segunda-feira, 3 de maio de 2021

Vacina da Pfizer é enviada aos estados; veja como será a distribuições

divulgação

Na primeira etapa, serão enviadas 499.590 doses aos estados. Segundo a pasta, a vacina será destinada para pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas, e pessoas com deficiência permanente.

O Ministério da Saúde começa nesta segunda-feira (3) a distribuição das vacinas contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech. Nesta primeira fase, estados e o Distrito Federal receberão 499.590 vacinas referentes à primeira dose do imunizante. A vacina é administrada em duas doses.

Segundo a pasta, a vacina será destinada para pessoas com comorbidades, gestantes, puérperas e pessoas com deficiência permanente. Entretanto, estados e municípios têm autonomia para seguir com estratégias locais.
Intervalo das doses

O ministério recomenda que a vacina seja administrada em um intervalo de 12 semanas (três meses). Em nota técnica, a pasta informa que o intervalo maior foi recomendado com base em estudos feitos no Reino Unido – o país optou por aumentar o espaçamento no início da campanha de vacinação, por causa da escassez de doses.

"Com base nesses dados o 'Joint Committee on Vaccination and Immunisation' (JCVI), entidade assessora em imunizações do Reino Unido, orientou que o intervalo entre a primeira e a segunda dose desta vacina fosse ampliado para até 12 semanas", diz a nota.

"Esta recomendação considerou que a vacinação do maior número possível de pessoas com a primeira dose traria maiores benefícios do ponto de vista de saúde pública, considerando a necessidade de uma resposta rápida frente a pandemia de Covid-19", continua o ministério.

Já a bula do fabricante diz que o imunizante deve ser aplicado em um "intervalo maior ou igual a 21 dias entre a primeira e a segunda dose".

Em janeiro, Pfizer e BioNTech disseram não haver evidências de que a primeira injeção continuou a funcionar por mais de três semanas. “Não há dados que demonstrem que a proteção após a primeira dose é mantida após 21 dias”, afirmaram.

Também em janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se posicionou sobre o intervalo das doses da Pfizer/BioNTech. Na época, a entidade explicou que países que "vivenciam circunstâncias epidemiológicas excepcionais podem considerar adiar por um curto período a administração da segunda dose". No entanto, a recomendação era de um intervalo de até 42 dias (seis semanas).

Veja como será a distribuição por estados:

Vacina Pfizer/BioNTech
ESTADO NÚMERO DE DOSES
Rondônia 3.510
Acre 1.170
Amazonas 5.850
Roraima 1.170
Pará 14.040
Amapá 1.170
Tocantins 3.510

Maranhão 10.530
Piauí 5.850
Ceará 17.550
Rio Grande do Norte 7.020
Paraíba 8.190
Pernambuco 17.550
Alagoas 7.020
Sergipe 4.680
Bahia 26.910

Minas Gerais 50.310
Espírito Santo 10.530
Rio de Janeiro 46.800
São Paulo 135.720

Paraná 32.760
Santa Catarina 17.550
Rio Grande do Sul 32.760

Mato Grosso do Sul 7.020
Mato Grosso 7.020
Goiás 17.550
Distrito Federal 5.850

TOTAL 499.590

Fonte: Ministério da Saúde
Armazenamento

As doses da Pfizer precisam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Ao chegarem às salas de vacinação, as doses devem ser mantidas a uma temperatura que varia entre 2°C e 8°C, e precisam ser aplicadas na população em um período de até cinco dias.

Por conta do curto espaço de tempo e das exigências de armazenamento, o Ministério da Saúde recomendou que as vacinas do primeiro lote fossem distribuídas entre as 27 capitais do país, "de forma a evitar prejuízos na vacinação e garantir o esquema vacinal de 12 semanas entre uma dose e outra".

O primeiro lote com um milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech comprado pelo Brasil chegou ao país na quinta-feira (29). Ao todo, o governo federal tem contrato para 100 milhões de doses.

A pasta recomendou que, se possível, a vacinação ocorra em unidades de saúde que possuam câmaras refrigeradas cadastradas na Anvisa.

Fonte: G1

PF faz operação contra lavagem de dinheiro do tráfico de drogas Esquema teria movimentado R$ 700 milhões


Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

A Polícia Federal (PF) fez hoje (3) uma operação contra um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas que, segundo as investigações, teria movimentado R$ 700 milhões.

De acordo com a polícia, foram sequestrados R$ 30 milhões e interditadas seis empresas. Podem ser bloqueados até R$ 225 milhões em contas bancárias, imóveis e veículos.

Além da busca por bens e dinheiro, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão e 22 de busca e apreensão em São Paulo, Tietê (SP), Guarujá (SP), Rio de Janeiro e Brasília. A investigação tramita na 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

A Operação Tempestade, como é chamada a ação de hoje, é um desdobramento da Operação Rei do Crime e conta com informações fornecidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, que identificou movimentações de dinheiro atípicas.

