segunda-feira, 1 de julho de 2024

Prefeitos de Cardoso, SJB e Campos favoritos nas pesquisas à reeleição

Com governos bem avaliados pela população, os prefeitos Geane Vincler, Carla Caputi e Wadimir Garotinho aparecem como favoritos na intenção de voto à reeleição, respectivamente, em Cardoso Moreira, São João da Barra e Campos (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

Governo aprovado é favorito à reeleição (I)
Na quinta (27), foi divulgada a pesquisa Prefab Future sobre as eleições municipais de Cardoso Moreira. Que coloca a prefeita Geane Vincler (União) como favorita à reeleição, com 62,2% de intenção de voto na consulta estimulada — com a apresentação dos nomes. Sua grande vantagem advém da popularidade do seu governo, aprovado por 73,2%. Com números um pouco menores e maiores, é a mesma correlação entre aprovação popular de governo e favoritismo à reeleição na intenção de voto de que gozam, em todas as pesquisas até aqui, os prefeitos Carla Caputi (União), em São João da Barra; e Wladimir Garotinho (PP), em Campos.
(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

Governo aprovado é favorito à reeleição (II)


A pesquisa Prefab de Cardoso foi feita em 21 de junho e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº RJ-02842/2024. A pesquisa Factum de SJB foi feita de 5 a 7 de junho, e registrada no TSE sob o nº RJ-01003/2024. Outra pesquisa Prefab, sobre Campos, foi feita em 26 de maio e registrada no TSE sob o nº RJ-04536/2024. Na segunda, a prefeita Caputi teve 71,12% de intenção de voto na consulta estimulada, advindos da aprovação de 86,88% ao seu governo. E, na terceira pesquisa, Wladimir teve 53,7% de intenção de voto na estimulada, advindos da aprovação de 70,5% ao seu governo.

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

Governo aprovado é favorito à reeleição (III)

Em todos as democracias do mundo que permitem a reeleição, é quase regra: governos aprovados são reeleitos. Esses pleitos costumam ser plebiscitários, onde a pergunta do eleitor não é quem é o melhor candidato ou programa de governo, mas se a atual gestão merece ou não outro mandato. Quando acha que não, o resultado é desastroso. Como foi a tentativa de reeleição a prefeito de Rafael Diniz (Cidadania) na Campos de 2020, quando teve só 5,45% dos votos válidos. No sentido oposto, quando o eleitor aprova o governo, como o de Geane em Cardoso, o de Caputi em SJB e o de Wladimir na Campos de 2024, a tendência é a reeleição.

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

Prefeitos distantes dos adversários

Na consulta estimulada das três pesquisas, os adversários estão distantes dos prefeitos pré-candidatos à reeleição. Em Cardoso, os 62,2% de intenção de voto de Geane são seguidos dos 17,3% de Renatinho Medeiros (REP) e dos 9,3% de Neto Sardinha (PL). Em SJB, os 71,12% de intenção de voto de Caputi são seguidos dos 5,78% de Danilo Barreto (Novo). Em Campos, os 53,7% de intenção de voto de Wladimir são seguidos pela deputada estadual Carla Machado (PT, que saiu da disputa na quarta para não ser barrada no TSE), com 18,7%; pela Delegada Madeleine (União), com 6,8%; e por outro deputado estadual: Thiago Rangel (PMB), com 2,5%.

Objetivos da oposição

Com menos de 1 ponto na pesquisa Prefab de Campos, ficaram os prefeitáveis Professor Jefferson de Azevedo (PT) e o odontólogo Alexandre Buchaul (Novo), cada um com 0,6% de intenção de voto; e o ex-vereador Jorge Magal (SD), com 0,5%. Ninguém mais que Jefferson demanda nova pesquisa, para saber se receberá migração de votos da também petista Carla — e se esta agirá nesse sentido. Ademais, pré-candidato articulado de esquerda, como à direita é Buchaul, este e o ex-reitor do IFF podem crescer nos debates. Assim como Madeleine e, um pouco atrás, Thiago, trabalham para chegar aos dois dígitos de intenção de voto.

