segundo, a vítima foi um homem de 57 anos que morreu atropelado.
No Parque Santa Rosa, a vítima foi Michael Douglas dos Santos de Oliveira. Ele seguia em uma Titan 150, de cor vermelha, na estrada de Santa Rosa, em sentido ao Hospital Geral de Guarus (HGG). Antes de uma curva, ele perdeu o controle do veículo. Ele estava sozinho no momento do acidente. Populares informaram à Polícia Militar (PM) que o rapaz morreu na hora.
Michael Douglas era morador da região. O corpo da vítima será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
Atropelamento - Na tarde dessa sexta-feira (3), Nelson da Silva Pinto, de 57 anos, morreu no Hospital Ferreira Machado após ter sido atropelado em Guarus. Ele era catador de recicláveis e foi atingido por um carro quando estava na avenida Carmem Carneiro. Nelson estava em uma bicicleta e carregava o seu material no momento do acidente.
O condutor do veículo esteve na 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), onde prestou esclarecimentos e foi liberado. O corpo da vítima foi encaminhado ao IML de Campos.
Fotos: Antônio Leudo
Duas pessoas morreram em acidentes distintos ocorridos em Guarus, entre a tarde dessa sexta-feira (3) e início da tarde deste sábado (4). No caso mais recente, um jovem de 23 anos morreu após colidir de motocicleta com a parede de uma residência, no Parque Santa Rosa. No segundo, a vítima foi um homem de 57 anos que morreu atropelado.
No Parque Santa Rosa, a vítima foi Michael Douglas dos Santos de Oliveira. Ele seguia em uma Titan 150, de cor vermelha, na estrada de Santa Rosa, em sentido ao Hospital Geral de Guarus (HGG). Antes de uma curva, ele perdeu o controle do veículo. Ele estava sozinho no momento do acidente. Populares informaram à Polícia Militar (PM) que o rapaz morreu na hora.
Michael Douglas era morador da região. O corpo da vítima será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
Atropelamento - Na tarde dessa sexta-feira (3), Nelson da Silva Pinto, de 57 anos, morreu no Hospital Ferreira Machado após ter sido atropelado em Guarus. Ele era catador de recicláveis e foi atingido por um carro quando estava na avenida Carmem Carneiro. Nelson estava em uma bicicleta e carregava o seu material no momento do acidente.
O condutor do veículo esteve na 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), onde prestou esclarecimentos e foi liberado. O corpo da vítima foi encaminhado ao IML de Campos.
Fotos: Antônio Leudo


Riqueza literalmente jogada no lixo

Quase tudo que é descartado se transforma em fonte de renda para centenas de famílias, além de gerar empregos
CAMPOS POR LAILA NUNES


O lixo de Campos custa caro e é muito valioso. Vivemos em um mundo em que a cultura da reciclagem chegou e com isso, a conscientização das pessoas com rela- ção à coleta seletiva é mais presente. O município mensalmente recolhe 300 mil toneladas de lixo, deste número 200 mil são reciclados. Em receita, se todo o lixo fosse reciclado, a cidade teria uma renda de R$ 1 milhão e 400 mil. Contudo, houve uma desaceleração no programa de reciclágem por parte da prefeitura, que ao reduzir o investimento feito na área, deixou milhares de campistas sem a coleta seletiva, sendo então obrigados a jogarem uma enorme riqueza literalmente no lixo.

Prefeitura admite redução

O Jornal Terceira Via entrou em contato com a Prefeitura de Campos para saber por que todo o lixo não é reciclado e como está a atual situação da empresa responsável pela coleta de lixo, Vital Engenharia.

Em nota, a prefeitura informou que “O Programa de Coleta Seletiva recolhe apenas lixo seco, ou seja, aquele que pode ser reciclado. Apesar de o município ter o programa de coleta seletiva, muitas pessoas ainda não têm o hábito de separar o lixo, por isso, na coleta domiciliar, ainda são encontrados materiais recicláveis.


