Matheus Berriel/Fotos: Divulgação
Aeronautas e aeroviários filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da Central Única dos Trabalhadores (FENTAC/CUT) realizaram, na manhã desta quinta-feira (15), uma manifestação no Aeroporto Bartolomeu Lizandro e ao Heliporto do Farol de São Thomé, em Campos. Durante o protesto, nenhum voo de táxi aéreo teve partida. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Luis da Rocha Cardoso Pará, ainda não houve um acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Táxi Aéreo (SNETA) sobre os reajustes salariais de 2015 e 2016.
- Desde o ano passado estamos reivindicando o nosso aumento. Começamos pedindo 11%, para no final chegar em 10%. Entregamos a nossa pauta de negociação em setembro de 2015. Até hoje, não teve sinalização de nada. Fizemos várias reuniões. A mesa patronal do táxi aéreo é intransigente, é difícil. Chegamos a fazer três negociações com o ministro Emmanoel Pereira, vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e nada. Então, tivemos que ir para o dissídio coletivo – disse.
De acordo com Luis Pará, a pedida inicial de 11% foi baseada no cálculo do Índice Nacional de Preço do Consumidor (INPC). Contudo, a SNETA propôs um aumento salarial de apenas 4%, além de 5% nos tíquetes. A proposta foi rejeitada pela FENTAC/CUT. Desde então, nada avançou. Agora, os trabalhadores aguardam a decisão do TST sobre a situação.
- Com as empresas comerciais (TAM, GOL, Avianca e Azul), nem teve a primeira negociação e já fechamos a campanha salarial de 2016/2017, assinada terça-feira, em São Paulo. Foi uma conquista, conseguimos o INPC. Já no táxi aéreo, já passou um ano, emendou com outra campanha, e os trabalhadores não conseguiram nada. Não teve outro jeito senão fazer essa movimentação grevista. O TST deve chamar os sindicatos da FENTAC e da mesa patronal para ver (o que será decidido) – ressaltou Luis Pará.
No aeroporto de Campos, a paralisação dos voos de táxi aéreo teve início por volta das 4h e durou até o início da tarde. As polícias Federal e Militar estiveram no local, mas nenhum incidente foi registrado. Os manifestantes ainda não decidiram se vão continuar com a paralisação nos próximos dias.
- Hoje, nenhum voo partiu. Ainda não sabemos se vamos continuar amanhã, ou segunda. Vamos avaliar, e também respeitar o TST. A mesa patronal não está nem aí. Eles não acreditaram que os trabalhadores fariam esse movimento - finalizou o presidente do SNA.
Fmanha/Show Francisco