Segundo a polícia, o esquema usava empresas fictícias para fazer depósitos em uma instituição financeira de fachada para possibilitar saques em espécie em benefício de pessoas suspeitas de envolvimento com atividades ilegais.
Agência Brasil

Começam inscrições para bolsas remanescentes do Prouni

 

Agência Brasil

Prazo vai até esta terça; resultado sai na sexta-feira

Começam nesta segunda-feira (3) as inscrições para o processo seletivo de bolsas remanescentes do Programa Universidade para Todos (Prouni), para o primeiro semestre deste ano. As inscrições devem ser realizadas, exclusivamente, na página do Prouni até as 23h59 de amanhã (4), e o resultado será divulgado na sexta-feira (7).

As bolsas remanescentes são aquelas não preenchidas no processo seletivo, nas duas chamadas regulares e também na lista de espera do programa. A disponibilidade dessas bolsas ocorre por desistência dos candidatos pré-selecionados ou falta de documentação, por exemplo. O Ministério da Educação (MEC) ainda não divulgou a quantidade de vagas remanescentes. Neste semestre, o Prouni ofereceu, no total, mais de 162 mil bolsas.

O Prouni é o programa do governo federal que oferece bolsas de estudo, integrais e parciais (50%), em instituições particulares de educação superior. Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa.

É necessário também que o estudante tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou da rede privada, desde que na condição de bolsista integral. Professores da rede pública de ensino também podem disputar uma bolsa, e, nesse caso, não se aplica o limite de renda exigido dos demais candidatos.

Nova regra
No último dia 15, o MEC publicou a Portaria nº 212/2021, que trata da ocupação de bolsas remanescentes do Prouni e estabelece a nova regra para a classificação dos candidatos.

A partir de agora, a classificação dos inscritos em cada um dos processos de ocupação de vagas remanescentes do Prouni vai considerar a média aritmética simples das notas obtidas nas cinco provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que são a de linguagens, códigos e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; e a prova de redação.

O candidato será classificado na ordem decrescente da pontuação obtida no Enem, na opção de curso, turno, local de oferta e instituição de ensino para o qual se inscreveu, observado o limite de bolsas do Prouni disponíveis em cada período de inscrição.

A seleção que começa hoje será a primeira edição do processo de ocupação de bolsas remanescentes em que a classificação dos candidatos se dará por ordem de melhor desempenho obtido no Enem, considerando qualquer das edições do exame ocorridas nos últimos dez anos. Para o candidato que fez mais de um Enem será considerada, para efeito da classificação, a edição em que ele tenha obtido a maior média no conjunto de provas. Até então, valia a prova mais recente do exame.

Para isso, o candidato deve ter obtido 450 pontos no conjunto de provas do Enem e não ter tirado zero na redação.

“Com isso, a classificação se dará segundo um critério meritocrático, e não mais por ordem do horário de conclusão da inscrição, como ocorria antes, quando o critério era, meramente, temporal e, portanto, passível de prejudicar os candidatos que tivessem alguma dificuldade de acesso à internet”, informou o MEC.

Os estudantes que fizeram o Enem de 2020 poderão se inscrever para disputar uma das bolsas remanescentes ofertadas. Devido ao adiamento da aplicação das provas do Enem do ano passado, em razão da pandemia de covid-19, nas chamadas regulares do programa os estudantes foram selecionados de acordo com as notas do Enem de 2019.

Matrícula
Quem for classificado para uma vaga remanescente deve entregar, na instituição de ensino para a qual for classificado, a documentação que comprove as informações declaradas no ato da inscrição. O prazo é de 10 a 13 de maio.

A documentação pode ser encaminhada por meio eletrônico, caso seja disponibilizado pela instituição. Caso contrário, o candidato classificado deve comparecer de forma presencial à instituição para apresentar a documentação exigida.
Fonte Ascom

Aplicação de 2ª dose de CoronaVac para idosos a partir desta terça em Campos

Profissionais de saúde devem fazer o cadastro exclusivo por whatsApp

Ascom
Para receber a 2ª dose da vacina os idosos devem comparecer a um dos postos distribuídos na cidade

A Secretaria Municipal de Saúde retoma, nesta terça-feira (04/05), a aplicação da 2ª dose da vacina Coronavac exclusivamente para os idosos que tomaram a 1ª dose até o dia 2 de abril. A estratégia de atender idosos e por cronologia de imunização se faz necessária devido ao número pequeno de doses do imunizante enviado pelo Ministério da Saúde ao município neste domingo (2). Já profissionais de saúde com a 2ª dose pendente devem fazer o cadastro e a vacinação será feita por convocação.

