domingo, 18 de julho de 2021

Acesso à ponte fechado em ‘jogo de empurra’

Rua Lindolfo Fraga interditada e mão dupla na Ponte General Dutra seriam medidas provisórias que ainda perduram

POR ULLI MARQUES
Acesso fechado à Rua Lindolfo Fraga (Fotos: Carlos Grevi)

Muitos não sabem por que o trânsito na Ponte General Dutra (próximo ao Hospital Ferreira Machado) tem operado em mão dupla, causando retenção e acidentes. Antes, apenas veículos que seguiam pela BR-101, em direção a Guarus, passavam por ali. A mudança aconteceu há sete meses, quando foram iniciadas obras de reconstrução de rede de drenagem na Rua Lindolfo Fraga, que faz o acesso da BR 101 à Ponte Alair Ferreira, a fim de conter os constantes alagamentos no local. Contudo, essas obras foram concluídas em dezembro de 2020 e, ainda assim, a via continua alagando e o tráfego de veículo nas duas pontes não foi normalizado. O motivo: moradores fecharam a referida rua para impedir que a passagem de veículos de grande porte continue a deteriorar a pista e a causar novos problemas.
Ponte General Dutra

Recentemente, a concessionária que administra a BR-101, Arteris Fluminense, e a Prefeitura de Campos ajustaram a sinalização na descida e subida da Ponte General Dutra. Isso aconteceu após acidentes serem registrados no local, embora nenhum tenha sido grave. Mas no horário de pico, no início da manhã e final da tarde, ainda é comum haver congestionamento, principalmente em dias de chuva.

O assistente administrativo Maicon Santos passa pela ponte diariamente. Ele mora em Travessão e trabalha no Centro. Segundo ele, o tráfego em mão dupla na General Dutra é um empecilho perigoso. “A melhoria na sinalização ajudou, mas não resolveu. Para que haja fluidez no trânsito, as duas pontes precisam voltar com o fluxo em mão única”, afirmou.

Pendência
Para entender o que está ocorrendo, é necessário voltar no tempo. Há aproximadamente 10 anos, os moradores da Rua Lindolfo Fraga, no bairro Fundão, viviam tranquilamente. Segundo eles, tudo mudou em 2012, quando a Prefeitura de Campos decidiu que o fluxo da Ponte Alair Ferreira deveria funcionar em mão única e receber o tráfego da BR-101, no sentido Vitória/Rio. Para que isso acontecesse de forma adequada, o ideal seria que os veículos passassem pela Avenida Estilac Leal, no Parque Santa Helena, mas um “ferro-velho” situado no local impediria a passagem de caminhões de grande porte. Foi solicitada, então, a desapropriação desse terreno na Justiça e, provisoriamente, a Avenida Souza Motta e a Rua Lindolfo Fraga foram utilizadas como alternativa para os veículos terem acesso à ponte.
Wellington Soares é morador do bairro

Assim teve fim a tranquilidade da população dessas duas vias. Sem estrutura para receber os veículos que trafegam pela BR-101, o calçamento e a rede de drenagem da Rua Lindolfo Fraga foram destruídos, causando alagamentos. Os moradores denunciam que o constante tráfego de caminhões também ocasionou rachaduras nos muros das casas, muita poeira, além de acidentes de trânsito. “A nossa qualidade de vida acabou”, disse o policial militar reformado Wellington Soares, que passou toda a sua vida morando nessas imediações.

Rua fechada
Foi Wellington Soares quem, em dezembro, após o fim das últimas obras, colocou barricadas para impedir a passagem de carros e caminhões na Rua Lindolfo Fraga. Então a Ponte General Dutra continuou a fluir em mão dupla e a Ponte Alair Ferreira ficou subutilizada.

“Como diz a música, ‘não sou contra o progresso, mas apelo pro bom senso’. Dizem que manter a Ponte General Dutra em mão dupla é um retrocesso, mas não buscam entender àqueles que são diretamente atingidos. Perdemos nosso direito ao sossego, à propriedade e à segurança”, afirmou o policial, que já acionou o Ministério Público Estadual e Federal.
Rua interditada

Segundo ele, o que falta é “governo”. “Por que a desapropriação do ferro-velho da Rua Estilac Leal ainda não foi feita? Está embargada? Qual o motivo? É por essa rua que deveriam passar os caminhões da BR-101. Ela, sim, tem estrutura para isso. A passagem pela Avenida Souza Motta e pela Rua Lindolfo Fraga deveria ter sido temporária, mas isso já faz quase 10 anos. Antes, não sofríamos com alagamento. Agora, mais uma obra foi concluída, mas sabemos que basta o tráfego retornar para que os problemas também retornem”, declarou.

