quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Cineasta Cadu Barcellos é morto no Centro do Rio; amigo fala em assalto

 Cadu, que trabalhou no Porta dos Fundos e foi codiretor do longa 'Cinco vezes favela — agora por nós mesmos', foi esfaqueado no Centro do Rio na madrugada desta terça (10)


Cineasta Cadu Barcellos é morto no Centro do Rio; amigo fala em assalto

O cineasta Cadu Barcellos, de 34 anos, foi morto a facadas na madrugada desta terça-feira (10) no Rio. Ele foi atacado na esquina da Avenida Presidente Vargas com a Rua Uruguaiana, no Centro.

Carlos Eduardo Barcellos Sabino foi codiretor do longa "Cinco vezes favela — agora por nós mesmos" e fez trabalhos para a televisão e para a internet.

Segundo o amigo William Oliveira, "Cadu foi assassinado possivelmente por conta de um celular, um Riocard e um punhado de reais".

Cadu havia saído da Pedra do Sal, no Santo Cristo, de carona em um carro de aplicativo com uma amiga, que seguia para a Zona Sul, e desembarcou alguns quilômetros depois, no Centro.

Perto de uma saída do metrô, foi rendido. O cineasta chegou a ser visto gritando por socorro por volta das 3h30, mas caiu alguns metros à frente e morreu no local.

A PM confirmou a morte e disse que encaminhou o caso à Delegacia de Homicídios. A Polícia Civil disse que abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do crime e informou que a perícia constatou "ferimentos provocados por instrumento perfurocortante, sobretudo na região do tórax". A corporação disse ainda que testemunhas serão ouvidas para esclarecer o caso e identificar o autor do crime.

Cineasta Cadu Barcellos foi morto no Centro do Rio — Foto: Reprodução / rede social

Ele deixou a esposa e um filho de 2 anos.

Por volta das 7h, o corpo dele estava no Instituto Médico-Legal (IML), no Centro.


Cineasta Cadu Barcellos é morto no Centro do Rio

Carreira

Na direção do longa “Cinco vezes favela – Agora por nós mesmos”, Cadu assinou o episódio “Deixa voar”. O filme foi exibido no Festival de Cannes 2010. Em 2012, Cadu também integrou a equipe que escreveu e dirigiu o filme “5x Pacificação”.

Além de ser assistente de direção de "Greg News", programa comandado por Gregorio Duvivier, Cadu também era diretor artístico do grupo No Lance.

Ele ainda participou da equipe de pesquisa do documentário “Favela Gay” (2014) e foi assistente de direção do canal Porta dos Fundos.

Cineasta Cadu Barcellos é morto no Centro do Rio na madrugada desta terça-feira (10) — Foto: Reprodução/TV Globo

O cineasta Cadu Barcellos foi assassinado na madrugada desta terça-feira (10) na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio — Foto: Reprodução/TV Globo

G1/Show Francisco

Anvisa autoriza retomada de testes da CoronaVac

Testes foram suspensos na segunda-feira (9), após morte de voluntário. Pausa levou a embate entre a Anvisa e o Instituto Butantan, que tem parceria para fabricar a vacina e conduzir ensaios no Brasil.

Anvisa autoriza retomada de testes da CoronaVacA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta quarta-feira (11), que os testes da CoronaVac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac para a Covid-19, serão retomados no Brasil.

" A ANVISA informa que acaba de autorizar a retomada do estudo clínico relacionado à vacina Coronavac, que tem como patrocinador o Instituto Butantan", disse a agência, em nota.

Os testes haviam sido suspensos pela Anvisa, há dois dias, por causa da morte de um dos voluntários. Segundo a nota divulgada pela agência nesta quarta, o "evento adverso grave" que levou à suspensão ainda está sendo investigado. A Anvisa informou que "não está divulgando a natureza" do ocorrido em respeito à privacidade e integridade dos voluntários de pesquisa".

Resumo

Na noite de segunda-feira (9), a Anvisa suspendeu temporariamente os testes da CoronaVac no Brasil. Ao fazer o anúncio, a agência citou "evento adverso grave" com voluntário, mas não deu detalhes.
Ainda na noite de segunda, o diretor do Instituto Butantan, que conduz os testes no Brasil, disse à TV Cultura que o incidente era uma morte não relacionada à aplicação vacina.
Na manhã desta terça, o presidente Jair Bolsonaro celebrou a suspensão dos testes e citou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu adversário político.
Na manhã desta terça, o governo de São Paulo afirmou ser impossível relacionar o "evento adverso grave" à vacina.
Horas depois, um boletim de ocorrência da Polícia Civil de São Paulo obtido pela TV Globo indicou que a causa da morte do voluntário foi suicídio.
No início da tarde desta quarta, a Anvisa disse em entrevista coletiva que a decisão de interromper os testes da CoronaVac foi "técnica" e baseada na falta de informações.

Na nota divulgada nesta quarta em que anunciou a retomada do estudo clínico, a agência disse: "A Anvisa entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação e segue acompanhando a investigação do desfecho do caso para que seja definida a possível relação de causalidade entre o EAG [evento adverso grave] inesperado e a vacina"

Em nota, o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que a retomada dos testes é "uma excelente notícia" e que espera continuar o estudo "o mais rapidamente possível".