Para receber a 2ª dose da vacina os idosos devem comparecer a um dos postos distribuídos na cidade, das 9h às 15h. O atendimento será através de distribuição de senhas.
Segundo a Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde serão 40 senhas por posto de vacinação para idosos. “As doses que chegaram serão utilizadas para a 2ª dose dos idosos, pois estamos priorizando quem tem mais riscos e também precisamos completar o esquema vacinal de outros grupos prioritários que fazem parte de notas técnicas anteriores, como é caso da força de segurança e salvamento”, explica o subsecretário da pasta, Charbell kury.
Para receber vacina o idoso de saúde deve apresentar o comprovante de vacinação da 1ª dose, CPF e documento com foto.

PROFISSIONAIS DE SÁUDE

Para receber a 2ª dose CoronaVac os profissionais de saúde devem fazer o cadastro exclusivo por whatsApp no telefone (22) 99986-6796. A mensagem deve conter as seguintes informações: nome completo; bairro; instituição onde trabalha; CPF; data da 1ª dose; e contato telefônico.
Os profissionais de saúde cadastrados serão convocados para tomar a 2ª dose, assim que nova remessa do imunizante chegar ao município.

2ª DOSE DE CORONAVAC PARA IDOSOS:


UBS Poço Gordo
UBS Parque Prazeres
Creche Esplanada
UBS Penha
Fundação Municipal de Esportes
Escola Pequeno Frederico (Ururaí)
Clube da Terceira Idade
ESF Lagamar (Farol)
ESF Morangaba
UBS Tocos
UBS Conselheiro Josino
UBSF Ponta da Lama
UBS Santa Maria
UBSF IPS
ESF Santa Helena
UBS Parque Eldorado
UPH de Travessão
UPH Morro do Coco
UBS Custodópolis
UBSF Aldeia
UBSF Santa Cruz
UBSF Lagoa de Cima
Patronato São José
Fonte: Ascom

Campos convoca mulheres com 59 anos ou mais para 1ª dose vacina contra Covid-19

Ascom

A aplicação da 1ª dose da vacina será através de distribuição de senha e acontecerá das 9h às 15h.

A Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav) segue avançando na imunização contra a Covid-19 por faixe etária. Desta forma, na quinta-feira (06/5) serão vacinadas as mulheres com 59 anos ou mais. Já na sexta-feira (07/05) será a vez dos homens com 59 anos ou mais.

A aplicação da 1ª dose da vacina será através de distribuição de senha e acontecerá das 9h às 15h. Para receber a vacina, o interessado deve comparecer a um dos 26 postos. A vacina será aplicada mediante apresentação da carteira de identidade, CPF e comprovante de residência.

“A continuidade do calendário para essa faixa etária é uma estratégia do município, uma vez que a nota técnica não contempla esse grupo ainda, mas estamos trabalhando para vacinar o maior número de pessoas possível. A ideia é baixa a faixa etária toda semana até chagarmos aos 55 anos e, posteriormente aos 59 anos”, explica o diretor de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde, Rodrigo Carneiro.

CRONOGRAMA

Quinta-feira (6): Mulheres com 59 anos ou mais
Sexta-feira (7): Homens com 59 anos ou mais

POSTO PARA VACINAÇÃO:


Drive-thru Uenf
Drive-thru Guarus Plaza
Drive-thru Instituto Federal Fluminense (IFF/Centro)
UBS Poço Gordo
UBS Parque Prazeres
Creche Esplanada
UBS Penha
Fundação Municipal de Esportes
Escola Pequeno Frederico (Ururaí)
Clube da Terceira Idade
ESF Lagamar (Farol)
ESF Morangaba
UBS Tocos
UBS Conselheiro Josino
UBSF Ponta da Lama
UBS Santa Maria
UBSF IPS
ESF Santa Helena
UBS Parque Eldorado
UPH de Travessão
UPH Morro do Coco
UBS Custodópolis
UBSF Aldeia
UBSF Santa Cruz
UBSF Lagoa de Cima
Patronato São José
Fonte: Ascom

Com destaque na indústria, Campos e Macaé estão entre os maiores contratantes do estado no primeiro trimestre

Dados compilados pela Firjan mostram que Indústria e Construção alavancaram a retomada de empregos inclusive em março, quando as medidas de restrições foram reiniciadas; especialista fala em ‘velocidade de recuperação mais constante’.

Apesar das medidas de restrição implementadas em março, a indústria do norte fluminense manteve o fôlego e fechou o primeiro trimestre em destaque no estado do Rio. Segundo análise da Firjan a partir da plataforma Retratos Regionais, Macaé é a terceira cidade onde houve o maior saldo de contratações no período (1.768), enquanto Campos (1.390) figura em quarto colocado entre os 92 municípios fluminenses. Em ambos os casos, o grande setor de Indústria e Construção foi a maior contratante.