Em relação aos alagamentos, Wellington explicou que, mesmo após a restauração da rede de drenagem, a rua ainda enche, mas essa água é escoada em poucas horas, o que não acontecia antes da intervenção concluída no fim do mandato de Rafael Diniz. Nota-se, ainda, que, mesmo sem a passagem de caminhões, o calçamento recém refeito já apresenta alguns danos.


Respostas
A reportagem do Jornal Terceira Via buscou, junto à Prefeitura, respostas para os moradores e também para aqueles que trafegam pela Ponte General Dutra. Quanto aos alagamentos na Rua Lindolfo Fraga, a Subsecretaria de Mobilidade esclareceu que foi feito um novo ramal de drenagem em direção ao cisternão do Parque Santa Helena, que, ocasionalmente, apresenta deficiência no sistema de bombeamento para o Rio Paraíba do Sul, mas que outra rede alternativa já está sendo estudada.

A reportagem também questionou a respeito do restabelecimento do fluxo em mão única na General Dutra e sobre o antigo projeto de passagem dos veículos pela Rua Estilac Leal. No entanto, a Subsecretaria informou apenas que, para restabelecer o trânsito na ponte, a Concessionária Arteris Fluminense teria de assegurar a manutenção da Rua Lindolfo Fraga, e que o desvio do tráfego é responsabilidade do Governo Federal: “Cabe à Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) tomar as medidas necessárias no trecho, em conjunto com a concessionária que administra a rodovia”.
A concessionária, por sua vez, afirmou que “realizou as melhorias na sinalização na cabeceira sul da Ponte General Dutra, km 63 da BR-101, que faz parte do traçado original da rodovia, visando melhor ordenação do tráfego” em comum acordo com a Prefeitura.

Em relação à manutenção da Rua Lindolfo Fraga, a Arteris declarou que “a gestão e manutenção do acesso à Ponte Alair Ferreira está fora da faixa de domínio do trecho sob concessão da BR-101 e não faz parte do escopo de obras da Arteris Fluminense” e que “demandas locais que exijam a alteração do contrato de concessão podem ser encaminhadas para a ANTT”.
Fonte Terceira Via

Campos pode ganhar um novo parque municipal

Cidade é carente de área verde para lazer; enquanto algumas estão abandonadas, outras nem saíram do papel

POR PRISCILLA ALVES
Moradoras de Guarus pescam no Parque da Lagoa do Vigário (Fotos: Silvana Rust)

Com seus mais de 4 mil km², Campos dos Goytacazes é o maior município em extensão territorial de todo o Estado do Rio de Janeiro, mas, apesar do tamanho, a cidade é carente de áreas verdes preservadas como opção de prática de esportes, contemplação da natureza e lazer. Atualmente, alguns locais poderiam cumprir esta função: o Parque Municipal da Lagoa do Vigário – que apesar de já ter estrutura para oferecer à população, está com aspecto de abandono; o Parque Natural Municipal do Taquaruçu, que mesmo com sua rica flora com remanescentes da Mata Atlântica, não emplacou desde 2004; e o Parque Ecológico Municipal, localizado na Arthur Bernardes e que também ainda não saiu do papel. Junto a estes, um quarto espaço a ser disponibilizado aos campistas é o antigo pátio da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), que pode ser cedido ao município e deve ter uma parte transformada em uma grande área de lazer.

Parque Municipal da Lagoa do Vigário
Dentre os quatro locais citados, o Parque Municipal da Lagoa do Vigário é o único já apto a receber visitantes. Localizado no Jardim Carioca, em Guarus, o espaço foi inaugurado em 2016 pela então prefeita Rosinha Garotinho com pista para caminhada, academia ao ar livre, parque infantil, banheiros e espaços para pescaria. Porém, no local atualmente há lixo, banheiros sujos e até cavalos pastando entre fezes.
Lagoa do Vigário em Guarus

“Aqui está pouco cuidado. As pessoas jogam lixo, bicho morto. Já há anos presenciamos esse abandono. Há alguns dias, meu filho limpou, colocou o lixo no carro dele e levou no lixão. Aqui, se fosse bem cuidado, a gente aproveitaria muito”, desabafou a doméstica Helena Moço.
Lixo e abandono na Lagoa do Vigário

A aposentada Penha Fidélis estava pescando na lagoa com a neta e também falou sobre a falta de cuidado. “Eu gosto de vir pescar. Pra mim, é uma terapia. É claro que se o local estivesse mais cuidado, seria melhor. Sempre que eu venho aqui, vejo alguma sujeira”, comentou.