Mais que os adversários juntos

Com Carla Machado ainda listada na consulta ao eleitor campista de maio, Wladimir teve mais intenção de voto que todos os adversários juntos. De Carla a Magal, mais Thiago, Jefferson e Buchaul, a soma ficou em 29,7 pontos. São 24 pontos a menos do que os 53,7% de Wladimir. Se é uma dianteira considerável, as de Geane e Caputi são ainda maiores. Com 62,2% de intenção de voto, a prefeita de Cardoso tem 35,6 pontos de vantagem e mais do dobro dos dois adversários. Que, somados, têm 26,6 pontos. A maior vantagem, no entanto, é da prefeita de SJB. Seus 71,12% de intenção de voto são mais de 12 vezes o que tem seu único adversário.

Daqui a 99 dias

Se a eleição fosse hoje, tudo indica, o quadro seria o das pesquisas. Mas a urna de 6 de outubro é daqui a 99 dias. Período no qual, no sábio dito do falecido ex-vice-presidente Marco Maciel: “tudo pode acontecer, inclusive nada”. Com boa vantagem até aqui, embora menor que as de Geane e Caputi, Wladimir tem também uma questão mais complexa: Campos pode ter 2º turno. Que inexiste em municípios brasileiros com menos de 200 mil eleitores, como Cardoso e SJB. Desde as pesquisas de 2023, a projeção é que ele se reeleja prefeito em 2024 no 1º turno. Em 2020 e sem a máquina, não conseguiu por 7,06 pontos mais um voto. A ver.

 Folha da Manhã.

Campos recebe royalties de junho com aumento nesta segunda-feira

Plataforma semi-submersível P-20 / Divulgação - Agência Petrobras

Os municípios produtores de petróleo e gás recebem nesta segunda-feira (01) os royalties de junho pelo regime de concessão, referentes à produção de março. Campos registra aumento no repasse mensal, depois de cinco meses de queda. Serão pagos, neste mês, ao município R$ 42.416.229,37, valor 2,9% maior ao que foi depositado em maio (R$ 41.207.698).
O município de São João da Barra recebe neste mês, pelo regime de concessão, R$ 17.588.560,29, enquanto em maio o repasse foi de R$ 17.945.701.
Fonte: Fmanhã

Telescópio fez fotos em Campos de Galáxias e cometas a uma distância de 30 milhões de anos luz da Terra

POR COLUNA DO BALBI

Fotos: Arquivo Colunista/Divulgação
A coluna publicou na semana passada que o Clube de Astronomia Louis Cruls, em Campos, recebeu do Instituto SETI um dos mais modernos telescópios do mundo, o Unistellar evscope equinox. O professor e astrônomo Marcelo testou o aparelho que visualiza e fotografa. Deu um close no Centaurus A e a Sombrero, galáxias lenticulares localizadas a 30 milhões de anos luz da Terra.


Coagro inicia safra com homenagem ao grande empresário Renato Abreu
Com uma missa, onde foi lembrado in memória o empresário Renato Abreu, que morreu no final do ano passado, as moendas para safra 2024/2025 foram ativadas no parque fabril que agora recebe o nome do saudoso empresário. O presidente da cooperativa, Frederico Paes, estima que a safra deva ser igual ou um pouco maior do que a do ano passado. Por questões de mercado, a safra tende a focar tanto no açúcar quanto no etanol. Presente na solenidade, também, estava o engenheiro Paulo Massa, diretor do Grupo MPE que reafirmou a parceria do grupo com a Coagro. Também estavam dona Lurdinha, viúva de Renato Abreu, acompanhada da filha.


Paparico ao consumidor aumenta e posto de gasolina oferece até cafezinho aos clientes

Aos poucos, o perfil do comércio de Campos vai mudando para melhor. Em um posto de gasolina da cidade, o frentista Rogério, com largo sorriso, abastece, limpa vidros, calibra e ainda oferece “de grátis” um cafezinho ao cliente, independentemente da quantidade de combustível comprado. Boa.


Procura por terras para plantar eucalipto em larga escala em Campos continua

Continua a procura de terras em Campos para o plantio de eucaliptos. Dois grupos estão investindo nisso, um de Minas Geria e outro do Espírito Santo. O foco estaria na região Norte do município, em Santa Maria e Santo Eduardo.