“A indústria da região vem dando provas seguidas de diversificação e resiliência. Trabalhamos para nos consolidarmos a capital da energia, e não apenas do petróleo, mas sem abrir mão de outros setores que levam emprego e renda para os moradores da região”, disse o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.

No primeiro trimestre, a Indústria e Construção de Macaé e Campos tiveram o melhor saldo positivo entre admissões e demissões – respectivamente com 1.640 e 511 oportunidades criadas. A montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas foi a principal atividade contratante em Macaé (1.370), enquanto em Campos o destaque foi o de supermercados e hipermercados (350).

A tendência de alta se manteve em março, quando as medidas de restrição impostas pelo combate ao Coronavírus foram reiniciadas. Neste mês, o Norte Fluminense (+1.118) foi a região líder em contratações no setor industrial, superando o Sul Fluminense (+867) e até mesmo a capital (+504). Em março, Macaé foi a terceira maior contratante do estado (+777), enquanto Campos ficou em quinto (+496). Em Macaé, novamente a Indústria teve o melhor saldo (+1.017). Já em Campos a Indústria ficou em segundo (+126), enquanto Serviços (+164) ficou em primeiro, tendo como principal atividade contratante os serviços de catering, bufê e outros de comida preparada.

“É provável que em abril, quando houve um período maior de restrições, haja uma redução na velocidade de recuperação. Mas a gente entende que essa velocidade é mais constante, uma vez que boa parte das interrupções já não acontecem mais. Então a tendência hoje é que tenhamos uma normalização nas contratações nos próximos meses”, disse o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.

Indústrias criam mais de 3 mil postos de trabalho no estado

Em todo o estado, a indústria também manteve o ritmo. Em março, foram 3.033 novos postos de trabalho, tornando-se a segunda maior contratante neste que foi o terceiro mês consecutivo de mais admissões do que demissões. A tendência de alta se repetiu em todos os demais grandes setores: Serviços (+7.595), Comércio (+2.270) e Agropecuária (+199), num total de 13.097 novos postos de trabalhos formais em todo o estado. No saldo geral de vagas abertas, 74 dos 92 municípios fluminenses apresentaram geração líquida de emprego formal em março de 2021, frente a apenas 31 cidades que estavam contratando um ano antes, quando eclodiu a pandemia no país.

Por outro lado, após seis meses consecutivos de recuperação, o segmento de Restaurantes e Outros Estabelecimentos de Serviços de Alimentação e Bebidas voltou a demitir em março (-1.117), diante de novas restrições impostas para frear o contágio da COVID-19 no estado. No período de 12 meses desde abril do ano passado a março deste ano, os setores de Serviços (-57.217) e Indústria e Construção (-5.791) ainda acumulam perdas. Já o Comércio (+2.075) e a Agropecuária (+29) apresentaram resultados positivos nessa comparação, indicando que as contratações superaram os desligamentos no acumulado do período de abril de 2020 a março de 2021.

Plataforma Retratos Regionais

A plataforma Retratos Regionais tem como base o saldo de empregos formais disponibilizados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. Em painel setorial são disponibilizados dados específicos dos setores industriais.

Em painel regional, que também permite a busca por município, é apresentado o cenário geral de empregos, incluindo todos os grandes setores. A plataforma pode ser acessada através deste link: www.firjan.com.br/retratosregionais.

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Felipe Sáles

Assessor de Imprensa

Gerência de Imprensa e Conteúdo (GIM)

Firjan Norte e Noroeste Fluminense

(+55 22) 2748-7810

(+55 22) 99777-2795 | (22) 99870-0358

www.firjan.com.br



Vacinação contra Covid-19: SFI inicia agendamento de moradores a partirde 60 anos



A partir desta segunda-feira (3), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Francisco de Itabapoana (SFI) inicia o agendamento da vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19) para moradores a partir de 60 anos.

Para agendar, a população deve procurar o polo do Estratégia Saúde da Família (ESF) mais próximo da sua residência. O Centro Municipal de Imunização (CMI), em Ponto de Cacimbas, também segue vacinando. Neste caso, o agendamento é através dos telefones 99779-6044 ou 99806-9771, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30. Em ambas as situações, é preciso apresentar comprovante de residência, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).

Além do CMI, os polos de imunização contra Covid-19 são os seguintes: Clínica da Família Germano Barros Delgado (Centro) e os polos de Estratégia Saúde da Família (ESF) de Barra do Itabapoana, Travessão de Barra, Bom Lugar, Praça João Pessoa, Guaxindiba, Gargaú, Imburi e Floresta.

De acordo com o vacinômetro divulgado nesta segunda no “site” e nas redes sociais da prefeitura, SFI imunizou com a primeira dose quase 15% da população, o que representam 6.262 pessoas. Deste total, 2.522 receberam a segunda dose, totalizando 8.784 vacinas aplicadas.

