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domingo, 29 de dezembro de 2019
Suspeito de assalto em São Fidélis é preso após ser reconhecido por vítima
A abordagem do ladrão aconteceu na localidade de Pureza; assaltante não agiu sozinho
Os suspeitos foram conduzidos para a 141ª DP (Foto: Arquivo)
Um homem foi abordado por quatro assaltantes na RJ -194, no distrito de Pureza, em São Fidélis. Ele teve o celular levado pelos ladrões que estavam em motocicletas. A vítima procurou ajuda policial e buscas pelos bandidos foram iniciadas na região. Neste sábado (28), a Polícia Militar informou que prendeu um suspeito que, segundo a vítima, estava com o grupo que roubou o telefone.
A Polícia Militar prendeu W.P.S.C., de 21 anos. Ele não possuía antecedentes criminais. Os outros três participantes do assalto não tinham sido localizados. O aparelho celular também não foi recuperado, por enquanto. O caso foi encaminhado para a 141 Delegacia de Polícia, em São Fidélis. O acusado permaneceu preso e foi autuado pelo crime de roubo. A pena varia de quatro a dez anos de prisão, segundo o Código Penal.
Fonte:Terceira Via
Tarifa branca de energia será ampliada a pequenos consumidores em 2020
Modelo era disponível apenas para unidades com alto consumo
Rede energia espalhada pelo país (Foto:EBC)
A maior parte dos consumidores de energia em todo o país terá uma oportunidade de mudar os hábitos e diminuir a conta de luz. Em vigor desde 2018 para grandes consumidores, a tarifa branca de energia será estendida a quase todos os brasileiros em 1º de janeiro.
A tarifa branca consiste na redução do preço da energia fora do horário de pico, também chamado de horário de ponta e envolve três faixas de valores. Nos dias úteis, a cobrança da energia será dividida em três faixas de horário: o horário de ponta (tarifa vermelha), entre o fim da tarde e o início da noite; a faixa intermediária (amarela), uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, e o horário fora de ponta (verde), com custo mais baixo no restante do dia.
Nos fins de semana e nos feriados nacionais, a tarifa de energia sempre será cobrada pelo valor fora de ponta. O modelo começou a ser usado em 2018, para unidades com consumo superior a 500 quilowatts-hora (kWh). Em 2019, passou a ser aplicado em unidades com consumo a partir de 250 kWh.
A mudança não valerá apenas para unidades residenciais consumidoras da subclasse de baixa renda, atualmente tarifadas em condições vantajosas. Esse modelo de tarifação é aplicado em países como Canadá, Austrália, Itália, França e Reino Unido.
Adesão
Cada concessionária de energia estabelece o horário de ponta. Para aderir à tarifa branca, o consumidor precisará formalizar a opção na distribuidora a partir de janeiro. A empresa instalará um novo medidor de energia capaz de registrar o consumo nas diferentes faixas horárias.
O consumidor deverá prestar atenção antes de optar pela tarifa branca. Isso porque a adesão envolve mudanças de hábito, como usar aparelhos que consomem mais energia, principalmente o chuveiro elétrico, fora dos horários de pico. Caso o cliente não preste atenção e mantenha o consumo no horário de ponta, poderá fechar o mês com a conta mais cara.
Confira o horário de ponta das principais distribuidoras de energia:
Cemig – Minas Gerais: 17h às 19h59
Enel – São Paulo: 17h30 às 20h29
Light – Rio de Janeiro: 17h30 às 20h29
CEB – Distrito Federal: 18h às 20h59
CPFL – São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais: 18h às 20h59
CEEE – Rio Grande do Sul: 18h às 20h59
Celesc – Santa Catarina: 18h às 20h59
Fonte: Agência Brasil
Rede energia espalhada pelo país (Foto:EBC)
A maior parte dos consumidores de energia em todo o país terá uma oportunidade de mudar os hábitos e diminuir a conta de luz. Em vigor desde 2018 para grandes consumidores, a tarifa branca de energia será estendida a quase todos os brasileiros em 1º de janeiro.
A tarifa branca consiste na redução do preço da energia fora do horário de pico, também chamado de horário de ponta e envolve três faixas de valores. Nos dias úteis, a cobrança da energia será dividida em três faixas de horário: o horário de ponta (tarifa vermelha), entre o fim da tarde e o início da noite; a faixa intermediária (amarela), uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, e o horário fora de ponta (verde), com custo mais baixo no restante do dia.
Nos fins de semana e nos feriados nacionais, a tarifa de energia sempre será cobrada pelo valor fora de ponta. O modelo começou a ser usado em 2018, para unidades com consumo superior a 500 quilowatts-hora (kWh). Em 2019, passou a ser aplicado em unidades com consumo a partir de 250 kWh.