Em setembro, o governo de São Paulo acordou a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, que já esteve no centro de uma disputa envolvendo Bolsonaro, o Ministério da Saúde e Doria. O acordo prevê que a Sinovac vai transferir tecnologia de produção para o Brasil por meio do Butantan, que é ligado à Secretaria de Saúde de São Paulo.

Entenda a suspensão

Entenda a suspensão dos testes da CoronaVac

Os testes haviam sido suspensos pela agência na noite de segunda-feira (9). Na ocasião, a Anvisa disse, sem dar detalhes, que um "evento adverso grave" havia ocorrido.

A suspensão levou a um embate entre a agência e o Instituto Butantan, em São Paulo, que tem uma parceria com a Sinovac para fabricar a vacina e conduzir os ensaios de fase 3 no Brasil. Logo após o anúncio da pausa, o diretor do instituto, Dimas Covas, disse estranhar a decisão da agência, porque o evento adverso se tratava de um "óbito não relacionado à vacina".

Na terça-feira (10), um boletim de ocorrência obtido pela TV Globo indicou que a morte do voluntário foi um suicídio.

Pouco depois, em coletiva de imprensa, o diretor da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse que "objetivamente, não havia essa informação [sobre a causa da morte] entre as que recebemos ontem [segunda-feira]". Ele afirmou que a suspensão dos testes da CoronaVac foi "técnica" e baseada na falta de informações.

O Butantan, por outro lado, afirmou ter enviado duas vezes cópias das notificações à Anvisa sobre a morte do voluntário (veja detalhes). O instituto disse que as informações sobre o caso foram enviadas pela primeira vez na sexta-feira (6) e reenviadas no começo da noite de segunda (9), horas antes de a suspensão do estudo ser comunicada à imprensa.

Conforme a nota publicada pela Anvisa nesta quarta (11), entretanto, a causa do evento adverso grave não havia sido informada até o dia 9 de novembro, nem o boletim de ocorrência relacionado a ele havia sido enviado até essa data.

A agência afirma que a causa em investigação foi informada apenas na manhã de terça (10), e, depois, foi enviada oficialmente às 16h41 do mesmo dia. Já o boletim de ocorrência foi enviado às 23h43.

A outra informação que a Anvisa diz ter obtido também na terça-feira (10) foram os dados do comitê internacional de segurança sobre os testes. O diretor da agência havia anunciado que a suspensão dos ensaios seria mantida até que essas informações fossem apresentadas. Essa era a última atualização do caso até esta quarta-feira (11).


Entenda como funcionam os testes da vacina contra Covid

Declarações do presidente

A disputa também envolve o presidente Jair Bolsonaro. Na terça-feira (10) – portanto depois que o diretor do Butantan havia dito que o evento adverso se tratava de uma morte – , o presidente escreveu, em uma rede social, que a suspensão dos testes da CoronaVac era "mais uma que Jair Bolsonaro ganha".

“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu Bolsonaro.

No texto, o presidente se refere a João Doria (PSDB), governador de São Paulo. A referência se deve ao fato de que o acordo que foi firmado entre o Butantan e o laboratório Sinovac foi assinado pelo governador, já que o instituto, público, é vinculado à Secretaria de Saúde de São Paulo. O trato previa a compra de 46 milhões de doses da vacina e a transferência de tecnologia para o Brasil, para que o Butantan pudesse produzir a CoronaVac em solo brasileiro.

O acordo entre Butantan e Sinovac já havia sido motivo de disputa entre o governo estadual de São Paulo e o governo federal. No fim de outubro, o Ministério da Saúde anunciou que compraria a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês. A negociação, entretanto, foi desautorizada por Bolsonaro.
G1/Show Francisco

Ministério Público do Rio de Janeiro obtém suspensão da “Lei do Puxadinho”

Decisão se deu por maioria dos votos no Tribunal de Justiça



Sede do Ministério Público do Rio de Janeiro (Foto: Arquivo/Ilustração)

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Procuradoria-Geral de Justiça, obteve junto ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ), na segunda-feira (9), o deferimento da medida cautelar ajuizada em Representação por Inconstitucionalidade, o que suspende os efeitos da Lei Complementar nº 219, conhecida como “Lei dos Puxadinhos”, e do Decreto 47796 de 2020. A decisão se deu por maioria dos votos em concordância ao voto do relator que descreveu os impactos negativos e permanentes à ordem urbanística que a legislação em questão provocaria.

Em seu voto, o desembargador relator Antônio Iloízio Barros Bastos entendeu que a LC 219/20 confrontava o planejamento urbano coordenado e colocou em xeque a participação popular no debate sobre o tema.

“O sistema constitucional, quando se trata de política de desenvolvimento urbano, prestigia a gestão democrática e participativa da cidade a fim de assegurar a participação popular efetiva, o que foi colocado em xeque no caso da lei impugnada, cuja tramitação do projeto de lei contou com uma audiência em ambiente virtual limitado antes do advento de diversas emendas parlamentares que modificaram a proposta original sem que houvesse nova oportunidade de participação para o debate”, declarou.

Ainda segundo ele, sequer o Conselho Municipal de Política Urbana – criado para esse fim pela Lei 3957/05 – participou ou foi consultado.

Em sua fundamentação, o relator também demonstrou que a alteração de parâmetros urbanísticos deveria respeitar as diretrizes do Plano Diretor, o que não ocorreu. Além disso, entendeu que a lei complementar impugnada violaria a ordem de preservação e proteção do meio ambiente. Também foram salientadas as consequências potencialmente danosas ao Município advindas ao longo da tramitação da Representação de Inconstitucionalidade, com a regularização de construções capazes de provocar prejuízos graves ou de difícil reparação ao equilíbrio ambiental, o que vai na contramão da função social da cidade.