Em nota, a Prefeitura informou que a Secretaria de Obras e Infraestrutura está estudando formas de recuperar o espaço e que a equipe da Subsecretaria de Limpeza Pública tem atuado para isso. “A pasta pede o apoio da população, evitando o descarte de lixo em locais inadequados. A Guarda Municipal também voltará a atuar no espaço”, informou.

Parque Natural Municipal do Taquaruçu
Parque Natural Taquaruçu em Guarus com acesso inviável

O Parque Natural Municipal do Taquaruçu foi criado em 2004 pelo ex-prefeito Arnaldo Vianna e fica na mata de Bom Jesus, a cerca de 15 minutos da Ponte da Lapa, em Guarus. Com 65 hectares, o objetivo do espaço era “assegurar a preservação do remanescente florestal da Mata Atlântica, estimular o turismo ecológico, além de preservar espécies nativas da região”, segundo publicação no site oficial da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Ambiental de Campos. Porém, na prática, o espaço resume-se a uma área verde de mata fechada sem qualquer tipo de estrutura.
Taquaruçu fica no entorno da Usina São João, em Guarus: abandono

“A ideia era que esse parque ecológico funcionasse como é o Itaóca hoje, cuidado pelo poder público e com acesso para visitantes. Ali, é possível a prática de contemplação da natureza, arvorismo, trilhas e ainda prática de atividades radicais. Há uns dez anos, chegaram a fazer uma portaria lá e eu até já visitei o espaço com alguns alunos para pesquisas. Depois, o parque foi abandonado de vez”, explicou o arquiteto e urbanista Renato Siqueira, que também integra o Grupo de Pesquisa Interinstitucional de Desenvolvimento Municipal e Regional (GPIDMR).

Ainda segundo Renato, as esperanças não estão perdidas, já que o parque consta como objeto de interesse do Plano Diretor Municipal de 2020 de Campos. “A área protege remanescente de floresta da Mata Atlântica, que foi praticamente dizimada na nossa região”.
Reprodução de Mapa em Guarus

Sobre o espaço, a Prefeitura de Campos informou que, de acordo com a Subsecretaria de Ambiente, o Parque Natural Municipal do Taquaruçu foi criado em uma área de assentamento e há um conflito com o Incra que deve ser resolvido antes da Prefeitura poder investir na área.

Parque público no pátio da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA)
A área que compreende o pátio da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA) tem 104 mil m² e fica na margem da Avenida 28 de Março, no bairro Parque São Caetano. O espaço pode ser transformado em um grande parque público verde aberto para visitação e lazer da população no que depender das negociações entre a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit) – atualmente gestores do local –, a deputada federal Clarissa Garotinho e o prefeito Wladimir Garotinho. O município pede a cessão patrimonial do terreno e dos imóveis sob gestão desses órgãos federais para, além da criação do parque, instalar no local o Centro Administrativo da Prefeitura, levando para lá sedes de várias secretarias.
Área da antiga Rede Ferroviária é reivindicada para criação de parque e sede administrativa municipal

“Visitei esse espaço, que está praticamente abandonado. É uma área que pode ser bem usada pela Prefeitura e pela população com a criação de uma área de lazer e a instalação de órgãos públicos importantes. A Prefeitura de Campos arcaria com a manutenção, e só isso já traria um grande ganho”, disse a deputada Clarissa Garotinho.

O subsecretário de Planejamento Urbano, Mobilidade e Meio Ambiente, Sérgio Mansur, está confiante de que a Prefeitura vai conseguir a autorização para cuidar do espaço. “Nós queremos implantar áreas de lazer para a população, mas é difícil falar em previsão, porque a gente ainda não sabe como vai ser esse processo de cessão. O que posso garantir é que há uma grande boa vontade de todos os lados. Quando tivermos a posse, a nossa secretaria de Planejamento irá implementar os projetos em toda a área de lazer”, adiantou.

A Prefeitura de Campos informou que a forma como o espaço será aproveitado está em fase de estudos. “O espaço da RFSSA, que está sendo negociado com o apoio da deputada Clarissa Garotinho, é de interesse do prefeito. A deputada sugere o uso da área aberta para a criação de um parque público para estimular o turismo”.