Aumentam os furtos de tudo que é de ferro, cobre e bronze na cidade e até portão de garagem desaparece
É absurda a quantidade de furtos de fios com cobres, alumínios refletores e ferro em Campos. Os roubos acontecem, geralmente, na área central. Até portões de garagem de residências habitadas estão sendo levados. Um sintoma bastante preocupante.


A preocupação com as sangrias do rio Paraíba do Sul para abastecer as duas maiores metrópoles no país
Atenção: está aumentando o desvio de água do curso do rio Paraíba do Sul, para engordar a Bacia do Rio Guandu, que abastece a região metropolitana do Rio de Janeiro. O mesmo já vem sendo feito há décadas em São Paulo. E isso é a razão da invasão do mar no Pontal de Atafona, em São João da Barra. Tende a piorar, embora a Agência Nacional de Águas (ANA) garanta que não existem, no momento, riscos hídricos.


Inverno de pouco frio antecipa venda de ar-condicionado em Campos
Como o frio nesta temporada de inverno tende a ser muito raro, o consumidor já está pensando no verão de 2025. Com a economia variando de temperatura, muitos estão se antecipando e comprando coisas do tipo ar-condicionado. Agora em julho, já tem lojas em Campos programando promoções para desovar as roupas de inverno.


Campos está entre as 40 maiores aglomerações urbanas do país deixando de ser cidade de porte médio
Segundo estudos da UFF com base em dados do IBGE, Campos dos Goytacazes ultrapassa o perfil de “Cidades de Porte Médio”. Ela está entre as 40 maiores aglomerações urbanas do país – meio milhão de habitantes – passando a ser classificada como APC – Área de Concentração de População -. Isso não permite a expressão “região metropolitana”, mas, não seria errado citar “A grande Campos”.

Mulheres em busca de vaga na Câmara de Campos dos Goytacazes

Expectativa para 2024 é ter representação feminina no Legislativo

Por Monique Vasconcelos e Ocinei Trindade

(Foto: Silvana Rust

O número de mulheres na política no Brasil ainda é considerado pequeno. Apesar da exigência da Justiça Eleitoral para que os partidos lancem pelo menos 30% de candidaturas femininas para o Legislativo, poucas parlamentares conseguem se eleger. Em Campos dos Goytacazes, por exemplo, no pleito de 2020, nenhuma vereadora foi eleita para ocupar uma das 25 cadeiras da Câmara Municipal. A justiça investiga casos de partidos que tentam maquiar registros de candidatas, apenas para cumprir a Lei Eleitoral. Esta prática fez com que o Tribunal Superior Eleitoral cassasse o mandato de seis vereadores campistas em março deste ano por fraude à cota de gênero. A expectativa para 2024 é de mais mulheres no parlamento municipal. Os diretórios dos partidos e as pré-candidatas têm se mobilizado para isto.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, a respeito da maior participação de mulheres na política “não cabe à Justiça Eleitoral manifestar expectativa sobre o assunto, mas analisar o cumprimento do percentual mínimo de 30% de candidatas femininas no momento do registro de candidatura pelos partidos, bem como julgar eventuais ações judiciais sobre fraudes à cota de gênero. As convenções partidárias acontecem de 20 de julho a 5 de agosto, e o prazo para entrar com o pedido de registro é 15 de agosto”, disse em nota. O J3News entrou em contato com os principais partidos em Campos para saber sobre a participação feminina e quantas mulheres são pré-candidatas, com destaques de dois nomes.
Patrícia Cabral
Lucimara Muniz

Movimento Democrático Brasileiro
O MDB conta com oito pré-candidatas que correspondem a 30% da nominata. O partido destacou os nomes de Patrícia Cabral, presidente-fundadora da Associação Mulheres que apoiam Mulheres (Amam), que protege meninas e mulheres em situação de violência; e Lucimara Muniz, presidente do Instituto de Desenvolvimento Afro Norte Noroeste Fluminense e vice-presidente da Associação das Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro.
Mannu Ramos
Karina Timóteo