Fonte: Ascom/MPRJ

Conab prevê produção recorde de grãos na safra 2020/21

Estimativa é de 268,9 milhões de toneladas



Colheita de milho, colheita de grãos (Foto: Ilustração/Agência Brasil)

O Brasil deverá produzir 268,9 milhões de toneladas de grãos, segundo o 2º Levantamento da safra de grãos 2020/21, divulgado há pouco pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número supera em 11,9 milhões de toneladas (4,6 %) o que foi produzido na temporada de 2019/2020.

Na comparação com as estimativas apresentadas o volume estimado no mês passado, houve aumento de 269 mil toneladas. Com este resultado, o Brasil caminha para bater novo recorde, após já ter se tornado o maior produtor mundial. Algo que, segundo a Conab, deve se manter na próxima safra, uma vez que a soja praticamente alcançou o nível de plantio da safra passada.

Isso, segundo o gerente de Levantamento e Avaliação de Safra da Conab, Kleverton Santana, mostra a capacidade de plantio do país. “Esse atraso em relação à safra passada foi anulado nessa semana e a gente espera que ultrapasse a semana passada já na semana que vem”, disse ele ao apresentar o levantamento. O aumento da área plantada também deve contribuir para o recorde. A previsão é de que sejam cultivados 67,1 milhões de hectares (número 1,8% maior do que o da safra passada).

A nova estimativa considera a recuperação da produtividade das culturas da soja e do milho primeira safra, severamente prejudicadas pela estiagem em 2019, em especial no Rio Grande do Sul. De acordo com a Conab, a produção de soja deve chegar a 135 milhões de toneladas, em uma área estimada em 38,2 milhões de hectares. A safra total de milho também deverá ser a maior da história, com produção estimada em 104,9 milhões de toneladas, produzidas em uma área total de 18,4 milhões de hectares.

Chuvas
Apesar do atraso das chuvas neste ano, os produtores aceleraram o ritmo. Até a última sexta-feira, o plantio alcançava 55% da área estimada, contra 56% no mesmo período da safra passada. O milho estava em 54%, contra 42% há um ano; e o plantio do arroz, com 67% até o dia 6, percentual superior aos 53% da safra anterior.

“Tivemos chuvas abaixo da média no momento do plantio. Assusta um pouco essas chuvas abaixo da média ou o atraso das chuvas que aconteceu em setembro/outubro. Mas o problema para culturas como a soja normalmente são quando ocorre veranicos em dezembro ou janeiro, a depender do momento do plantio ou do local do país”, acrescentou Santana.

Segundo ele, nesse momento há ainda possibilidade de recuperação, inclusive em regiões de potencial de produtividade. “As previsões de precipitações são boas para a próxima semana, e isso deve favorecer muito a cultura da soja nessas regiões. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia é de que vem grandes volumes de chuvas consideráveis no país todo, com destaque no corredor do centro-oeste [onde ocorre o fenômeno chamado de rios voadores], passando por Mato Grosso e Goiás até as regiões de café no sul de Minas e norte de São Paulo”.

Fonte: Agência Brasil

Edital da Lei Aldir Blanc tem resultado divulgado em Campos

Agentes culturais afetados pela pandemia passam a contar com auxílio emergencial



Presidente da Fundação Cultural de Campos, Cristina Lima (Foto: Arquivo)

O resultado do primeiro edital da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (Lei nº 14.017/2020), lançado pelo Fundo Municipal de Cultura (FunCultura) em outubro, foi publicado na edição suplementar do Diário Oficial do Município dessa segunda-feira (09) aqui. O edital regulamenta uma ajuda financeira para manutenção de espaços artísticos e culturais (Pessoas Jurídicas de Direito Privado – CNPJ/MEI) e entidades culturais (sem CNPJ/MEI) que se viram obrigados a interromper suas atividades pelas medidas de isolamento social decretadas durante a pandemia do novo coronavírus. Ao todo, 25 entidades culturais devidamente cadastradas no CEC (Cadastro Municipal de Entidades de Natureza Cultural) foram contempladas com valores que variam de R$ 9 mil a R$30 mil, divididos em três parcelas.

Neste primeiro edital foram beneficiados, entre outros, grupos teatrais; escolas de música, de capoeira e de artes; além de companhias e escolas de dança. Das 118 entidades culturais cadastradas e homologadas pelo FunCultura, 45 se inscreveram no edital e, destas, 25 foram beneficiadas, tendo em vista que preencheram os requisitos exigidos no edital, cuja avaliação foi feita por uma comissão composta por membros do FunCultura e do Conselho Municipal de Cultural (ComCultura).

De acordo com o conselheiro da Câmara Técnica e tesoureiro do FunCultura, Fabrício Simões, os critérios para a escolha dos contemplados incluíram relevância histórico-cultural, relevância local, tempo de atuação, singularidade e interação com a comunidade. Fabrício, destacou, ainda, a importância da ajuda financeira. “Por causa da pandemia da Covid-19, muitas entidades culturais ficaram sem poder exercer suas atividades e esse socorro financeiro veio para ajudá-las a manter as portas abertas”, pontuou.