Parque Ecológico Municipal, na Arthur Bernardes
Em uma das margens da Arthur Bernardes, entre a rotatória da BR-101 e a Avenida José Alves de Azevedo (Beira-Valão), o Parque Ecológico Municipal foi instituído pelo ex-prefeito Rafael Diniz. O espaço tem 320 mil m² e o início da primeira etapa da construção foi publicado no Diário Oficial em 21 de maio de 2019 e orçado em R$ 214.267,44. Apesar disso, de já ter um projeto pronto e da área ter sido marcada e cercada, nada mais foi feito.
O autor do projeto, o arquiteto Aristides Marques, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo do Isecensa e que doou o projeto para a instituição, deu detalhes de como seria o parque.
Área destinada a parque na Avenida Artur Bernardes

“A criação desse espaço foi uma ideia da falecida Irmã Suraya, que me pediu que fizesse o projeto. Ele engloba a construção de um lago com 100 m², duas grandes ruas laterais para não congestionar a Avenida Arthur Bernardes, espaço para eventos ao ar livre, centro de convenções, restaurante e ainda a recuperação da mata. Enfim, seria uma grande área verde de lazer perto do centro urbano”, explicou Aristides.

Segundo o arquiteto, embora o projeto não tenha saído do papel, o fato dele ter sido incluído no Plano Diretor Municipal garante sua instalação, ainda que não haja um prazo determinado. Além disso, ele afirmou que o governo municipal atual já demonstrou interesse em dar continuidade ao projeto. “Foi um ganho muito grande para a população. Lá ainda vai ser esse parque, a gente só não sabe quando, mas vai ser. Tivemos evoluções com o novo governo, que nos informou estar buscando recursos para colocá-lo em prática”, explicou.

Segundo o secretário de Planejamento Urbano, Mobilidade e Meio Ambiente, Cláudio Valadares, atualmente a implantação do parque está em fase de estudo preliminar.
Avenida Artur Bernardes em Campos

“Temos uma parceria nossa com o curso de Arquitetura do Isecensa no que tange um estudo conceitual e preliminar apresentado por eles e aceito por nós como proposta inicial. Esse estudo contempla um terço do espaço de Mata Atlântica e ainda outras áreas de lazer para a população. Ou seja, um espaço que proporcionará mais qualidade de vida para população”, explicou.

Além do secretário, a Subsecretaria de Comunicação Social também foi questionada sobre outros detalhes a respeito deste parque – assim como nos outros citados – mas o órgão não enviou resposta até o fechamento desta reportagem.
Fonte Terceira Via

Empresas de ônibus de Campos perto do colapso

Sistema de transporte público em crise deixa a população desassistida; usuários reclamam e empresários se queixam de prejuízos

POR OCINEI TRINDADE



O transporte público em Campos dos Goytacazes em 2021 continua com uma série de insatisfações. Usuários e empresários de linhas de ônibus se queixam da atual situação. Algumas empresas afirmam estar à beira da falência. O setor ensaiou uma recuperação na gestão passada com o sistema de integração de vans e ônibus, mas o projeto não agradou à população e, já no início da gestão Wladimir Garotinho, o serviço foi desativado. Também deixou de funcionar o aplicativo Mobi Campos que informava horário e localização dos veículos. O governo municipal diz que investe em melhorias no transporte, apesar da reclamação generalizada.

O principal interessado em um serviço de transporte público de qualidade é o usuário. Entretanto, a falta de ônibus tem sido criticada por passageiros de diferentes bairros e localidades de Campos dos Goytacazes. A estudante Thalia Florence, moradora do Novo Jóquei, diz que há poucos horários durante a semana. “Em feriados e nos fins de semana a situação piora. Muitos param às 22h. As pessoas ficam reféns de carros de aplicativos. Esse dinheiro faz falta para pagar contas de água ou luz”, diz.
Thalia Florence é moradora do Novo Jóquei

Para Denisângela Nascimento, 39 anos, moradora da Codin, o transporte público é péssimo. “Utilizo todos os dias para ir para o trabalho. Tem que haver mais ônibus nos horários de pico, pois há superlotação”, conta. Segundo Yasmim Lima, moradora do IPS, muitas vezes ela desiste de esperar pelo ônibus. “Fico muito tempo no ponto, cerca de uma hora. Aí desisto e pego um Uber”. A moradora do bairro Santa Rosa, em Guarus, Tauana Marques, diz que na pandemia a situação piorou. “Os ônibus ficam todos cheios, está horrível. Hoje, a única opção para mim é o ônibus”.
Rosemary Reis, da Turisguá-Consórcio União: “Minha empresa está falida”

Empresas em decadência

Os empresários Rosemary Reis, José Maria Mathias e Gilson Menezes atuam no setor de transporte público há várias décadas. Eles reconhecem a insatisfação dos usuários, mas alegam que dependem de regulamentação e cumprimento de contrato de concessão feito com a Prefeitura de Campos.

Desde 2014, foram criados consórcios com empresas de ônibus para atuarem em todo o município. O aumento do transporte pirata e a participação de vans têm afetado o segmento, segundo eles.
Responsável pelo Consórcio União, a dona da empresa Turisguá, Rosemary Reis, diz que até dezembro de 2020 havia 16 ônibus em atividade. Atualmente, apenas cinco circulam na Penha e em Donana.