A mudança não valerá apenas para unidades residenciais consumidoras da subclasse de baixa renda, atualmente tarifadas em condições vantajosas. Esse modelo de tarifação é aplicado em países como Canadá, Austrália, Itália, França e Reino Unido.
Adesão
Cada concessionária de energia estabelece o horário de ponta. Para aderir à tarifa branca, o consumidor precisará formalizar a opção na distribuidora a partir de janeiro. A empresa instalará um novo medidor de energia capaz de registrar o consumo nas diferentes faixas horárias.
O consumidor deverá prestar atenção antes de optar pela tarifa branca. Isso porque a adesão envolve mudanças de hábito, como usar aparelhos que consomem mais energia, principalmente o chuveiro elétrico, fora dos horários de pico. Caso o cliente não preste atenção e mantenha o consumo no horário de ponta, poderá fechar o mês com a conta mais cara.
Confira o horário de ponta das principais distribuidoras de energia:
Cemig – Minas Gerais: 17h às 19h59
Enel – São Paulo: 17h30 às 20h29
Light – Rio de Janeiro: 17h30 às 20h29
CEB – Distrito Federal: 18h às 20h59
CPFL – São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais: 18h às 20h59
CEEE – Rio Grande do Sul: 18h às 20h59
Celesc – Santa Catarina: 18h às 20h59
Fonte: Agência Brasil
Número de feriadões em 2020 quase que dobra em relação a 2019
Recessos nacionais, estaduais e municipais em Campos chegam a 15 no ano que vem.
BR-101 (Foto: Silvana Rust)
Se houve quem reclamou de que 2019 deixou a desejar em relação ao número elevado de feriados aos sábados e domingos, em 2020 a situação será bem diferente. Para quem gosta de viajar, o próximo ano promete! São nove feriados emendados com o final de semana (segunda ou sexta-feira) ou com uma ponte (terça ou quinta-feira), quase o dobro dos cinco feriadões nos mesmos critérios em 2019.
Contando com os feriados municipais e estaduais, seja no meio da semana ou nas sextas, os campistas terão nada menos do que 15 dias de folga. Em Campos, três dos quatro feriados municipais caem em dia de semana (Corpus Christi, São Salvador e Santo Amaro).
Nem todo mundo sabe, mas Corpus Christi se trata de feriado municipal. Esta data não é recesso nacional por falta de previsão legal, mas pode ser considerada feriado municipal ou estadual, desde que exista uma lei assim prevendo. Como é o caso de Campos. Na cidade, uma lei que tornando a data feriado foi aprovada na Câmara. Já Paixão de Cristo é feriado nacional apenas para a administração pública. Para os demais, só é feriado se for decretado por estados ou municípios. A folga oficial também vale para os campistas por causa de lei local.
Em 2019, o número de feriadões no país foi menor porque várias datas comemorativas caíram em finais de semana, como foi o caso de 07 de setembro (Independência) e 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida). Ambas ocorreram em um sábado.
Uma das metas da jornalista Ulli Marques para 2020 é aproveitar o ano e seus inúmeros feriadões para viajar. Envolvida com trabalho e estudos, ela gostaria de ter viajado ainda mais. Uma das viagens inesquecíveis de Ulli em 2019 foi para a região Nordeste do Brasil, onde visitou vários municípios nos estados de Pernambuco e Alagoas. Mas ela também esteve em cidades como Campos do Jordão, São Paulo, São José dos Campos, Caparaó e Búzios neste ano.
“Adoro viajar, mas, diante da rotina muito corrida, é difícil se ausentar por muito tempo. Em 2019 tinha a meta de conhecer cinco cidades, mas conheci dez. Em 2020 quero dobrar essa meta”, disse.
Queda nas vendas
O comércio varejista no país deve deixar de faturar R$ 11,8 bilhões em 2020 por causa dos feriadões e feriados nacionais ao longo do ano. O total é 53% maior do que a perda prevista para 2019, de R$ 7,6 bilhões. A estimativa é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Segundo a entidade, o aumento se deve à maior quantidade de feriados em dias úteis e mais pontes de emendas em 2020.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL), Orlando Portugal, explica que o país tem a cultura de “enforcar” dias úteis para prolongar ainda mais os feriados. E isso acaba prejudicando o comércio, que deixa de vender, além de atrapalhar também o setor de serviços.
“Às vezes um feriado cai na quinta-feira, por exemplo, e as prefeituras costuram decretar ponto facultativo no dia seguinte. Se o feriado cai na terça, é ponto facultativo na segunda. Isso já virou uma cultura no Brasil”, destacou o presidente da CDL.
