Em sua pregação, Dom Roberto abordou a atual crise política que atravessa o País. Dizendo que as manifestações das ruas precisam ser respeitadas, “tanto daqueles que pedem o fim da corrupção; quanto dos que lutam para que os direitos constitucionais sejam garantidos”.
“Não se pode lutar pelo fim da corrupção desrespeitando direitos constitucionais”. A importância da tolerância de todas as correntes políticas. Para o religioso, o fim da crise passa também pelo diálogo.
“Todos têm de ser ouvidos. Com exceção dos corruptos, todos querem um Brasil mais limpo, e temos que respeitar a opinião dos outros. A violência ou querer satanizar o outro só porque pensa diferente ... (não é o correto). É tão intolerante os que chamam os adversários de ‘Petralhas’; quanto os que chamam de ‘Coxinhas’. Isso não ajuda a sair da crise; o diálogo sério sim. Precisamos do diálogo político e não fisiológico. O foco tem de ser o bem comum; não apenas interesses”, alertou o bispo.
Dom Roberto lembrou que a própria palavra município vem do Latim múnus que significar servir, neste caso, ao Poder local, “com orçamento participativo, controle social e transparência. Já vereador significa aquele que vai ao encontro do povo e não dá coisas para o povo. Como cidadãos devemos valorizar e rezar pelos políticos, mas cobrar deles”.
O bispo lembrou que os cristãos têm de ter compromisso com Deus e com os pobres esse é o papel da igreja e dos fiéis a Deus.
“Se o partido ‘A’ favorecer os pobres, o partido ‘A’ é bom. Se o partido ‘B’ está lutando mais pelos pobres estaremos apoiando o partido ‘B’, mas não sendo do partido ‘B’. Os critérios da política na Igreja são: em primeiro lugar ser fiel a Deus e a Sua Palavra, em segundo lugar ao Reino de Cristo e em terceiro lugar aos pobres. Com esses critérios queremos trazer paz para todos”, Palavras conclusivas do Bispo Dom Roberto.
Fotos:Júlio César/Show Francisco