A SMS destaca também para que a população fique atenta a data marcada para a segunda dose. Devido ao planejamento estratégico da municipalidade (https://www.pmsfi.rj.gov.br/planejamento-estrategico-garante-2a-dose-da-coronavac-em-sfi/), o município é um dos únicos na região a garantir a imunização de reforço através da CoronaVac, vacina produzida pela Sinovac em parceria com o 
Instituto Butantan.

AsCom SFI

domingo, 2 de maio de 2021

COVID-19: Mais três altas no hospital Manoel Carola em Ponto de Cacimbas.

Neste domingo, 02, mais três altas médicas foram dadas no Hospital Manoel Carola em Ponto de Cacimbas e retornaram para as suas casas, com saturação dentro dos parâmetros, com data para retorno para Tomografia de controle, exames laboratoriais, encaminhamento para pneumologista, receita para tratamento domiciliar e principalmente orientação sobre os sinais de alerta de quando voltar se necessário.

Mais uma vez é momento de reconhecer o trabalho da equipe do Hospital. 

Parabéns à todos. 



Covid-19: Últimos resultados em São Francisco de Itabapoana RJ




COVID-19: Com a palavra Dr. Sebastião Campista, Secretário Municipal de Saúde de São Francisco de Itabapoana RJ


Como tem sido desde o início do processo de vacinação para Imunização contra a COVID -19 no Município de São Francisco de Itabapoana, a Secretaria de Saúde passou os dados para a Prefeita Francimara e recebeu dela a autorização para começar a Vacinação das pessoas da faixa etária de 60 (sessenta anos).

Então, a partir desta segunda feira, no Centro Municipal de Imunização e nas Unidades do Estratégia Saúde da Família estarão sendo aplicadas a vacina da COVID-19 nas pessoas da faixa etária superior a 60 anos.

Da mesma forma, continuarão sendo aplicadas as segundas doses da vacina CORONAVAC nas pessoas que já tomaram a primeira dose no município de São Francisco de Itabapoana, pois, graças ao planejamento realizado, a Secretaria de Saúde dispõe de reserva técnica para completar o esquema de Imunização, com aplicação das duas doses.

Não posso deixar de manifestar o agradecimento à Prefeita Francimara pela forma responsável com a qual está conduzindo o trabalho de Imunização e também a todos do governo que estão contribuindo direta ou indiretamente neste importante trabalho.
Muito obrigado.



Secretaria dá continuidade à entrega de vacinas aos municípios

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) dá continuidade, neste domingo (02/05), à entrega de mais uma remessa de 649.980 doses de vacinas contra a Covid-19 aos 92 municípios do estado. Dessas, 54.160 são de CorovaVac e 595.820 de Oxford/Astrazeneca.


O município do Rio de Janeiro fez parte da retirada do seu lote sexta-feira (30/04), na Coordenação Geral de Armazenagem (CGA), em Niterói, e irá retirar a outra parte neste domingo (02/05). O mesmo ocorre com São Gonçalo, Maricá e Niterói, que retiraram parte neste sábado (01/05) e o restante hoje (02/05). Para os outros 88 municípios, a distribuição ocorrerá neste domingo (02/05), por seis aeronaves, sendo uma da SES, uma do Governo do Estado, uma do Corpo de Bombeiros, uma da Polícia Militar e duas da Polícia Civil. Os helicópteros partem do Grupamento Aeromóvel da PM e do 12º Batalhão de Polícia Militar, em Niterói.

Todas as doses de CoronaVac entregues são indicadas para administração da segunda dose do esquema vacinal. Só deverão utilizar este imunizante como primeira dose os municípios que não tiverem a segunda aplicação em atraso ou com reserva para cumprir o calendário de vacinação.

As vacinas Oxford/Astrazeneca são para administração da primeira dose no grupo que inclui as Forças de Segurança e Salvamento e as Forças Armadas; pessoas com comorbidades, incluindo as gestantes e puérperas que façam parte deste grupo; e pessoas com deficiências permanentes.

Em reunião com a direção do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), a Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS) da SES solicitou aos municípios um levantamento das segundas doses de CoronaVac que estão atrasadas. O objetivo é que as próximas remessas desta vacina enviadas pelo Ministério da Saúde ao estado sejam distribuídas aos municípios para segunda aplicação do esquema vacinal, até que a imunização de todas as cidades fique em dia.

Fonte: Ascom RJ

Covid-19: vacinação de 2ª dose somente de AstraZeneca nesta segunda-feira

A imunização acontecerá por meio de distribuição de senha, das 9h às 15h



A Subsecretaria de Ação Básica, Vigilância e Promoção da saúde (Subpav), aplicará somente a 2ª dose da vacina AstraZeneca para as pessoas que estão no prazo de fazer o reforço nesta segunda-feira (3). Também irá atender com 1ª e 2ª doses, também de AstraZeneca, pessoas com deficiência institucionalizadas e assistidas por instituições não governamentais, além de acamados já agendados.