Confira as datas:
DATA DIA DA SEMANA OCASIÃO FERIADO
01 de janeiro Quarta-feira Ano novo Feriado nacional
15 de janeiro Quarta-feira Santo Amaro Feriado municipal
25 de fevereiro Terça-feira Carnaval Feriado nacional
10 de abril Sexta-feira Paixão de Cristo Feriado municipal
21 de abril Terça-feira Tiradentes Feriado nacional
23 de abril Quinta-feira São Jorge Feriado estadual
1º de maio Sexta-feira Dia do Trabalho Feriado nacional
11 de junho Quinta-feira Corpus Christi Feriado municipal
06 de agosto Quinta-feira São Salvador Feriado municipal
07 de setembro Segunda-feira Independência do Brasil Feriado nacional
12 de outubro Segunda-feira N. Sr.ª Aparecida Feriado nacional
02 de novembro Segunda-feira Finados Feriado nacional
20 de novembro Sexta-feira Consciência Negra Feriado estadual
25 de dezembro Sexta-feira Natal Feriado nacional.
BR-101 (Foto: Silvana Rust)
Se houve quem reclamou de que 2019 deixou a desejar em relação ao número elevado de feriados aos sábados e domingos, em 2020 a situação será bem diferente. Para quem gosta de viajar, o próximo ano promete! São nove feriados emendados com o final de semana (segunda ou sexta-feira) ou com uma ponte (terça ou quinta-feira), quase o dobro dos cinco feriadões nos mesmos critérios em 2019.
Contando com os feriados municipais e estaduais, seja no meio da semana ou nas sextas, os campistas terão nada menos do que 15 dias de folga. Em Campos, três dos quatro feriados municipais caem em dia de semana (Corpus Christi, São Salvador e Santo Amaro).
Nem todo mundo sabe, mas Corpus Christi se trata de feriado municipal. Esta data não é recesso nacional por falta de previsão legal, mas pode ser considerada feriado municipal ou estadual, desde que exista uma lei assim prevendo. Como é o caso de Campos. Na cidade, uma lei que tornando a data feriado foi aprovada na Câmara. Já Paixão de Cristo é feriado nacional apenas para a administração pública. Para os demais, só é feriado se for decretado por estados ou municípios. A folga oficial também vale para os campistas por causa de lei local.
Em 2019, o número de feriadões no país foi menor porque várias datas comemorativas caíram em finais de semana, como foi o caso de 07 de setembro (Independência) e 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida). Ambas ocorreram em um sábado.
Uma das metas da jornalista Ulli Marques para 2020 é aproveitar o ano e seus inúmeros feriadões para viajar. Envolvida com trabalho e estudos, ela gostaria de ter viajado ainda mais. Uma das viagens inesquecíveis de Ulli em 2019 foi para a região Nordeste do Brasil, onde visitou vários municípios nos estados de Pernambuco e Alagoas. Mas ela também esteve em cidades como Campos do Jordão, São Paulo, São José dos Campos, Caparaó e Búzios neste ano.
“Adoro viajar, mas, diante da rotina muito corrida, é difícil se ausentar por muito tempo. Em 2019 tinha a meta de conhecer cinco cidades, mas conheci dez. Em 2020 quero dobrar essa meta”, disse.
Queda nas vendas
O comércio varejista no país deve deixar de faturar R$ 11,8 bilhões em 2020 por causa dos feriadões e feriados nacionais ao longo do ano. O total é 53% maior do que a perda prevista para 2019, de R$ 7,6 bilhões. A estimativa é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Segundo a entidade, o aumento se deve à maior quantidade de feriados em dias úteis e mais pontes de emendas em 2020.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL), Orlando Portugal, explica que o país tem a cultura de “enforcar” dias úteis para prolongar ainda mais os feriados. E isso acaba prejudicando o comércio, que deixa de vender, além de atrapalhar também o setor de serviços.
“Às vezes um feriado cai na quinta-feira, por exemplo, e as prefeituras costuram decretar ponto facultativo no dia seguinte. Se o feriado cai na terça, é ponto facultativo na segunda. Isso já virou uma cultura no Brasil”, destacou o presidente da CDL.