Partido Democrático Trabalhista
O PDT tem oito mulheres pré-candidatas e 18 homens pré-candidatos a vereador. Segundo o presidente do diretório, Leon Gomes, o partido acredita que as mulheres terão uma participação fundamental no pleito de seis de outubro. “Entendemos que é necessário ter essa representação feminina para que as demandas e perspectivas das mulheres sejam devidamente contempladas nas decisões que afetam a sociedade como um todo”. O PDT destaca Mannu Ramos e Karina Timóteo como referências. Mannu é assistente social, coordenadora estadual de Formação Política do Movimento Negro Unificado do Estado e conselheira tutelar. Karina é professora do Pré-Vestibular Social e presidente da Associação de Pós-Graduação da Uenf.
Amélia Miranda
Érica Viana

Partido Liberal
No PL, há nove mulheres e 17 homens pré-candidatos. O líder do partido em Campos, Alfredo Dieguez, acredita que a Câmara volte a ter participação feminina. Dois nomes estão na disputa: a professora Amélia Miranda que se descreve como mãe atípica, professora, voluntária e presidente do PL Mulher; e Érica Viana que se apresenta como católica, servidora municipal e relações públicas.
Rosilane do Renê
Hellen Espírito Santo

Partido Progressista
No PP, vão concorrer oito mulheres, 30% das vagas destinadas aos homens. O partido destacou os nomes de Rosilani do Renê e Dra.Helen Espírito Santo. A pré-candidata Rosilani disputou em 2016 pela primeira vez e ficou como primeira suplente, assumindo o mandato em março de 2019. Foi subsecretária de Promoção e Defesa da Pessoa Idosa até abril, quando se afastou para disputar a eleição. Já Helen é médica oftalmologista, atende em consultório particular e também no Hospital Ferreira Machado. É candidata a vereadora pela segunda vez.
Natália Soares
Maiara Tavares Danielle Pádua e Juliana Tavares

Partido Socialismo e Liberdade
No PSOL, há cinco pré-candidaturas de mulheres à Câmara de Vereadores, e, apenas dois homens pré-candidatos. A presidente regional, Natália Soares, disse que no PSOL, ao contrário de outros partidos, há mais dificuldade para cumprir a cota de gênero com homens, já que a cota não funciona apenas para mulheres. “O partido sempre aposta nas mulheres. É preciso que ocupemos o poder. Aquilo que nos impacta passa pela discussão e aprovação dos homens. Eles não podem dizer o que é melhor ou nos representarem”. Além de Natália, está prevista a pré-candidatura coletiva formada por Danielle Pádua, bacharel em Serviço Social, mãe atípica e assessora parlamentar; Juliana Tavares, professora de Física no IFF e mãe atípica; e Maiara Tavares, professora e assistente social.
Odisséia Carvalho
Elaine Leão

Partido dos Trabalhadores
O PT tem oito mulheres pré-candidatas, 38% do total das pré-candidaturas. Segundo Fábio Siqueira, membro do diretório municipal, o partido cumpre com convicção a cláusula de gênero. “A representatividade feminina na Câmara é muito importante para a democracia”. Os principais nomes femininos são Odisséia Carvalho e Elaine Leão. A primeira foi vereadora em 2009, atuou na Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e na direção do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação. Já Elaine Leão é servidora pública na área da Saúde há 22 anos. Foi reeleita em 2024 para presidir o Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais (Siprosep). É coordenadora regional da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil.
Aymê Cristina Ribeiro
Marcelle Pata

Republicanos
O Republicanos tem oito pré-candidatas que representam 30% do total de pré-candidaturas. O presidente da sigla, Orlando Portugal, disse que é fundamental que mulheres ocupem espaço na política e em todos os segmentos da sociedade. “A mulher tem o DNA, o feeling de tomar decisões importantes”. O partido conta com pré-candidatura da empreendedora Aymê Cristina, e a ex-vereadora e ativista da causa animal, Marcelle Pata, como “fortes na disputa”.
Cláudia Eleonora
Priscila Monken

União Brasil
O União Brasil tem oito pré-candidatas. O representante do diretório municipal, Geraldo Pudim, considera a participação de mulheres no Legislativo fundamental. “É preciso conscientizar a população, principalmente para a correção de um desequilíbrio ocorrido nas eleições de 2020, onde foram eleitos 25 vereadores, todos homens”. Cláudia Eleonora e Priscila Monken são destaques. Cláudia é jornalista e atuou nas principais emissoras de televisão da região. Já Priscila é professora de Língua Portuguesa do IFF, trabalha com educação especial e coordena projeto na Faperj para criação de jogos educativos.