(Foto: Silvana Rust)

Quanto mais consciência ambiental a população tiver, maior será o recolhimento de material reciclável que vai para as cooperativas. Campos é referência na Polí- tica Nacional de Resíduos Sólidos, tendo sido um dos primeiros municípios do país a aplicar a Lei e ter um Aterro Sanitário, dando fim ao lixão. Investimentos na área ambiental são revertidos no Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) Verde. A Prefeitura de Campos vem realizando intervenções para redução de custos em contratos para adequar o município à nova realidade financeira. Várias reuniões têm sido realizadas com a concessionária responsável pela coleta e limpeza do município visando a redução de custos, sem comprometer o atendimento à população. O contrato com a concessionária de limpeza passou de pouco mais de R$ 8 milhões (valor que havia sido contratado anteriormente) para R$ 3,9 milhões adequando-o à nova realidade financeira do município. A Secretaria de Desenvolvimento Ambiental orienta a população para o descarte adequado dos resíduos.”

O Jornal também questionou a Prefeitura de Campos quanto ao número de caminhões que circulam para a coleta do lixo e de que forma o serviço é feito, mas não obtivemos essas respostas.


(Foto: Silvana Rust)

Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a coleta seletiva é uma obrigação dos municípios e é considerado um conteúdo mínimo do plano de gestão integrada. Em Campos, mesmo que a maioria não tenha conhecimento sobre como realizar a coleta e falte um pouco de informação sobre o assunto, algumas pessoas conseguem fazer a sua parte e colaborar para um futuro ambiental mais adequado. Atualmente, o município possui quatro cooperativas de reciclagem, são elas: Reciclar (Parque Novo Eldorado); Cata Sol (Parque Aldeia); Nova Esperança (Codin) e a Renascer (Baixada Campista). Todas foram construídas pela Prefeitura de Campos, quando o aterro da Codin, conhecido popularmente como “Lixão” foi desativado.

De acordo com a diretora de Gestão de Resíduos Sólidos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Ambiental (SMDA), Dé- borah Monteiro, o município tem desenvolvido projetos para aumentar a quantidade de resíduos recicláveis ampliando o programa com foco na educação ambiental. “Só no mês de agosto, foram feitos mais de cinco mil novos cadastros de pontos de coleta seletiva. O recolhimento é feito pela concessionária Vital Engenha ria Ambiental, responsável pelo serviço de coleta e limpeza do município.”, informou Déborah.


(Foto: Silvana Rust)

Coleta seletiva

Em Campos é possível ver que existem pessoas que realmente não se preocupam com o meio ambiente, mas também é possível encontrar outras engajadas em organizar o lixo de sua casa, em separar o óleo de cozinha e outras atitudes de sustentabilidade. Porém, mesmo com a boa vontade e a preocupação em fazer o certo, muitas pessoas acham que a falta de informação e até mesmo a ausência da coleta acabam sendo um empecilho na hora de praticar os bons hábitos ambientais.

Segundo dados da Superintendência de Comunicação de Campos, o município conta com Pontos de Entrega Voluntária (Peves) de materiais recicláveis, localizados na sede da superintendência de Limpeza Pública; no Horto Municipal; no Centro de Educação Ambiental (CEA), em Guarus; e no Jardim São Benedito. No momento, a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental está reestruturando os Peves, que passarão a ser Ecopontos para recebimento de material reciclável.

“Para o recolhimento do material reciclável, a população precisa apenas separar o lixo e levar aos pontos de entrega. A cidade é mapeada e cada bairro tem um dia específico para a coleta seletiva. A superintendência de Limpeza Pública também tem realizado a conscientização da população sobre a importância econômica, social e ambiental da coleta seletiva”, ressaltou a diretora Déborah. Como a conscientização começa pela educação, projetos também são realizados em escolas municipais, como o “Reciclando Hábitos” que está presente em 14 escolas da cidade.


(Foto: Silvana Rust)

Cada escola conta com seis alunos como agentes ambientais e um professor responsável. Os alunos são multiplicadores e estão levando o projeto para os bairros e para as famílias, além de reunir material reciclável de casa para a escola. Este material posteriormente é levado para as cooperativas de material reciclável. Por semana, estão sendo recolhidos em cada escola, de 25 a 50 quilos de material reciclável e cerca de 50 litros de óleo de cozinha usado.

Cooperativa Cata Sol

Há dois anos em Campos e com 26 funcionários, a cooperativa Cata Sol, localizada na BR-356, no Parque Aldeia, também foi criada como meio de empregar catadores de lixo que saíram do “lixão” da Codin. No galpão, cerca de 20 a 25 toneladas de lixo são reciclados mensalmente. Papelão, plástico, latas e outros produtos são reciclados, menos produtos orgânicos, como comidas. Segundo a presidente da cooperativa, Érica Borges, o ideal é que 50 toneladas de reciclagem chegassem até o galpão todo mês, mas algumas coisas dificultam esse objetivo.