O calendário com a inclusão de novos grupos prioritários para 1ª dose está suspenso, assim como a aplicação da 2ª dose CoronaVac para os idosos e profissionais de saúde, por falta de envio do imunizante por parte do Ministério da Saúde. Novas doses chegaram ao município na manhã deste domingo (clique aqui), mas a Prefeitura de Campos ainda não divulgou detalhes sobre novo calendário. A expectativa é de que novas datas sejam anunciadas nesta segunda.

A aplicação da 2ª dose será através de distribuição de senha e acontecerá das 9h às 15h. Para receber vacina o idoso ou profissional de saúde deve apresentar o comprovante de vacinação da 1ª dose, CPF e documento com foto.

Para os que irão tomar a 1ª dose da vacina nas instituições assistências a pessoa com deficiência deve apresentar carteira de identidade, CPF e comprovante de residência. A vacinação acontecerá em cada instituição.

CRONOGRAMA PARA DEFICIENTES EM ASSISTÊNCIA E INSTITUCIONALIZADOS:

Segunda-feira (03/05): Pousada Shalom (1ª e 2ª doses)
Terça-feira (04/05): Residência Inclusiva (2ª dose)
Quarta-feira (05/05): Educandário São José Operário (1ª dose)
Quinta-feira (06/05): APAE de Farol de São Thomé (1ª dose)
Segunda-feira (10/05): Paraesporte (1ª dose)

POSTO DE VACINAÇÃO 2ª DOSE DE IDOSOS:
Drive-thru Uenf
Drive-thru Guarus Plaza
Drive-thru Instituto Federal Fluminense (IFF/Centro)
UBS Poço Gordo
UBS Parque Prazeres
Creche Esplanada
UBS Penha
Fundação Municipal de Esportes
Escola Pequeno Frederico (Ururaí)
Clube da Terceira Idade
ESF Lagamar (Farol)
ESF Morangaba
UBS Tocos
UBS Conselheiro Josino
UBSF Ponta da Lama
UBS Santa Maria
UBSF IPS
ESF Santa Helena
UBS Parque Eldorado
UPH de Travessão
UPH Morro do Coco
UBS Custodópolis
UBSF Aldeia
UBSF Santa Cruz
UBSF Lagoa de Cima
Patronato São José

POSTOS PARA 2ª DOSE DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
Drive Shopping Boulevard
IFF/Guarus
UBS Parque Imperial
Prédio anexo ao Hospital Plantadores de Cana (HPC)
Fonte Terceira Via

Passagem de satélites em sequência chama a atenção de moradores da região Norte de Campos

Fenômeno foi relatado nos céus dos distritos de Santo Eduardo e Santa Maria, na noite de sábado

POR THIAGO GOMES

Satélites foram vistos na noite de sábado a olho nu (Foto: Divulgação/ Clube de Astronomia)

Moradores da região Norte de Campos, como os distritos de Santo Eduardo e Santa Maria, na divisa com o Espírito Santo, se surpreenderam no início da noite desse sábado (1º) ao olharem para o céu e se depararem com pontos brilhantes se movendo rapidamente. Os tais pontos, na verdade, eram alguns satélites Starlink passando pelo Brasil. Foram pelo menos 58 satélites em sequência e, de acordo com o presidente do Clube de Astronomia Louis Cruls de Campos dos Goytacazes, o físico Marcelo Oliveira, o fenômeno tem assustado muita gente e deve ser observado nos céus novamente neste domingo (2) em outras regiões da cidade.

Marcelo explica que Starlink é o nome de um projeto da SpaceX para oferecer acesso rápido à Internet em qualquer lugar do mundo por meio de satélites. Ao contrário dos serviços atuais de Internet via satélite, que cobrem em regiões específicas, o objetivo da Starlink é oferecer cobertura global, saturando uma órbita baixa com satélites suficientes para servir a cada canto do planeta.

“Os painéis solares refletem a luz do Sol, permitindo a observação a partir da Terra em regiões específicas, no início da noite. A possibilidade de observação em determinada região do planeta é prevista com antecedência”, explicou Marcelo.

Ainda segundo o presidente do Clube de Astronomia, recentemente mais satélites Starlink foram lançados ao espaço. “Estão assustando muita gente, como foi o caso de Santo Eduardo e Santa Maria ontem”.

Atualmente, a Starlink já tem 1.380 satélites em operação a uma altitude de 550 km. Após completar a primeira camada, a SpaceX planeja outras, a 384 km e 1.200 km de altitude.