“Fazíamos o fluxo de integração com as vans no terminal que foi desmontado em janeiro. Acabou a bilhetagem. O número de passageiros é o mesmo, mas as vans tomaram conta. Minha empresa está falida. Os funcionários estão sem receber há dois meses. Muitos já procuraram o Ministério do Trabalho. Estou indignada. Entrei na Justiça pelo fim do consórcio. Há brigas e disputas dentro do próprio consórcio”, alega.
Passageiros à espera de ônibus no Terminal do Centro

O empresário José Maria Matias diz que o setor é muito prejudicado há sete anos. “Neste momento a situação está péssima. As empresas estão fechando. As lotadas voltaram, as vans foram trazidas para o Centro. O contrato de 2014 não prevê uso de vans, somente ônibus para transportar passageiros. O transporte irregular é um problema sério. São mais de sete anos sem corrigir a tarifa. Um litro de óleo diesel custava R$2,50, atualmente está a R$4,40. Aumento em torno de 100%. Tivemos aumento de tributos, insumos, mas não tivemos correção nenhuma. A defasagem da tarifa é de pelo menos 50%. A pandemia fez com que nosso público caísse 70%. O número de passageiros diminuiu drasticamente”, avalia o dono da Viação São João, que faz parte do Consórcio Planície, composto ainda pela Jacarandá.



José Maria informou que houve redução da frota em 50%. “Atualmente, 30 veículos circulam. Até o início de 2020, antes da pandemia, eram 65 ônibus em atividade. A passagem que custa R$2,75 deveria valer no mínimo R$4,50. O cálculo da planilha se baseia no número de passageiros transportados e gastos com insumos, combustível e manutenção. É preciso repressão ao transporte irregular, ajuste de tarifa ou a Prefeitura subsidiar as passagens dos usuários, mas falta atitude do IMTT”, considera.
Durante a semana faltam ônibus nos terminais


Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Setranspas), Gilson Menezes, há falta de diálogo com o governo municipal para solucionar os problemas do serviço de ônibus. “Tem sido dificultado pelo prefeito Wladimir, que, aliás, anda fugindo dos empresários de ônibus. O sindicato já reivindicou e protocolou documentos solicitando reunião, mas ele foge. Existem poucas conversas com membros do IMTT, mas apenas para dar desculpas. Na verdade, com o prefeito não há dialogo”, afirma.

Gilson Menezes atribui o aumento autorizado pelo governo da participação de vans um agravante para a crise. “As empresas se limitam a transportar poucos passageiros pagantes, uma grande parte de gratuidade (idosos, deficientes físicos), e uma tarifa achatada, congelada desde 2013. A situação das empresas é de extrema dificuldade e não tem uma solução em vista. Eles dão muita atenção e prioridade às vans. Inverteram os papéis. Às vezes, duas ou três vans disputam com um ônibus em trânsito”, critica.

Sem Mobi Campos
A moradora do Carvão Franciele Medeiros era usuária do aplicativo Mobi Campos, que informava horários e localização de ônibus e vans. Com o fim do sistema de integração, o aplicativo também foi desativado pela gestão atual. “Eu utilizava o Mobi Campos e funcionava direitinho. A gente tinha uma noção onde o ônibus estava, e hoje em dia, sem ele, a gente não tem noção”, diz Franciele.
Denisângela Nascimento é moradora da Codin: “Dependo do ônibus”

A técnica em enfermagem Angélica Martins é moradora da Pecuária. Ela se queixa da falta de ônibus e do descumprimento de horários no bairro. Ela também reclama do fim do aplicativo Mobi. “No fim de semana nós não temos transporte público. A minha nota é zero. Por diversas vezes usei o aplicativo. Faz muita falta, porque a gente não sabe o horário certo dos ônibus”, conta.
Tauana Marques é do IPS

Para o especialista em trânsito e instrutor do Sest/Senat, Eduardo Lugão, todo aplicativo utilizado no transporte urbano visa atender melhor a população. “Essa tecnologia é usada em grandes cidades. O município precisa providenciar tudo o que for necessário para atender melhor o usuário do transporte público, que é contribuinte. Todo transporte irregular deve ser combatido pelo poder público. A população precisa ter consciência em optar por serviço regular, caso contrário, isso contribui para manter a situação deficitária. É um ciclo vicioso: cabe à Prefeitura oferecer, cabe ao empresário prestar um serviço de qualidade, mas também cabe à população privilegiar o transporte regulamentado”, explica.