“Acredito que muitas pessoas não sabem que existem pontos de entrega de lixo reciclável na cidade, mas acredito também que aquelas que sabem, tenham dificuldade em levar até um ponto de coleta. Muitas pessoas separam, mas acabam não levando, ou porque o ponto fica longe de sua casa, ou até mesmo devido ao peso do lixo. Acho que a empresa responsável pela coleta deveria passar em todos os bairros para pegar o lixo reciclável e acho também que todos os bairros deveriam ter seu ponto de coleta”, disse Érica. Ainda de acordo com a presidente, o único benefício que a Prefeitura de Campos forneceu foi o caminhão de coleta. Todo o resto é fruto do esforço dos ex-catadores.


(Foto: Silvana Rust)

“Aqui todo o dinheiro que é proveniente da venda é dividido igualmente entre todos os funcionários. Nossa empresa recebe o lixo, embala e vende para empresas de reciclagem. Nossa venda é feita através do peso do material, ou seja, cada quilo de lixo reciclável tem seu valor e no final tudo é dividido”, explicou a presidente.

Fábrica de reciclagem

Uma das empresas que recebe o lixo reciclável das cooperativas é a RGC, localizada no bairro Codin. Segundo o proprietário, Robson Gomes de Carvalho, mensalmente chega à fábrica uma quantidade de 800 toneladas de material. “Nossa empresa faz praticamente o primeiro passe da reciclagem que é o fardamento do material, que irá facilitar o transporte desta carga para outras empresas. Depois disso classificamos cada material e vendemos também por preço do quilo, dependendo do material. Geralmente os materiais são revendidos para empresas de comércios e shoppings que usam o produto reciclado. Nosso trabalho é transformar, por exemplo, uma latinha que não seria mais usada, em uma nova para ser reutilizada, um papelão, em caixa de papelão, e por aí segue nosso trabalho”, disse Robson que possui cerca de 40 funcionários e já chegou a ter um lucro de R$ 10 mil em apenas um mês. “O lixo pra mim é o meu sustento. Hoje sobrevivo somente com a fábrica, então para muitos que acham que o lixo não é nada, para mim é tudo”, contou o dono da fábrica.

Como diferenciar os produtos recicláveis?


(Foto: Silvana Rust)

Cada tipo de resíduo tem um processo próprio de reciclagem. Na medida em que vários tipos de resíduos sólidos são misturados, sua reciclagem se torna mais cara ou mesmo inviável, pela dificuldade de separá-los de acordo com sua constituição ou composição. O processo industrial de reciclagem de uma lata de alumínio, por exemplo, é diferente da reciclagem de uma caixa de papelão. Por este motivo, a Polí- tica Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu que a coleta seletiva nos municípios brasileiros deve permitir, no mínimo, a separação entre resíduos recicláveis secos e rejeitos.

Os resíduos recicláveis secos são compostos, principalmente, por metais como aço, alumínio, papel e papelão. Já os rejeitos, que são os resíduos não recicláveis, são compostos principalmente por resíduos de banheiros, como fraldas, absorventes e cotonetes, além de outros resíduos de limpeza. Há, no entanto, uma outra parte importante dos resíduos que são os resíduos orgânicos, que consistem em restos de alimentos e resíduos de jardim, como as folhas secas. As formas mais comuns de coleta seletiva existentes atualmente no Brasil são a coleta porta-a-porta e a coleta por Pontos de Entrega Voluntária (PEVs).

A coleta porta-a-porta pode ser realizada tanto pelo prestador do serviço público de limpeza e manejo dos resíduos sólidos (público ou privado) quanto por associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis. É o tipo de coleta em que um caminhão ou outro veículo passa em frente às residências e comércios recolhendo os resíduos que foram separados pela população. Já os pontos de entrega voluntária consistem em locais situados estrategicamente próximos de um conjunto de residências ou instituições para entrega dos resíduos segregados e posterior coleta pelo poder público.
Terceira Via

Dupla detida após perseguição na Arthur Bernardes


(Foto: Divulgação)

Dois homens foram detidos após uma perseguição na Avenida Arthur Bernardes, em Campos. A dupla estava com uma moto em situação irregular.

Segundo a polícia, os suspeitos estavam em uma moto, sem placa, e quando perceberam que estavam sendo perseguidos pelos militares tentaram fugir percorrendo por várias ruas e até trafegando na contramão.