Mulheres na história política de Campos
Na história de Campos, apenas uma mulher chegou a ser prefeita da cidade. A ex-governadora Rosinha Garotinho esteve no Executivo Municipal, de 2009 a 2016. Quando foi sucedida por Rafael Diniz (2017-2020), a cidade contou com uma vice-prefeita, Conceição Santana. A participação de mulheres na história da Câmara Municipal, criada em 1652, sempre foi tímida. Nas últimas seis décadas, apenas 15 mulheres ocuparam uma cadeira no parlamento campista.

No prédio da Câmara de Campos, uma galeria de fotos com as 15 mulheres que passaram pelo Legislativo está instalada na entrada do auditório. Destacam-se: Antônia Leitão (1974 a 1976); Hermeny Coutinho (1974-77 / 1983-88); Ivete Marins (1991-92); Elizabeth Couto (1994-96 / 1997-2000); Dona Penha Marins (1997 -2016); Odisseia Carvalho (2009-12); Ilsan Santos Vianna (2010-12); Auxiliadora Freitas (2013-16); Cecília Ribeiro Gomes (2013-16-17); Roberta Moura (2017); Linda Mara Silva –(2013-14 / 2017-18); Joílza Rangel –(2017/2018-20); Josiane Viana –(2017-20); Rosilani Tavares (2019-20); Marcelle Pata (2019-20).

Segundo o TRE-RJ, Campos possui 370 mil eleitores, sendo 46% homens e 54% mulheres. Atécnica de enfermagem, Carmen Seabra já votou em mulheres para diferentes cargos. Ela defende o voto feminino em mulheres. “Campos precisa de mais mulheres no Legislativo. Isto pode ajudar a combater e a enfrentar o machismo na política e na sociedade”, diz.

Análise política
Para a professora de História, Elda Moura, a baixa representatividade feminina na política é um desafio nacional, mesmo sendo a maior parte da população. “Historicamente, a política sempre foi um habitat masculino, herança do patriarcado e do paternalismo que permeiam as relações de poder. No caso de Campos, creio que essa ausência se deve, baseada nas últimas eleições, ao conservadorismo do eleitorado, cuja maioria é bolsonarista, machista e misógina. Os partidos que poderiam lançar candidatas com potencial para cargos legislativos, ou mesmo do executivo, não se empenharam o suficiente. Creio que na eleição de 2024, a consciência e o empenho de muitos partidos tenham mudado. Existe uma mobilização maior para reverter a ausência feminina nos quadros políticos da cidade”, comenta.

A socióloga e professora da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Luciane Silva, considera o princípio da diversidade, igualdade e o respeito aos direitos humanos fundamental para a defesa de mais mulheres nas Câmaras do Brasil que não costumam ter representação da diversidade. “Não só mulheres, a gente tem que falar de gênero, raça, a pauta LGBTQIAPN+, povos originários. Quando falamos de mulheres, estamos abrindo um leque e olhando um horizonte com caminho muito mais amplo para as minorias políticas. Isso é importante porque são as maiores vítimas da desigualdade. A população de Campos que vive na ponta mais vulnerável é formada por mulheres negras que sofrem no corpo a violência. As minorias políticas que não acessam a universidade, se a gente quiser falar dos moradores de favela e das pessoas que vivem em situações de vulnerabilidade social”.