Prefeitura e IMTT se posicionam

O governo considera que o avanço das vans na região central do município passou a ser imperioso “como forma de tratar o cidadão campista com o devido respeito, pois a administração anterior não arcou com a construção dos terminais de integração necessários à implantação de um sistema alimentador”, disse em nota. Para a Prefeitura, com o avanço da vacinação, a tendência é de que aumente a circulação de pessoas e diminuam os impactos da Covid-19. Uma Comissão de Avaliação do Sistema de Transportes vai tratar de soluções para os diferentes aspectos do transporte municipal.


“O IMTT considera essencial que a saúde financeira dos consórcios/empresas esteja em boas condições para que possam cumprir com os custos necessários à operação do sistema concedido”, citou.
Segundo o IMTT, o MobiCampos gerava custos à administração pública e não garantia a fidelidade das informações para o usuário. “O IMTT estabeleceu novos parâmetros para que uma nova plataforma seja desenvolvida em conjunto com as instituições superiores de ensino e com transparência. A fiscalização de transportes atua contra as lotadas e o transporte pirata desde janeiro, tendo apreendido mais de 50 veículos nessa situação. O IMTT está investindo na renovação da frota e tecnologia para ampliar a cobertura e o número de operações”.
Bonde em Campos, 1960 – Acervo “Amicampos” – Leonardo Vasconcelos

Memória do Transporte
O professor e pesquisador Leonardo Vasconcelos integra o Centro de Memória Fotográfica de Campos e o site Acervos da Memória Iconográfica de Campos (amicampos.com). Ele reuniu algumas imagens curiosas sobre o transporte utilizado na cidade ao longo dos séculos. “Essas fotos foram escaneadas, tratadas e identificadas, e só existem graças ao esforço dos pesquisadores”, diz Leonardo.
Centro de Campos (Acervo Amincampos – Leonardo Vasconcelos)

Para o memorialista, a situação do transporte urbano em Campos ainda precisa evoluir. “Durante muitos anos me desloquei de ônibus, mas a falta de veículos em quantidade suficiente e a pouca pontualidade são um transtorno para quem se utiliza do transporte público. A adoção dos VLTs [Veículo Leve Sobre Trilhos] como alternativa de transporte em Campos, certamente, me estimularia a utilizá-los para me deslocar”, cogita.

Fonte Terceira Via

Motorista perde o controle de seu veículo e bate em poste na RJ196 em São Francisco de Itabapoana RJ

Madrugada de domingo, 18, motorista perde o controle de seu veículo e bate em poste na RJ 196, próximo a entrada do ferro velho do Amarelinho no centro de São Francisco de Itabapoana, deixando moradores próximos sem energia elétrica.

Fiações ao chão e o perigo constante.

A equipe da Guarda Civil Municipal do município foi acionado para contornar o trânsito em meia pista devido o perigo.

O veículo que bateu no poste foi tirado do local ainda pela madrugada.

De acordo com moradores que despertaram com o barulho, disseram que o motorista nada sofreu.

Ainda pela manhã passamos no local e fotografamos a destruição, poste e rede elétrica tombados. 

Solicitamos atenção aos motoristas e motociclistas para este trecho que estará durante todo o domingo em meia pista, pois os técnicos da Concessionária Enel estartão trabalhando.                                    



Fonte Redação


sábado, 17 de julho de 2021

RIOCAP: Neste sábado compre seu título até às 17 horas e boa sorte!

Amanhã será o seu dia de sorte, compre neste sábado até às 17 horas o seu título, vamos torcer por você!





Prefeitura de SFI entrega segunda remessa de cartões do SuperaRJ

A Prefeitura de São Francisco de Itabapoana (SFI), por intermédio da Secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Humano (SMTDH), está entregando a segunda remessa dos cartões do Programa SuperaRJ, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, que disponibiliza um auxílio emergencial de até R$ 300,00. No total, são 203 contemplados nesta etapa (confira a relação completa no final da matéria).

“Os cartões devem ser retirados pelos próprios beneficiários, na sede da SMTDH, na Avenida Vereador Edenites da Silva Viana, nº 87, no Centro da cidade, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Não é preciso fazer agendamento, bastando levar um documento oficial com foto (carteira de identidade, carteira de trabalho ou carteira de habilitação)”, explicou o secretário da pasta, Fagner Azeredo, acrescentando que na primeira remessa foram entregues 45 cartões.

Direcionado a famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) que ganham até R$ 178,00 mensais, que vivem na pobreza e extrema pobreza e perderam os empregos durante a pandemia da Covid-19, o SuperRJ oferece um cartão com crédito de R$ 200,00, podendo ter acréscimo de R$ 50,00 para cada filho, limitado a dois menores. O programa possibilita ainda crédito de até R$ 50 mil para micro e pequenos empresários e mais informações podem ser obtidas acessando o site superarj.rj.gov.br.