Eles foram abordados e em revista pessoal, nada ilícito foi encontrado, mas foi constatado que o chassi estava cortado e com a numeração raspada.

O caso foi registrado na 134ª Delegacia Legal (Centro).

Suspeitos de assaltos na área central de Campos são detidos

JÉSSICA FELIPE E PAULA VIGNERON
Veículo foi apreendido / Jéssica Felipe

Após dois assaltos registrados na área central de Campos, na última semana, a Polícia Militar reforçou a segurança nas ruas da cidade. Entre a manhã dessa quinta (2) e tarde dessa sexta-feira (3), duas mulheres, incluindo uma delegada, foram roubadas na Avenida Pelinca e no Centro. As ocorrências levaram o comando da PM a fortalecer o patrulhamento e, na madrugada deste sábado (4), os militares detiveram dois homens suspeitos de praticar assaltos na cidade.
Segundo informações da PM, eles estavam um Honda Civic, de cor preta, no momento da abordagem. Mensagens textuais circularam nas redes sociais para alertar a população, principalmente alunos nas saídas das escolas, sobre a atuação da dupla. Ainda não há confirmação sobre a participação de ambos nos assaltos da última semana. Eles foram levados até a 134ª Delegacia de Polícia (Centro), onde o caso foi registrado para investigação.
Mulheres assaltadas em menos de 24 horas
No final da manhã de quinta-feira, a delegada titular da 147ª Delegacia de Polícia (São Francisco de Itabapoana), Ivana Morgado, foi roubada no cruzamento das ruas Tenente Coronel Cardoso e Voluntários da Pátria, na Pelinca. Ela caminhava pela rua quando dois homens, em duas bicicletas, anunciaram o assalto e levaram o celular da vítima, que caiu no chão enquanto ela tentava resistir.

Na sexta-feira, também na rua Voluntários da Pátria, já no Centro, uma funcionária da Faculdade de Medicina de Campos (FMC) foi vítima de assaltantes. Uma dupla de bicicleta, com as mesmas características dos criminosos que assaltaram a delegada, abordou a mulher, roubou a bolsa e fugiu em direção à Pelinca. As buscas pelos suspeitos foram iniciadas após os crimes.
Imagens dos possíveis envolvidos nos casos circularam na internet. Elas mostram um jovem negro de perfil, trajando bermuda e casaco claros, e um homem, este de costas, com uma blusa de manga curta, de cor não identificada, e bermuda preta. Quem tiver informações sobre o suspeito pode entrar em contato com a PM pelo Disque-Denúncia (22-2723-1177) ou pelo 190.

sábado, 4 de novembro de 2017

Posto de combustíveis é assaltado pela segunda vez no Flamboyant


Bandido rendeu frentista e fugiu levando aproximadamente R$ 400
Foto: Campos 24 Horas

Um bandido armado com uma faca assaltou um posto de combustíveis na tarde desta sexta-feira (03) na Rua Saldanha Marinho, no bairro do Flamboyant, em Campos.


A polícia informou que o criminoso chegou ao local em uma bicicleta e pontando uma faca, anunciou o assalto e exigiu dinheiro aos frentistas. O bandido fugiu levando aproximadamente R$ 400 em espécie sentido Avenida Arthur Bernardes. Buscas são feitas, mas ninguém foi preso.

Em junho de 2016, bandidos fizeram reféns e assaltaram o posto. Na ocasião, os bandidos fugiram levando mais de R$ 3.300,00 em dinheiro e celulares.

Dois homens são presos após roubarem móveis de uma casa em Grussaí


Os suspeitos foram encontrados pelos policiais militares na BR-356, quando tentavam fugir do local do crime
REGIÃO POR REDAÇÃO

(Foto: Reprodução)

Dois homens foram detidos após furtarem diversos móveis e objetos de uma residência em Grussaí, São João da Barra. A prisão aconteceu na madrugada desta sexta-feira (3) na BR-356, em Barcelos, quando eles fugiam do local.

Segundo a PM, policiais receberam denúncias de que dois homens estariam com um reboque em um carro modelo Gol, de cor branca, transportando materiais furtados de uma casa.

Os militares fizeram buscas e abordaram os suspeitos na rodovia federal. Com eles, os policiais encontraram uma geladeira, um jogo de sofá, um aparelho de som, um microondas, um pneu, três colchões e um reboque.

Os homens foram autuados por roubo e O caso foi registrado na 145ª Delegacia de Polícia de SJB.