Confira as datas:
DATA DIA DA SEMANA OCASIÃO FERIADO
01 de janeiro Quarta-feira Ano novo Feriado nacional
15 de janeiro Quarta-feira Santo Amaro Feriado municipal
25 de fevereiro Terça-feira Carnaval Feriado nacional
10 de abril Sexta-feira Paixão de Cristo Feriado municipal
21 de abril Terça-feira Tiradentes Feriado nacional
23 de abril Quinta-feira São Jorge Feriado estadual
1º de maio Sexta-feira Dia do Trabalho Feriado nacional
11 de junho Quinta-feira Corpus Christi Feriado municipal
06 de agosto Quinta-feira São Salvador Feriado municipal
07 de setembro Segunda-feira Independência do Brasil Feriado nacional
12 de outubro Segunda-feira N. Sr.ª Aparecida Feriado nacional
02 de novembro Segunda-feira Finados Feriado nacional
20 de novembro Sexta-feira Consciência Negra Feriado estadual
25 de dezembro Sexta-feira Natal Feriado nacional.
Fonte:Terceira Via
Menina de nove anos, ferida em acidente em Mimoso do Sul, continua internada na UTI
Por Fernanda Zandonadi
A menina de nove anos, que ficou gravemente ferida em um acidente na noite de domingo (22), na Rodovia ES 177, em Mimoso do Sul, continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Infantil Francisco de Assis, em Cachoeiro de Itapemirim. As informações são da assessoria de imprensa da instituição.
Maria Isabelly de Souza Dias ainda está em coma e chegou a fazer uma cirurgia no crânio no dia do acidente, após ser socorrida. Os detalhes do estado de saúde da criança não foram revelados pelo hospital, que só pode passar as informações mais minuciosas para familiares.
O acidente
A batida envolveu um Volkswagen Gol e um Fiat Palio. Além de Maria Isabelly, que ficou em estado grave, outras nove pessoas tiveram ferimentos leves.
Segundo populares contaram à polícia, o Gol teria feito uma ultrapassagem indevida, colidindo com a lateral de um ônibus e batido de frente com o Palio que seguia na mão contrária.
A Polícia Militar confirmou que o condutor estava visivelmente embriagado. Ele contou que havia bebido em um churrasco com amigos e foi detido ainda no local e levado para o Serviço Médico Legal de Cachoeiro de Itapemirim para realizar exames. No carro, a polícia encontrou diversas garrafas de cerveja.
Fonte:Aqui
Bem-vindos aos anos 20
Nova década que se inicia promete grandes transformações na vida do cidadão
POR PRISCILLA ALVES E MARCOS CURVELLO
Registros históricos de Campos nos anos 1920 (Acervo Leonardo Vasconcellos)
A cada virada de ano no calendário, os números chamam à atenção. A partir do próximo dia 1º de janeiro, um novo capítulo da história de Campos começa a ser escrito e vivido. Mas, para vislumbrar o futuro, é preciso olhar atentamente para o passado. Documentos e relatos mostram diferenças e semelhanças que dividem e aproximam a cidade em duas décadas de 20: a dos anos 1900 e dos anos 2000.
Nos anos de 1920, o simples fato de passear nos bondes elétricos era uma atração, já que a cidade passou a contar com esse meio de locomoção somente em 1916. Além disso, a população campista também frequentava teatros, cafés e espaços públicos, incluindo a orla do Rio Paraíba do Sul, recentemente urbanizada.
“Em 1921, foi inaugurado o Teatro Trianon, com mais de mil lugares. Havia também as corridas de bicicletas em pista própria, rinhas de galo (hoje proibidas) e as corridas de cavalo. As Bandas de Música disputavam plateia nas festas de santos e entre elas, as mais concorridas eram as de São Salvador, no Centro; a de Santo Antônio, em Guarus e a de Santo Amaro, no distrito de mesmo nome”, contou a professora de história Sylvia Paes.
Além disso, os bailes nos salões do Automóvel Clube, Saldanha da Gama e no Clube de Regatas Campista eram famosos com suas bandas e apresentações de cantores renomados. Dos esportes, o mais apreciado era a regata no Rio Paraíba, que reunia milhares de pessoas para assistir.
Embora houvesse muitas opções de lazer, naquela época, as mulheres ainda eram impedidas de frequentar alguns locais públicos sozinhas. Entre eles estava a Rua dos Homens em Pé – área do calçadão Boulevard Francisco de Paula Carneiro, que era o centro de comércio, com bancos, cafés e casas de câmbio, e um reduto masculino bastante frequentado por homens, seja por lazer ou trabalho.
Professor e fotógrafo Leonardo Vasconcellos (Arquivo)
“Basta lembrar como era conhecido um destes espaços públicos, a Rua dos Homens em Pé, para se a ter ideia de uma sociedade patriarcal e machista que não se dispunha a ceder território ao sexo feminino. As mulheres podiam participar de qualquer atividade social em espaços públicos, desde que acompanhadas dos pais ou do marido”, contou o pesquisador Leonardo Vasconcellos.