Ainda de acordo com o físico, os satélites irão atrapalhar a Astronomia. “Interferirão nas observações a partir da Terra. É uma quantidade muito grande de satélites em órbita baixa. Existe uma campanha para que eles usem uma pintura e materiais que não reflitam tanto a luz do Sol. Já foram lançados muitos Starlinks, então teremos que estar preparados para relatos cada vez mais frequentes de observação”, pontuou.
Fonte Terceira Via

O drama de quem não tem um teto para morar em Campos

 O déficit habitacional do município é estimado em cerca de 3.500 imóveis, o que atinge pelo menos 10 mil pessoas

POR GIRLANE RODRIGUES
Sem ter para onde ir, seis famílias passaram a morar em salas de aula de uma escola abandonada da Usina São João, em Guarus (Foto: Carlos Grevi)

Ter uma moradia é direito garantido constitucionalmente ao cidadão brasileiro, mas, na prática, isso parece não ser para todos. Em Campos, o déficit habitacional é estimado em pelo menos 3.533 imóveis, o que pode representar mais de 10 mil pessoas sem um teto, levando em consideração famílias compostas, em média, por três membros. E isso não inclui as cerca de 200 pessoas em situação de rua. Apesar dos programas de construção de moradia a custos populares ou até de doação de residências, o que se vê é o crescimento deste público provocado pela multiplicação desordenada das famílias e agravado pela alta no desemprego. Para especialistas, a pandemia do novo coronavírus agravou ainda o problema.

Escola abandonada virou moradia (Foto: Carlos Grevi)

Sem perspectiva de emprego e sem moradia, campistas, em sua maioria jovens, pressionam os governos a investirem em políticas públicas habitacionais. Foi o que motivou um grupo de quase três mil pessoas a ocupar o conjunto de casa popular do programa “Minha Casa, Minha Vida”, o Novo Horizonte, em Guarus. As obras foram concluídas em março de 2021 e, de acordo com a Caixa Econômica Federal, as 772 casas não foram entregues porque “estavam em fase final de indicação e análise da demanda de beneficiários informada pela Prefeitura de Campos”.

O Jornal Terceira Via foi o primeiro órgão de imprensa a entrar no conjunto — que está cercado e monitorado por vigias contratados pela construtora Realiza — e conversar com os ocupantes dos imóveis, que se organizaram em lideranças. As casas foram pichadas com nomes dos que se autodeclaram donos. A Defensoria Pública da União (DPU) acompanha o imbróglio na Justiça.

Relatos que impressionam

“Morava na casa da minha ex-sogra, no KM-8, com meu filho de 3 anos. Mas, desde que me separei do meu marido, a convivência lá ficou complicada. Não tenho casa e nem trabalho. Sobrevivo com Bolsa Família e auxílio emergencial”. Donara Nogueira do Rosário, 19 anos.

Donara está na ocupação do Novo Horizonte e sonha com a casa própria (Foto: Carlos Grevi)

“Sou doméstica, mas fui demitida por conta da pandemia. Como morava de aluguel e passei a não ter dinheiro para pagar, entreguei a casa que morava com meu marido, dois filhos e duas netas no Parque Aeroporto e vim para cá”. Silvana da Conceição, 45 anos.

“Eu vivia da pensão do meu marido que faleceu, mas meu filho completou maioridade e nós ficamos sem renda. Hoje vivo de biscate de faxina, vendendo salgado e até capinando. Ocupei o residencial Novo Horizonte porque quero uma casa”, Carmem Lúcia Cardoso, 60 anos.

“Vivo do Bolsa Família e auxílio emergencial. Entreguei a casa que alugava para viver com meus dois filhos de 8 e 4 anos e vim para a ocupação”, Jenifer Barreto, 25 anos.

Apesar da pressão por uma moradia, uma decisão judicial da 1ª Vara Federal de Campos prevê que os ocupantes deixem os imóveis nos próximos dias. “A Polícia Federal esteve aqui com o documento e disse que precisamos sair daqui. Caso contrário, o Exército viria aqui nos retirar à força”, contou Jenifer.

O defensor público federal Thales Arcoverde recorreu da decisão. Por ligação de vídeo, ele explicou os trâmites necessários para resolver o problema. “A Prefeitura de Campos deveria providenciar um local seguro e transferir estas famílias para lá, para que a Construtora providencie os reparos necessários nos imóveis e a Caixa faça a distribuição conforme cadastro dos inscritos”, disse.

Dentro do programa, há casas que serão compradas por famílias a custo popular e com financiamento da Caixa e outras serão distribuídas pelo governo.

Joice Santos também se viu obrigada a mora na unidade escolar (Foto: Carlos Grevi)

Seis famílias vivem em escola abandonada
Campos é o município com maior extensão territorial do estado do Rio de Janeiro, superando, inclusive, a capital fluminense. Entre seus mais de meio milhão de habitantes, há aqueles que vivem em área de risco. Seis famílias moram em salas de aula de uma escola que pertencia à Usina São João, em Guarus, e esperam por moradia digna há 20 anos.