Duas entidades foram beneficiadas dentro da categoria 1, que irá receber três parcelas de R$ 3 mil, totalizando R$ 9 mil. Outras 12 constam na categoria 2, com direito a três parcelas de R$ 6 mil, totalizando R$18mil. Já na categoria 3, 11 entidades foram escolhidas e receberão três parcelas de R$ 10 mil, num total de R$ 30 mil.

A aplicação dos recursos, conforme especificações do edital, devem ser destinadas a pequenos reparos físicos emergenciais, pagamento de pessoal com carteira assinada e despesas com água, luz e internet, por exemplo.

Participaram da avaliação dos inscritos os seguintes membros do FunCultura e ComCultura: Maria Cristina Torres Lima, Humberto Fernandes, Fabrício da Silva Simões, Joilson Bessa da Silva, Sylvia Marcia da Silva Paes, Mauricio Caldas de Moura Xexeo, Marcelo Pereira de Carvalho Sampaio, Ronaldo Henrique Barbosa Junior, Graziela Escocard Ribeiro, Genilson Paes Soares, Anderson Luiz Barreto da Silva, Mariana de Freitas Fagundes, Denise Gonçalves Diniz e Ana Márcia Salgado Mercadante Scot. As Entidades Culturais que não foram contempladas apresentaram problemas relacionados, principalmente, ao projeto de contrapartida e à autodeclaração.

Mais ajuda

O FunCultura já prepara a publicação da lista dos contemplados pelo segundo edital da Lei Aldir Blanc. Ele prestigia a Produção de Bens e Atividades Artístico-Culturais, a proposta é a realização do projeto “Todo artista tem de ir aonde o povo está”. O objetivo é promover a divulgação virtual dos agentes culturais, como por exemplo, a realização de lives em redes sociais e publicações em outras plataformas digitais.

Além disso, um terceiro edital de fomento do auxílio emergencial repassado pela Lei Aldir Blanc já está em elaboração. Assim como nos dois outros, este edital também será disponibilizado em um link no site oficial da Prefeitura de Campos. Todos estão sendo custeados pelos recursos de R$ 3.086.409,03 destinados pela União ao município de Campos, por meio da Lei.

Sobre a Lei- A Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (Lei nº 14.017/2020) estabelece mecanismos e critérios para garantir apoio às trabalhadoras e trabalhadores da cultura e à manutenção de territórios/espaços culturais com atividades interrompidas por força da pandemia causada pelo novo Coronavírus.

Fonte: SupCom

Campos registra mais 105 novos casos de Covid-19

São 9.285 casos confirmados da doença e 435 mortes, de acordo com Vigilância em Saúde



Nenhum óbito foi registrado no CCCC nesta terça-feira (Foto: Arquivo/Ilustração)

No boletim desta terça-feira (10), estão registrados 9.285 casos confirmados de Covid-19 no município e 7.885 recuperados. Os números refletem dados da Covid no município desde o início da pandemia. Outros 9.827 casos foram descartados e total de 435 óbitos registrados.

O município se mantém na fase verde – do Plano de Retomada das Atividades Econômicas e Sociais – fase 2. A orientação é que a população mantenha os cuidados de prevenção, como lavar bem as mãos, usar máscara e álcool em gel, além de manter o distanciamento social, evitando ambientes com aglomerações.

O Departamento de Vigilância em Saúde informa que seguem sendo divulgados os casos confirmados de Covid-19 registrados em meses anteriores nos laboratórios – somado às notificações concentradas na Vigilância em Saúde do Município (unidades de saúde e testes realizados pela Prefeitura) além da testagem itinerante no ônibus e testes rápidos de empresa particular de junho. Além disso, a Prefeitura vem realizando os testes agendados via aplicativo Dados Bem cujas notificações seguem acontecendo diariamente.

Boletim Coronavírus – 10/11/2020

Confirmados: 9.285
Recuperados: 7.885
Descartados: 9.827
Óbitos confirmados: 435
Síndrome Gripal: 23.980
Síndrome respiratória aguda Grave: 102

Fonte: SupCom

IFF lança edital para contratação de professores substitutos

As inscrições devem ser feitas até o dia 23 de novembro, somente pela internet



Campus Campos-Centro do IFF (Foto:Divulgação)

O Instituto Federal Fluminense (IFF) publicou o Edital N° 107, de 5 de novembro de 2020, que trata do Processo Seletivo Simplificado para contratação de Professores Substitutos do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. A finalidade é suprir afastamentos, licenças ou vacâncias de cargo, para atendimento à necessidade temporária de excepcional interesse público.

Inscrições devem ser feitas até o dia 23 de novembro, somente pela internet, no endereço eletrônico: https://concursos.iff.edu.br. A isenção da taxa de inscrição deverá ser requerida até o dia 15 de novembro, de acordo com o disposto no Edital.

Seleção – é composta por análise de currículo e prova de desempenho didático, conforme cronograma disponível no Anexo I do Edital.

Vagas – total de 19, distribuídas entre sete campi do IFFluminense:

Vaga – Campus – Área/Disciplina
04 Cabo Frio Desenho Técnico, Língua Portuguesa, Matemática e Mecânica
06 Campos Centro Dança, Eletrotécnica, Informática, Língua Portuguesa, Matemática e Segurança do Trabalho
02 Itaperuna Física e Matemática
02 Macaé Geografia e Língua Portuguesa
02 Avançado Maricá Geografia e Língua Portuguesa
02 Quissamã Libras e Língua Portuguesa
01 Santo Antônio de Pádua Língua Portuguesa

Fonte: Ascom/IFF

Vídeo: chuva forte alaga Avenida Pelinca

Para a quarta-feira, a previsão é de mais chuva

Poucos instantes de chuva intensa foram suficientes para alagar a Avenida Pelinca, no final da trade desta terça-feira (10), em Campos dos Goytacazes. O trânsito no local ficou lento por causa da quantidade da água acumulada. A chuva pegou muitos campistas de surpresa na volta para casa.