Nesta época, ainda com pouquíssimos direitos — na década de 20, as mulheres ainda nem podiam votar, o que ocorreu apenas nos anos 30 no Brasil, durante o governo do então presidente Getúlio Vargas. Às mulheres cabiam os cuidados da casa e dos filhos. “Sem muito eletrodomésticos, elas lavavam, passavam, cozinhavam, faziam as compras no mercado, levavam os filhos na escola e cuidavam de todas as tarefas de casa”, destacou Sylvia Paes.
Centenários relembram o século passado
Com 100 anos recém-completados em novembro, o idoso Bráulio Cordeiro relembra de como foi sua infância na década de 1920. Ele, que hoje mora na Pelinca, considerada área nobre da cidade, destaca as dificuldades enfrentadas. “Na minha infância, nos anos 20, a gente se alimentava com coisas simples porque éramos paupérrimos, mas as comidas eram muito mais saudáveis. A gente comia muita fruta do pé, hoje em dia as plantas são cuidadas com muitos agrotóxicos. Outra lembrança que tenho é que quando eu era criança, eu gostava muito quando andávamos de bonde pela cidade”.
Além de Bráulio, a reportagem também conversou com o engenheiro agrônomo aposentado João Fernandes de Souza, de 103 anos. Em um relato cheio de detalhes, a história contada por João Fernandes chega a se confundir com a de Campos. Ele foi o fundador do Colégio Agrícola de Campos e é filho de Constantino Fernandes, que empresta o nome a uma escola estadual no bairro Jóquei Clube, e de Ana Salles, que também dá nome ao posto de saúde e à praça do mesmo bairro. Sobre a década de 1920, período em que era criança, João Fernandes destacou as brincadeiras.
“Nossa brincadeira antigamente era brincar em cavalo de madeira e jogar futebol com bola feita de meias. Um tempo depois, brincávamos de montar em cavalo de verdade e de laçar bezerros na roça. Era uma vida maravilhosa. Hoje, as brincadeiras dos meus bisnetos são só com os dedos nos aparelhos de videogame e celular. Então, é um mundo totalmente diferente do nosso. Acho que a criança de hoje precisa brincar mais”, ponderou.
Outra grande mudança que ele observa é em relação à educação severa dada pelos pais aos filhos naquela época. “Era tudo muito rigoroso. Meu pai, por exemplo, não brincava com a gente, não admitia brincadeira e nos tratava com rédea curta. Naquele tempo, ele dava palmada, chinelada… hoje é proibido. Enxergo que, neste aspecto, houve uma revolução e melhora. Antigamente, também não havia educação como hoje e acho que isso melhorou muito, elogiou.
Em relação ao aspecto físico da cidade como um todo, João Fernandes conta que Campos possuía muitas áreas de pântano. “Pra gente ir do Turfe até São Martinho, onde eu nasci, era a cavalo e a gente passava no meio do pântano torcendo para os jacarés não pegarem os nossos animais”, finalizou.
Os desafios de 2020 na política
Sylvia Paes (foto: Divulgação)
Até 1930, não existia, no Brasil, a figura do prefeito. Na República Velha, era o intendente geral quem exercia as funções executivas do município. Até 1918, Campos já havia tido sete intendentes, que cumpriram mandatos de duração variada, conforme vontade do presidente de Estado, que tinha a prerrogativa de nomeá-los.
Mas se, em 1920, não havia prefeito em Campos, havia um Cesar Tinoco. Membro da junta de presidentes da Câmara que governou o município desde o fim do mandato do último intendente até o dia 31 de dezembro daquele ano, Cesar Nascente Tinoco foi deputado estadual no Rio de Janeiro durante o governo de Raul Veiga (1918-1922), participou da Reação Republicana, movimento que promoveu a candidatura de Nilo Peçanha à presidência da República, derrotado em março de 1922 por Artur Bernardes, e secretário do Interior e Justiça do estado do Rio de Janeiro na interventoria de Plínio Casado (1930-1931).
A trajetória do homônimo histórico espelha parte das ambições do grupo político do prefeito Rafael Diniz (CDN), que hoje governa Campos e cogitou, em 2018, lançar seu próprio Cesar Tinoco à Câmara dos Deputados. No final, o empresário e chefe de Gabinete Cesar Carneiro da Silva Tinoco acabou preterido em favor do vereador Marcão Gomes (PL), que não se elegeu, mas fez votos suficientes para conseguir uma vaga em Brasília como suplente, neste mês de dezembro.
O prefeito e seus aliados terão, em 2020, uma nova oportunidade de darem continuidade a seus projetos, já que se trata de ano eleitoral. Porém, desde a vitória de Rafael Diniz em primeiro turno, em 2016, muita coisa mudou. Não só a popularidade do prefeito e candidato à reeleição sofreu os efeitos de medidas impopulares, como a suspensão de programas sociais e atrasos nos pagamentos de direitos trabalhistas de concursados, contratados e nomeados, como o próprio tabuleiro político do país se alterou, lembra o cientista político José Juiz Vianna.