“Vim morar aqui quando meu filho mais velho estava recém-nascido. Hoje ele está com 13 anos e outro filho meu nasceu aqui. A nossa situação continua bem parecida com a do início. Eu saí da sala de aula e construí aqui nos arredores da escola”, disse Alessandra dos Santos.

Joice dos Santos foi morar com o marido e dois filhos na sala de aula desocupada pela irmã, Alessandra. “Meu sonho é poder sair daqui”, contou.
A escola possui problemas estruturais e pode oferecer risco de morte aos moradores. A ligação de energia é precária e as famílias improvisaram banheiros nas salas de aulas. É o caso de Andreia da Silva Batista, de 40 anos. “Me mudei para cá há poucos dias. Antes, tinha uma casa alugada perto do Hospital Geral de Guarus, mas a área foi dominada pelo tráfico e eu e meus filhos fomos obrigados a sair de lá”, conta Andreia.

Na área central de Campos, uma casa na Rua Ouvidor foi ocupada por um casal que vende doces em sinais de trânsito.

Dados oficiais desatualizados

De acordo com Rodrigo Carvalho, secretário municipal de Desenvolvimento Humano e Social, os dados oficiais sobre habitação em Campos estão desatualizados. O déficit estimado em 3.533 imóveis foi baseado no cadastramento de 2018 do programa habitacional Morar Feliz da prefeitura.

O último Censo foi feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010 e apontou um número bem maior: 10.882 unidades, segundo o professor da Candido Mendes e mestre em planejamento regional e gestão da cidade, Francisco Delgado: “Algumas informações disponibilizadas pelo IBGE relatam uma redução de cerca de 10,5% nos números do déficit habitacional do país, que caem de 6,49 milhões em 2010 para 5,87 milhões em 2019. Se mantidas essas proporções, o déficit do município baixaria das 10.882 para 9.739 unidades”.

A diferença entre os dados do último Censo e os divulgados pela prefeitura tem a ver com a redução da demanda com a entrega de 6.202 casas populares do Morar Feliz a partir de 2010.

Dados da prefeitura
A secretaria municipal de Desenvolvimento Humano e Social mapeou, com base no Cadastro Único, 71.978 famílias e alguns indicadores habitacionais. Deste público, o órgão constatou que 71.100 declararam domicílio particular permanente, 337 particular improvisado e 335 coletivo. Nos demais não houve o registro da informação. Sobre acesso a serviços públicos, 50% das famílias acessam o escoamento sanitário pela rede coletora de esgoto ou pluvial, 93% possuem água canalizada e 67% têm como forma de abastecimento a rede geral de distribuição. Em relação ao tipo de iluminação, 83% possuem acesso a rede elétrica com medidor próprio. Sobre o número de ocupação de imóveis abandonados, a secretaria informou que não possui atribuição para este tipo de monitoramento.

Aluguel social
O déficit habitacional em Campos é evidenciado também pelo programa público de aluguel social. A prefeitura divulgou que, em janeiro de 2021, foram beneficiadas 164 famílias; em fevereiro, o quantitativo foi de 160; e em março, 156. “O processo de avaliação das famílias beneficiárias é feito pela equipe técnica da secretaria, composta por assistentes sociais, que realizam o devido acompanhamento”.

Conjunto Habitacional Novo Horizonte foi invadido (Foto: Carlos Grevi)

Possíveis causas
Francisco Delgado aponta possíveis causas para o déficit habitacional. Para ele, a formação do espaço urbano de Campos evoluiu com a influência política e o poder econômico do setor sucroalcooleiro, que declinou a partir dos anos 1980. A grave crise pela qual passou o setor provocou a migração dos trabalhadores rurais em direção à cidade, em busca de trabalho, com altos custos sociais.

“A especulação imobiliária e privatização do espaço são a causa do surgimento de espaços a serem ocupados por um grande contingente da população mais empobrecida e precarizada da classe que vive do trabalho. Com a crescente ocupação territorial por parte dos condomínios fechados, algumas remoções urbanas são efetivadas pelo poder público local, atingindo as favelas, uma representação das desigualdades e injustiças sociais”, afirmou.

Segundo o IBGE, o Censo 2000 registrava em Campos a existência de 32 favelas, com 16.876 moradores, e 27 em 2010, com 15.777 moradores. “Tais implementações urbanísticas, a despeito de serem iniciativas do poder público municipal, não equalizaram as necessidades decorrentes da expansão urbana desordenada, principalmente pela falta de intervenções eficazes nas áreas periféricas e dirigidas às necessidades das camadas mais carentes da população”, informou Delgado.

“Para o cálculo do déficit habitacional são levados em consideração, entre outras, as informações sobre domicílios constituídos de mais de uma família e ônus excessivo com o pagamento de aluguel. Muitos sequer tiveram acesso ao abono emergencial. Os valores liberados pelo governo representam a possibilidade de sair temporariamente da condição de extrema pobreza”, revela.
Fonte Terceira Via