De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a probabilidade de chuva em Campos nesta terça ainda é alta, 80%. A noite tende a permanecer nublada com previsão de pancadas de chuva. Para quarta-feira (11) a previsão é a mesma. Probabilidade de 80% de chuva ao longo do dia.
Fonte Terceira Via

Polícia detém traficantes no Parque Aeroporto

Suspeitos foram levados para a Delegacia de Guarus; três adolescentes foram apreendidos


Quatro pessoas foram detidas na noite de terça-feira (10) no Parque Jardim Aeroporto, em Campos dos Goytacazes, acusadas de praticarem o tráfico de drogas na região de Guarus. Segundo a Polícia Militar, entre os acusados está um casal que teve o filho de cinco meses baleado na cabeça na comunidade Suvaco de Cobra, em setembro. A PM informou que os envolvidos foram flagrados com buchas de maconha e dinheiro. Eles teriam tentado se livrar da droga jogando o material em um terreno baldio. Todos foram levados para a 146ª Delegacia de Polícia Civil. Três adolescentes foram apreendidos e um homem foi preso.

A Polícia Militar informou que a detenção dos suspeitos aconteceu na Rua Gama Barros, em um conjunto habitacional no Parque Aeroporto. Eles pertencem à facção criminosa TCP. A prisão de E.D.C.C.M, de 21 anos, acontece pela segunda vez, já que possuía anotações criminais em pelo menos dois delitos praticados. Foram recolhidos 43 unidades de maconha embalada, além de R$172 em espécie. Todos os detidos foram colocados à disposição da Justiça.
Fonte Terceira Via

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Homem morre na Baixada Campista após cair do telhado

De acordo com relatos, a vítima fazia reparos na cobertura de uma indústria cerâmica, na localidade de Espinho


A Polícia Civil vai investigar a morte de um homem na localidade de Espinho, em Campos dos Goytacazes, nesta segunda-feira (9). De acordo com as primeiras informações, pela manhã, a vítima prestava serviço em uma indústria cerâmica da região. Testemunhas contaram que ele fazia reparos sobre o telhado quando perdeu o equilíbrio e acabou caindo no chão.

O profissional acabou morrendo após a queda, antes da chegada do socorro que foi acionado. O nome da vítima ainda não foi informado. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal para ser autopsiado.
Esta matéria em atualização.
Terceira Via/Show Francisco

Postos do Detran em Campos e região são reabertos

Mutirão de atendimentos aconteceu no último sábado e acontece neste sábado novamente


(Foto: Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro)

O Detran vai montar mais uma força-tarefa de atendimento neste sábado (14) com a reabertura de 23 unidades. Serão 8 mil vagas disponibilizadas para os serviços de habilitação. No último sábado (7), 17 unidades haviam sido reabertas. A ação marcou a última etapa de retomada do Detran, que reabrirá todas as unidades de habilitação no estado do Rio até o fim deste mês. No total, serão reabertos os 98 postos de atendimento deste serviço. A cada semana de novembro outros postos serão reabertos.

Com a reabertura no sábado (7), voltaram a funcionar na região, com todos os serviços, os postos de Campos, Itaperuna, e Macaé. Já no próximo sábado (14), serão reabertos na região os postos de Bom Jesus de Itabapoana e Itaocara.

Entre os serviços disponíveis estão renovação da carteira de motorista, primeira e segunda via de CNH; adição e mudança de categoria; troca da permissão pela definitiva; e alteração de dados com inclusão de atividade remunerada. Durante a semana, as unidades funcionam das 8h às 17h. Nos sábados, dia dos mutirões, os trabalhos abrem às 10h e encerram às 17h.

O mutirão do último sábado foi o quarto em apenas um mês de força-tarefa. O objetivo é zerar a demanda represada durante os meses de fechamento dos postos na pandemia. O esforço permitiu que mais de 11 mil pessoas fossem atendidas em vagas extras somente aos sábados.

Os serviços do Detran ainda precisam de agendamento, tanto nos mutirões quanto nos dias úteis, para evitar aglomeração nos postos. O agendamento é feito sempre pelos telefones 3460-4040, 3460-4041 e 3460-4042, ou pelo site www.detran.rj.gov.br. O agendamento para o mutirão abre sempre às quintas-feiras. É importante não levar acompanhante para os postos, a não ser que seja extremamente necessário para o usuário do serviço.
Fonte: Terceira Via/Show Francisco

Governo de SP vê 'guerra' de Bolsonaro contra Doria na suspensão da CoronaVac pela Anvisa

A Anvisa suspendeu temporariamente os testes em humanos da vacina contra a Covid-19 na segunda-feira (9). Em comentário publicado no Facebook na manhã desta terça, o presidente disse que "venceu" Doria.