Prefeito Rafael Diniz com mais desafios em 2020
“O desgaste da primeira gestão de Rafael Diniz e de candidaturas ligadas tanto ao ex-governador Anthony Garotinho quanto ao ex-prefeito Arnaldo Vianna, que já foram testadas e têm histórias que podem dificultar suas pretensões eleitorais, torna impossível saber se surgirá uma alternativa ou se voltaremos a ficar subjugados a esquemas tradicionais da política regional”, avalia o cientista político. “Ao mesmo tempo, não sabemos se haverá uma reação à onda de conservadorismo que marcou as eleições de 2018 e que coloque na ordem do dia políticos moderados e de Centro ou Centro-Esquerda, que não comunguem dessas práticas amplamente condenadas pela Justiça e pela opinião pública”.
O poder da crítica
Segundo Sylvia Paes, Campos vivia, na década de 20, “uma era progressista e moderna”. Leonardo Vasconcellos afirma que a cidade tinha “um aspecto atraente e (era) estruturalmente digna de ser apreciada por visitantes nacionais e estrangeiros”.
Uma década antes, porém, Campos era muito diferente, o que motivou críticas do então ministro da Agricultura Pedro de Toledo.
“Na visita de Pedro de Toledo, no início da década de 1910, ao conjunto de usinas do município, a ótima impressão causada pelas unidades produtoras, com tecnologia de ponta, cai por terra quando a comitiva chega à cidade e se depara com um cenário dominado pela arquitetura colonial e degradado pelas constantes cheias do Paraíba. Ao externar sua crítica ao aspecto atrasado que o centro urbano apresentava, Pedro de Toledo mexe com os brios dos usineiros que o acompanhavam”, lembra Vasconcellos.
O resultado foi que os usineiros se mobilizaram para resolver o problema. “Por iniciativa deles próprios, houve a criação de um imposto no valor de 2,5% sobre toda a produção açucareira com a finalidade de modernizar a cidade. A partir de então, a cidade se transforma num canteiro de obras, passando por amplas obras de infraestrutura e embelezamento entre os anos de 1911 e 1916”, acrescenta o pesquisador.
Um século depois, Campos volta a enfrentar críticas pela falta de conservação de seu patrimônio material e de manutenção de sua infraestrutura. Obras não terminadas, serviços públicos ineficientes e a precariedade de parte de seu legado arquitetônico e cultural são assuntos que continuarão a pautar o debate público ao longo de 2020, ao fim do qual se encerra o primeiro mandato de Rafael Diniz.
Galeria de imagens Campos Histórica
fotos divulgação
Fonte:Terceira Via
POR PRISCILLA ALVES E MARCOS CURVELLO
Registros históricos de Campos nos anos 1920 (Acervo Leonardo Vasconcellos)
A cada virada de ano no calendário, os números chamam à atenção. A partir do próximo dia 1º de janeiro, um novo capítulo da história de Campos começa a ser escrito e vivido. Mas, para vislumbrar o futuro, é preciso olhar atentamente para o passado. Documentos e relatos mostram diferenças e semelhanças que dividem e aproximam a cidade em duas décadas de 20: a dos anos 1900 e dos anos 2000.
Nos anos de 1920, o simples fato de passear nos bondes elétricos era uma atração, já que a cidade passou a contar com esse meio de locomoção somente em 1916. Além disso, a população campista também frequentava teatros, cafés e espaços públicos, incluindo a orla do Rio Paraíba do Sul, recentemente urbanizada.
“Em 1921, foi inaugurado o Teatro Trianon, com mais de mil lugares. Havia também as corridas de bicicletas em pista própria, rinhas de galo (hoje proibidas) e as corridas de cavalo. As Bandas de Música disputavam plateia nas festas de santos e entre elas, as mais concorridas eram as de São Salvador, no Centro; a de Santo Antônio, em Guarus e a de Santo Amaro, no distrito de mesmo nome”, contou a professora de história Sylvia Paes.
Além disso, os bailes nos salões do Automóvel Clube, Saldanha da Gama e no Clube de Regatas Campista eram famosos com suas bandas e apresentações de cantores renomados. Dos esportes, o mais apreciado era a regata no Rio Paraíba, que reunia milhares de pessoas para assistir.
Embora houvesse muitas opções de lazer, naquela época, as mulheres ainda eram impedidas de frequentar alguns locais públicos sozinhas. Entre eles estava a Rua dos Homens em Pé – área do calçadão Boulevard Francisco de Paula Carneiro, que era o centro de comércio, com bancos, cafés e casas de câmbio, e um reduto masculino bastante frequentado por homens, seja por lazer ou trabalho.