A cientista social e apresentadora do podcast “É sobre isso” da J3News TV, Simone Pedro, considera que há campanhas de mulheres, porém não com a imponência das candidaturas masculinas. “Independentemente da pauta das candidatas, conservadoras ou progressistas, é importante que o eleitor eleja mais mulheres para que haja um mínimo de equilíbrio na Câmara Municipal; para que haja um mínimo de visão diversificada. Não há nenhum tipo de organização que funcione bem, que consiga inovar e trazer novos rumos para o cenário político, que não seja uma organização minimamente diversificada. A diversidade ainda é um fator de impacto positivo para as políticas públicas”, finaliza.
Fonte: J3News

Incêndio em restaurante alerta para acessos na área central de Campos

Corpo de Bombeiros afirma ter planos de ação para atuação em pontos críticos

POR YAN TAVARES
Risco|Ruas estreitas do Centro e carros estacionados dificultam passagem de viaturas (Fotos: Silvana Rust)

Um incêndio em um restaurante situado próximo à Praça do Santíssimo Salvador, no último dia 20, acendeu o alerta para as dificuldades de acesso à atuação do Corpo de Bombeiros na área central de Campos. O empreendimento fica em uma rua estreita e, com carros estacionados em um dos lados, os militares tiveram dificuldades para acessar o local e conter o fogo.

“Os bombeiros querem apagar o fogo e tem um carro ali atrapalhando a entrada deles”, relatou um internauta, na ocasião, em vídeo registrado pelo J3News. Esse caso ocorreu na Rua Dr. Inácio de Moura, mas liga o alerta para a possibilidade de problemas maiores na região do Centro. O acesso ao Edifício Ninho das Águias pela rua Santos Dumont e alguns pontos do Boulevard Francisco de Paula Carneiro (Calçadão), são outros exemplos de difícil acesso.
CBMERJ|Plano de atuação

O J3 questionou a Prefeitura sobre de que forma a Guarda Civil Municipal e o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) atuam para organizar e viabilizar melhor dinâmica do trânsito nas ruas na área central, bem como sobre a permissão de estacionar veículos nestes pontos. Porém, não houve retorno até o fechamento desta matéria.

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (CBMERJ) informou que todas as suas unidades desenvolvem planos de operações para eventos diversos, como desastres, incêndios e controle de pânico para atuação em edificações consideradas de risco, dentro da área operacional de cada quartel.

Porém, o CBMERJ não deixou claro quais são essas iniciativas. “São desenvolvidas diversas estratégias de atuação dos militares para realizar salvamentos e combate a incêndio em pontos críticos com cenários variados”, destaca a nota.

O Corpo de Bombeiros ressaltou que, recentemente, o Governo do Estado fez aquisições que somam quase um bilhão de reais em viaturas modernas, materiais e equipamentos, focados em atuar nestes casos.

“São veículos de médio e grande porte, com padrão internacional, constituídos em tamanhos apropriados para centros urbanos, porém com maior autonomia, tecnologia de ponta, além de serem compostos de materiais e equipamentos de última geração. Assim, conseguem acessar vias menores e locais com mobilidade reduzida”, enfatiza.
Dia 20 de junho|Incêndio atingiu restaurante na área central

O CBMERJ destacou, ainda, que todas as edificações comerciais de médio e alto risco, residenciais multifamiliares, mistas (comerciais e residenciais), industriais, educacionais, hospitalares, além de locais de reunião de público, necessitam dos dispositivos de segurança contra incêndio e pânico, seguindo as orientações do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico.

“São os dispositivos de combate a incêndio e controle de pânico, como, por exemplo: extintores de incêndio, mangueiras e hidrantes, iluminação de emergência e sinalização de emergência, entre outros”, completa.
Fonte: J3News

O papel dos hormônios na saúde neurológica feminina

Dra. Patrícia Peixoto fala sobre a abordagem hormonal para prevenir doenças como Alzheimer

POR NELSON NUFFER (ESTAGIÁRIO)
Abordagem|Drª Patrícia destaca eficácia até para Alzheimer (Foto: Silvana Rust)

Cuidar da saúde do cérebro é sempre muito importante, principalmente à medida que envelhecemos. Estudos indicam que, em mulheres, as alterações hormonais podem ser uma das causas da maior incidência de doenças neurológicas, como Alzheimer. Por conta disso, é importante que se observe a questão hormonal, mesmo antes da menopausa. A médica especialista em endocrinologia feminina e metabologia, Dra. Patrícia Peixoto, compartilha informações sobre hormônios femininos, saúde neurológica e a importância de acompanhamento médico das alterações hormonais durante a vida da mulher.