O governador de SP, João Doria, ao lado do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Marcos Pontes, da pasta da Ciência, Tecnologia e Inovações. — Foto: Divulgação/GESP

Integrantes do governo de São Paulo temem, nos bastidores, que a suspensão da vacina produzida pelo Instituto Butantan pela Anvisa possa ser parte da “guerra política” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Em um comentário no Facebook na manhã desta terça-feira (10), publicado em resposta a um usuário que perguntou se o Brasil poderia comprar e produzir a vacina, Bolsonaro compartilhou a notícia de suspensão pela Anvisa dos testes da CoronaVac e disse que "ganhou" de Doria.

Em outubro, o governo Bolsonaro chegou a negar, publicamente, que a vacina produzida por São Paulo seria comprada.

Nos bastidores, auxiliares do presidente admitem que o Planalto não quer que Doria capitalize a vacina do Butantan.

Para aliados de Doria ouvidos pelo blog, há cada vez mais “um jogo político” em curso, em relação à vacina, e temem que a compra dependa “exclusivamente” de uma decisão pessoal de Bolsonaro, sem amparo técnico e com “métodos seletivos”.

A irritação do governo de São Paulo com o Planalto é tanta com as movimentações a respeito da vacina que Bolsonaro foi apelidado de “médico e patriarca” nos bastidores do Palácio dos Bandeirantes.

Já no Palácio do Planalto, até assessores do presidente foram pegos de surpresa com a decisão da Anvisa e se mostram preocupados com a repercussão da decisão entre secretarias de Saúde de outros estados, que já conversavam com o governo de SP a respeito da vacina.

A CoronaVac é uma das candidatas a vacina contra o coronavírus e é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Butantan, em São Paulo. A Anvisa suspendeu temporariamente os testes em humanos da vacina contra a Covid-19 na segunda-feira (9). Com a interrupção do estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado.

Ao blog, um interlocutor de Bolsonaro lembrou que Almirante Barra, que comanda a Anvisa, é fiel escudeiro do presidente Bolsonaro e trabalhou para ser ministro da Saúde na crise do governo com Henrique Mandetta. O governo acabou optando por Nelson Teich. Mas Almirante Barra, na visão de aliados do governo, estaria disposto a seguir as ordens do presidente para questões técnicas na condução da pandemia.
G1/Show Francisco

Serasa: Dez milhões de pessoas podem quitar dívidas por apenas R$ 50

Feirão Serasa Limpa Nome vai até 30 de novembro


Rovena Rosa/ABrFeirão Serasa Limpa Nome vai até 30 de novembro

A Serasa informou nesta segunda-feira (09/11) que 10 milhões de consumidores poderão quitar dívidas por apenas R$ 50. A ação faz parte do 26º Feirão Limpa Nome, que permite renegociar dívidas atrasadas com até 99% de desconto. O feirão começou na semana passada participam da iniciativa mais de 50 empresas de diversos segmentos, como lojas de departamento, companhias telefônicas, bancos e faculdades. A estimativa é que as ações podem dar a possibilidade para 64 milhões de consumidores regularizarem sua situação. O feirão vai até o dia 30 deste mês.

Para participar, o consumidor pode acessar um dos canais digitais da Serasa: site do Serasa Limpa Nome, WhatsApp (11 99575-2096) e aplicativo.

Nesta edição, a negociação poderá ser feita em mais de 7 mil agências dos Correios em todo o país. A ação permitirá ainda que, após a quitação da dívida, o consumidor tenha sua pontuação aumentada e assim obtenha melhores condições de crédito nas próximas compras.

Segundo a Serasa, o Brasil tem atualmente 62,7 milhões de pessoas com dívidas em atraso, das quais 15 milhões no estado de São Paulo. Apenas na capital paulista, há 4,2 milhões de pessoas inadimplentes.
Fonte: Agência Brasil/Show Francisco

PF deflagra operação na Penha contra a falsificação de dinheiro e de diplomas; notas eram vendidas na internet

Notas falsas, documentos, cartões e outro objetos falsificados recolhidos pela PF na Operação Zero Lastro Foto: Divulgação / PF

A Polícia Federal deflagrou a operação Zero Lastro contra a falsificação de dinheiro e de diplomas. Os agentes foram cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão na manhã desta terça-feira, dia 10, no Morro da Fé, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Uma pessoa foi presa e levada para Superintendência da PF, no Centro do Rio. Segundo as investigações, a quadrilha anunciava a venda de notas falsas em redes sociais. Eles identificaram que os criminosos se aproveitaram da pandemia Covid-19 para ampliar o rol de crimes cometidos.

Entre as fraudes cometidas estão: falsificação e venda de moeda falsa, fraudes no auxílio emergencial, fraudes no FGTS, além da falsificação de documentos, diplomas e cartões de crédito. A investigação é feita pela Delegacia de Polícia Federal em Angra dos Reis, na Região do Lagos, desde fevereiro de 2020.


PF prendeu um homem durante a Operação Zero Lastro, no Complexo da Penha Foto: Fabiano Rocha / Extra

Durante as buscas, os policiais federais encontraram armazenados em um computador uma lista com nomes e demais dados pessoais das vítimas (como CPF e RG), que eram vendidos pela internet para a prática das diversas fraudes. O material apreendido será encaminhado à perícia técnica: um computador, dois celulares, dinheiro, documentos e cartões de crédito falsos, além de máquinas de cartões.