Listagem da segunda remessa de contemplados pelo SuperaRJ
1. Ademir Leandro Mota
2. Adriana de Azevedo Martins
3. Alaiza Gomes de Souza
4. Alcimagno de Souza Gomes
5. Alexandre de Souza
6. Aline Gomes de Souza
7. Almeri Ribeiro Fontão
8. Altair Barreto de Jesus
9. Amelia Coutinho Tavares dos Santos
10. Ana Cristina Silva dos Santos
11. Ana Paula Batista de Oliveira
12. Ana Paula Pereira Freitas
13. Ana Paula Sobrinho Pereira
14. Andrella do Nascimento de Souza Almeida
15. Andessa Souza Dias
16. Angélica Arayjo da Costa
17. Antônia da Silva Paes
18. Antônio Jorge da Silva
19. Aurea Torres Rangel
20. Bianca Oliveira da Conceição
21. Camila Rosa Pinto Tavares
22. Carline dos Santos Borges
23. Carlos Alberto Marcal Azevedo
24. Carlos André de Azevedo Teixeira
25. Carlos Paes Monteiro
26. Celso Barros Carneiro
27. Cintia Barreto de Oliveira
28. Claudia Ripolli de Oliveira
29. Claudinete Troncone
30. Criciane de Souza Domingues
31. Crisciane Mota Carneiro
32. Daiana dos Santos
33. Daiane Silva dos Santos
34. Delma dos Santos
35. Edilberto Rangel de Souza
36. Edileuza do Nascimento Rosa
37. Edilson Rodrigues Soares
38. Edna Batista Nunes Viana
39. Edno da Silva Ribeiro
40. Edson Gomes Moreira
41. Eduarda Batista Silva
42. Elena Lima Machado
43. Elisa Azevedo de Souza Monteiro
44. Elisangela Cardozo de Oliveira
45. Eraldo Bento Fernandes
46. Erenil Pinheiro Gomes
47. Erica da Silva de Jesus
48. Ervaldo da Silva
49. Euvenia Sa Barreto da Silva
50. Fabiana Cardozo de Souza Araújo
51. Fatima Costa Monteiro
52. Fatima Santos de Oliveira
53. Francisco Jorge Gonçalves Ribeiro
54. Gabriela Martins Figueredo de Freitas
55. Geiza Souza da Conceição
56. Gessica Souza dos Santos
57. Gesualdo Teixeira Alves
58. Giana Alves Batista
59. Grasiela Moreira Ramos
60. Gustavo Peres da Silva Gomes
61. Herval Barreto
62. Iolanda Almeida Costa
63. Irani Carlos da Conceição
64. Irene Maria Santana
65. Isabela Sobrinho Norival
66. Isack dos Santos Ferreira
67. Ivani dos Santos Ribeiro Pires
68. Izabel de Souza Martins
69. Jane Mizael
70. Jaqueline Cardoso Dias
71. Jayner Miranda Oliveira Machado
72. Jessica Romão da Silva
73. Jheane da Silva Pena
74. Jhennyffy da Silva Miranda
75. Joao Victor dos Santos Dias
76. Jocimara Bastos Ferreira
77. Joelco Barreto Leandro
78. Joelma Gomes da Silva dos Santos
79. Jorge Bento Fernandes
80. Jose dos Santos de Souza
81. Josiane Barreto de Jesus
82. Jozi Pontes da Silva
83. Jozimara da Penha Arruda
84. Juanilda Costa do Espirito Santo
85. Jucelino Albernaz Elias
86. Jucilena Almeida Chaves
87. Júlio Cezar Crespo Manhães
88. Júlio Iglesias Gabir Barroso
89. Kamily Barcelos de Almeida
90. Karen Macedo dos Santos
91. Karina Reis da Silva
92. Kassila Pereira da Silva
93. Kezia Almeida Nascimento
94. Kissila Santos Lima
95. Laion da Conceição Nascimento
96. Lais Souza Gonçalves Carvalho
97. Larica Moreira Manhães da Cruz
98. Lays Alves da Hora
99. Lays de Souza Gomes
100. Leandra Viana dos Santos
101. Lenilton dos Santos
102. Leticia Almeida dos Santos
103. Letícia da Silva Viana
104. Lia Almeida da Silveira
105. Lorena Barbosa de Carvalho
106. Lorraine Gomes do Carmo
107. Luana Santos da Silva
108. Luceia Marcelino da Silva
109. Luciana Nunes dos Santos
110. Luciane da Silva Francisco
111. Lucinei de Oliveira Morais
112. Ludimila da Silva Rodrigues Trindade
113. Ludimila Fernades Mata
114. Ludimila Soares Gomes de Souza
115. Maiana Paes Nascimento
116. Manoel Jorge do Nascimento Chagas
117. Manueli Catarina dos Santos Martins
118. Marcela da Silva Miranda