Mutirão do Detran em Campos para minimizar impacto de paralisação


JANE RIBEIRO
Posto do Detran com atendimento suspenso / Antônio Leudo

Para minimizar os impactos das paralisações dos funcionários terceirizados da empresa Prol, que presta serviços para o Detran, o órgão vai realizar o 32º Detran Presente, entre os dias 6 e 10 novembro. Em Campos, os serviços serão prestados na próxima sexta-feira (10), no posto de vistoria Campos II, no Shopping Estrada. Desta vez, o Detran Presente está percorrendo as cidades afetadas pela paralisação.
Durante o Detran Presente, os cidadãos podem emitir a primeira e a segunda via da carteira de identidade, renovar a Carteira Nacional de Habilitação, fazer a vistoria anual dos veículos, emitir o licenciamento anual sem vistoria e abrir recursos contra multas e processo de suspensão. Nesta edição, os serviços de habilitação serão realizados somente para quem estiver com seus documentos vencidos. Não há necessidade de agendamento dos serviços.
— O Detran Presente está nos ajudando a minimizar o impacto da paralisação dos terceirizados. Os serviços não podem parar. Ao mesmo tempo em que estamos trabalhando internamente para solucionar esta questão, estamos colocando em prática nosso plano de contingência com os mutirões. Estamos trabalhando para que novas empresas assumam a prestação de serviços e os atendimentos voltem à sua normalidade o mais rápido possível — destaca o presidente do Detran-RJ, Vinicius Farah.
Desde o início das paralisações, já foram realizadas nove edições do Detran Presente — três na capital e outras seis no interior (Resende, Barra Mansa, Três Rios, duas vezes em Volta Redonda e Nova Friburgo). Desde maio, o programa já foi realizado 31 vezes, em 20 cidades, e já fez mais de 55 mil atendimentos.
Paralisação — As paralisações, iniciadas no último dia 13, estão sendo realizadas por funcionários terceirizados da empresa Prol, mas não afetam todos os postos do estado. O Detran esclarece que está em dia com o pagamento das demais empresas prestadoras de serviço. No entanto, no momento, uma penalidade administrativa impede que os pagamentos para a empresa Prol sejam realizados.

Refis Federal: adesão pode ser feita até 14 de novembro; veja


O prazo para adesão que terminaria no dia 31 de outubro
Foto: Divulgação

Os contribuintes que aderirem ao Programa Especial de Regularização Tributária (Pert) do governo federal, conhecido como novo Refis, terão que pagar as parcelas referentes aos meses de agosto, setembro e outubro. O prazo para adesão que terminaria no dia 31 de outubro, foi prorrogado até o próximo dia 14.

O pagamento das parcelas referente a esses meses pode ser feito até o dia 14. Já a parcela de novembro, poderá ser paga até o último dia útil do mês, ou seja, dia 30. A parcela de dezembro poderá ser paga até o dia 29 do próximo mês.

Segundo a Receita, entre as novidades da lei destaca-se a possibilidade de parcelar débitos provenientes de tributos retidos na fonte ou descontados de segurados; débitos lançados diante da constatação de prática de crime de sonegação, fraude ou conluio; e débitos devidos por incorporadora optante do Regime Especial Tributário do Patrimônio de Afetação. No texto original da medida provisória, esses débitos não podiam ser parcelados no Pert.

A lei traz nova modalidade de pagamento da dívida não prevista no texto original: 24% de entrada, em 24 parcelas, podendo o restante ser amortizado com créditos que porventura o contribuinte tenha na Receita, inclusive provenientes de Prejuízo Fiscal ou Base de Cálculo Negativa da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

Para dívidas inferiores a R$ 15 milhões, o percentual a ser pago em 2017, sem descontos, foi reduzido de 7,5% para 5%.

Outra mudança feita no Congresso foi o aumento dos descontos sobre multas: após pagamento da entrada em 2017 (5% ou 20%, conforme o valor da dívida seja maior ou menor que R$ 15 milhões), se o contribuinte optar por pagar todo o saldo da dívida em janeiro de 2018, terá desconto de 90% sobre os juros e 70% sobre as multas; se optar por pagar o saldo da dívida em 145 parcelas, os descontos serão de 80% sobre os juros e de 50% sobre as multas; se optar por pagar o saldo da dívida em 175 parcelas, permanecem os descontos de 50% dos juros e de 25% das multas.