Notas falsas, documentos, cartões e outro objetos falsificados recolhidos pela PF na Operação Zero Lastro Foto: Divulgação / Polícia Federal

O preso foi indiciado e responderá pelos crimes de estelionato qualificado, moeda falsa e associação criminosa. As penas previstas podem chegar a12 (doze) anos de reclusão.
PF prendeu um homem durante a Operação Zero Lastro, no Complexo da Penha

Extra/Show Francisco

'Não há lugar onde o estado não possa entrar', diz Cláudio Castro, que irá retomar ocupação de favelas dominadas pelo tráfico e milícia

Governador em exercício, Cláudio Castro Foto: Guito Moreto / Extra

O governo do Rio decidiu retomar a ocupação das favelas do estado dominadas pelo tráfico e pelas milícias. Em entrevista exclusiva ao GLOBO e à revista Época, o governador em exercício Cláudio Castro anunciou qual será sua nova política de segurança, construída também em torno do reforço do programa Segurança Presente e do investimento em Inteligência para atingir financeiramente as organizações criminosas. “Na minha gestão não há lugar onde o Estado não possa entrar”, afirmou, acrescentando que ainda não há decisão sobre quais serão as primeiras comunidades a serem ocupadas. Castro também reafirmou sua inocência nas investigações de que é alvo, mas não quis falar sobre os detalhes das denúncias que o atingem. Ele explicou que não voltou atrás sobre a venda da Cedae, mas que apenas não quer fazer um “mau negócio”.

Como é a sua relação com o presidente Jair Bolsonaro depois de a gestão anterior, de Wilson Witzel, ter sido marcada por atritos com o governo federal?

Não tenho o telefone pessoal do Bolsonaro. O que acontece é uma coisa de perfil. Eu tenho um perfil de diálogo, pouco bélico. Então, assim, não foi só com o presidente, se você olhar, foi com o Legislativo, os deputados federais, os próprios senadores... A relação com o Bolsonaro está muito boa. Todo mundo quer que o Rio dê certo. O Rio não funciona sem o governo federal. Não temos como sobreviver com o tamanho do nosso rombo fiscal, com o tamanho das dificuldades que temos.

Se Bolsonaro for candidato à reeleição, o senhor votará nele?

Meu candidato será o presidente, vou votar nele.

Witzel, governador afastado, chegou a divulgar montagens em que aparecia com a faixa presidencial. O senhor tem alguma foto sua com faixa?

Será que eu fico bem nela? (risos). Não. Acho que a única faixa que eu quero é a de campeão da Libertadores e do Brasileiro de novo. Queria muito colocar uma faixa vermelha e preta aqui (referência ao Flamengo, time do governador interino).

Você planeja ser candidato a reeleição em 2022?

Não vou falar, mas não por pieguice. Na situação em que a gente se encontra, vai depender muito da conjuntura política. Eu hoje não estou pensando nisso. Até porque hoje sequer governador eu sou. Ainda tem o processo de impeachment (contra Wilson Witzel).

Há chances de Witzel voltar?

Processo é processo. Eu não tenho dúvidas que tanto os deputados quanto os desembargadores vão ser extremamente técnicos. Não tenho dúvidas de que vai ser um julgamento totalmente isento. E, se for totalmente isento, as chances de ele voltar existem.

Como está sua relação hoje com o Witzel?

A gente não pode se falar. Ele tem uma cautelar que o impede de falar comigo e com pessoas do governo. Nesses 70 e poucos dias, nunca nos falamos, nem através de interlocutores.

Ao contrário da relação de Witzel com a Alerj, que era bastante conturbada, o senhor tem dado muito espaço para os deputados estaduais. A ideia é agir diferente dele em relação a indicações políticas?

O governo do Witzel já tinha PP na secretaria, Solidariedade na secretaria, a gente já tinha o PL com secretaria, o DEM com secretaria, o PRB. Era um governo que tinha espaço pra política. A diferença é que talvez eu tenha feito uma política mais estadual, estou dialogando com os partidos. A gente está sendo muito transparente, pessoas com um CPF claro, que tenham um rosto claro. Não há dúvida para a população do que é o governo. A população hoje olha para o secretariado e sabe exatamente o que eu estou fazendo.

O senhor falou que está fazendo tudo para evitar um Covidão 2, inclusive proibindo compras emergenciais. Em nenhum momento, desconfiou das irregularidades que hoje estão sendo investigadas?

Vamos recordar uma coisa? Eu estava tocando a parte social, com um mutirão humanitário, outras pautas. Então, seguinte: hoje, falar é fácil. Mas na época a popularidade do governador Witzel estava lá em cima, todo mundo elogiando tudo, era um momento de gala. Depois é que veio a questão podre.

Em quem o senhor votará para prefeito no domingo?

Eu prefiro manter o voto do Cláudio em sigilo.

Como avalia a administração de Crivella?

Olha, enquanto vereador eu fazia muitas críticas. Acho que ele pegou um momento difícil mesmo, de muita recessão, pós-Olimpíada... No final, com a Covid, acho que ele deu uma melhorada, mas não é à toa que tem uma rejeição grande.

A segurança é uma grande questão do Rio. O senhor tem planos para as comunidades ocupadas pelo tráfico e pela milícia?

A ideia é no primeiro semestre do ano que vem apresentar para a população e a imprensa um grande plano de segurança pública mostrando para onde o estado vai. O conselho de segurança será fundamental. Estamos estudando a política de ocupação de territórios dominados por grupos criminosos. Pela primeira em dois anos, a Polícia Civil fez operação dentro da Maré, que é uma coisa que não vinha acontecendo. Na minha gestão, não há lugar onde o Estado não possa entrar. São três eixos. Vamos reforçar o efetivo policial, fortalecendo o Segurança Presente, investir em Inteligência para asfixiar financeiramente as organizações criminosas e ocupar áreas onde haja domínio de tráfico e milícia. O combate à milícia é uma superprioridade.