Professor e fotógrafo Leonardo Vasconcellos (Arquivo)
“Basta lembrar como era conhecido um destes espaços públicos, a Rua dos Homens em Pé, para se a ter ideia de uma sociedade patriarcal e machista que não se dispunha a ceder território ao sexo feminino. As mulheres podiam participar de qualquer atividade social em espaços públicos, desde que acompanhadas dos pais ou do marido”, contou o pesquisador Leonardo Vasconcellos.
Nesta época, ainda com pouquíssimos direitos — na década de 20, as mulheres ainda nem podiam votar, o que ocorreu apenas nos anos 30 no Brasil, durante o governo do então presidente Getúlio Vargas. Às mulheres cabiam os cuidados da casa e dos filhos. “Sem muito eletrodomésticos, elas lavavam, passavam, cozinhavam, faziam as compras no mercado, levavam os filhos na escola e cuidavam de todas as tarefas de casa”, destacou Sylvia Paes.
Centenários relembram o século passado
Com 100 anos recém-completados em novembro, o idoso Bráulio Cordeiro relembra de como foi sua infância na década de 1920. Ele, que hoje mora na Pelinca, considerada área nobre da cidade, destaca as dificuldades enfrentadas. “Na minha infância, nos anos 20, a gente se alimentava com coisas simples porque éramos paupérrimos, mas as comidas eram muito mais saudáveis. A gente comia muita fruta do pé, hoje em dia as plantas são cuidadas com muitos agrotóxicos. Outra lembrança que tenho é que quando eu era criança, eu gostava muito quando andávamos de bonde pela cidade”.
Além de Bráulio, a reportagem também conversou com o engenheiro agrônomo aposentado João Fernandes de Souza, de 103 anos. Em um relato cheio de detalhes, a história contada por João Fernandes chega a se confundir com a de Campos. Ele foi o fundador do Colégio Agrícola de Campos e é filho de Constantino Fernandes, que empresta o nome a uma escola estadual no bairro Jóquei Clube, e de Ana Salles, que também dá nome ao posto de saúde e à praça do mesmo bairro. Sobre a década de 1920, período em que era criança, João Fernandes destacou as brincadeiras.
“Nossa brincadeira antigamente era brincar em cavalo de madeira e jogar futebol com bola feita de meias. Um tempo depois, brincávamos de montar em cavalo de verdade e de laçar bezerros na roça. Era uma vida maravilhosa. Hoje, as brincadeiras dos meus bisnetos são só com os dedos nos aparelhos de videogame e celular. Então, é um mundo totalmente diferente do nosso. Acho que a criança de hoje precisa brincar mais”, ponderou.
Outra grande mudança que ele observa é em relação à educação severa dada pelos pais aos filhos naquela época. “Era tudo muito rigoroso. Meu pai, por exemplo, não brincava com a gente, não admitia brincadeira e nos tratava com rédea curta. Naquele tempo, ele dava palmada, chinelada… hoje é proibido. Enxergo que, neste aspecto, houve uma revolução e melhora. Antigamente, também não havia educação como hoje e acho que isso melhorou muito, elogiou.
Em relação ao aspecto físico da cidade como um todo, João Fernandes conta que Campos possuía muitas áreas de pântano. “Pra gente ir do Turfe até São Martinho, onde eu nasci, era a cavalo e a gente passava no meio do pântano torcendo para os jacarés não pegarem os nossos animais”, finalizou.
Os desafios de 2020 na política
Sylvia Paes (foto: Divulgação)
Até 1930, não existia, no Brasil, a figura do prefeito. Na República Velha, era o intendente geral quem exercia as funções executivas do município. Até 1918, Campos já havia tido sete intendentes, que cumpriram mandatos de duração variada, conforme vontade do presidente de Estado, que tinha a prerrogativa de nomeá-los.
Mas se, em 1920, não havia prefeito em Campos, havia um Cesar Tinoco. Membro da junta de presidentes da Câmara que governou o município desde o fim do mandato do último intendente até o dia 31 de dezembro daquele ano, Cesar Nascente Tinoco foi deputado estadual no Rio de Janeiro durante o governo de Raul Veiga (1918-1922), participou da Reação Republicana, movimento que promoveu a candidatura de Nilo Peçanha à presidência da República, derrotado em março de 1922 por Artur Bernardes, e secretário do Interior e Justiça do estado do Rio de Janeiro na interventoria de Plínio Casado (1930-1931).