119. Marcelo Ribeiro Ferreira
120. Margarete Correa da Silva
121. Maria Aparecida da Conceição dos Santos
122. Maria Augusta da Conceição de Almeida
123. Maria da Penha Raimundo Guimaraes
124. Maria Eliene da Silva
125. Maria Izabel dos Santos de Souza
126. Maria Lucia Chagas Fiuza de Souza
127. Maria Luiza Viana Martins
128. Marinete Luiza da Silva Machareth
129. Maristela Goncalves Tavares
130. Mariza da Silva Gomes
131. Marlei Ferreira da Silva Schwartz
132. Marlucio dos Santos
133. Matheus da Silva Baiense de Oliveira
134. Mauricio do Espirito Santo Benvino
135. Meliana Ribeiro da Cruz Viana
136. Mickelle Costa Domingos
137. Mirian Viana da Silva
138. Monica Ferreira Rosa
139. Naildo Ferreira de Sá
140. Nailton Fernandes da Cruz
141. Natalia Gomes da Silva Santos
142. Neide Terra Rangel
143. Neilda Castro da Silva de Matos
144. Neilton Faria da Cruz
145. Neilton Rangel da Silva Filho
146. Nelita da Costa Gomes
147. Nicolly Analio dos Santos
148. Nikelane dos Santos Cabral Barrozo
149. Noelma Oliveira da Silva
150. Paula da Silva Valério do Amaral
151. Priscila Francisco da Silva
152. Rachel Marins de Souza
153. Raiana Nunes dos Santos
154. Regina Faria de Jesus
155. Regina Lucia Pereira Moço Dutra
156. Reginaldo Reis da Silva
157. Regis Anderson Pereira Bento Romão
158. Rhanna Barbosa Barreto
159. Rita de Cácia Melo Monteiro
160. Romilton Rosa da Silva
161. Ronaldo Celso Pereira Amaral
162. Rosana de Souza Troncone
163. Rosane Neves da Silva
164. Rosangela Carvalho Berty
165. Rosely Maria da Cruz Silva
166. Rosenir da Silva Carneiro Ribeiro
167. Rosicley Fernandes de Souza
168. Rosimeri da Silva
169. Rosinalva Moreira Silva
170. Rozimere da Silva Moizes
171. Sandra Ramos de Oliveira
172. Sara de Souza Batista
173. Sarah Gomes dos Santos
174. Savana Moraes da Silva
175. Savila Moreira Justo
176. Shaieny Merence Teixeira
177. Silvana Carvalho Barboza
178. Silvana Pereira da Costa
179. Silvana Rossi
180. Sinelson Alves dos Santos
181. Sonia Regina de Oliveira
182. Stefany Mendes
183. Tais Alves Viana
184. Tania Regina Machado de Freitas
185. Tatiana Ramos da Cruz
186. Uilson Alves Rangel
187. Valdene Cardoso Monteiro
188. Valdenir dos Santos Rozindo
189. Valtiney Rosa Bernado
190. Vanda Ribeiro da Silva
191. Vanessa da Conceição Nunes
192. Vanessa Pereira dos Santos
193. Vanessa Pereira Freitas
194. Veronica Estevan da Silva
195. Vilma Cabral Telhada
196. Vitoria Oliveira dos Santos
197. Vivian Pires de Abreu
198. Viviane de Lima Pontes
199. Viviane dos Santos Paulo
200. Washington Luiz Alves de Souza
201. Yohanna de Andrade Santana
202. Zaira Azevedo Gomes
203. Zenilton dos Santos

AsCom SFI

Fiocruz recebe neste sábado nova remessa de insumos

reprodução

Lote é suficiente para produzir 10 milhões de doses de vacina

Está prevista para as 19h35 deste sábado (17), no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (RIOGaleão), a chegada de mais uma remessa de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção de vacinas contra a covid-19.

O lote permitirá ao Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) produzir 10 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca.

Até agora, a Fiocruz entregou mais de 69 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunização (PNI), das quais 4 milhões importadas do Instituto Serum, da Índia.

A nova remessa de IFA possibilitará entregas de mais doses no mês de agosto, após a realização das etapas de processamento final e controle de qualidade. A Fiocruz aguarda novas entregas para o próximo mês.
Fonte: Agência Brasil