A filosofia do "tiro na cabecinha" implementada por Witzel continua valendo para a Polícia Militar?

Temos que ter politica de segurança efetiva. Quando precisar fazer uso da força, passando por um critério técnico, será utilizado. Mas com planejamento, inteligência para que a vida da população e do policial seja preservada

Mas qual o critério? Estar com arma na mão?

A metodologia e a forma de enxergar é diferente. Aqui não tem "se estiver assim, vai; se não estiver, não vai". Quem tem que dar essa instrução é o secretário das pastas (Polícia Militar e Polícia Civil).

E qual é a instrução hoje?

Tem que perguntar para eles. Não sou especialista em segurança pública. Não posso dizer se tem que dar tiro aqui ou ali. Não é papel do governador isso. O papel é apoiar a utilização da força quando necessário.

O senhor chegou a dizer que poderia desistir da privatização da Cedae. É isso mesmo?

O que vale nisso tudo é o povo ser bem atendido. Eu, como gestor, tenho que fazer conciliação entre o que é melhor para o povo e para o estado. O povo precisa de água tratada e esgoto e para isso o melhor hoje é a concessão que vai trazer vultuosos investimentos. Não disse que não farei o negócio. Eu disse que não farei um mau negócio. Tem perguntas que o BNDES tem que responder. Hoje não estou confortável sem as respostas que preciso ter, como, por exemplo, a Cedae que fica terá capacidade financeira de melhorar a produção de água, fazer Guandu 2, atender municípios que não aderiram e o estado tem contrato?

Mas a companhia foi dada como garantia a um empréstimo feito ao BPN Paribas de R$ 2,9 bilhões?

Mas e se eu conseguir renegociar o empréstimo? Estamos trabalhando a renegociação desse empréstimo de R$ 2,9 bi, que hoje temos que pagar 4,5 bi.

O senhor foi alvo de uma busca e apreensão no começo de seu governo na investigação das fraudes na Saúde e foi delatado como suposto beneficiário de propina. O que o senhor diz sobre as duas suspeitas?

Eu respeito demais a Justiça e o MP. A minha tranquilidade nisso é tanta que processei o delator. A lei da delação é clara: para a delação ser válida o delator tem que mandar provas. Então processei ele justamente para que mostre as provas. Tenho a maior tranquilidade do mundo da minha inocência. Tenho como postura não comentar processos que estão em segredo de Justiça. Não vou fazer nenhum comentário, mas, sobre a busca e apreensão, provavelmente foram frustrados porque não acharam absolutamente nada na minha casa.

Em relação às imagens que mostram o senhor com uma mochila no encontro com o fornecedor do estado Flávio Chadud, o que havia na mochila?

Mesma postura. Está em segredo de Justiça. Também processei esse delator, porque as pessoas têm que ter provas. Bruno Campos Selem e Edmar Santos.

Não tinha dinheiro na mochila?

Óbvio que não. Óbvio que não. Óbvio que não. Eu gostaria que alguém pegasse desde janeiro de 2019 minhas entradas e saídas no Palácio Guanabara, vocês vão ver que entro e saio todo dia de mochila e todo dia com a mesma mochila. É uma coisa minha, que faço sempre. E até ontem foi a mesma mochila. Hoje que troquei por acaso.

Não é estranho o vice-governador se reunir com fornecedor fora de seu gabinete na empresa do cara?

Não. Se você levar em conta que era alguém que eu já conhecia antes e que nenhum assunto era aquele, não. Isso está sendo tratado na Justiça. Tudo isso é coisa de gente que quis colocar o meu nome só para se safar.

Quais assuntos vocês estavam tratando ali?

Assuntos pessoais. Está em segredo de Justiça. Não vou comentar nada. Até por respeito à Justiça.

Você conheceu esses fornecedores quando era vice-governador?

Antes até de ser vereador.

Em quais circunstâncias os conheceu? Amigos em comum, frequentavam os mesmos lugares?

Conheci na vida.

O que tem feito para evitar desvios na Saúde?

Eu proibi determinantemente compras emergenciais e como a gente tem tempo, tem que ser tudo com licitação, eu não quero ter sombra de Covidão (como ficou conhecido o escândalo na saúde estadual) hoje, até porque a gente sabe que isso vai explodir o preço daqui a pouquinho, aumentar no mercado, o mundo inteiro comprando isso. Então eu já orientei tanto essa parte de infraestrutura quanto logística. Quando tiver a vacina aqui a gente estar preparado saber onde vai ou não vai.

O senhor foi citado em investigações do Ministério Público do Rio. Como governador interino, vai escolher para comandar a Procuradoria-Geral de Justiça o nome que tiver mais votos na tríplice do Ministério Público do Rio? Ou pode escolher o segundo ou o terceiro colocados?

Não tem como responder agora. As pessoas antecipam o debate. Faltam 30 dias. Sequer tenho a lista tríplice. Está muito cedo. Esse debate geralmente ocorre depois da eleição. Tem mais candidato que vaga na lista tríplice. Sem saber a lista, nao tenho condição de dar essa resposta. É óbvio que é uma tendência, mas não é certeza. Esse debate eu vou travar lá na frente.
Extra/Show Francisco