Sobre os hormônios femininos, fala-se sobre progesterona e estrogênio, destacando o segundo quando o assunto é o cérebro. “Quando nós temos níveis de estrogênio adequados, o uso da glicose pelo cérebro se dá de uma forma eficiente. Quando esse estrogênio cai, o nosso cérebro desencadeia mecanismos que até conseguem fazer com que o cérebro mantenha-se funcional, mas são ineficazes, e fazem com que haja diminuição de volume de substância branca e uma reação autoimune a nível cerebral. São esses fatores que acabam por contribuir para que, anos lá na frente, essas pacientes possam desenvolver doença de Alzheimer”, afirma a endocrinologista.

Dra Patrícia complementa: “Por outro lado, a gente sabe que não são todas as mulheres que vão desenvolver algum tipo de doença neurológica. Então, também foi visto que aquelas mulheres que têm alterações metabólicas ligadas à glicose, em especial, resistência à insulina, pré-diabetes ou mesmo diabetes, são mulheres mais vulneráveis a terem também essas alterações a nível cerebral”, afirma.

Prevenção e tratamentos
Quando se fala em questões hormonais, um dos tratamentos indicados é a reposição hormonal. Entre os riscos e os benefícios, Dra. Patrícia explica como estudos recentes têm visto a abordagem e esclarece sobre medos comuns entre pacientes. “Ainda existe muito medo a respeito da reposição hormonal, que é, na verdade, infundado, porque é baseado num estudo muito antigo. Hoje, os estudos vêm demonstrando que a reposição hormonal, quando bem indicada e bem escolhida, vai oferecer muito mais benefícios do que riscos. Os benefícios são, principalmente, na melhora dos sintomas das pacientes, em especial dos fogachos, mas, também, das queixas como, por exemplo, névoa mental, alteração de memória, alteração de humor, irritabilidade, piora de qualidade de sono, só para citar algumas das queixas”, afirma.

De acordo com Patrícia, a reposição hormonal também exerce papel importante na prevenção da osteoporose e estudos indicam o potencial de proteção cardiovascular, embora a reposição não seja indicada especificamente para essa condição.

Sobre contraindicação, Dra. Patrícia destaca que o tratamento é contraindicado em pacientes com câncer hormônio-sensível, como o de mama ou de endométrio, ou histórico de trombose, ainda que esta não seja uma contraindicação absoluta. Algumas doenças hepáticas, sangramentos vaginais não esclarecidos, histórico de lúpus e doenças cardiovasculares agudas também devem ser observados. “Quando a paciente procura por um médico especialista, ele certamente vai avaliar esses prós e contras antes de considerar o uso da reposição. Lembrando que, a reposição aceita e recomendada por todas as sociedades seja de ginecologia ou de endocrinologia, do mundo todo, não é a manipulada. Reposições manipuladas não são indicadas por ausência de estudos que possam mostrar a segurança, assim como também não fazem parte da reposição hormonal, o uso de gestrinona e de chips hormonais”, explica a especialista.
Fonte:J3News

Vans serão substituídas por micro-ônibus em Campos

Novo modelo de transporte deve ser implementado até o ano que vem

POR YAN TAVARES
Rotina|Atrasos e escassez de horários são queixas frequentes (Foto: Josh)

A Prefeitura de Campos prepara uma reformulação no transporte público para 2025. A virada de chave será possível através do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que vai destinar R$ 540 milhões para renovação de toda a frota do município. Serão adquiridos 354 veículos, sendo 106 ônibus elétricos e 248 ônibus Euro 6. A verba será financiada pela Caixa Econômica Federal.

De acordo com o governo municipal, neste novo sistema, as vans serão tiradas de circulação e substituídas por micro-ônibus. Eles vão trafegar nos distritos de localidades, levando os usuários até as estações de integração. A área central ficará apenas por conta dos ônibus. O formato é semelhante ao que a gestão Rafael Diniz chegou a implantar anos atrás.

A diferença é que as vans agora darão lugar a micro-ônibus, com os permissionários (hoje responsáveis pelas vans), também fazendo essa transição, para trabalhar em conjunto com as concessionárias, que seguirão administrando os ônibus.
Foto: Silvana Rust

“O Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) informa que os permissionários de vans não serão retirados de circulação. Eles atuarão em conjunto com o sistema de integração nas estações, cujas obras seguem em andamento”, destaca a nota.