A trajetória do homônimo histórico espelha parte das ambições do grupo político do prefeito Rafael Diniz (CDN), que hoje governa Campos e cogitou, em 2018, lançar seu próprio Cesar Tinoco à Câmara dos Deputados. No final, o empresário e chefe de Gabinete Cesar Carneiro da Silva Tinoco acabou preterido em favor do vereador Marcão Gomes (PL), que não se elegeu, mas fez votos suficientes para conseguir uma vaga em Brasília como suplente, neste mês de dezembro.
O prefeito e seus aliados terão, em 2020, uma nova oportunidade de darem continuidade a seus projetos, já que se trata de ano eleitoral. Porém, desde a vitória de Rafael Diniz em primeiro turno, em 2016, muita coisa mudou. Não só a popularidade do prefeito e candidato à reeleição sofreu os efeitos de medidas impopulares, como a suspensão de programas sociais e atrasos nos pagamentos de direitos trabalhistas de concursados, contratados e nomeados, como o próprio tabuleiro político do país se alterou, lembra o cientista político José Juiz Vianna.
Prefeito Rafael Diniz com mais desafios em 2020
“O desgaste da primeira gestão de Rafael Diniz e de candidaturas ligadas tanto ao ex-governador Anthony Garotinho quanto ao ex-prefeito Arnaldo Vianna, que já foram testadas e têm histórias que podem dificultar suas pretensões eleitorais, torna impossível saber se surgirá uma alternativa ou se voltaremos a ficar subjugados a esquemas tradicionais da política regional”, avalia o cientista político. “Ao mesmo tempo, não sabemos se haverá uma reação à onda de conservadorismo que marcou as eleições de 2018 e que coloque na ordem do dia políticos moderados e de Centro ou Centro-Esquerda, que não comunguem dessas práticas amplamente condenadas pela Justiça e pela opinião pública”.
O poder da crítica
Segundo Sylvia Paes, Campos vivia, na década de 20, “uma era progressista e moderna”. Leonardo Vasconcellos afirma que a cidade tinha “um aspecto atraente e (era) estruturalmente digna de ser apreciada por visitantes nacionais e estrangeiros”.
Uma década antes, porém, Campos era muito diferente, o que motivou críticas do então ministro da Agricultura Pedro de Toledo.
“Na visita de Pedro de Toledo, no início da década de 1910, ao conjunto de usinas do município, a ótima impressão causada pelas unidades produtoras, com tecnologia de ponta, cai por terra quando a comitiva chega à cidade e se depara com um cenário dominado pela arquitetura colonial e degradado pelas constantes cheias do Paraíba. Ao externar sua crítica ao aspecto atrasado que o centro urbano apresentava, Pedro de Toledo mexe com os brios dos usineiros que o acompanhavam”, lembra Vasconcellos.
O resultado foi que os usineiros se mobilizaram para resolver o problema. “Por iniciativa deles próprios, houve a criação de um imposto no valor de 2,5% sobre toda a produção açucareira com a finalidade de modernizar a cidade. A partir de então, a cidade se transforma num canteiro de obras, passando por amplas obras de infraestrutura e embelezamento entre os anos de 1911 e 1916”, acrescenta o pesquisador.
Um século depois, Campos volta a enfrentar críticas pela falta de conservação de seu patrimônio material e de manutenção de sua infraestrutura. Obras não terminadas, serviços públicos ineficientes e a precariedade de parte de seu legado arquitetônico e cultural são assuntos que continuarão a pautar o debate público ao longo de 2020, ao fim do qual se encerra o primeiro mandato de Rafael Diniz.
Galeria de imagens Campos Histórica
fotos divulgação
Fonte:Terceira Via
Acidente entre carro e caminhão na BR 101, em Anchieta, deixa uma pessoa ferida
Foto ilustrativa/Por Fernanda Zandonadi
Um acidente no Km 355 da BR-101, em Anchieta, deixou uma pessoa ferida. A colisão ocorreu entre um veículo ônix e um caminhão, às 1h35 da madrugada deste domingo (29). O estado de saúde da vítima, que estava no ônix, e a dinâmica do acidente não foram informados.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor do carro de passeio foi socorrido por uma ambulância da Eco 101. A pista chegou a ficar interditada no local do acidente e só foi liberada às 2h45.
Um acidente no Km 355 da BR-101, em Anchieta, deixou uma pessoa ferida. A colisão ocorreu entre um veículo ônix e um caminhão, às 1h35 da madrugada deste domingo (29). O estado de saúde da vítima, que estava no ônix, e a dinâmica do acidente não foram informados.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor do carro de passeio foi socorrido por uma ambulância da Eco 101. A pista chegou a ficar interditada no local do acidente e só foi liberada às 2h45.
Fonte:Aqui
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