Questionada pelo J3, a Prefeitura ressaltou, ainda, que os operadores do transporte público serão contemplados com os novos veículos, por meio de financiamento junto ao município.
Complemento|Permissionários e consórcios terão integração (Foto: Silvana Rust)

“Serão descontados os valores das parcelas dos operadores dos recebíveis que serão advindos da bilhetagem eletrônica”, acrescenta a Prefeitura.

Prazo
O prefeito Wladimir Garotinho anunciou no início do mês de maio que a verba destinada pelo PAC será direcionada dessa forma. Até o momento, Campos aguarda a liberação do recurso por parte da Caixa. A expectativa, segundo o Município, é de que seja destinado ainda neste segundo semestre, com a reformulação do sistema prevista para o primeiro semestre do ano que vem.

“O município está em formalização dos procedimentos para celebração do financiamento. Os procedimentos de assinatura com a Caixa e licitação poderão ocorrer neste segundo semestre, com previsão de renovação da frota no primeiro semestre do próximo ano”, afirma a gestão municipal.

Desta forma, a renovação e ampliação de 100% da frota do transporte municipal estão previstas para serem concluídas em um prazo de até 12 meses. Sobre a forma de financiamento junto às concessionárias e permissionárias, a Prefeitura enfatiza que será feito posteriormente um planejamento.

“O IMTT destaca que os valores de cada veículo a serem compensados do financiamento serão definidos depois, com a operação que está sendo formalizada com a Caixa, pois há prazos diferentes para cada modelo. Sendo assim, será feita uma previsão estimada de transações e, em seguida, pactuar com ambos operadores (permissionários e concessionárias)”, pontua a nota.

Usuários reclamam das condições do transporte público
O transporte de Campos é alvo de queixas frequentes ano após ano. Falta de estrutura, poucos veículos disponíveis e horários escassos estão entre as reclamações. Como relata a empregada doméstica Cristiane Santos.
Cristiane Santos, empregada doméstica – Foto: Arquivo Pessoal

“Uso transporte público há 30 anos. E só piora a cada ano. A qualidade está péssima. Moro no Parque Guarus e as dificuldades aqui são grandes. Tem poucos ônibus no bairro, passam quase de hora em hora. Meu horário de entrada no trabalho é 8h. Se eu perder o ônibus que passa por volta das 7h20, não tem outro que eu possa pegar no bairro e chegar ao Centro na hora que preciso. Para quem trabalha à noite, também é um problema. O último ônibus tem saído do terminal por volta das 20h30. Minha sobrinha trabalhava ate às 22h30 até pouco tempo. Tinha que dividir carro por aplicativo com outras colegas de trabalho, porque não tem ônibus nesse horário”, relata.

A empreendedora Ingrid Brandão é moradora do distrito de Travessão, na região Norte do município. Por lá, as queixas também são recorrentes, em especial pela falta de horários na parte da noite.
Ingrid Brandão, empreendedora – Foto: Arquivo Pessoal

“Tem vans com uma boa frequência durante o dia para Travessão, porém estão sempre cheias. E à noite, se torna precário e perigoso tanto para sair quanto para sair de Travessão, quanto para ir do centro para o distrito. Até tem vans do centro para lá. Uma 19h, depois 20h30 e 21h20. Depois, a gente não consegue condução para lá mais. Fim de semana é mais difícil. Aos domingos, por exemplo, o último horário teoricamente é 21h, mas é incerto. Às vezes sai do centro mais cedo e a gente acaba perdendo”, comenta.

Em nota, o IMTT se pronunciou sobre as reclamações e respondeu que IMTT vem ajustando os horários para melhor atender a população e organizando, ao longo do dia com a disponibilidade de veículos dos operadores para reduzir os intervalos nos horários de pico.

“O sistema de transporte no município irá melhorar com a renovação e ampliação da frota através do projeto do PAC, ao qual Campos foi contemplado, e que está em vias de formalização”, acrescentou o órgão.
Fonte: J3News